[Contém spoiler]
A viajante de Motonui retorna às telas de cinema para mais uma exploração carregada de músicas, amizade, força de sua ancestralidade e o amor de irmã. Sem inovar muito no enredo, somos apresentados a uma aventura com o objetivo primário similar ao do outro filme: salvar seu povo.
O filme conta com as vozes em inglês de Dwayne Johnson como Maui, e Auli’i Cravalho como Moana. Já em português a dublagem ficou por conta de Saulo Vasconcellos e Anny Gabriely (ex-integrante do Now United).
Enredo
Após salvar seu povo, Moana se torna oficialmente uma viajante, encarregada de explorar os mares e procurar outras ilhas habitadas para provar que não estão só. Carregando essa responsabilidade, ela recebe uma mensagem de seus ancestrais, revelando que precisa encontrar a ilha escondida de Motufetu, amaldiçoada pelo deus da tempestade, Nalo e então reunir os povos do mar.
https://youtu.be/DFnAWpQicqo?si=Ab4-iAeQ7a_BHgpm
Por ser uma viagem difícil, a protagonista reúne uma equipe: Loto, a artesã de barcos; Kele, o senhor agricultor; Moto, o contador de histórias; e, claro, os animais HeiHei e Puá. Além disso, durante a aventura encontram os Kakamoras – coquinhos – que contarão com uma reviravolta e o famoso Maui.
Mas a personagem que mais chama atenção é a irmã mais nova, Simea, com a sua fofura e paixão por Moana, enxergamos um relacionamento carinhoso e de admiração. Em alguns momentos, até nos fazendo chorar pela breve separação das duas.
Valorizando a Cultura Polinésia
Talvez Moana seja a única produção da Disney que mostra a cultura polinésia praticada pelos habitantes das ilhas do Pacífico. Desde o primeiro filme somos apresentados às crenças dos antepassados e semideuses: Maui, danças, vestimentas, técnicas de agricultura e especialmente a navegação.
Mas nesse segundo filme, a Disney deu um passo atrás e trouxe a representação de toda a região de ilhas e a descoberta do Século XVII, feita pelo capitão Kook, que todos os povos falavam praticamente a mesma língua e conseguiam se entender. No final do filme, todos os povos se encontram e logo conseguem se entender e conviver, até mesmo os Kakamoras.
Entretanto, por mais que seja uma forma de entretenimento, conta com alguns aspectos distorcidos da realidade, que podem ser considerados ofensivos. A começar com o Maui, retratado como um semideus grande e bobo, transformando-o em uma figura cômica, quando, na verdade, ele é uma das figuras mais importantes. Outro ponto é o povo Kakamoras, representados como cocos raivosos, e na realidade são apenas pessoas de baixa estatura que definitivamente não agem de forma similar ao filme.
Tirando esse equívoco, a história foi uma ótima forma de trazer atenção a essa cultura tão rica e pouco conhecida. Inclusive, a pré-estreia mundial foi realizada no Havaí, uma ilha do Pacífico, como forma de celebração da cultura.
Vale a pena ver?
Moana 2 é mais uma produção da Disney para assistir com a família, dar risada e ficar com as músicas na cabeça. É uma história inovadora? Não, mas ela atende as expectativas de ver uma mulher liderando um grupo de viajantes em alto mar e traz o conforto que precisamos.
Além disso, o filme dá destaque para o porco Puá que teve uma pequena participação no primeiro e, claro, a galinha HeiHei que é um grande alívio cômico. Falando em alívio cômico, a dublagem brasileira não decepciona e traz algumas expressões que estiveram em alta esse ano, como: “o pai ta on” e “ir de arrasta”.
Abertura para um terceiro filme
Sem muitos spoilers por aqui, mas na cena pós-créditos vemos uma conversa do deus Nalo afirmando que o que aconteceu foi apenas o começo. Seria essa uma indicação que Moana terá mais aventuras pela frente?
Moana 2 chega aos cinemas brasileiros em 28 de novembro!
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