Entrevista | Juan Marcus confirma a gravação de um DVD e revela detalhes sobre a carreira da dupla com Vinícius

A confirmação de um DVD da dupla, Bendito Rolê, colaborações especiais, feminejo e o que esperar de 2022 foram alguns dos assuntos da entrevista com o sertanejo

No último dia 7, a dupla Juan Marcus e Vinícius, uma das mais ecléticas do mundo sertanejo, lançou o projeto Bendito Rolê. Por isso, o Entretê entrevistou Juan Marcus, que foi um fofo e, além de confirmar a gravação de um DVD da dupla para março deste ano, deu detalhes sobre o projeto Bendito Rolê, falou sobre a importância da união entre os profissionais do sertanejo e, também, sobre o amado feminejo.

A dupla Juan Marcus e Vinícius é composta por ‒ além de dois músicos ‒ dois compositores que já possuem letras com as vozes de Jorge e Mateus, Zé Neto e Cristiano, Henrique e Juliano, Gusttavo Lima, Simone e Simaria, Marília Mendonça e muito mais. O que não falta nesses dois é talento! Confira a nossa entrevista com o Juan Marcus e se apaixone pela dupla.

Entretetizei: Sobre Bendito Rolê, por que mesclar todo tipo de música? 

Juan Marcus: A gente procurou mesclar nesse projeto, que é o Bendito Rolê, todo tipo de música, porque a gente quis mostrar para o nosso público todas as influências que a gente sofreu ao longo, não só da nossa carreira como dupla, mas antes disso também, antes da gente se conhecer ali desde a nossa adolescência, tudo que a gente ouviu tudo que a gente consumiu, todo tipo de referência que a gente teve ao longo da nossa vida mesmo, todo tipo de música que a gente ouviu. Então o que a gente quis trazer para esse projeto, a gente mesclou tanta coisa foi exatamente para isso, para mostrar a quantidade de referências que a gente tem na música, a quantidade de estilos musicais que a gente escuta, que a gente consome e que a gente, até então, não tinha mostrado isso dessa forma em nenhum projeto, né? A gente chegou a gravar algumas coisas meio single, meio na pegada do trap, mas tem bastante tempo. Só que nesse projeto a gente procurou trazer bastante coisa assim, voltada para essa diversidade mesmo de estilo, para mostrar as referências que a gente tem.

E: Quais são as maiores influências na carreira de vocês? 

JM: Eu falo que as maiores referências que a gente tem na nossa carreira, não são só da música sertaneja, mas dos outros segmentos também. A gente sempre ouviu de tudo, a gente sempre ouviu desde a música sertaneja raíz, tradicional, universitária, a MPB, o pagode, o samba, o rock, então a gente sempre ouve de tudo. Mas uma das maiores influências que a gente tem na nossa carreira, sim, é uma dupla sertaneja, que é unânime. A gente sempre fala que é unânime esse artista que influenciou, principalmente, no estilo que a gente canta, que é um sertanejo um pouco mais pop, mais voltado a música pop. Você vê que tem melodias meio gringas, não tão sertanejas. E a dupla que mais influenciou isso é a dupla Jorge e Mateus, que é uma dupla que, querendo ou não, influencia grande parte do mercado da música sertaneja e é um dos nossos maiores influenciadores. Tanto pelas letras mais românticas  quanto pelo estilo, que é um pouco uma pegada mais pop também. A gente sempre ouviu, desde antes de formar a dupla, todos os dois, então uma das maiores influências que a gente tem é a dupla Jorge e Mateus.

Juan Marcus e Vinícius
Foto: divulgação

E: Podemos esperar a gravação de um DVD logo? 

