O dia Internacional da Mulher é comemorado em todo o mundo e merece muita, mas muita atenção, porque o papel da mulher se torna cada vez mais presente e reconhecido em todo o mundo. Esse dia não deve ser celebrado apenas em 8 de março e sim, todos os dias do ano, porque cá pra nós: somos guereiras pra caramba e PRECISAMOS ter voz em todos os momentos. Nós conquistamos direitos, ganhamos reconhecimento, mas ainda lidamos com uma sociedade machista e desigual, que machuca e maltrata a mulher.
Quando falamos sobre Cinema, a situação não é muito diferente: nas premiações, por exemplo, pouco se vê mulheres levando um prêmio para casa – quando se trata de categorias com ambos os sexos – ou sites e revistas enaltecendo de verdade o trabalho das produtoras, diretoras e cineastas. Pensando nisso, resolvemos falar justamente sobre isso: o trabalho das diretoras de cinema, profissão que exige conhecimento, responsabilidade e muito trabalho. As diretoras de cinema são mulheres incríveis e inspiradoras, que levam às telinhas histórias de luta e emoção e, ao pesquisarmos sobre elas, encontramos um número enorme de profissionais altamente talentosas. Hoje, trouxemos seis nomes, de nacionalidades diferentes, para que todos possam conhecer seus trabalhos.
Rayka Zehtabchi
(Rayka Zehtabchi, diretora de “Quebrando o Tabú” | Twitter Pessoal)
Rayka é uma diretora de cinema iraniana-americana, que vive em Los Angeles e teve um grande reconhecimento de seu último trabalho, chamado Quebrando o Tabu no Oscar 2019. O documentário conta a história de um grupo de mulheres da aldeia norte da Índia que gerencia um negócio de absorventes, com o objetivo de melhorar a higiene feminina e quebrar o tabu da menstruação.
Na época de lançamento, Rayka e sua equipe co-fundaram o The Pad Project (sem fins lucrativos) para combater o tabu da mestruação e melhorar as condições higiênicas das mulheres em todo o mundo. O documentário recebeu o prêmio de Melhor Documentário de Curta-Metragem e é um sucesso no mundo todo. Rayka é uma diretora que merece ser conhecida, pois retrata assuntos que ainda não são bem aceitos em nossa sociedade e precisam ser noticiados, além representar o talento da mulher. Assista “Quebrando o Tabu” na Netflix Brasil.
Susanne Bier
(Susanne Bier é a diretora do filme “Bird Box” | Your Danish Life)
Susanne Bier é uma cineasta e escritora dinamarquesa, muito conhecida por seu último trabalho, o filme Bird Box (2018) e outros títulos, como Serena (2014) e Segunda Chance (2014). Susanne explora, de forma muito cuidadosa, as emoções explosivas e intensas, além dos laços familiares e seus atritos, o que a torna uma das cineastas de maior potência mundial.
Em Bird Box, o público pode reconhecer alguns dos aspectos citados acima, em um longa que chocou o mundo e entrou para um dos filmes mais assistidos na semana de sua estreia. Atualmente, ela é a primeira diretora dinamarquesa a ter dirigido dois filmes indicados para “Melhor Filme Estrangeiro” no Oscar. Assista Bird Box na Netflix Brasil.
Patty Jenkins
(Patty Jenkins é a diretora de “Mulher Maravilha” | The AV Club)
Patty Jenkins é a verdadeira definição de “mulherão”. Cineasta, roterista e atriz nas horas vagas, a norte-americana já foi indicada ao Emmy, em 2011, como “Melhor Diretor de Série Dramática” para o primeiro episódio de The Killing. Ela também recebeu duas nomeações para os prêmios DGA Awards, em 2012, pela série The Killing, uma nomeação para “Realização Diretorial Proeminente em Série Dramática” e outra para “Realização Diretorial Proeminente em Filmes para Televisão/Minissérie”.
Jenkins foi a primeira mulher a produzir um filme de super-herói, com o título ?Mulher-Maravilha’. Por conta disso, recebeu o prêmio “Women in Motion”, no Festival de Cannes, que consagra grandes cineastas que contribuíram para a expansão da presença feminina. Ela também dirigiu os filmes Monster (2003), Project Five (2011), Velocity Rules (2001) e está produzindo “Mulher-Maravilha 2”, que estará nos cinemas em 2020.
Anna Muylaert
(Anna Muylaert é diretora e roteirista brasileira | Veja)
Anna é diretora e roteirista brasileira. Suas obras são polêmicas e mostram assuntos de cunho social, como o filme “Que Horas Elas Volta?” (2015), com Regina Casé no papel de Val, uma empregada doméstica que enfrenta seus patrões de classe alta e precisa sobreviver com o pouco que ganha.
A diretora ganhou prêmios no Festival de Sundance e no Festival de Berlim com o film e é uma referência no Brasil. Em 2016, foi convidada a integrar o time da Academia do Oscar, mostrando seu talento e poder dentro do cinema. Ela também já produziu outras obras conhecidas, como “Mãe Só Há Uma” (2016) e “É Proibido Fumar” (2009).
Julia Rezende
(Julia Rezende é diretora brasileira | Uol)
A diretora brasileira é mais um grande nome da direção cinematográfica feminina brasileira. Formada na escola de Cinema Darcy Ribeiro, Julia dirigiu seu primeiro longa de sucesso no país, “Meu Passado Me Condena” (2013), que gerou a terceira melhor bilheteria nacional de 2013. Sua carreira inclui outras produções de sucesso no país, como “Ponte Aérea” (2015) com Caio Blat e Leticia Colin, “Meu Passado Me Condena 2” (2015), “Um Namorado Para Minha Mulher” (2016) e o icônico “De Pernas Pro Ar 3” (2018).
Em 2019, Júlia estreará mais uma vez como diretora, na série Coisa Mais Linda, que retrata a vida da mulher brasileira nos anos 50, prometendo muita emoção e sucesso, é claro. Fique ligado e não perca a série original da Netflix Brasil. É muito importante vermos diretoras brasileiras sendo reconhecidas e com trabalhos tão incríveis!
Dani Libardi
(Dani é diretora de série 3% | Site pessoal da Dani)
Brasileira, nascida em Piracicaba e feminista, Dani lidera o time quase todo feminino de 3%, série original da Netflix Brasil, como diretora. A série retrata uma distopia – um mundo que deu errado, em que seus habitantes vivem sem água, comida e energia. Desses habitantes, somente 3% terão a chance de ir para o Mar Alto, como se fosse o paraíso, com tudo o que o homem deseja.
Aqui no Sobre Tudo com Elas, ficamos felizes demais quando lemos e conhecemos diretoras brasileiras tão poderosas e inteligentes, como a Dani, Júlia e Anna, citadas na matéria. Assista 3% na Netflix Brasil.
Todas as mulheres citadas nesta matéria são exemplos para todos nós e esperamos poder ajudá-las, nem que seja um pouquinho, a terem seus trabalhos conhecidos por mais gente. Assista aos filmes e séries, conheça cada uma delas e nunca se esqueça do poder da mulher em nossa sociedade atual. Precisamos ter coragem, dar voz, TER voz e não desistir dos nossos sonhos. Feliz SEU dia, mulher, que é TODO dia.
Até a próxima!
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