Um livro, um clique: Qual obra literária seria cada rede social

Na era digital, é muito difícil ficar longe das redes sociais. Cada uma delas tem características marcantes, assim como os livros. Se cada aplicativo fosse um livro, qual seria?

 

Segundo pesquisa da RD Station realizada no ano de 2022, no Brasil, 171,5 milhões de pessoas são usuários ativos nas redes sociais. Se formos contar o total de pessoas no mundo que usam os aplicativos com grande frequência, a pesquisa totaliza 4,7 bilhões, o que corresponde a 59% da população mundial.

A tecnologia e o ser humano andam de mãos dadas e a todo momento sempre tem alguém registrando com suas câmeras os momentos para compartilhar em seus perfis nesses aplicativos, ou dividir pensamentos e opiniões.

Assim como cada uma dessas redes tem características específicas, os livros também são assim. Você pode sorrir ao ler um intenso romance, se assustar com um thriller, viajar para lugares mágicos com a fantasia e muito mais. E por falar dessa ligação entre a tecnologia e a literatura:

Se algumas das várias redes sociais fossem livros, quais seriam eles?

Instagram e Pinterest: Delilah Green não está nem aí

 

Dentre as funções do Instagram e do Pinterest, a principal delas é o compartilhamento de fotos e vídeos. Todos os dias os perfis  transformam suas contas em um grande conjunto de memórias, como um álbum de fotos virtual.

 

Foto: Divulgação/Arqueiro

Quando o assunto é fotos, um dos lançamentos recentes da editora Arqueiro, é o livro de romance Delilah Green não está nem aí, escrito por Ashley Herring Blake.

Delilah, uma de nossas protagonistas, nasceu em Bright Falls, onde teve uma infância solitária, sofrendo com o desprezo da madrasta e irmã postiça, e quando saiu da cidade, prometeu nunca mais voltar. Se mudando para Nova York, ela agora é uma fotógrafa em ascensão e tem todas as noites uma mulher diferente em sua cama.

É aí que Astrid, sua irmã postiça, oferece um cheque com um valor alto para que ela fotografe seu casamento e os preparativos, o que faz Delilah voltar à cidade em que nasceu. Os planos de fotografar e ir embora rápido mudam quando ela reencontra Claire Sutherland, uma das insuportáveis e lindas amigas de infância de Astrid. Criando sua filha de 11 anos praticamente sozinha, gerenciando uma livraria e lidando com um ex nada confiável, Claire não esperava a chegada de Delilah em sua vida, o que faz com que ambas recordem do passado e percebam um forte desejo se acender.

 

Facebook e Twitter: Segredos de Família

Quando pensamos em um aplicativo que nos lembra família, automaticamente nos lembramos do Facebook. Já quando pensamos em acontecimentos explicados em detalhes, o Twitter com certeza vem na nossa cabeça. Uma das rainhas em escrever tramas que envolvem famílias e acontecimentos cheios de reviravoltas é a australiana Liane Moriarty. Em seu livro Segredos de Família, publicado pela editora Intrínseca, a autora aborda o fato de que muitas vezes, assim como nas redes sociais, para quem olha de fora,  uma família pode parecer perfeita, mas não é nada disso.

Os Delaney parecem ter uma vida sem conflitos entre si para quem os observa. Os pais, Stan e Joy são ex-técnicos de tênis e continuam ganhando torneios, além de manterem sua química intacta. Após um relacionamento de cinco décadas, eles decidem vender sua famosa escola de tênis para relaxar. Mas, a maior questão é: se tudo está bem, por que eles estão infelizes?

 

Foto: Divulgação/Intrínseca

Em uma noite, uma estranha com o nome de Savannah decide bater na porta da propriedade em que vivem após brigar com o namorado. Dispostos a acolher a garota, eles a ajudam no momento difícil e ela muda a rotina deles, trazendo alegria na casa já vazia. Porém, alguns meses depois Joy e Savannah desaparecem e a principal suspeita se torna Stan, que apesar de afirmar ser inocente, parece esconder algo.

A família então se divide. Dois irmãos acreditam na inocência do pai, já outros não tem certeza. É então que eles precisaram analisar todo o casamento dos pais novamente, com o objetivo de descobrir se Joy realmente é culpado pelo desaparecimento da hóspede ou não. Uma história com mistérios, falando sobre conflitos familiares e como tudo, apesar de parecer perfeito, pode não ser.

 

 

Youtube e TikTok: Tash e Tolstói

Vídeos é o formato de mídia que essas redes sociais são especialistas. Sejam eles rápidos ou maiores, o fato é que o TikTok e o Youtube entretém as pessoas ao ponto de deixá-las horas clicando de vídeo em vídeo, com conteúdos que se dividem em muitos temas.

Foto: Divulgação/Seguinte

No livro Tash e Tolstói de Kathryn Ormsbee, publicado pela editora Seguinte, temos a paixão pela produção audiovisual. Natasha Zelenka ama filmes antigos, livros clássicos e o escritor russo Liev Tolstói. Ao produzir uma websérie de uma adaptação moderna de Anna Kariênina para o Youtube com sua melhor amiga Jack, o canal de Natasha viraliza repentinamente. Ela ganha muitos seguidores e até consegue uma indicação ao Tuba Dourada, o Oscar da websérie.

Através dessa oportunidade, ela conhece o youtuber Thom, de quem sempre foi afim. Agora tenta criar coragem para contar a ele que é uma romântica assexual, ou seja, se interessa romanticamente, mas não sente atração sexual. Em meio aos diversos momentos que surgem em sua vida, Tash se pergunta: o que Tostói faria?

 

 

WhatsApp e Telegram: Reticências

Reticências, a comédia romântica escrita por Solaine Chioro e publicada pela editora Alt nos faz lembrar do WhatsApp e Telegram pelo fato de que os protagonistas se conhecem online, conversando através de um chat.

Davi e Joana passam madrugadas conversando, assistindo a filmes, fazendo desabafos e trabalhando questões existenciais. Porém, apesar de toda essa cumplicidade, eles ainda não sabem as verdadeiras identidades um do outro.

Foto: Divulgação/Alt

Eles se conhecem somente pelo nome de seu perfil na Internet: @vidaspretas, após ver seus incríveis trabalhos como ilustradora e entrar em contato para um trabalho. Já Joana conhece Davi por @caradaprefeitura, após ele mandar mensagem para ela a convidando para uma campanha do Dia da Consciência Negra. A única coisa que sabem um do outro é que criaram uma conexão incrível.

Foi através da anonimidade que a internet proporciona, que eles tiveram maior coragem de se abrirem. O que eles não sabem é que estão mais próximos do que imaginam.

Já leu alguma dessas obras? Tem alguma outra que você também acha que combina com essas redes sociais? Conta para a gente nas redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter) do Entretê!

 

*Crédito foto de destaque: Reprodução/Pinterest

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