Confira a lista de mulheres que arrasaram nas competições
As Olimpíadas de Tóquio 2020 tiveram um marco histórico no quesito de igualdade de gênero! Esta foi a edição Olímpica com o maior número de mulheres da história, elas representaram 48,6% do total de atletas. Se comparado às Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, apenas 45% dos atletas eram mulheres.
Se voltarmos um pouco mais, em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta apenas 34% eram mulheres. Na origem dos Jogos Olímpicos, em 1896 a participação feminina foi nula, visto que as mulheres foram proibidas de participar, apenas 4 anos mais tarde, em 1900 as mulheres participaram, mas representando apenas 2,2% do total de competidores.
Algumas mudanças foram implementadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a fim de tentar ampliar a igualdade de gênero em Tóquio 2020. Quatro federações foram igualadas no número de atletas masculinos e femininos: remo, tiro, canoa e levantamento de peso. Além disso, o COI também determinou que todos os 206 Comitês Olímpicos tenham pelo menos uma atleta mulher e um atleta homem na equipe.
Medalhistas brasileiras
As atletas brasileiras em Tóquio 2020, tiveram o melhor desempenho na história de todas as edições Olímpicas em que participaram, elas subiram ao pódio nove vezes.
Rayssa Leal
Tóquio 2020 contou com a atleta olímpica mais jovem da história do Brasil a conquistar uma medalha. Rayssa Leal, carinhosamente apelidada de fadinha, foi a skatista medalhista de prata que encantou todos os brasileiros fazendo manobras radicais com apenas 13 anos de idade. Ela também é a 8º medalhista mais jovem de toda a história das Olímpiadas. Rayssa ficará eternamente marcada no primeiro pódio de estreia do skate como esporte olímpico na competição.
“Feliz porque minha história e a de muitas outras skatistas quebrou toda esta barreira de que skate era só para meninos” disse Rayssa.
Carol Gattaz
A edição dos jogos também contou com a atleta mais velha da história da delegação Brasileira a ganhar uma medalha, com 40 anos de idade, a jogadora de vôlei Carol Gattaz, ganhou medalha de prata. Gattaz não era convocada para a seleção feminina há 8 anos.
“As pessoas falam muito de idade, parece que é o fim da vida. E muito pelo contrário. Estou melhor agora do que quando tinha 20 anos” disse Gattaz
Mayra Aguiar
A judoca brasileira Mayra Aguiar se mostrou uma verdadeira guerreira, conquistando seu terceiro bronze olímpico. Ela é a primeira brasileira da história a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual.
Rebeca Andrade
A atleta Rebeca Andrade fez história para Ginástica Artística no Brasil, ela conquistou a primeira medalha olímpica feminina brasileira nesta modalidade, se consagrando como a maior atleta brasileira no esporte. Ela encantou todos os brasileiros com seu baile de favela, levando a prata na modalidade individual geral e ouro no salto.
“Tiveram muitas pessoas que disseram que eu não chegaria a lugar nenhum”, disse Rebeca
Ana Marcela
Outra medalha histórica foi a de Ana Marcela, para maratona aquática! Essa é a primeira medalha no esporte na história do Brasil. Ana foi eleita a melhor nadadora aquática da história por 6 vezes.
Laura Pigossi e Luisa Stefania
A dupla também ganhou uma medalha histórica para o Brasil, no tênis, sendo a primeira da história nessa modalidade esportiva, as duas são medalhistas de bronze, entrando para a história do tênis brasileiro.
“A gente nunca deixou de acreditar que podia. Eu falei pra ela, as últimas serão as primeiras” disse Laura Pigossi
Martine Grael e Kahena Kunze
A dupla ganhou medalha de ouro para o Brasil na vela. Essa é uma conquista consecutiva, elas também levaram o ouro no Rio 2016, sendo, portanto, bicampeãs na modalidade.
Beatriz Ferreira
A boxeadora que é conhecida como colecionadora de nocautes, conquistou medalha de prata na categoria de 60kg do boxe.
Meninas do voleibol feminino
A seleção feminina do vôlei, composta por Carol Gattaz, Rosamaria, Macris, Fê Garay, Roberta, Gabi, Ana Carol, Carol, Camila Brait, Bia e Natália, não eram as favoritas para ganhar medalha, surpreendendo a todos indo diretamente para o pódio, ganhando medalha de prata.
Especial: mais mulheres incríveis
Simone Biles
Considerada a melhor ginasta do mundo, a norte-americana Simone Biles tomou a corajosa decisão de não disputar a medalha em algumas modalidades da ginástica artística a fim de cuidar e priorizar sua saúde mental.
“Acho que a saúde mental é mais importante nos esportes neste momento. Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos, e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos”, disse Simone.
Ainda há muito o que melhorar
A cada 10 treinadores dos Jogos Olímpicos apenas 1 é mulher, um exemplo é Pia Sundhage, treinadora da seleção feminina de futebol. As meninas alemãs da ginástica artística decidiram usar uniformes com calça, ao invés do tradicional collant, sendo um ato contra o sexismo no esporte, um exemplo desse sexismo foi quando o time feminino de handebol da Noruega foi multado por jogar de shorts ao invés de biquínis.
A federação Europeia de Handebol alegou que o traje era inapropriado. Esperamos que em Paris 2014, as mulheres alcancem os 50% na igualdade de gênero entre atletas, e possam usar roupas em que se sintam confortáveis.
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação Reuters
