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Anitta Reggaeton
Foto: divulgação/Universal Music Brasil/Bravin

Anitta abre o jogo sobre o desafio de cantar reggaeton

Com o lançamento de Romeo, a cantora comentou sobre como foi o seu início cantando em espanhol

Na coletiva de imprensa realizada na última sexta (7), Anitta conversou sobre diversos temas como: a diferença entre Anitta e Larissa, nova fase na carreira, documentário para Netflix, Funk Generation, lançamento de Romeo e como está se sentindo com o álbum de reggaeton vindo por aí. Confira o que foi falado: 

Como podemos definir o reggaeton?
Anitta Reggaeton
Foto: reprodução/Metrópoles

Há pouco tempo falamos sobre o Bad Bunny e seu novo álbum, aqui no Entretê. Na letra de Nuevayol, o cantor questiona “¿Cómo Bad Bunny va a ser rey del pop con reggaeton y dembow? (tradução: como o Bad Bunny vai ser o rei do pop com reggaeton e dembow?)”, criticando abertamente a capa da Forbes Under 30 de 2023, onde ele foi intitulado Rei do Pop – e sofreu diversos ataques na internet por isso. A crítica também foi social: assim como o funk, o reggaeton é um gênero musical latino marginalizado pela sociedade. 

Anitta mostrou o funk para o mundo com o seu álbum Funk Generation, dando mais um passo entre a marginalização para a resistência – o funk é cultura, assim como o reggaeton. 

O reggaeton nasceu no Panamá, mas ficou popularmente conhecido na ilha de Porto Rico, na década de 90. Ele faz parte de um movimento underground, com letras machistas e relatos de violências vividas nas ruas, originalmente cantadas apenas por homens. El General, Nando Boom, Chico Mann, Rene Renegado, Black Apache, Vico C, foram os artistas pioneiros. O reggaeton ganhou ascensão mundial graças a Daddy Yankee, que continua sendo um dos maiores nomes relacionados ao gênero – você já deve ter ouvido Con Calma (2019), Gasolina (2004), Yo Voy (2014), todas com a voz dele.

Próxima parada
Anitta Reggaeton
Foto: divulgação/Universal Music Brasil/Bravin

De Paradinha a Romeo, muita coisa mudou; menos a pressão social em cima das reggaetoneras. A indústria musical latina continua sendo muito machista e elitista. Em uma de suas séries documentais para a Netflix, Anitta comentou que seu irmão, Renan Machado, por receio do mercado desconhecido e preconceito que a irmã iria enfrentar fora do país, foi contra a decisão da carioca de querer começar a cantar em espanhol, já que ela estava bem consolidada nacionalmente. Após o sucesso estrondoso do hit Bang (2015), Anitta decidiu se aventurar no reggaeton em 2016 e colaborou no remix de Ginza, sucesso de J Balvin,  e lançou Sim ou Não com a participação de Maluma – na época shows do cantor estavam sendo muito requisitados em toda a América Latina. 

Em 2017, aconteceu o lançamento de Paradinha, um marco entre sua carreira nacional e internacional. Em uma semana, a música registrou 500 mil execuções no Spotify Brasil, passou de seis milhões de visualizações no YouTube em 24 horas, apresentou o quadradinho ao mundo e foi eleita a oitava  melhor música pop latina de 2017.

Anitta comentou: “quando eu comecei no reggaeton, era só homem, homem, homem, tudo homem. E eu fiz ali Paradinha e fiz Downtown, com o J Balvin… era uma coisa bizarra. Na época, uma das músicas femininas que estava em alta naquele período era Becky G, Natti Natasha – Sin Pijama… Isso me revoltava”, comentou ao ser questionada sobre quais foram os desafios de ser mulher e conquistar um espaço para a maior equidade dentro do cenário. Sin Pijama foi lançada em 2018; as principais músicas nos charts nesse mesmo ano eram: Te Bote (Remix), Dura, X, El Farsante, Me Niego, Machika – a maioria cantada por homens, com exceção de Machika, que tinha a voz de Anitta.

Mulheres podem ser básicas na indústria?

“Quando eu comecei mesmo no reggaeton, parecia que eu estava vendo uma cópia das minhas situações aqui no Brasil – tudo masculino… A cobrança pra mulher é muito maior, se eu entrar no palco igual a um homem entra, acabou (a carreira). As expectativas em cima da mulher sempre são maiores em tudo. O homem bota uma calça jeans e uma blusa branca (gritos), pode fazer nada (em questão de inovação). A mulher não, ela tem que entregar roupa, dança, vocal, carisma, o homem não. Então, é bem mais difícil. “, esclareceu a cantora.

 

Anitta é conhecida por ser afrontosa e romper fronteiras. Vocês preferem ela no reggaeton ou cantando funk? Não se esqueça de seguir o Entretetizei — Instagram, Facebook e X — para ficar por dentro de todas as novidades do mundo da música.

 

Leia também: De volta ao reggaeton: Anitta lança novo single, Romeo

 

Texto revisado por Angela Maziero Santana 

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