Você se lembra quais foram as ultimas apostas brasileiras ao Oscar? O Entretê te conta!
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) divulgou recentemente que o longa Ainda Estou Aqui (2024) de Walter Salles será o representante do Brasil na categoria Melhor Filme Internacional na edição de 2025 do Oscar.
O Brasil já submeteu diversos filmes para concorrer à categoria (anteriormente chamada de Melhor Filme Estrangeiro), mas nunca venceu. Ao todo foram 54 tentativas de conquistar a estatueta.
Porém, ao longo dos anos, apenas quatro filmes nacionais conseguiram a indicação ao Oscar, sendo eles: O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O Que É Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999).
A produção indicada desta vez, Ainda Estou Aqui, é protagonizada por Fernanda Torres e Selton Mello, com direção de Walter Salles, que também foi responsável pelo clássico Central do Brasil. O longa possui boas chances de entrar para a lista de indicados, já que conquistou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza 2024.
Conheça algumas das últimas candidaturas brasileiras ao Oscar:
Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980)
Na produção, acompanhamos a história de um menino de 11 anos que vive nas ruas e acaba entrando para o mundo do crime. O longa do aclamado diretor Hector Babenco foi uma das escolhas brasileiras ao Oscar e chegou a ser indicado à categoria, porém foi desclassificado por ter sido exibido nos cinemas antes da data permitida pelas regras da premiação.
O Que É Isso, Companheiro? (1997)
A adaptação literária do livro de mesmo nome do autor Fernando Gabeira conta a história de um jornalista e seus amigos que se unem à luta armada contra a ditadura militar. O longa dirigido por Bruno Barreto e protagonizado por Pedro Cardoso e Fernanda Torres chegou a ser indicado a Melhor Filme Internacional, mas perdeu para o longa Caráter (1997), dos Países Baixos.
Central do Brasil (1999)
Um dos maiores clássicos brasileiros foi responsável também pela última indicação do Brasil na categoria do Oscar. O longa de Walter Salles, protagonizado por Fernanda Montenegro, conta a história de uma ex-professora que escreve cartas para analfabetos, mas não as envia. No entanto, sua vida muda quando conhece Josué (Vinícius de Oliveira), um menino que acaba de perder a mãe e deseja encontrar o pai.
Central do Brasil é lembrado até hoje como uma das maiores injustiças do Oscar, já que Fernanda Torres estava indicada na categoria Melhor Atriz – sendo a única indicação brasileira na categoria até o momento – mas acabou perdendo para Gwyneth Paltrow. Assim como também perdeu a estatueta de Melhor Filme Internacional para o clássico italiano A Vida É Bela (1997).
Cidade de Deus (2003)
Outro grande sucesso nacional, em que acompanhamos a ascensão do crime na Cidade de Deus, uma favela do Rio de Janeiro que com o passar dos anos se torna cada vez mais perigosa. O longa, no entanto, não conquista a indicação ao Oscar de 2003, mas após chamar atenção internacionalmente e ser distribuído no circuito comercial estadunidense, recebeu uma nova oportunidade de concorrer ao prêmio.
Dessa vez o filme de Fernando Meirelles foi indicado a Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição no Oscar de 2004, mas não venceu em nenhuma categoria.
Tropa de Elite 2 (2010)
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro, dirigido por José Padilha, foi escolhido para tentar uma vaga na disputa pelo Oscar 2012 na categoria de Melhor Filme Internacional. No entanto, o longa não conseguiu avançar para a lista final dos indicados.
Mesmo sem a indicação, a sequência protagonizada por Wagner Moura, foi um grande sucesso nacional e internacionalmente, sendo aclamado por sua narrativa e crítica social sobre a violência e a corrupção no sistema de segurança pública brasileiro.
A Vida Invisível (2019)
O drama dirigido por Karim Aïnouz, ambientado no Rio de Janeiro da década de 1950, que conta a história de duas irmãs que foram separadas, foi escolhido para representar o Brasil na disputa do Oscar 2020. No entanto, não chegou a ser indicado oficialmente ao prêmio.
Apesar de não ter sido selecionado, o filme recebeu grande reconhecimento internacional, incluindo o prêmio de Melhor Filme na mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes em 2019.
Bacurau (2020)
Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Bacurau foi a escolha do Brasil para representar o país no Oscar 2021. O filme combina elementos de faroeste, ficção científica e crítica social, retratando uma comunidade nordestina que enfrenta ameaças externas, além de ter sido elogiado pela crítica por sua originalidade, direção e comentários políticos.
Porém, Bacurau não conseguiu entrar na lista final dos indicados. Apesar disso, o longa teve grande sucesso internacional e venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2019, compartilhando o prêmio com o filme francês Les Misérables.
Retratos Fantasmas (2023)
O longa de Kleber Mendonça Filho foi a aposta brasileira no Oscar 2024, mas acabou não sendo indicado ao prêmio. No documentário vemos o centro da cidade de Recife e os cinemas dos arredores, além de acompanhar a trajetória do diretor na indústria cinematográfica.
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Texto revisado por Alexia Friedmann