Şebnem Hassanisoughi estreou recentemente na série turca Aktris, protagonizada por Pinar Deniz e se prepara para um novo projeto, a dizi Yabani
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Nascida em Istambul, a atriz Şebnem Hassanisoughi é um grande talento em ascensão na Turquia. Sua história na atuação começou quando era bem nova: começou a estudar teatro e finalmente decidiu que era aquilo que queria para seu futuro. “Em um curto período de tempo, eu soube que era isso que eu queria fazer, que eu queria estudar teatro”, comenta. Hoje, todos nós podemos ver Şebnem em séries turcas que são aclamadas por fãs de todos os lugares do mundo, especialmente no Brasil.
Şebnem já esteve em diversos projetos, como a série de TV Vatanım Sensin (2016), transmitida pelo Kanal D, com a personagem Eftelya. Ela também interpretou Aylin, a irmã de Nevra (Cansu Dere), na série televisiva Personality (2018) e participou da série digital Hot Head and Actress. Recentemente, ela entrou para o elenco de Aktris, dizi turca disponível mundialmente no Disney+/Star+.
Em Aktris, Şebnem é Günes, uma policial que investiga um crime bárbaro envolvendo a personagem principal, Yasemin Derin – interpretada pela famosa atriz turca Pinar Deniz. No enredo, Yasemin é uma atriz muito famosa que se torna uma assassina em série durante a noite.
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O elenco conta com várias estrelas turcas, como Uraz Kaygılaroğlu (Üç Kuruş), Tolga Tekin (Kelebekler), Serhat Kılıç (Maraşlı), entre outros nomes. Agora, você acompanha Şebnem na dizi Yabani, que estreia em breve e conta a luta de uma criança que foi sequestrada de uma família entrincheirada e caiu nas ruas. “É uma história que surpreende muito e você quer adivinhar o que vai acontecer a seguir. A linha do meu personagem é muito semelhante. É um papel que acho que vou me divertir muito interpretando”, conta a atriz.
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Em entrevista ao Entretetizei, Şebnem Hassanisoughi nos conta o que ela sabe sobre o Brasil: “Eu ouço músicas brasileiras quase todo dia. Eu amo Bossa Nova, antigos artistas brasileiros e eu até sei algumas letras de cor e canto junto”. Ela também fala sobre sua carreira, experiências e deixa uma linda mensagem para todo o público internacional que acompanha e admira as produções turcas.
Confira a seguir:
– Para começar a entrevista, você pode contar pra nós sobre sua carreira? Quando você decidiu que queria ser atriz e como foram suas primeiras experiências?
Na minha infância, tive contato com diferentes áreas da arte. Pintei, escrevi… Enquanto eu estudava, me deparei com textos teatrais e comecei a lê-los em voz alta para mim mesma. Aos 14 anos, me matriculei num curso de teatro. Tive a sorte de conhecer boas pessoas na indústria. Em muito pouco tempo, eu sabia que era isso que eu queria fazer, que queria estudar teatro. Aos 17 anos fui aceita no departamento de teatro do conservatório. O teatro veio primeiro, depois o cinema e as séries de TV.
– Quais personagens mais te marcaram e por quê?
É muito difícil dizer, mas quando li a pergunta, pensei na Efthalia da série Wounded Love e na Sevda do primeiro filme em que atuei, What Remains. Efthalia era uma mulher solitária que falava e cantava com sotaque grego e viveu na virada do século. O cenário, o figurino e as condições da época a tornam muito especial. Já o Sevda está num lugar bem diferente, porque foi a primeira vez que fiz um trabalho individual intensivo em que descobri a minha própria forma de trabalhar.
– Quais são as principais diferenças entre trabalhar para projetos de TV e streaming?
Acho que a principal diferença é a duração da obra e saber a continuação ou o final da história. Com projetos digitais, você trabalha em um prazo menor, com histórias mais compactas, com personagens que você sabe como vão começar e terminar. Os projetos de TV são muito mais extensos, como uma longa viagem, onde o percurso pode mudar um pouco ao longo do caminho.
– Em Aktris, você dividiu a tela com os talentosos atores Pınar Deniz e Uraz Kaygılaroğlu, muito populares no Brasil. Como você se sentiu trabalhando com eles? Como foram os dias no set?
