A escolha oficial será divulgada pela Academia Brasileira de Cinema no próximo dia 23
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou, na tarde desta segunda (16), a lista com os seis longas-metragens escolhidos pela comissão de seleção para concorrer a uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional na 97ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences… Também conhecida como Oscar 2025!
Ao todo, foram 12 produções inscritas e habilitadas a concorrer à vaga, e a eleição será realizada em dois turnos. No dia 23 de setembro será escolhido, entre os seis pré-selecionados, o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga na categoria Melhor Filme Internacional no Oscar.
Confira a seguir os títulos pré-selecionados:
Ainda Estou Aqui – Walter Salles
Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paivas: Rubens (Selton Mello), Eunice (Fernanda Torres) e seus cinco filhos, que vivem de frente para a praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice – cuja busca pela verdade sobre o destino do marido se estenderia por décadas – é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, a história emocionante desta família ajudou a redefinir a história do país.
Cidade; Campo – Juliana Rojas
O filme apresenta duas histórias sobre migração entre a cidade e o campo. Na primeira parte, após o rompimento de uma barragem inundar sua terra natal, a trabalhadora rural Joana (Fernanda Vianna) se muda para São Paulo para encontrar a irmã, Tânia (Andrea Marquee), que mora com o neto, Jaime. Joana luta para sobreviver na “cidade do trabalho”. Na segunda parte, Flávia (Mirella Façanha) se muda com sua companheira Mara (Bruna Linzmeyer), para a fazenda que herdou do pai, recentemente falecido. A natureza obriga as duas mulheres a enfrentarem frustrações e lidarem com memórias e fantasmas.
Levante – Lillah Halla
As futuras liberdade e autonomia de Sofía (Ayomi Domenica), uma jovem jogadora de vôlei, são ameaçadas por um conservador e violento efeito manada… Às vésperas do campeonato de vôlei decisivo para seu futuro como atleta, Sofía, aos 17 anos, descobre uma gravidez indesejada. Na tentativa de interrompê-la clandestinamente, ela acaba se tornando alvo de um grupo fundamentalista decidido a detê-la a qualquer preço; mas nem Sofía, nem aqueles que a amam, estão dispostos a se renderem ante o fervor cego da manada.
Motel Destino – Karim Aïnouz
O Motel Destino em tons de neon é um hotel de sexo à beira da estrada sob o céu azul ardente da costa do Norte do Brasil, administrado pelo boorish Elias (Fábio Assunção) e por sua frustrada e bela esposa, Dayana (Nataly Rocha). Quando Heraldo (Iago Xavier), de 21 anos, se vê no motel, depois de errar um golpe e fugir da polícia e da gangue que ele decepcionou, Dayana se vê intrigada e deixa o rapaz ficar. Enquanto os dois navegam em uma dança de poder, desejo e libertação, um perigoso plano de liberdade surge. Neste noir tropical, lealdades e desejos se entrelaçam, revelando que o destino tem seu próprio design enigmático.
Saudade Fez Morada Aqui Dentro – Haroldo Borges
Bruno (Bruno Jeferson) é um menino de 15 anos que, de forma irreversível, está perdendo a visão. Com todas as incertezas da adolescência, amplificadas pela cegueira iminente, o filme converte o destino trágico de seu protagonista em um relato de aprendizagem coletivo.
Sem Coração – Nara Normande e Tião
Verão de 1996, litoral de Alagoas. Tamara (Maya de Vicq) está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora, antes de partir para estudar em Brasília. Um dia, ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” (Eduarda Samara), assim chamada por causa de uma cicatriz que a jovem tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa.
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As apresentações acontecem nos dias 8 de outubro, na Audio em São Paulo, e 9 de outubro, na Sacadura 154 no Rio
“Uma das maiores alegrias da minha vida é que minha música tenha um lugar seguro para pousar”: é assim que a rapper norte-americana Ashnikkodescreve seu último álbum, WEEDKILLER (2023). E é justamente essa energia de entrega aos fãs que a cantora traz para o Brasil!
Uma realização da 30e, a artista tem shows marcados nos dias 8 e 9 de outubro, na Audio em São Paulo e na Sacadura 154 no Rio de Janeiro, respectivamente. Nas duas cidades, a artista, cantora, compositora e stylist Mia Badgyal será a responsável pelos shows de abertura.
