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Resenha | The One: a série que desafia pesquisas científicas por um match

Sucesso em diversos países, a produção trará questionamentos sobre até que ponto a tecnologia e as pesquisas científicas podem influenciar a vida de uma pessoa

The One, nova série britânica de ficção científica da Netflix, estreou no último dia 12 de março e levanta uma nova discussão sobre as pesquisas científicas e a forma como nós nos relacionamos. O enredo conta a história de cientistas, que, através do DNA dos seres humanos, descobrem que todos possuem uma combinação “perfeita”, o famoso match.

Foto: Divulgação | Netflix | Robert Viglasky

Nasce então o The One, uma empresa onde pessoas do mundo todo buscam seu match, que pode estar localizado em qualquer lugar do mundo. Comandado por Rebecca Webb (Hannah Ware), o projeto é literalmente o fenômeno do momento, mas, por trás desse sucesso e ao longo dos episódios, vamos descobrindo que nem tudo é tão simples assim.

 

Uma pesquisa científica inteligente, mas que exclui os sentimentos humanos e a interferência do meio

Apesar de ambos serem gênios da ciência, Rebecca e seu amigo, James Whiting (Dimitri Leonidas), usam como base para o estudo do The One, uma antiga pesquisa feita em formigas. Sim, genes de formigas foram combinadas, até se chegar à conclusão que cada uma possuía um gene em comum, o match perfeito, porém…. não é tão simples assim. Mesmo a base sendo um sucesso e fazendo sentido, ao ser aplicado em humanos, tudo se complica: há sentimentos, realidades complexas e claro, influências do meio – essa parte fica muito clara na série.

Foto: Divulgação | Netflix | Robert Viglasky

Ao longo dos capítulos, observamos como uma pesquisa como essa pode não ter tanto êxito assim no âmbito geral e entendemos que o ser humano passa por diversas situações de vida. Assim, entendemos que, por mais que, geneticamente ela esteja premeditada a estar com uma pessoa, na vida real, há toda uma história de vida, problemas e relacionamentos já existentes – fato que não foi levado em conta pelos criadores do projeto, já que Rebecca praticamente só pensa em seu próprio sucesso e descarta sentimentos.

 

Relacionamentos complexos e um marketing voltado para objetivos pessoais

O que fica claro com o projeto é que o objetivo é muito mais pessoal do que o que é vendido: “encontre o seu amor, o seu match”. Rebecca vende a ideia de que o The One existe para que as pessoas encontrem o amor verdadeiro, mas, com sua personalidade egoísta e egocêntrica, o que ela quer é atender uma necessidade pessoal de se sentir valorizada, de provar para si mesma que é capaz de alcançar seu objetivo e encontrar alguém que a ame.

Foto: Divulgação | Netflix | Robert Viglasky

Além disso, também é uma forma de discutirmos até que ponto a internet e suas novidades podem acabar com a vida de alguém. É preciso levar em consideração que, ao encontrar o seu match, pessoas já passaram por sua vida, relacionamentos anteriores ou atuais podem já ter afetado seu emocional e cada realidade pode tornar essa combinação não tão fácil assim de acontecer.

Um exemplo é o relacionamento de Mark (Eric Kofi-Abrefa) e Hannah (Lois Chimimba), um jovem casal que vive em Londres e que, até então, tinha um casamento feliz e saudável – até a chegada do The One. O Marketing foi absorvido de maneira tão intensa na cabeça de Hannah, que ela precisou coletar uma amostra de fio de cabelo escondido de seu marido, para provar a si mesma que era suficiente para ele. “E se eu não for a pessoa? E se eu não for sua combinação?”. E realmente não era. O que aconteceu? O casamento foi afetado pela simples necessidade de testar aquele produto. Ou será que o casamento não estava tão saudável assim e existia um problema de autoaceitação?

Foto: Divulgação | Netflix

Juntamente com o caso citado, outro exemplo aconteceu com a detetive Kate (Zoe Tapper) e Sophia (Jana Pérez), uma jovem espanhola que foi combinada com a policial, mas que, apesar de se gostarem, havia muita mentira envolvida. O relacionamento também tinha tudo para ser perfeito, mas claro, na vida real, cada um se envolve com situações que nem sempre são tão simples assim.

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No caso de Kate, levantou-se até a veracidade das pesquisas feitas por Rebecca e James: até então, o ser humano poderia ter apenas UMA combinação. Mas, e quando uma pessoa se apaixona pelo match e por um parente do match? É possível haver mais de uma combinação em um DNA? São diversos questionamentos.