Foi muito agradável e confortável trabalhar com todos os meus amigos da equipe de Aktris. Pinar e eu trabalhamos juntos anos atrás, então foi bom reencontrá-la. Uraz é alguém que eu sentia que já conhecia há muito tempo. Estou feliz pelo tempo que compartilhei com ele.
– Como foi a preparação para interpretar Günes e que lições você tira dessa experiência, por ser uma série que foge dos padrões de roteiro turco e aborda temas mais polêmicos?
Antes de entrarmos no set, o elenco reduzido e nosso diretor se reuniram e trabalharam por um tempo. Ensaiamos, tivemos longas conversas, passamos um tempo juntos… para responder à sua pergunta, Güneş já é alguém que procura as áreas polêmicas da história.
– Sicak Kafa é uma série dramática ambientada em um mundo distópico, atingido por uma epidemia disseminada através da fala/comunicação verbal. Como foi a sua preparação para interpretar Canan? Como foi a experiência de trabalhar em uma produção com um enredo tão diferente?
Filmamos Hot Skull durante a pandemia, quando estávamos nervosos por estar no set. Foi uma experiência interessante. Vivíamos com nossas máscaras, mas na hora de filmar, as máscaras caíram e os fones foram colocados. Porque o vírus nessa história, escrita muito antes da pandemia, era transmitido por meios auditivos, através de pessoas que haviam contraído a doença. Essa estranha coincidência nos ajudou muito, mas também foi muito desafiadora.
– O que nós podemos esperar da sua personagem em Yabani? O que você pode nos contar sobre a dizi?
Eu li os roteiros rapidamente e estou muito curiosa para ver o que vai acontecer daqui para frente. É uma história que surpreende muito e te faz querer adivinhar o que vai acontecer a seguir. A linha da minha personagem é muito semelhante. É um papel que acho que vou me divertir muito interpretando.
– Que tipo de personagem você gostaria de interpretar no futuro?
Eu adoraria conhecer um personagem que nem consigo imaginar no momento. Mas acima de tudo, gostaria de trabalhar com um bom roteiro e um bom diretor, com equipes em diferentes partes do mundo.
– Aktris, Sicak Kafa e Andropoz são séries nas quais você participou e que foram exibidas em diversas partes do mundo, incluindo a América Latina. Como você se sente ao ver pessoas de outras nacionalidades interessadas pelas produções turcas e querendo saber mais sobre a cultura turca?
Nunca acreditei em fronteiras. É muito emocionante que histórias, sentimentos e ideias sejam comuns a todos nós.
– Nos últimos dez anos, assistimos a um enorme crescimento na popularidade das séries de televisão e filmes turcos em todo o mundo. Por que você acha que as produções turcas estão se tornando tão populares? O que você acha que chama mais a atenção dos espectadores?
Sim, há um interesse grande e maravilhoso. Eu me pergunto por que, para ser sincera, mas é muito agradável.
– O Brasil está no topo dos países que mais consomem produções turcas. O que você sabe do Brasil? Você gostaria de visitar o país um dia?
Você pode se surpreender ao saber que ouço música brasileira quase todos os dias. Adoro Bossa Nova, cantores antigos brasileiros, até sei de cor a letra de alguns deles e canto junto. Provavelmente com um sotaque muito ruim, mas tudo bem. Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, Egberto Gismonti, Hermeto Pescoal… Eu amo eles. Tenho um amigo muito próximo do Brasil. Há anos queríamos visitar juntos a cidade da avó dele. Talvez este ano possamos fazer isso. Também quero muito estar no Rio no carnaval.
– Onde você se vê daqui a cinco anos?
Meu desejo para todo o tempo é estar aqui e agora. Espero estar feliz.
– Finalmente, o que podemos esperar para o futuro? E que mensagem você gostaria de deixar para o público brasileiro?
Sei que todos os meus amigos brasileiros têm uma coisa em comum: são calorosos, alegres e puros. Isso é muito familiar e próximo de mim, acho que porque venho do Mediterrâneo. Obrigada pela perseverança, alegria, dança e música de vocês, por inspirar o mundo.
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Créditos da foto de destaque: divulgação / Ayhan Akbaş