Em suas apresentações no Brasil, Ashnikko vai mesclar raps provocantes, como STUPID (ft. Yung Baby Tate), e hits alternativos, como Daisy. Ela se apresentou no Lollapalooza em março de 2022 e teve seu show descrito pela imprensa brasileira como “frenético, ousado e excêntrico”. Para 2024, ela garantiu em suas redes sociais que não será diferente. “Que você seja capaz de se contorcer e gritar na floresta e uivar para a lua e correr como um rato”, comentou.
A abertura das duas noites ficará por conta de Mia Badgyal, multiartista travesti da Zona Leste de São Paulo que ganhou notoriedade com o single Na Batida, lançado em 2017. Ela conta com mais de 4 milhões de streamings nas plataformas digitais, além de ter sido premiada na categoria de melhor videoclipe envolvendo diversidade e inclusão no Music Video Festival de 2024, com Você Vai Pagar.
O seu álbum de estreia, Emergência (2023), mostra o cotidiano na realidade da vida travesti, sua vontade de ser amada, de amar, de ser compreendida, chegando ao sentimento de estar realizada consigo mesma. Um mês após o lançamento, o álbum alcançou 400 mil streamings. Estão preparados para a performance dela? Confira os detalhes dos shows:
SÃO PAULO
Data: 8 de outubro (terça-feira)
Local: Audio Club – Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca – São Paulo/SP
Horário de abertura da casa: 19h
Classificação etária: entrada e permanência de crianças/adolescentes de 5 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.
Bilheteria oficial: Espaço Unimed – Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo/SP
RIO DE JANEIRO
Data: 9 de outubro (quarta-feira)
Local: Sacadura 154 – R. Sacadura Cabral, 154 – Saúde – Rio de Janeiro/RJ
Horário de abertura da casa: 19h
Classificação etária: entrada e permanência de crianças/adolescentes de 5 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.
Bilheteria oficial: R. Sacadura Cabral, 154 – Saúde – Rio de Janeiro/RJ
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A dupla icônica ataca novamente, dessa vez com um feat para animar o fim de semana
Charli XCX acaba de compartilhar a faixa Talk talk featuring troye sivan, nova parceria com Troye Sivan. O feat fará parte do novo projeto da artista, Brat and it’s completely different but also still brat, uma versão totalmente nova do seu aclamado álbum que está prevista para o dia 11 de outubro. O lançamento será pela Atlantic Records, com distribuição nacional da Warner Music Brasil.
BRAT, o sexto álbum de estúdio de Charli, foi lançado em junho deste ano e se tornou o disco mais comentado do ano — afinal, quem não viveu o BRAT Summer? Durante o lançamento, a internet e as redes sociais foram tomadas por vídeos virais e feats surpreendentes, como Billie Eilish, Lorde, Addison Rae, Robyn, Yung Lean, Julia Fox, Chloë Sevigny e Rachel Sennott.
O álbum foi nomeado ao Mercury Prize 2024 e a faixa Guess, com Billie Eilish, estreou no TOP 1 na UK Official Singles Charts em agosto, tornando Charli a primeira artista britânica a alcançar o topo das paradas de singles este ano.
Charli fará os maiores shows de sua carreira como headliner em arenas do Reino Unido, em novembro e dezembro. Ela se juntará ao cantor Troye Sivan para a aguardada turnê em dupla icônica pelos Estados Unidos, Charli XCX & Troye Sivan Present: Sweat, que começa neste fim de semana.
Além de seu novo álbum, a artista tem trabalhado em vários projetos de cinema e TV, como sua contribuição para a trilha sonora de Barbie (2023)com Speed Drive. Ela é co-produtora executiva da trilha sonora do filme da A24, Mother Mary, com Jack Antonoff. Charli também produz a música original da série Overcompensating, de Benito Skinner, no Prime Video.
Além disso, a artista estrelará ainda o remake de Daniel Goldhaber do filme de terror cult de 1978, Faces of Death, e no thriller erótico I Want Your Sex, de Gregg Araki. A agenda lotada só prova como Charli XCX se tornou uma figura icônica da cultura pop atual, ajudando a expandir o cenário da música deste gênero e transitando perfeitamente entre o underground e o mainstream.
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A produção aclamada internacionalmente chega em terras brasileiras pela Paris Filmes
O drama Emilia Pérez chegará aos cinemas nacionais em 6 de fevereiro de 2025, com distribuição da Paris Filmes. O filme, vencedor de dois prêmios no Festival de Cannes 2024 – Melhor Interpretação Feminina e Prêmio do Júri – foi escolhido para abrir a programação oficial do 26° Festival do Rio em uma apresentação Hors Concours, marcada para 3 de outubro, no Cine Odeon.
