O longa mostra os principais momentos da carreira no ponto de vista do empresário vivido por Tom Hanks, Austin Butler comove com sua atuação
O Rei do Rock, Elvis Presley, ganhou um filme homônimo, que estreou recentemente com distribuição da Warner Bros Pictures. Mesmo envolvido em várias polêmicas, seja pelas suas músicas, seu relacionamento com Priscilla ou até mesmo o abuso de remédios e drogas, Elvis é considerado um dos maiores ícones do século XX e super importante tanto para os EUA, como para a cultura pop.
O novo longa-metragem é dirigido pelo cineasta australiano Baz Luhrmann, responsável por grandes obras como Romeu e Julieta (1996), Moulin Rouge – amor em vermelho (2001) e o O Grande Gatsby (2013). Neste filme, Luhrmann teve o trabalho de abranger a ascensão, queda e a morte do cantor em quase 3 horas.
O Rei do Rock é interpretado por Austin Butler. O estadunidense começou sua carreira desde cedo em programas infanto juvenis para a Disney e Nickelodeon, participando, por exemplo, de Zoey 101, iCarly e A Fabulosa Aventura de Sharpay. Em trabalhos mais recentes e maduros, fez parte do elenco de Era Uma Vez… em Hollywood.
O filme segue o ponto de vista do ‘Coronel’ Tom Parker, o empresário de Elvis, interpretado por Tom Hanks. Sua narrativa segue a linha de que ele quem fez o fenômeno Elvis Presley, ajudando a sair da pobreza e tornando-o grande Rei do Rock. Hanks, como sempre, interpreta perfeitamente. Ao longo da imersão no filme o telespectador realmente acredita que aquele é o Coronel e já se irrita com sua personalidade manipuladora e sem caráter.
A fabulosa Priscilla Presley é interpretada por Olivia DeJonge. B.B. King, grande amigo e influência de Elvis, é Kelvin Harrison. O elenco ainda é composto por Luke Bracey como Jerry Schilling e Shonka Dukureh responsável pela Big Mama Thornton.
Em um contexto de segregação racial nos Estados Unidos, em torno dos anos 1930 e 1950, Presley era considerado o cantor branco que soava como negro, assim como é citado no filme. Um fator contestado em suas performances eram seus movimentos nos quadris.
A fama do cantor de roubar as letras do blues, é um assunto presente na própria trilha sonora. A cantora Doja Cat foi responsável pela música Vegas, com sample do clássico Hound Dog, lançado em 1952 por Big Mama Thornton. Doja fez questão de retratar quem é a verdadeira rainha do rock e do blues.
A atuação de Austin Butler é memorável, não só pela caracterização, que em algumas cenas chega a confundir com Elvis, como também pela interpretação, tanto na voz, olhar, jeitos, pequenos detalhes que, com certeza, farão Butler um grande ator renomado.
Outro fator determinante é a sua voz. Embora o ator cante algumas músicas, no decorrer do filme houve um mix entre as vozes de Austin e Elvis, principalmente durante os shows de Las Vegas. O sotaque e a tonalidade dos dois combinaram perfeitamente na mistura das músicas.
A produção fez um bom trabalho de caracterização com a maquiagem, o cabelo e as roupas, que compõem a construção do personagem próximo ao verdadeiro Elvis. A composição do cenário também é encantadora, principalmente a residência em Vegas.
Ao longo do filme não há mix de cenas com a realidade e a atuação, Austin interpreta desde o começo até ao fim de sua carreira. O final reserva tributo ao artista com conteúdos reais, como a apresentação de Unchained Melody em 1977. Dois meses antes de sua morte, mesmo sofrendo as consequências do abuso de drogas e remédios, Elvis Presley ainda cantou perfeitamente. Um compilado de fotos e vídeos com sua família, amigos, Priscilla e sua filha, também faz parte e traz um sentimento de nostalgia aos fãs.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Warner Bros Pictures