Assim também, como uma forma de mostrar a complexidade da pesquisa, a própria criadora do projeto, Rebecca Webb, tem um choque de realidade com o seu match: o português Matheus Silva (Albano Jerónimo) era um cara inocente, com uma vida tranquila e sem problemas … até conhecer Rebecca e ambos se apaixonarem. Logo ela, mulher ambiciosa, egocentrista e com mãos tão sujas, que perde seu amor para seu ego. Ou seja, o marketing vende, mas não atende ao objetivo central, e é muito mais focado em um desejo pessoal.

Foto: Divulgação | Netflix | Robert Viglasky

O fato é que, ao terminar a primeira temporada, entendemos os desafios que toda pesquisa científica carrega consigo mesma. No caso de The One, apesar de vários testes terem gerado resultados positivos, é preciso entender que se trata de seres humanos, ou seja, há a influência exterior que pode prejudicar ou não determinadas combinações. No fim, o que vai determinar se aquela combinação/relacionamento terá sucesso, por mais que os DNAs sejam perfeitos, será cada indivíduo e seu meio, repleto de problemas pessoais, sentimentos e rotinas diferentes, que nem sempre são favoráveis para sustentar uma relação.

The One está disponível na Netflix, em oito capítulos e trará questionamentos sobre até que ponto a tecnologia e suas pesquisas podem influenciar a vida de uma pessoa, a importância de pesquisas científicas bem desenvolvidas e apuradas e as diferenças e semelhanças entre indivíduos de personalidades e realidades diferentes. Não deixe de adicionar a série em sua lista e de debater sobre os questionamentos levantados ao longo dos capítulos. 

Confira o trailer oficial:

 

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Netflix / Robert Viglasky

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All I Know So Far: documentário da cantora Pink estreia em 21 de maio

 

Documentário acompanha Pink na turnê Beautiful Trauma, uma das maiores já realizadas pela artista, estreia exclusivamente no Amazon Prime Video 

A produção acompanha a cantora P!NK enquanto embarca em sua turnê mundial de 2019, Beautiful Trauma, que quebrou recordes em sua carreira, inclusive foi classificada como a turnê feminina mais lucrativa da década pela Billboard. O documentário P!NK: All I Know So Far estreia mundialmente no dia 21 de maio exclusivamente no Prime Video em mais de 200 países e territórios.

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A Beautiful Trauma World Tour foi a sétima turnê de Pink, que contou com mais de 156 shows passando por 18 países. O show de encerramento aconteceu no palco do Rock in Rio. De acordo com a Billboard, a cantora acumulou R$ 1,6 bilhões e vendeu mais de 3 milhões de ingressos de 2018 a 2019. As apresentações dessa turnê se destacaram pelas acrobacias e performances artísticas.

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Segundo o Prime Video, “O documentário convida o público a se juntar aos bastidores da turnê ao mesmo tempo em que P!NK tenta balancear diversas tarefas como ser mãe, esposa, chefe e artista.”

Mesclando cenas gravadas na estrada, bastidores de entrevistas e materiais pessoais, o diretor Michael Gracey (The Greatest Showman) retrata um recorte da vida de Pink.

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*Crédito da foto de destaque: Reprodução Instagram de Pink

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Mulheres Nascidas de um Nome: peça teatral online e gratuita reúne atrizes de 11 países

A peça teatral Mulheres Nascidas de um Nome apresenta 28 atrizes de vários lugares em lives. Saiba como assistir

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Entrevista| Isabel Cintra fala sobre representatividade afrodescendente, literatura, carreira e muito mais

A autora Isabel Cintra concedeu uma entrevista ao Entretetizei e contou sobre a experiência de abordar temas como diversidade racial em seus livros para crianças 

 

Ensinar às crianças temas tão vinculados em nossa sociedade, como representatividade racial, diversidade, preconceito, empatia e afins é um caminho delicado e muito necessário para moldar o crescimento delas. É nesse caminho que a voz da escritora Isabel Cintra vem ganhando cada vez mais força e espaço. 

Autora de sete obras publicadas em diferentes línguas, Isabel encontrou nas histórias infantis uma maneira de ter essas pautas enaltecidas e assim foi se fortalecendo como mãe, mulher negra, esposa etc. Ela utiliza em alguns momentos, por exemplo, assim como em fábulas, a projeção de traços do ser humano em animais e, através deles, consegue levar para dentro dos lares e escolas ensinamentos essenciais aos pequenos. 

