Indiana Jones (Harrison Ford) in Lucasfilm's Indiana Jones and the Dial of Destiny. ©2022 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved.

Resenha | Indiana Jones e a Relíquia do Destino repete fórmula mas é um agrado para os fãs

Quinto filme da franquia Indiana Jones e a Relíquia do Destino chega aos cinemas na próxima quinta (29)

[Contém spoiler]

Depois de 15 anos longe das telonas, Indiana Jones volta para mais um episódio de suas aventuras. Com a mesma embalagem dos filmes anteriores, o quinto longa da saga cumpre com a promessa de agradar os fãs usando e abusando da fórmula que eternizou o herói. 

Assista o trailer aqui:

O Entretê assistiu essa produção em primeira mão, então bora conferir o que achamos:

O enredo

Na última aventura do nosso herói, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008), o contexto em que estávamos era o da Guerra Fria, conflito entre Estados Unidos e a antiga URSS que marcou o embate entre socialismo e capitalismo. Nesse filme, nos deparamos com o surgimento de um filho do protagonista e com o casamento dele com Marion (Karen Allen). 

Por isso, quando começamos o novo capítulo com o final da Segunda Guerra Mundial como palco, os telespectadores ficam com uma certa dúvida sobre em que período da linha temporal o novo filme vai se passar. Mas quando vemos o protagonista rejuvenescido digitalmente, fica claro que estamos em um flashback. A trama do quinto filme se passa em 1969, no ano do pouso na lua.

Mas é partindo desse passado que a nossa aventura se inicia. Trazendo de volta uma antiga trama, adorada pela produção, nosso herói é levado para uma Alemanha Nazista em plena decadência. Com isso, a tão conhecida adoração de Hitler e seus seguidores por artefatos antigos – principalmente aqueles que carregam consigo lendas de poder- é o tema central do filme. 

Dessa vez, Indiana (Harrison Ford) parte em busca de um artefato construído pelo matemático e filósofo Arquimedes, a Anticítera, que seria capaz de abrir fendas no espaço-tempo, permitindo viagens ao passado. 

Com ele, embarcam nessa aventura Helena (Phoebe Waller-Bridge) e o jovem Teddy (Ethann Isidore) contra um cientista nazista interpretado pelo grande Mads Mikkelsen. Com isso, somos transportados para cidades na Itália, Egito e Estados Unidos enquanto seguimos nosso herói em sua caçada ao tesouro. 

Um diferencial dessa produção são os tópicos envolvendo viagem no tempo. Essa abordagem é um sopro de ar fresco, já que traz algo nunca antes explorado nesse universo com um enredo plausível, sem abusar da ingenuidade do público sobre o tema. 

Referências 

Para os fãs da saga, o quinto filme traz um prato cheio de referências a cenas passadas, volta de personagens muito queridos e o uso de diálogos e cenas típicas da franquia. Tudo isso sempre acompanhado da trilha sonora inesquecível e dos típicos chapéu e chicote, que são marca registrada do personagem. 

Aqui, nós podemos revisitar Sallah, com John Rhys-Davies, personagem que ajuda Indy no primeiro filme da saga e reaparece no terceiro. Mas o grande destaque vem com Marion, interesse amoroso do protagonista que acaba se casando com ele no quarto filme. 

sallah

Foto: Reprodução

Karen Allen, atriz responsável por trazer Marion à vida, embarca nesse universo pela terceira vez, tendo participado também do primeiro e quarto longas. Apesar de ter pouco tempo de cena, a presença da personagem é de extrema importância e traz um dos momentos mais emocionantes do filme, ao se reencontrar com Indiana após o casamento deles ter enfrentado problemas. 

O casal ainda protagonizou a releitura de uma das cenas mais emblemáticas, arrancando suspiros de todos os telespectadores que lembrem do momento e sendo os responsáveis por gerarem ainda mais um tom nostálgico. 

Elenco

Basta acessar as informações do filme para que qualquer cinéfilo queira ir para as salas de cinema nesse mesmo instante. O elenco reúne diversos nomes de peso entregando atuações impecáveis. Além dos nomes já familiarizados com a saga, como Harrison Ford, Karen Allen e John Rhys-Davies, os recém-chegados não deixam a desejar em nada. 

Ford divide protagonismo com um dos maiores destaques da dramédia atual, Phoebe Waller-Bridge, mais conhecida pelo seu trabalho em Fleabag, série no qual a atriz não só atuou como também escreveu. 

Foto: Divulgação/Disney

O lado cômico de Phoebe não foi esquecido em Indiana Jones e é um dos pontos altos de toda a trama. Sua personagem Helena Shaw consegue trazer um respiro no meio de uma enxurrada de informações históricas, ao mesmo tempo que promove os melhores diálogos de toda a saga. 

Outro ponto alto da produção é Mads Mikkelsen como o vilão Dr. Jürgen Voller, que não deixa nada a desejar se comparado aos antagonistas dos outros filmes. Misturando classe, frieza e extrema inteligência, Voller movimenta a trama ao voltar para o passado para tentar substituir Hitler. 

Mads Mikkelsen indiana jones

Foto: Divulgação/ Disney

Crítica – Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Trazendo temas como viagem no tempo para jogo, o filme consegue reproduzir o esplendor e qualidade de todos os seus antecessores, mesmo sem ser encabeçado por Spielberg. O enredo abusa de uma fórmula pronta e já muito utilizada, mas consegue inovar com os personagens novos, destaque para Waller-Bridge, gerando um entretenimento confortável. 

Um dos maiores destaques da produção é o respeito à idade do personagem, que apesar de ter seus movimentos contidos, não perde o gingado em momento algum e consegue, ainda assim, lutar contra seus inimigos com muito sucesso. 

Olhando de uma perspectiva de fora da cena, essa foi uma boa homenagem a Harrison Ford, que pode relembrar seus anos de juventude com Indiana Jones e todas as cenas incríveis que pode protagonizar, além de servir de uma possível despedida do personagem.

indiana jones e a relíquia do destino

Foto: Divulgação/ Disney

A viagem no tempo é um dos pontos altos da produção. A explicação dos fatos históricos e da ciência por trás do processo é de extrema qualidade, não gerando muitos pontos de dúvida. Esse tópico é responsável por uma das cenas mais diferentes de toda a franquia ao colocar os personagens como viajantes temporais, além de ser um presente para o protagonista, que pode ver pessoalmente aquilo que foi seu objeto de estudo por anos. 

Indiana Jones e a Relíquia do Destino abraça os fãs gerando um gostinho de conclusão para a saga. O tom de saudosismo, a busca por afeto do protagonista e o abuso de referências ao passado glorioso do personagem finalizam o enredo de forma completa e respeitosa. 

 

O quinto filme da franquia Indiana Jones chega aos cinemas nesta quinta-feira (29)

 

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*Créditos da foto de destaque: Divulgação/Disney

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