Resenha | A Garota do Lago

Um crime que cochou a pequena cidade de Summit Lake e uma leitura que absorve e hipnotiza o leitor

 

[Contém spoiler]

De fácil leitura e com um tema central intrigante, A Garota do Lago é o livro de estreia de Charlie Donlea. Lançado em 2016 pela Faro Editoral, a obra possui vários gêneros, dentre os quais suspense psicológico, ficção, policial processual e mistério.

Com avaliação com cerca de 4.6/5 em diversos sites que vendem livros, como Amazon e Submarino, A Garota do Lago gira em torno de um assassinato e da investigação do mesmo. Becca Eckersley, uma jovem que cursava o primeiro ano da pós-graduação em direito na Universidade George Washington, é assassinada brutalmente na casa de férias de seus pais, na cidade de Summit Lake

O assassinato, o primeiro registrado na pequena cidade, chama a atenção da imprensa. A jornalista Kelsey Castle é mandada pela revista Events a fim de cobrir o caso e escrever um artigo sobre a morte de Becca. Ou pelo menos é isso o que seu editor, Penn Courtney, quer que ela pense. 

A verdade é que Kelsey passou por uma experiência traumática que a fez ficar trancada em casa por cerca de um mês. Determinada a voltar para suas atividades, a jornalista tenta retornar ao trabalho rotineiro, mas Penn acredita que ela ainda precisa de mais um tempo para se recompor e então decide mandá-la até Summit Lake para cobrir o caso de Becca, quando na verdade, sua intenção é de que Kelsey relaxe mais um pouco e tenha tempo de processar tudo o que aconteceu com ela.

Depois de descobrir algumas coisas sobre Becca, Kelsey se sente ligada à jovem e não mede esforços para solucionar o mistério por trás do assassinato da estudante de direito. Além disso, desvendar esse mistério pode ser o que a jornalista precisa para superar seus próprios medos e traumas.

Considerações

Pontos Negativos

Uma das coisas que mais me chamou atenção nessa leitura foi o fato dos pais da Becca serem podres de rico e [spoiler] usar todo poder e influência para encobrir detalhes do assassinato. Tudo bem que o pai dela queria se candidatar a juiz, mas mesmo assim, Becca ainda era filha dele e foi assassinada em circunstâncias muito violentas.

Outro ponto é a forma com a qual Charlie Donlea trata um tema importante. O assunto, mesmo que ligue as duas protagonistas da trama, Becca e Kelsey, não é aprofundado no livro. Por se tratar de um tema muito sério, deveria ser mais aprofundado e tratado com mais cautela e importância.

Além disso, outra questão importante e desnecessária é quando o autor insinua que Becca era uma “manipuladora de homens”. Colocando a personagem em um lugar que talvez não seja realmente dela, já que não fica explicado se ela é ou não isso, além de não ter nenhuma prova que corrobora para confirmar a hipótese.

E por fim, mas não menos importante, a passividade e lerdeza de Kelsey irritam em alguns momentos da trama. Kelsey é uma jornalista premiada e importante e, mesmo assim, depende quase 100% de outras pessoas para conseguir uma prova. Além disso, a jornalista leva a palavra dos outros como lei e assume ser a verdade sem ao menos investigar mais ou procurar outra fonte que confirme as palavras de outros. (Como estudante de jornalismo, a redatora ficou intrigada com isso)

Kelsey confia cegamente em alguns personagens, pessoas que ela mal conhece e compartilha detalhes do assassinato de Becca a alguns deles.

Pontos Positivos

Mesmo com alguns pontos negativos (os que estão acima, além de alguns outros pequenos você vai reparar na leitura), a escrita de Donlea é maravilhosa. Ele escreve de uma maneira objetiva, de fácil compreensão e que prende o leitor completamente. 

Garota do Lago inegavelmente é um livro intrigante. Com várias reviravoltas, a trama apresenta aos leitores vários suspeitos para o assassinato de Becca. E se você (assim como a redatora aqui), é totalmente surtada(o), vai conseguir suspeitar até de quem não possui indícios explícitos, afinal, em uma cidade pequena como Summit Lake, todos se conhecem, portanto todos podem ser suspeitos.

Nessa história envolvente, a narração ocorre em terceira pessoa. Viajamos entre o passado e o presente. Enquanto acompanhamos Kelsey no presente tentando desvendar o que aconteceu com Becca, também vemos Becca no passado, meses antes de seu assassinato, até chegar ao fatídico dia do homicídio da estudante. 

Com Kelsey descobrimos detalhes do que houve com Becca; e com Becca, entendemos as circunstâncias e o que antecedeu a seu assassinato. As narrativas se complementam e é possível montar o quebra-cabeça completo através delas.

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*Crédito da foto de destaque: Gramatura Alta

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