Dirigido e escrito pelo premiado cineasta Jacques Audiard, conhecido por Ferrugem e Osso (2012) e O Profeta (2009), o longa acompanha Rita (Zoe Saldãna), uma advogada de um grande escritório que está mais interessada em libertar os criminosos do que em levá-los à justiça.
Certo dia, ela recebe uma inesperada proposta: o líder do cartel, Manitas (Karla Sofía Gascón), a contrata para ajudá-lo a retirar-se de seu negócio e realizar um plano que vem preparando secretamente há anos: tornar-se a mulher que ele sempre sonhou ser. A trama é livremente adaptada do romance Écoute (2018),de Boris Razon.
Com Selena Gomez, Edgar Ramírez, Adriana Paz e outros nomes de peso no elenco principal, Emilia Pérez conta com produção da Why Not Productions e Page 114, coprodução de Saint Laurent por Anthony Vaccarello, Pathe, France 2 Cinema, em associação com Library Pictures International, Logical Content Ventures, Les Films du Fleuve e The Veterans.
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A cantora, atriz e escritora chega ao país para promover seu livro e encontrar os fãs
Hayley Kiyoko chegará ao Brasil para promover seu livro Girls Like Girls: uma história de amor entre garotas (2023) e fará um encontro especial com os fãs. A artista, que ganhou destaque por seu papel em Lemonade Mouth (2011), é ativista na causa LGBTQIAPN+ e já foi nomeada por seus fãs como Lesbian Jesus – símbolo de referência para a comunidade por falar abertamente sobre sua sexualidade.
Conhecida também por participações em grandes produções, como Insecure (2017), The Vampire Diaries (2013), Sobrenatural: A Origem (2015), Scooby-Doo! E a Maldição do Monstro do Lago (2010), Hayley apresenta outro talento no currículo: a escrita. Seu livro Girls Like Girls, romance que teve inspiração no videoclipe icônico da música que leva o mesmo nome da obra, alcançou o primeiro lugar dos mais vendidos do New York Times em seu lançamento, em 2023. Aliás, ela está com passagem confirmada pela capital paulistana durante a Bienal do Livro de São Paulo, em setembro!
Panorama (2022), seu último álbum de estúdio, traz uma visão mais intimista e profunda sobre os paradigmas e vivências da cantora, que já afirmou em entrevistas que o disco fala sobre “passar pelos altos e baixos, e amar a si mesmo ao longo do caminho; […] é sobre ser mais gentil com nós mesmos”. Os números confirmam a identificação dos fãs com seus projetos: simplesmente mais de 2 milhões de ouvintes mensais no Spotify e quase 600 milhões de visualizações no YouTube.
Girls Like Girls: um bate-papo intimista com Hayley Kiyoko, acontece em São Paulo, no Cine Joia, dia 14 de setembro e os ingressos já estão disponíveis no site da Eventim. Durante o evento, a artista vai responder perguntas dos fãs – e haverá a oportunidade de tirar uma foto com ela. Confira os detalhes:
Hayley Kiyoko @ Girls Like Girls: um bate-papo intimista com Hayley Kiyoko
Realização: 30e
Data: 14 de setembro
Local: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo/SP
Horário: 14h
Classificação etária: entrada e permanência de crianças/adolescentes de 5 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais
Bilheteria oficial: Estádio do Morumbi – Endereço: Bilheteria 05 – Próximo ao portão 15 – Av. Giovanni Gronchi, 1866
Funcionamento: terça a sábado, das 10h às 17h (não tem funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas).
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Jade se junta ao DJ brasileiro SMU para a versão funk de seu primeiro hit solo
“I’m in Heaven when you’re lookin’ at me…” Após uma viagem agitada ao Brasil, Jadeapresenta uma nova versão para o sucessoAngel Of My Dreams. Em colaboração com o produtor SMU, o nome por trás de hits como TUMBÁTUM e Tropa do Bruxo, a cantora britânica traz uma versão animada e abrasileirada com o MTG de seu single solo de estreia.
A música original, que já ultrapassa 30 milhões de streams em pouco mais de um mês de lançada, traz uma sonoridade frenética, que explora a relação de amor e ódio de Jade com a indústria pop, da qual ela faz parte desde a época do Little Mix. A carreira solo já chegou hitando, com uma canção ousada e marcante escrita pela própria artista, ao lado de Pablo Bowman e Steph Jones.