JM: Com certeza! A galera pode esperar gravação de um projeto novo sim. A gente está finalizando o lançamento do último projeto que a gente gravou em 2021, que é o Bendito Rolê, um projeto de sete faixas, um álbum de sete músicas. E a gente está finalizando esse projeto com a música Eu Fico. Mas, em março, a gente já grava um projeto novo, principalmente pela forma como o mercado está caminhando, a gente tem que estar cada vez mais lançando projetos um atrás do outro, por essa necessidade do mercado, essa aceleração do mercado. O público está consumindo tudo muito rápido, então a gente finaliza o lançamento deste projeto agora em janeiro, com a música Eu Fico. Ela vai para o rádio, ela vai ser uma música trabalhada. E em março a gente já grava um projeto novo, que até então vai ser um projeto gravado ao vivo, com público aqui em Goiânia

E: Qual a música preferida de vocês desse projeto? 

JM: Respondendo pelos dois, a gente já debateu sobre isso e uma das músicas preferidas da gente, além da Eu Fico, que é uma música que a gente gosta muito também ‒ inclusive é por isso que a gente está trabalhando ela ‒, mas uma música assim unânime, tanto eu quanto o Vinícius, que a gente gosta muito é a música Fumaça e Sentimento, que é uma composição nossa e é uma música que a gente fez parte assim dentro dos arranjos. A gente ajudou a construir tudo, a gente pensou tudo em conjunto com o produtor, que é o Gabriel Pascoal. Não só ela, mas todas as outras a gente participou da produção, a gente participou ali do cuidado de cada arranjo para a gente chegar no resultado final bem bacana. A gente acha ela uma música bem diferente, ela envolve bastante coisa, ela tem o trap, um pouco do funk. O último refrão dela tem uma pegada de pop e tem uma bateria e uma guitarra bem agressivas. Então Fumaça e Sentimento é a nossa música preferida nesse projeto.

E: Vocês já fizeram colaborações com nomes como MC Du Black e Lauana Prado, qual a importância dessas colaborações para vocês? 

JM: A importância que a gente vê por ter essas participações em projetos da gente, e não só MC Du Black, não só Lauana Prado, mas vários outros artistas que a gente já gravou também em projetos anteriores, ‒ como Zé Neto e Cristiano, Dilsinho, Turma do Pagode, Felipe Araújo, Simone e Simaria, Mc Guimê, entre vários outros artistas também ‒ é que a gente estreita cada vez mais os laços que a gente tem com outros artistas, com outros parceiros. A gente constrói amizade, a gente constrói afinidade, a gente constrói uma relação de trabalho mais fácil de lidar também. Porque além do trabalho a gente constrói amizade com esses outros parceiros e a gente, ao longo do tempo, vai somando um na carreira do outro. É claro que hoje a gente é feliz para caramba com o fato da gente ter outros artistas participando nos projetos da gente, artistas que a gente convida. Mas a gente também imagina que daqui um tempo, atingindo outros patamares da carreira, a gente vai ter outros artistas também convidando a gente para participar de projetos. A gente entende a importância disso, principalmente para o segmento também, para a música sertaneja, isso fortalece cada vez mais o segmento da gente. Para quem vê de fora, os outros estilos enxergam que, querendo ou não, existe uma união no nosso segmento. Então a gente vê dessa forma, essa importância que essas colaborações, essas participações têm, não só para a gente, mas para todo o segmento da música sertaneja.

E: Vocês ainda compõem e colecionam mais de 300 composições para artistas como Jorge e Mateus, Zé Neto e Cristiano, Henrique e Juliano, Gusttavo Lima, Simone e Simaria, além da eterna rainha Marília Mendonça. Como é para vocês ter suas composições gravadas por grandes nomes da música sertaneja? 

