O Último Virgem: conheça o Produtor

Falaaaa, galera! Tudo beleza?

Hoje eu vim com novidades, e dessa vez o negócio tá ficando mais sério. Por quê? Bom, entrei em contato com uma pessoa daquelas que você fica boquiaberto quando lê sobre. Ficou curioso? Então continue lendo…

Você gosta de cinema e teatro? Então já sei que você vai AMAR a entrevista com o Felipe Adler, mais conhecido como Lipy Adler. O cara trabalha com criação, roteiro, atuação, é empreendedor (sócio-diretor da Patota Produções), produtor de eventos e ainda é músico… Já dá pra ver que ele é sinistro, né? Hahaha.

O Lipy escreveu uma história muito interessante, baseada em sua vida pessoal e que VIROU FILME! Sim, o filme “O Último Virgem”, com atores como Guilherme Prates e Fiorella Mattheis, foi dirigido por Rilson Baco e Felipe Bretas e escrito pelo Lipy Adler, sendo que ele também está no elenco.

O filme conta a história de Dudu (Guilherme Prates), que está cursando o último ano do ensino médio e não sabe lidar com garotas. Após receber um convite inusitado de sua professora Debora (Fiorella Mattheis), Dudu recebe ajuda de seus amigos Borges (Éverlley Santos), Escova (Lipy Adler) e Gonzo (Christian Villegas) para conseguir finalmente perder a virgindade.

Já deu pra perceber que o filme é bem engraçado, né? De quebra ainda teremos a participação de Gabi Lopes, Amanda de Godoi e Camila Mayrink. Bom, eu estou superansiosa para assistir e você não pode perder, hein! A estreia está marcada para o próximo dia 31 de março, anota aí 😉

Chega de papo, vamos ao que interessa? Conheça um pouco mais sobre Felipe Adler, você vai adorar essa entrevista exclusiva que ele nos concedeu.


Blog- Como começou sua paixão pelo cinema? Qual foi seu primeiro trabalho como ator e como diretor?
 
Lipy – Na verdade eu não faço direção. Minhas áreas são: Criação do Argumento (idéia central), Roteiro, Produção e Atuação. Dentro da parte de produção exerci outras funções acompanhando todo o processo desde o departamento executivo, produção de elenco, trilha sonora, finalização, captação, edição e jurídico.. Foi uma faculdade em 6 anos, desde a criação do roteiro em 2010. Tudo isso começou pois em 2006/2007 escrevi uma peça de teatro chamada “O Ultimo Virgem Carioca”. Tinha acabado de me formar no curso técnico profissionalizante na Cal (casa da artes laranjeiras) e não tava sendo nada fácil ter acesso a testes pra teatro, tv e cinema. Juntei uma grana do meu trabalho de fotografo de noitada, + um $ com minha familia que ajudou um pouquinho cada um, fiz um “ratatá” e juntei la uns 20 mil na época, que foi o suficiente pra empreender a primeira temporada que obvio deu prejuizo mas foi a minha primeira experiencia no empreender artístico. A peça ainda teve outra montagens, se tornou “O Ultimo Virgem” pra podermos viajar onde fizemos região dos lagos, Salvador e Belém do Pará. Em 2009 finalizamos sua temporada já que sem atores globais, ficou complicado de manter uma peça de teatro sem patrocinios ou investimentos no projeto, a conta não fechava. O cinema veio á minha vida em 2 trabalhos. Um como elenco de apoio do filme: “Pode Crer!” de Arthur Fontes, nem apareço no filme, mas foi uma experiência incrível acompanhar as filmagens com um elenco tão brilhante como Adnet, Gregorio Duvivier, Dudu Azevedo e cia… Em 2008 atuei como o surfista Ike, no filme “Era uma Vez” de Breno Silveira, esse sim iniciou minha paixão por fazer cinema, fora que o Breno (diretor) é um máximo!!! Genial!!!
 
 
B – Como foi a primeira vez que você subiu em um palco e qual foi seu primeiro trabalho como ator?
 
L – Respondi acima tudo junto! Rs…
 
 
B- Qual dos trabalhos dentro do Teatro você mais gostou de fazer? Por que?
 
