Foto: reprodução/Sony Pictures

Conheça a história real por trás do filme Ainda Estou Aqui

Baseado em fatos reais, o longa é uma releitura do livro de Marcelo Rubens Paiva

Dirigido por Walter Salles, o filme Ainda Estou Aqui foi inspirado no livro do jornalista Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015, que retrata a história de sua família na época da ditadura militar. A produção, que estreia nesta quinta (7), já está cotada para ganhar o Oscar — maior chance do Brasil levar o prêmio desde a indicação de Central do Brasil (1998), em 1999.

Protagonizado por Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, o longa-metragem mostra a vida da família Paiva, que, após o assassinato do deputado Rubens Paiva, pai de Marcelo, começa a procurá-lo de forma incessante. 

O caso, ocorrido em 1971, durante a ditadura militar, sucedeu a prisão de Rubens e Eunice, retidos junto da filha Eliana – a mais velha dentre os outros quatro filhos do casal. Eliana permaneceu presa por 24 horas nas dependências do DOI-CODI, no Rio de Janeiro, enquanto Eunice ficou por 12 dias. Paiva ficou desaparecido.

Após sua soltura, Eunice passou a buscar pela verdade sobre o acontecido com seu marido, e após ser informada sobre seu assassinato, exigiu saber onde o corpo estaria enterrado para que pudesse lhe prestar as honrarias fúnebres. Porém, jamais descobriu. 

Em 1973, Eunice Paiva ingressou na faculdade de Direito e conciliava a maternidade com os estudos. Tornou-se, então, uma respeitada advogada, dedicando seu trabalho para as lutas sociais e políticas, e combatendo a política indigenista do regime até o final da ditadura militar. Também foi consultora da Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a Constituição Federal Brasileira.

Em 1996, após 25 anos de luta por justiça, Eunice conseguiu que o Estado brasileiro emitisse oficialmente o atestado de óbito de Rubens Paiva. No dia 13 de dezembro de 2018, quando a decretação do Ato Institucional Número 5 (AI-5) – que suspendia a garantia do habeas corpus durante o regime militar – completou 50 anos, Eunice faleceu, vítima das complicações do Alzheimer, aos 86 anos.

A história da viúva de Rubens Paiva e mãe de Marcelo se tornou então um símbolo de luta e respeito àqueles que perderam suas vidas ou a vida de familiares pelos crimes cometidos durante um dos piores capítulos da história brasileira. 

Para a atriz Fernanda Torres, em entrevista ao portal de notícias g1, o filme é necessário para mostrar às novas gerações o que era a ditadura militar e como a democracia é a melhor opção que a sociedade possui: “A democracia é falha, mas é o melhor que temos. (…) E eu acho que esse filme ajuda a essas pessoas a entenderem o que é viver em um país arbitrário, em um país no qual o governo faz atos tão injustos quanto matar o seu pai, levar sua irmã de 15 anos para um prisão e torturar pessoas.

 

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Leia também: Além de Ainda Estou Aqui: relembre outras apostas nacionais ao Oscar 

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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