Imagem: divulgação/WME
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Women’s Music Event 2024: celebrando o poder das mulheres na música

Dos painéis inspiradores a shows emocionantes, o evento mostrou que o mundo musical está mais vibrante, inovador e feminino do que nunca

Matéria colaborativa entre as redatoras: Ana Paula do Santos e Ana Alves


Em sua oitava edição, o
Women’s Music Event (WME), maior evento voltado ao protagonismo feminino no mundo da música no Brasil, consolidou-se como uma das conferências mais importantes do país. Realizado entre os dias 20 e 23 de junho, o WME abordou temas essenciais, como saúde mental e pausas nas carreiras, e realizou sessões de Olho no Olho para pitches de artistas. 

A curadoria dos shows apresentou uma diversidade de estilos, desde música clássica, midstream, rap até pagode, com artistas vindos do Norte, Nordeste e de várias outras regiões do Brasil. O tema norteador deste ano foi Joy Of Missing Out (JOMO), promovendo humanização, networking de qualidade e tranquilidade para o público.

A história do evento

O WME é uma plataforma dedicada à música, negócios e tecnologia, visando aumentar o protagonismo das mulheres na indústria musical. Criada por Claudia Assef e Monique Dardenne em 2016, a plataforma fez sua estreia em março de 2017, em São Paulo, com o maior encontro de mulheres da indústria da música, atraindo mais de mil pessoas em painéis de debate, workshops, shows e festas. Desde então, o WME já realizou sete edições do evento. 

Além do encontro, é organizado anualmente o WME Awards by Music2!, uma premiação dividida em três frentes: voto popular, voto técnico e homenagens pelo conjunto da obra. Expandindo suas atividades, o WME lançou, em 2019, o aplicativo Cadastro de Profissionais e, em 2021, o Selo Igual.

Cobertura Entretezei

Com um time de mulheres que são referências em suas respectivas áreas de atuação, o WME 2024 inspira e empodera através da música, fortalecendo redes de apoio e criando novas possibilidades para o futuro da indústria musical brasileira. O time do Entretetizei não poderia deixar de marcar presença no evento, registrando em primeira mão grandes encontros de mulheres potentes do cenário da música.

Imagem: divulgação/WME
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Na sexta-feira (21), estivemos no Painel da Heineken, A Cultura Preta como Lançadora de Tendências, com a intermediação de Luana Ribeiro juntamente das convidadas, Adriana Barbosa, fundadora do Preta Hub e do Festival Feira Preta, Sara Loiola, fundadora do Festival Yalodê, além de presidenta da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes) e Carolina Monteiro, coordenadora de marketing da Heineken.

O Entretetizei entrevistou duas das convidadas, Adriana e Sara, e abaixo você confere como foi essa conversa:

Entretetizei: Como tem sido essa jornada de trazer luz, a criatividade e cultura preta?

Adriana: É uma construção de duas décadas. É indiscutível a criatividade do povo preto. O que trarei para o painel é justamente sobre isso, sobre a ascendência, oportunidades, onde mora e o que precisa ser transformado!

E: O que você espera deste painel?

S: Eu tô super empolgada com esse painel porque a cultura preta é o cerne da cultura brasileira, é uma tendência que dita a cultura brasileira, né? Tô empolgada para entender o que o mercado enxerga nisso. Meu festival Yalodê é de uma palavra iorubá que vem de mulheres que são lideranças em seus espaços, então, pra mim, a cultura preta não é uma tendência, nós já somos!

Imagem: divulgação/WME
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Segundo dia de evento

O segundo dia de evento foi marcado por conversas sinceras não só a respeito do JOMO – tema central deste ano – como pelo protagonismo feminino e como lidar com o mercado de trabalho. 

A mesa De Podcasts a Vídeos Curtos contou com a participação de mulheres como Ana Leguth (sócia da Kondzilla), Luiza Brasil (jornalista) e Sandra Jimenez (diretora de parcerias no YouTube), que debateram maneiras de se manter atualizadas no uso das plataformas digitais. 

Sobre as plataformas, Luiza Brasil disse: 

“As pessoas se conectam com você, elas se encontram na solidade e isso torna tudo mais genuíno. Então, independentemente da linha editorial, do branding ou da identidade visual que você venha a fazer, os três pilares, identificação, humanização e pertencimento, são essenciais para uma construção genuína.”

O evento que ainda contou com mesas com a cantora Tulipa Ruiz e a advogada Eliane Dias (CEO Boogie Naipe) celebrou e homenageou a força e protagonismo feminino na indústria. Assuntos como Cancelamento e Saturação no Mercado de Festivais foram debatidos por profissionais do ramo.

Foto: divulgação/Mariana Smania/WME
Foto: divulgação/Mariana Smania/WME

A cantora e compositora Duda Beat compareceu ao segundo dia para uma entrevista, em que falou sobre seu último álbum Tara e Tal, lançado no início deste ano. Durante a conversa, a cantora falou sobre seu processo criativo, as dificuldades que encontrou ao entrar no mundo da música e suas inspirações. 

Sobre sua programação para um lançamento, Duda disse: 

“Antes eu falava: de dois em dois anos vou lançar um disco. Mera ilusão. Veio a pandemia, e agora lancei um três anos depois. Mas tem algumas coisas, eu vou me cansando um pouco do show, quero fazer uma coisa nova, vou entendendo que o ciclo do disco já se encerrou. É uma coisa que bate no coração. Por exemplo, eu terminei Tara e Tal e já comecei o próximo.”.

Perguntada sobre a identidade visual marcante do novo projeto, a cantora disse que se inspirou em capas de álbum de discos de grunge, gênero favorito de seu pai, que possuíam uma temática mais surrealista: 

“Eu tinha muita vontade, depois que fiz o Te Amo Lá Fora, de fazer alguma coisa inspirada no surrealismo. As músicas desse nicho eu já sentia que eram surreais, misturas meio surreais. Eu sempre começo do ponto de que tudo que vem ornamentado nasce da canção A canção está pronta, aí harmonizamos como vai ser a minha roupa, a direção criativa. Tudo nasce da canção, esse é o ponto principal. Eu tinha muita vontade de trazer alguma coisa do Alejandro Jodorowsky, que é um cineasta que eu sou muito fã, e que é [suas obras] uma grande loucura, uma grande viagem. Sempre tive muita vontade de trazer uma coisa meio Jodorowsky [para seus discos].”

O evento, que durou quatro dias, reuniu mulheres convidadas para a programação, além daquelas que prestigiaram as palestras, oficinas e entrevistas, em um projeto que incentiva o protagonismo, o aperfeiçoamento e a vontade de estar e prestigiar o mundo da música. 

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Texto revisado por Bells Pontes

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