L – Cada trabalho no teatro teve seu momento especial. Teatro é uma arte viva do presente. O cinema é eterno, mas o teatro você vive aquilo e pronto, ficou la. Amei fazer a minha primeira peça “O Ateneu” dirigida pelo Leo Brício em 2001. Foi a minha primeira vez no teatro profissional, eu fazia o personagem 40 entre 40 atores, quase rodei na última semana pois era muito cru ainda, mas deixaram-me fazer parte e foi um grande aprendizado! Depois alguns infantis nos quais foram ótimos para a minha maturação como ator e pessoa, ralação, panfletagem todo fantasiado e maquiado, rs! Entre 2007 e 2009 a fantástica experiencia de fazer meu primeiro protagonista no teatro, O último Virgem foi muito especial. Entre 2010 e 2011 logo após uma breve experiência na Tv (Os Mutantes) escrevi uma nova peça de teatro e produzi junto com dois amigos também atores “Quem vai ficar com ela?” Esta fizemos em vários teatros no Rio, ficamos quase um ano em cartaz no Teatro Miguel Falabella no Norte Shopping na salinha alternativa! Foi ralação também pois lá era um publico que andava pelo shopping e divulgávamos com os figurinos, fazíamos 2 sessões por dia as vezes pois só cabiam 40 pessoas na salinha. Montávamos e desmontávamos o cenário todos os dias pois em dias de semana era onde havia as aulas de teatro. Essa peça foi muito especial pois chegamos a apresenta-la em Lisboa (Portugal) no FATAL. Festival Acadêmico de Teatro Anual de Lisboa. Foi a minha primeira e única vez na Europa! Ano passado (20015) fiz uma incrível temporada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) uma peça de teatro do absurdo contemporâneo “Paparazzi” de Matei Visniec. Foi um grande teste pessoal sair da comédia e fazer um drama, um teatro realístico e principalmente com atores ultra mega consagrados como Malu Valle, Leo Vieira e Xando Graça. Foi um teste pessoal, pois queria ver na prática se eu estava minimamente pronto em cena sem destoar destes que tem a minha idade nos palcos, e pra minha alegria, foi uma temporada muito boa!!! Aprendi MUITO!
 
 
B – Você acha que o teatro é importante na vida de uma pessoa, independente de qual profissão 
ela queira seguir? Por que?
 
L – Não sei, essa pergunta eu não posso responder. Cada um deve descobrir o lhe faz sentido. Eu não escolhi a arte, ela que me escolheu, já manifestava dom artístico aos 2 anos de idade… Claro que você fazer uma aula de dança, de musica pode te ajudar em outros campos da sua vida, mas isto é muito de pessoa a pessoa.
 
 
B – Sendo hoje ator, cantor, roteirista, compositor, produtor artístico e empresário, como você da conta?
 
L – Um dos meus talentos junto com outros que tenho é o de ter desejos. Desejo de algo. Desejo de desejar. Isso me motiva. Pra dar conta eu preciso abrir mão de muita coisa, principalmente no lazer e social. Não faço viagens pro exterior pois invisto meu dinheiro ganho em novos empreendimentos por ex. Isso me faz muita falta, sou doido pra viajar nem que seja uma praia perto do Rio, Europa é sonho sem falar em tailândia, indonésia… Quero rodar o mundo!!! Mas na vida é assim, você precisa fazer restrições, foi uma escolha que fiz… Quando eu conseguir transformar todas as versatilidades em empreendimentos sólidos, com principalmente equipe trabalhando comigo, vou poder administrar tudo com mais calma…
 
B – Você imaginou que seu hit “Para-raio de Piriguete” iria fazer tanto sucesso? Conta pra gente!
 
L – Eu não acho que a musica tenha feito tanto sucesso ainda.. Foi um teste que fiz, criei a musica, gravei, fiz o clipe, tentei criar um conceito mesclando o Sertanejo com o Rio de Janeiro. Acabei não conseguindo me dedicar tanto a este projeto como deveria pois estava produzindo o filme em paralelo que me exigiu 100%! A musica esta na trilha sonora e o clipe também foi colocado no filme de uma outra forma.. Veremos as repercussões. 🙂
 
 
B – A música sempre esteve presente sem sua vida? Qual seu estilo de música preferido?
 
L – Fiz aula de violão com uns 14 anos! Sempre fui extrovertido, fazia shows em boates, gosto de cantar mas é mais um hobby pessoal do que uma vontade profissional.
 
 
B – Você tem inspirações?? Se sim, qual (quais)?
 
L – Ajudar os outros… Em grande escala…
 
B – Sobre seu trabalho como produtor de eventos: é algo que surgiu com o tempo, você descobriu que tinha talento para isso também, ou sempre foi um sonho?
 
L – Necessidade. Pra inscrever o roteiro do O Último Virgem na Ancine, eu precisava abrir uma produtora artística e isso tinha um custo. Eu tava duro pois tinha feito a ultima temporada da peça “Quem vai ficar com ela?” na qual tinha dado prejuízo pra variar… Sem grana e precisando abrir a produtora juntei uns amigos e fiz minha primeira festa chamada “Lua Nareia” na antiga Boate Praia aos Domingos. Foi sucesso, consegui abrir a Patota Produções em sociedade com o Rilson Baco, meu sócio e diretor também do filme. E fui levando esse business paralelo, não me fez rico mas me deu alguma dignidade pra viver nesse Rio de Janeiro onde um pastel e um suco custa 50,00! Assim também pude continuar empreendendo arte.. A musica que gravei e produzi foi com dinheiro de festas por ex… Ator precisa de um plano B, são poucos que conseguem jovens viver só de arte.
 
 
B – Como foi a ideia de criar a Patota Produções? Quais são seus planos para o futuro dentro da empresa?
 