JM: Para a gente é importante para caramba ter músicas, composições da gente gravadas por outros artistas. Porque isso leva o nome da gente também em outros lugares que talvez a gente, como artista, demoraria um pouco mais para chegar. E isso é importante pra caramba, exatamente porque estreita os laços. Às vezes, o fato da gente ter uma composição gravada pelo Jorge e Mateus, Zé Neto e Cristiano, facilita o nosso acesso a esse artista, facilita a construção de uma relação de trabalho, de uma amizade. E para a gente é importante para caramba porque a galera, hoje em dia, tá muito mais ligada nessa questão da composição. Antigamente quem via de fora, o público mais leigo que não entendia tanto como funcionava o mercado da música. Às vezes o fato do artista ter gravado uma música, significava que a música era composição dele. E hoje não, a galera entende como funciona, entende que tem compositores por trás. E isso ajuda até na visibilidade, para o público que não é um público nosso, que é um público de um outro artista que gravou uma música nossa enxergar a gente, né? Lembrar: “Pô, aqueles meninos lá que escreveram tal música”. E, às vezes, a partir das composições que a gente escreve, a galera tem um interesse de pesquisar o nosso trabalho como intérpretes também, como artistas. Então o fato da gente ser compositores e termos músicas gravadas por grandes nomes da música sertaneja, facilita muito, adianta muito o trabalho da gente. Trabalho que talvez a gente teria a mais se fossemos só intérpretes, então isso soma muito na nossa carreira.

Foto: divulgação

E: Falando em Marília Mendonça, ela trouxe uma nova categoria para o sertanejo, o feminejo. O que vocês acham sobre isso? E qual a importância desse novo gênero para a música brasileira? 

JM: Cara, a gente vê de uma importância muito grande a questão do feminejo, a música sertaneja cantada por vozes femininas. A importância que a Marília deixou para o mercado, principalmente para essa questão das mulheres cantando, abriu muitas portas para muita gente, abriu muitas oportunidades que, talvez, se a Marília não tivesse feito o sucesso que ela fez, essas portas não teriam aberto. E generalizando mesmo, o sucesso que a Marília fez na música sertaneja abriu portas não só para as mulheres que cantam música sertaneja, mas eu acho que para o segmento no geral, para a música sertaneja em si, para a música brasileira. A Marília foi uma artista que atingiu números absurdos, números mundiais, ela teve entre as dez artistas com o maior número de execuções em plataformas digitais, canal do YouTube, visualizações. Então ela trouxe uma visibilidade maior para o nosso segmento, para o segmento da música sertaneja. Então é de uma importância gigantesca assim, por todo o trabalho que ela fez, tudo que ela trouxe para o mercado da música brasileira.

E: Por fim, o que vocês esperam de 2022? E o que nós podemos esperar de Juan Marcus e Vinícius neste novo ano?

JM: O que a galera pode esperar de Juan Marcus e Vinícius em 2022, com certeza é muito trabalho, muito trabalho mesmo. Até pelo fato da gente ter passado os últimos dois anos, não que a gente não tenha trabalhado, mas a gente queria, lógico, estar na estrada fazendo cada vez mais shows. Então se Deus quiser e tudo permitir, a gente conseguir passar por essa fase mais uma vez e o mais rápido possível, o que a gente mais quer é fazer show. Levar o nosso trabalho e as nossas músicas para a estrada, apresentar isso em lugares onde a gente não foi ainda e voltar em lugares também que a gente já esteve outras vezes, que é sempre bom voltar em lugares onde a gente é bem recebido, bem atendido. Então, com certeza, o que a galera pode esperar de Juan Marcus e Vinícius esse ano é muito trabalho, muita música. A gente tem projetos aí pela frente, para gravar ainda, para lançar. A gente está agora com o projeto novo, finalizando. Mas tem muita coisa ainda em 2022 vindo aí pela frente. A gente tem entre um a dois DVDs para gravar e é isso aí. A gente quer levar o nosso trabalho para o máximo de pessoas que a gente conseguir.

 

E esse foi o nosso bate papo com o cantor Juan Marcus, da dupla Juan Marcus e Vinícius. Curtiram a entrevista? Conta pra gente nas nossas redes sociais – Insta, Face e Twitter

 

*Crédito da foto de destaque: divulgação/Instagram/@juanmarcusoficial

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!