Foto: divulgação/Ana Carolina Sauwen

Entrevista | Ana Carolina Sauwen fala sobre seu primeiro livro

A artista conta como foi o processo de escrita do livro, além de falar sobre outros projetos

 

Atriz, comediante e autora, Ana Carolina Sauwen se destaca por suas diversas habilidades de demonstrar talento e contribuição para a arte. Nascida no Rio de Janeiro, a atriz foi finalista do prêmio Multishow de Humor, além de participar de produções como Vai na Fé (2023), A Grande Farsa (2015) e Meu Querido Zelador (2022).

Após se tornar mãe pela primeira vez durante a pandemia, Ana começou o processo de escrita do seu primeiro livro de poesias — A Mãe Desse Livro Não Sou Eu , que tem previsão de ser lançado em breve. O livro aborda as dores, alegrias e momentos difíceis da maternidade da artista. Na obra, a atriz revela um lado diferente ao seu público, já acostumado a vê-la em papéis cômicos.

Aos 40 anos, recém-completados, Ana vive uma fase cheia de projetos, como a novela Pedaço de Mim, que estreia nesta sexta-feira (5), na Netflix, e o filme Cansei de Ser Nerd, longa de Gualter Pupo, ainda sem data de estreia. 

Em conversa com o Entretetizei, a artista fala sobre seu primeiro livro e sobre como foi escrevê-lo, além de seus outros projetos. Confira:

Entretetizei: Você foi mãe durante a pandemia, o que tornou a experiência ainda mais desafiadora, e então surgiu seu livro de poesias. Como foi explorar essa sua versão escritora? 

Ana Carolina: Na verdade, eu sempre escrevi. Essa versão escritora existe em mim até antes da atriz, da palhaça e da humorista. Bem novinha mesmo, eu ficava horas escrevendo, criando histórias, desaguando sentimentos. Tive uma infância difícil, morei em outro país, e já nessa época escrevia poesias que me ajudavam a processar tudo que eu estava vivendo. Só que era tudo muito simplório, obviamente. E acho que a escrita foi  amadurecendo em mim ao longo dos anos, e é a primeira vez que eu produzi um material que eu achei que faria sentido transformar num livro.

Foto: divulgação/Ana Carolina Sauwen

E: Ainda sobre A Mãe Desse Livro Não Sou Eu, como se sentiu durante o processo de escrita? Um livro já estava nos planos, ou foi essa a sua forma de expor seus sentimentos naquele momento?

AC: A escrita foi muito fluida, uma válvula de escape, um jeito de processar tudo que eu estava vivendo naquele período. Nos momentos que eu escrevia, ainda não tinha esse objetivo de virar um livro. Era somente uma maneira de processar; as frases iam aparecendo na minha cabeça enquanto eu dava de mamar. Botava meu filho para dormir, e eu ficava segurando elas para o momento em que tivesse a chance de sentar e escrever, registrar tudo aquilo. Só um bom tempo depois eu voltei a ler o material bruto, e vi que morava um livro ali. Então passei a me dedicar a uma nova etapa: a de reler, organizar, fazer escolhas, já pensando tudo aquilo como um futuro livro.

E: Agora que já é uma autora publicada, existem planos de uma próxima obra de poesia ou de outro gênero ? 

AC: Eu tenho revisitado coisas que escrevi ao longo de muitos anos para diversas pessoas, e reescrito, reelaborado, pensando num livro sobre o amor chamado Todos Seus, que brinca com essa ideia do amor romântico, da pessoa única. À medida que ele é feito de uma colcha de experiências, sonhos, pessoas, paixões platônicas, inventadas ou vividas — por mim ou por outras mulheres — ao longo de muitos anos.

E: Um de seus novos trabalhos como atriz será em Pedaço de Mim, aguardada novela da Netflix. Pode nos falar um pouco sobre sua personagem? 

AC: Infelizmente, a gente não pode contar nada ainda sobre Pedaço de Mim. Imagino que esteja todo mundo muito curioso, e eu também estou. Tenho certeza que tá um trabalho lindo, pelo que vi até agora; mas mais coisas, só depois que lançar.

E: Conseguimos conhecer diferentes versões suas como atriz, humorista e, agora, escritora. Você consegue conectar essas diferentes vivências em cada um dos seus trabalhos? 

AC: A primeira coisa que eu acho que se conecta em todos os meus trabalhos é o desejo de estabelecer uma comunicação muito direta com as pessoas, em criar uma relação com quem tem contato com a obra. A minha poesia parte de situações muito corriqueiras: a visita ao mercado, a ida à farmácia, para tocar em pontos muito profundos de dor, melancolia, saudade; mas sempre a partir de imagens muito cotidianas, com as quais cada um pode se identificar.

Acho que o meu trabalho artístico tem isso, é fácil se identificar com o que eu trago. E, além disso, eu acho que em todas as linguagens existe o mesmo mergulho na dor, nos buracos que a gente carrega; e a partir deles, expressões artísticas completamente diferentes. São formas distintas de transformar tudo aquilo que dói na comédia, olhando de longe, controlando mais intelectualmente e conseguindo rir de tudo aqui, na literatura; se aproximando mais e deixando que a coisa toda mostre seu rumo.

Foto: divulgação/Ana Carolina Sauwen

E: Por fim, existe mais algum projeto em que vamos te acompanhar em breve?

AC: Sim! Em breve estreia no cinema o longa-metragem Cansei de Ser Nerd, de Gualter Pupo, no qual eu faço uma das vilãs. E em Agosto estreia no Sesc Copacabana o espetáculo Dicas para Sofrer em Paz, no qual assino a minha primeira direção e também a dramaturgia, junto com a Lulu Carvalho, idealizadora e atriz do espetáculo.

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Texto revisado por Jamille Penha

 

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