Foto: SC News

De volta ao Brasil, o relançamento de Corvo-Correio traz em sua história a jornada do corvo José, que sonha em ser carteiro e entrar para a grande equipe de pombo-correios, que por sua vez são todos brancos. De maneira delicada e sutil, acompanhada de uma belíssima ilustração feita por Zeka Cintra, a história tocante trata temas como preconceito e superação. O lançamento do livro chegou até mesmo em Angola, onde em 2020 a autora também lançou o livro sobre a infância da Rainha Nzinga de Angola, parte de outros projetos que Isabel participa, como eventos que divulgam a literatura em língua portuguesa fora do Brasil. 

 

Leia a entrevista completa agora: 

 

Entretetizei: O que te levou a focar no nicho de histórias infantis? 

Isabel: Desde criança, o Zé Carlos (Zeka Cintra, meu irmão que faz as ilustrações pra mim) e eu sempre tivemos a infância muito juntos, e ele desenhava bastante, muitos personagens infantis. Já naquela época (nós temos uns dois anos de diferença, então ele devia ter uns oito anos e eu seis), eu fazia pequenos textos de acordo com os desenhos que ele fazia. Então, naturalmente essa minha vontade, a princípio de escrever para criança, foi sim inspirada pelos desenhos infantis do meu irmão. Eu me mudei para Portugal em 2003, depois ele se mudou para viver comigo em 2008 e então eu comecei a reviver a convivência com ele de novo e com as ilustrações. 

 

E: E como é a experiência de trabalhar com ele? Vocês tinham a literatura como algo em comum quando pequenos também? 

Isa: Sim. Já tinha essa relação de irmão e ele era o irmão que cuidava de mim. Ficávamos os dois em casa com a minha avó (que já tinha seus noventa e cinco anos, estava bem velhinha) e uma coisa que a gente gostava muito de fazer, e que hoje em dia é engraçado porque a gente continua fazendo profissionalmente, era desenhar juntos. Eu arriscava alguns desenhos com ele, para querer copiar o irmão mais velho, mas ele desenhava muito. A gente passava muitas horas juntos, assistia desenho animado, ele preparava lanche pra mim. Minha mãe sempre trabalhou fora, então ele era meu amigo. É uma sorte mesmo, maravilhosa. Então desde aquela época, quando ele desenhava bastante, eu gostava de estar em volta e fazia balões de conversa nos personagens dele. Eu queria ver os personagens se comunicando e hoje em dia a gente faz isso na vida real. 

 

E: Quais são as barreiras encontradas ao abordar assuntos tão importantes em histórias para crianças? 

Isa: Eu devo te dizer que não, eu não vi barreiras desde o momento, inclusive, em que o Corvo Correio foi finalista do Prêmio Off Flip de Literatura, que veio como surpresa porque foi a primeira vez que eu concorri a esse prêmio. Então, já em 2017, ele quebrou uma barreira pelo fato de trazer um tema que é difícil, a diversidade, embora um tema que nasça conosco, é um tema difícil de ser contextualizado. No Brasil, ele foi muito bem recebido pelas escolas que trabalharam com ele e aí a gente pode notar que sabendo levar esse tema é possível ter uma resposta positiva. Foi uma surpresa muito boa, saber da facilidade como ele foi recebido no Brasil e também aqui na Europa e Angola. Isso impulsiona a continuar. 

 

Foto: Mazza Edições

 

E: Você tem feedback dos pais que apresentaram seus livros aos seus filhos? Como foi a recepção entre as famílias que leram? 

Isa: Tenho, é emocionante. Você me pergunta isso e agora eu fico com a voz um pouco embargada, e o motivo foi realmente porque agora me lembrei de uma mãe que esteve no lançamento em Ribeirão Preto (SP) na Livraria Cultura (mãe branca de uma criança especial) e ela me disse “Isabel, meu filho também é um corvo José”, e ela me falou com os olhos cheios de lágrimas. E por aí podemos ver que a exclusão realmente acontece em vários níveis. Eu trato da exclusão racial de maneira muito leve, por isso que foi tão bem aceito, porque eu personifico os animais (como nas fábulas, a gente transpõe aos animais características humanas) e essa brincadeira lúdica também ajuda a criança a entender a situação do corvo José de maneira muito natural. A dificuldade que o adulto tem de transmitir a empatia, com a criança é ao contrário. 

 

E: Como era sua relação com os livros em sua infância? Você obteve a partir deles ensinamentos que deveriam ter vindo da sua família?

