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SKAM
Foto: reprodução/SKAM

10 anos de SKAM: como seria uma versão brasileira?

Confira como seria uma possível versão brasileira de SKAM – a melhor série norueguesa de todos os tempos 

SKAM (2015) é uma série norueguesa que conquistou fãs e popularidades ao redor do mundo, sendo uma série disruptiva e em formato único. A série foi disponibilizada online, com um elenco com pouca ou nenhuma experiência na atuação. A maioria dos atores tinham suas vidas anônimas e trabalhos normais, gravando a série nas horas livres. 

O sucesso foi tão grande que os direitos da produção foram vendidos e ganharam versões ao redor do mundo: Skam Itália (2018), Skam Espanha (2018), Skam France (2018), Bélgica (WtFOCK, 2018), Alemanha (Druck, 2018), Países Baixos (Skam NL, 2018), entre outros. Foi esperada uma versão brasileira por conta da comoção geral entre fãs brasileiros, mas o projeto nunca foi para frente.  

Ambientação
SKAM
Foto: reprodução/GeekPop News

A versão original de SKAM acompanha a rotina de adolescentes da escola Hartvig Nissen, em Oslo, Noruega. A cada temporada, um novo protagonista assume o protagonismo da narrativa, trazendo seu ponto de vista e diferentes temas da juventude e de suas individualidades. 

Versão brasileira:

Ao invés de focar no ensino médio, como Malhação (1995) fez ao longo de suas 27 temporadas, uma adaptação nacional poderia trazer uma abordagem mais jovem-adulta e universitária. O cenário? O Brasil real: jovens de diferentes classes sociais lidando com os desafios de entrar no mercado de trabalho.

Cada temporada poderia explorar um personagem em uma trajetória distinta: alguém estudando em uma universidade pública, outro em uma particular, um que optou pelo curso técnico, outro que passou em um concurso público e aquele que foi direto para o mercado de trabalho após o ensino médio.

Essa diversidade não só traria histórias autênticas e representativas, mas também mostraria que, apesar das dificuldades socioeconômicas do país, existem diferentes caminhos possíveis. Seria uma série que conversa diretamente com a juventude brasileira, reforçando a importância de lutar por direitos e oportunidades, independentemente do ponto de partida.

Interior do país 
SKAM
Foto: reprodução/NRK

SKAM se passa em Oslo, a capital da Noruega, uma cidade com cerca de 700 mil habitantes. Para termos uma noção de escala, a população total do país é de 5,1 milhões de pessoas — ou seja, menor do que estados brasileiros como Maranhão (7 milhões) e Goiás (7,3 milhões).

Versão brasileira:

Com um país do tamanho de um continente, uma versão brasileira de SKAM poderia explorar não apenas diferentes personagens, mas também diferentes regiões. Todo mundo conhece alguém que saiu do interior para tentar a vida em São Paulo, não é mesmo? E se acompanhássemos um protagonista enfrentando essa mudança?

Cada temporada poderia apresentar uma migração interna diferente: um jovem saindo do interior do Rio de Janeiro para estudar na capital, alguém deixando tudo para viver no Norte ou no Centro-Oeste, ou até um personagem lidando com a realidade de morar sozinho e sem o apoio financeiro familiar. O Brasil tem uma diversidade cultural e geográfica gigantesca — e seria incrível ver essa pluralidade representada na tela.

Novas problemáticas
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Foto: reprodução/Skam Wiki

Quando pensamos nas problemáticas que a trama abordou, um dos personagens que vem a cabeça é a Vilde, interpretada por Ulrikke Falch. Insegura e sem amigos, ela queria ser popular a qualquer custo e fazia de tudo para ser aceita. Sua busca por validação a levou a perder a virgindade com William (Thomas Hayes), simplesmente porque ele era o cara mais desejado da escola.

Ao longo da série, vimos sua evolução: Vilde encontrou um grupo de amigas improvável e maravilhoso, revelou o seu lado doce e leal, mas também enfrentou lutas internas, como transtornos alimentares e vulnerabilidade socioeconômica.

Versão brasileira:

Aqui, as problemáticas que tiram o sono dos jovens vão além. Uma adaptação nacional poderia abordar questões como: vulnerabilidade financeira e o peso da desigualdade social, abusos vividos na infância e adolescência, transtornos de ansiedade e depressão, vício em celular e redes sociais, discriminação racial e desafios enfrentados pela juventude periférica, assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, dilemas amorosos na vida adulta, religião e conflitos geracionais. 

Religião e representatividade
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Foto: reprodução/Série Maníacos

Sana (Iman Meskini), protagonista da 4ª temporada de SKAM, foi uma personagem fundamental para ampliar a visão do público sobre o Islã. Como muçulmana e norueguesa, ela mostrou a importância do hijab, do jejum no Ramadã e as dificuldades enfrentadas por quem lida com o preconceito religioso diariamente.

Versão brasileira:

O Brasil é um país laico — ou seja, o Estado deve ser neutro em relação à religião. Mas, na prática, sabemos que a fé tem um peso enorme na cultura e na vida dos brasileiros. O país é majoritariamente católico e evangélico, mas também abriga uma grande diversidade religiosa, incluindo o espiritismo, religiões afro-brasileiras (como candomblé e umbanda) e crenças indígenas.

Diversidade étnica
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Foto: reprodução/Skam Wiki

Uma das maiores riquezas do Brasil é sua diversidade étnica. Nossa identidade nacional foi moldada por povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, alemães, árabes, judeus e tantas outras comunidades que deixaram suas marcas na cultura, na culinária, na música e no jeitinho brasileiro. Ter tanta diversidade sendo representada nas telinhas seria algo lindo de ver. 

 

Conseguiu imaginar como seria rica um remake brasileiro de SKAM? Não custa nada imaginar. Acompanhe o Entretê nas redes sociais – Instagram, Facebook, X – e nos siga para ficar atualizade sobre a indústria do entretenimento.

 

Leia também: SKAM: Conheça o fenômeno norueguês e seus remakes

 

Texto revisado por Angela Maziero Santana 

 

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