L – A Patota tem uma filosofia. A gente faz arte por amor. Nossa clima de reuniões e filmagens é sempre alegre e descontraído, claro que sempre rolam desafios e stress, normal, mas o que nos move é o AMOR! Aqui ninguém trabalha por obrigação, trabalha porque se diverte com isso, onde você acha que eu me sinto completo? No palco, no set… É muito legal ver o que voce criou em falas de roteiro se tornarem reais! Juro, não tenho palavras pra descrever isso. Outros projetos: Filme: O ultimo Virgem 2, O último Virgem a série de Tv, a nova temporada da peça “O Último Virgem” turnê Brasil, um canal no Youtube sobre o meu personagem do filme, O último Virgem – O Livro. Esses são os próximos projetos em andamento.
 
 
B – A respeito do filme “O último Virgem”: o que te levou a produzi-lo? De onde surgiu esse 
nome tão engraçado e como foi todo o preparo até o clique final?
 
L – Foi inspirado em mim mesmo! Eu era muito feio, nenhuma mulher queria “me dar”, desculpe a expressão. Ia pra Terefantasy, a festa de maior pegação do Rio de janeiro e não pegava ninguém. Fui 2x, e nas duas lisei! Daí partiu a ideia de escrever sobre isso… O filme também tem vários momentos auto-biográficos. Claro que tem muita ficção, mas a espinha dorsal foi inspirada em mim sim, inclusive os personagens principais.
 
 
B – Durante a produção e edição do mesmo, você teve que fazer mudanças ou ajustar algumas 
cenas para chegar no ponto certo? 
 
L- Sim, muitas!!! Toda hora tínhamos que mudar algo… Vários desafios!!! Mas nosso editor e nosso assist de edição eram muito casca grossas, nos ajudaram.. A edição do filme ta FODA!

B – O filme é composto por um elenco bem preparado e de nomes conhecidos. Como foi essaescolha dos atores e atrizes, e o que achou do trabalho deles após ver o resultado final?

 
L – Alguns deles eu já conhecia e chamei pra fazer o filme na parceria, até porque era um filme de baixo orçamento e os cachês muito simbólicos perto da realidade. Fizemos esse filme com um orçamento quase de uma peça de teatro, bem abaixo dos padrões do cinema nacional. Outros atores vieram de testes de elenco chamados pela Carla chueke e outros indicados pelo André Monteiro que fez uma supervisão artística e preparação de elenco. o RESULTADO FOI BEM ACIMA DAS EXPECTATIVAS, TODOS ARREBENTARAM!
 
B – Olhando tudo o que você conquistou até agora, o que tira de ensinamento após tantos anos.
 
L Humildade, perseverança e principalmente Espiritualidade. Me tornei outro Felipe, me tornei: Lipy Adler. De verdade, de 3 anos pra cá me tornei uma pessoa muito diferente da qual eu era, apenas mantive a essência.
 
B – E para fechar: O que você diria para aquelas pessoas que sonham em trabalhar nas áreas de 
cinema, TV, Teatro, Música e Produção? Qual o segredo para ser um profissional de qualidade, 
e, principalmente, ser feliz com aquilo que faz?
 
L – Estude! Leia, assista teatro, cinema. Se quer ser ator o ator deve ser pra todos os campos, deve ser completo. Cante, dance, escreva, produza…. Quem diz que quer só tv não quer ser ator, que ser famoso.  Então faça um reality ou alguma outra coisa mais imediata. Viver de arte no Brasil é uma escolha árdua, pode demorar anos e pode durar pra sempre. Não seja escravo da sua vaidade, pois isso te fará infeliz, descubra quem você é de verdade e quando estiver certo disso, cai dentro, corra atrás…. Se isso é o que te faz sentir-se bem e completo, vai fundo. Eu não tinha grana de família, não tive historia na Tv, nem ninguém da minha família pra me ajudar ou indicar e nem por isso deixei de realizar meus empreendimentos, de realizar meus sonhos mesmo com todos dizendo que era impossível. Não é! É difícil pra caramba, superei depressão, dividas intermináveis, empréstimos em banco (não façam!), vendi tudo o que eu tinha, Tv, moveis, mailing, festas… Mas não vendi a alma e nem a minha integridade. Mergulhei na espiritualidade, estudei KABBALAH (me ajudou muito!!! Me salvou!!). Olha, demorou 10 anos!!! Mas consegui, realizei. Se vai ser sucesso ou não eu já não sei, mas fiz… Só pela realização já me faz um cara vencedor. Claro que eu espero ainda fazer muita coisa, mas isso só o universo e meu futuro dirá… A questão é: Você, vai torcer por mim?
 

 
Gente, adorei!!! Que entrevista maravilhosa e inspiradora, não é mesmo? De verdade, fiquei muito feliz, pois até então só tínhamos entrevistado atores, e agora conhecemos um pouco sobre outras profissões mega importantes. Espero que essas respostas tenham tocado vocês de alguma forma, assim como me tocou!

Desejamos MUITA sorte para o Felipe, que ele faça muito sucesso com seu filme (estamos doidas para assistir) e que ele continue incentivando e inspirando pessoas através de suas experiências!! Muito obrigado, de coração. Estamos torcendo por você ein!!

O Último Virgem estreia agora em Março (31), não deixe de assistir!

Um beijo,

Anna Clara

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