Isa: A minha mãe foi a grande responsável pela autoestima, pelo sentimento de hoje: você não tem mas amanhã você pode ter, então eu sou grata por ter tido uma família que conseguiu (apesar dos problemas que naturalmente como uma criança negra eu ultrapassei na infância) de maneira fantástica demonstrar que suas tranças são bonitas, sua pele é bonita e que se você estudar pode conseguir o que quer.  Essas palavras todas ficam, até hoje eu me lembro disso e devo agradecer a esse incentivo por ter chegado onde cheguei. Sem dúvida, eu sempre falo, é a autoestima e a representatividade. A autoestima é em casa e a representatividade vai ser através dos livros, de uma escritora negra etc. Eu, por exemplo, tinha a Glória Maria na minha cabeça quando eu era criança e vivia falando que seria jornalista por causa dela. 

 

E: Qual ensinamento você acha crucial passar a suas filhas e a todas as crianças negras? 

Isa: Em relação às minhas filhas, eu tenho duas, eu tento e acho importante não trazer um reflexo da minha criação para a criação delas. Agora, ensinamentos: que elas sejam livres, mas a liberdade no sentido total dela, para falar, para dizer não, porque nós mulheres somos muito silenciadas desde a infância. Eu costumo dizer que eu sempre fui uma menina tímida, mas hoje eu vejo que eu fui uma menina silenciada. Eu quero deixar para minhas filhas e não só para elas, para outras crianças negras também, que elas procurem buscar essa liberdade e não ter medo de falar não, pois essa foi a minha maior dificuldade na infância. 

Foto: Jornal Opção

 

E: Em relação a esses ensinamentos essenciais, qual o próximo você abordaria em suas histórias? 

Isa: Eu escrevi tanto, que tenho textos ainda para serem trabalhados, estudados e revistos. Então um tema diferente, no momento não, mas as ideias são muitas. Tenho sempre que manter uma caneta e um papel perto de mim para anotar todos esses detalhes, expressões, nomes que surgem porque isso tudo vai ser usado um dia

 

Entretetizei: Qual obra literária você sente que marcou sua vida?

Isabel: Eu devo dizer na infância, Bolsa Amarela de Lygia Bojunga, sem dúvida. E agora mais recente, a Toni Morrison, porque eu fui conhecê-la aqui na Europa e a leitura do livro O Olho Mais Azul mexeu muito comigo porque remexeu em lembranças que eu achava que já não existiam mais em mim, eu achava que tinham se apagado, então foi uma leitura muito chorosa, pois me fez recordar de situações que eu já havia esquecido. E recordar de coisas depois dos quarenta anos faz você se perguntar: “eu já passei por isso, mas como eu não lembrava? Como não falei disso com ninguém?”. A gente se silencia na infância e carrega com a gente tudo isso e depois durante uma leitura você fala “nossa também passei por isso”

 

E: Conte um pouquinho pra gente seus próximos passos? Você sente vontade de, com suas histórias, atingir outras idades também? 

Isa: Nesse momento tem esses dois contos nos Estados Unidos que estão em inglês, mas está entrando um terceiro agora que é Uma Doce Joaninha. E depois tem sim um adulto que já foi escrito, um romance que são memórias dessa minha avó que morou conosco, era uma pessoa muito querida, silenciada naturalmente também, mas eu dormia com ela todas as noites e ela me contava muitas histórias marcantes da família. São essas memórias que virão nesse livro e espero que até esse semestre a gente já o tenha. 

 

Foto: Fonts in use

 

E: Como a escrita reflete muito o autor, qual das suas obras mais traz sua bagagem pessoal? E qual você mais gosta? 

Isa: É o Corvo Correio, que traz mesmo questões como a diversidade, a representatividade, a busca pelos sonhos, o perdão. Agora um livro preferido fica muito difícil porque quando dizem aquela frase clichê de que “filhos são como filhos”, eles são mesmo, não é? A gente passa aquele tempo todo escrevendo e depois tem que entregar, fica esperando quando vai voltar pra casa. Cada um deles tem uma carga emocional muito forte minha, de maneiras diferentes.  

 

E: E, por último, um conselho a mulheres negras que também estão nessa jornada e sonham em ser escritoras. 

Isa: Meninas, escrevam! Escrevam muito e sem estarem com foco na publicação. A escrita é hábito, por experiência própria. Hoje quando eu olho para trás vejo que eu sempre tive trabalhos, tinha que trabalhar para ganhar a vida e tinha que ter um salário, mas quando eu chegava em casa eu escrevia e disso foi feito um hábito. E hoje eu vejo o quanto foi importante ter criado isso, porque agora eu preciso desse hábito para seguir em frente. 

 

Veja também os melhores momentos da entrevista gravada em nosso Youtube.

 

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* Crédito da foto de destaque: Amazon

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