Canção dos Ossos
Foto: reprodução/Giu Domingues

Entrevista | Giu Domingues fala sobre processo criativo por trás de seus livros

Em entrevista ao Entretetizei, autora fala mais sobre seu processo criativo

Na última semana, nós do Entretê tivemos o prazer de participar do evento de lançamento do livro Canção dos Ossos, da autora Giu Domingues na Livraria da Vila em São Paulo.

O evento contou com um bate-papo descontraído e divertido, mediado pelo Paulo Ratz, do Livraria em Casa. Além de responder várias perguntas dos fãs, Giu preparou com todo o carinho um bingo temático do livro, que premiou o vencedor com livros nacionais. Legal, né?

Canção dos Ossos
Foto: reprodução/Giu Domingues

Os fãs estavam animados com o evento, que contou até com cosplayers e a presença de alguns autores nacionais e amigos da Giu, tornando esse dia bem especial. Giu Domingues, que ficou conhecida por Sombras do Sul, agora encabeça um novo projeto inspirado em O Fantasma da Ópera.

Além disso, o Entretê conversou com ela sobre seu novo lançamento. Confira a entrevista abaixo:

Entretetizei: Como você descreveria o relacionamento da Elena e da soprano misteriosa para quem ainda não leu o livro?

Giu Domingues: É um relacionamento de doida encontra doida, o remédio para um doido é um doido e meio. A Elena e a Eco são opostos da mesma moeda. As duas têm métodos questionáveis para alcançar essa ambição, mas enquanto a Elena é uma menina ingênua, perdida e muito solitária, a Eco é muito segura de si, e é por isso que a Elena fica tão fascinada por ela, e também é essa que vai ser sua ruína eventualmente. 

E: Quais são suas inspirações quando começa um novo trabalho como esse?

GD: Eu gosto de pensar que o escritor é tipo um colecionador, então ele vai passando pela vida e colecionando coisas, tipo uma pega (espécie de ave), botando no meu ninho as coisas que são brilhantes. Para esse livro especificamente, fui muito inspirada em Fantasma da Ópera, mas mergulhei muito no mundo da literatura gótica, nessa ideia do que é o grotesco,o que é o profano, o que não é; o que é o angelical. 

Me inspirei bastante na literatura dessa época, em filmes dessa época. Um filme que me vem à mente é Colina Escarlate (2015),outro é Cisne Negro (2010), com essa ideia de um ambiente de música super competitivo, fui colecionando essas coisas ao longo do tempo. O mundo me inspira muito e a vida me inspira também.

E: Como o seu processo criativo mudou durante os anos? Você mudou algo desde que escreveu Sombras do Sul?

GD: Acho que cada livro pede um processo criativo diferente. Tem livros que precisam de mais estrutura, mais cuidado, precisam de um atendimento muito mais próximo. E, Canção dos Ossos foi um livro desses, eu precisei estar muito próxima da história. Então, prefiro não ter um processo engessado e, sim, ir adaptando meu processo criativo de acordo com o que o livro pede.

E: Se pudesse tomar um café com um dos seus personagens, qual escolheria?

GD: Certamente não seria a Eco, pois ela é doida, como eu disse. Também não seria a Elena, pois ela tem muitos dos meus defeitos, imagina sentar para tomar café comigo? Mas eu me sentaria para tomar café com a Dimitria, porque ela é tudo, tudo que eu gostaria de ser: ela é corajosa, engraçada, inteligente. A gente com certeza ia sair do café para o bar, do bar para o restaurante, depois para outro rolê. Então, com certeza seria a Dimitria de Luzes do Norte.

E: Com a duologia você explorou o romance, agora foi para um dark com mistério. Tem algum outro gênero que sonhe em explorar?

GD: Queria muito escrever um livro de fantasia urbana. Eu gosto muito da ideia de criar um mundo novo, mas também gosto da ideia de trabalhar com o mágico dentro do mundo que a gente conhece. Então, tenho certeza que isso vai estar no meu futuro.

E: Indica pra gente três livros nacionais que todo mundo deveria ler?

GD: Recomendo muito o livro O Auto da Maga Josefa da Paola Siviero. Ele é um livro maravilhoso. A Paola é minha amiga, então sou suspeita pra falar, mas é um livro maravilhoso, tem uma voz muito única. No mundo do romance, recomendo muito Te Vejo na Final, do Ayslan Monteiro É um livro que fala de futebol, e eu, que odeio futebol, fiquei apaixonada. Ele é um enemies to lovers muito incrível. Além disso, é o primeiro romance gay da Harlequin, eu acho incrível esse livro. 

E a minha escritora nacional preferida é a Fernanda Castro, autora de Mariposa Vermelha, Lágrimas de Carne, O Fantasma de Cora. E, assim, embora Mariposa Vermelha seja meu favorito, ele tem muito a vibe de Canção dos Ossos, O Fantasma de Cora é tipo Bridgerton, Agatha Christie e Chocolate com Pimenta, ele é simplesmente o livro perfeito, então eu recomendo muito mesmo os livros da Fê.

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Texto revisado por Karollyne de Lima

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