Ela desembarcou em São Paulo na última semana para uma movimentada agenda promocional. Entre vídeos, entrevistas, podcasts e encontro com fãs, Jade fez uma aparição surpresa numa festa, na última sexta (23). Na ocasião, ela apresentou uma prévia exclusiva da nova versão, em parceria com o DJ SMU, de Angel Of My Dreams. Confira a faixa, já disponível nas plataformas digitais:
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A cantora sensação do R&B faz parte da gravadora de The Weeknd
A jornada artística de Chxrry22 tem sido um trabalho de muito amor, dedicação e cultivo de seu som. Ela está a todo vapor! A cantora, que acaba de se tornar a primeira artista feminina a se juntar à XO Records, tem trilhado um caminho em que a autenticidade e a vulnerabilidade são suas marcas registradas. Com Poppin Out (Mistakes), faixa recém-lançada, a artista está mais do que pronta para decolar e estabelecer seu nome na indústria.
Nascida e criada por imigrantes etíopes no distrito de Scarborough, em Toronto, a paixão de Chxrry22 pela música remonta à infância, quando ela cantava em festas de aniversário e casamentos – seguindo os passos de seus pais, que cantavam em um coral. A garota nunca tinha visualizado as possibilidades na música até bombar na internet, não muito tempo atrás.
Em 2017 as coisas mudaram! Naquele ano, seus covers de músicas, em formato de vídeos postados nas redes sociais, rapidamente viralizaram e ela surgiu como um talento promissor na cena musical. A perspectiva de Chxrry22 quanto à carreira mudou ainda mais quando os vídeos lhe renderam um contrato com a gravadora liderada pelo também nativo de Toronto, The Weeknd.
Com o EP The Other Side (2022), a cena do R&B viu a artista lançar seu primeiro trabalho, que logo mostrou que ela não estava para brincadeiras. No repertório, está a aclamada The Falls, que traz a vulnerabilidade de Chxrry22 como seu superpoder. A letra sensual da faixa provou que ela tem o direito de fazer e dizer o que quiser, independentemente de como os outros se sentem.
No ano seguinte, a cantora apresentou Siren(2023), que contou com colaborações do artista vencedor do Grammy, Vory, e da lenda do rap, Offset. Seu segundo EP é um projeto de sete faixas repleto de letras cativantes e faixas que trazem mais do R&B e fazem Chxrry22 se sentir em sua versão mais empoderada e plenamente realizada.
A energia de sereia autoproclamada da artista se reflete nas músicas do EP. Como a faixa de destaque Favorite Girl com Offset, uma canção fluida, impulsionada por um contrabaixo, sobre o desejo de ser a pessoa favorita de alguém. Nessa canção, o renomado rapper se abre sobre o que significa amar alguém de todo coração.
O estilo distinto e vocais cativantes de Chxrry22 continuam a acumular elogios de fãs e críticos por onde ela passa. A artista é uma das estrelas em ascensão e sensação do R&B atualmente. Em outubro, ela abrirá os shows da turnê After Hours til Dawn, de The Weeknd, em Melbourne e Sydney, na Austrália. Conheça um pouco mais sobre o último trabalho da cantora:
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A quarta temporada da série premiada chega hoje no streaming
Notícia boa para os fãs da aclamada Only Murders in the Building (2021-presente)! A quarta temporada da série acaba de chegar no streaming. Com Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short, a nova parte do seriado traz reviravoltas inéditas na trama. Confira o trailer:
Nos novos episódios, Charles (Martin), Oliver (Short) e Mabel (Gomez) lutam contra os eventos chocantes do final da terceira temporada em torno da dublê e amiga de Charles, Sazz Pataki (Jane Lynch). Questionando se Sazz ou Charles era a vítima pretendida, a investigação do trio os leva até Los Angeles, onde um estúdio de Hollywood está preparando um filme sobre o podcast Only Murders.
A produção, que estreou hoje (27) com exclusividade no Disney+, é criação dos roteiristas e cocriadores Steve Martin e John Hoffman. Martin e Hoffman também atuam como produtores executivos, ao lado de Martin Short, Selena Gomez, Dan Fogelman e Jess Rosenthal.
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Em agosto, a Marvel Brasil celebra o legado da marca através de uma campanha mais que especial
Há 85 anos, a Marvel Comics – um dos principais nomes da indústria do entretenimento global – adentrava oficialmente no mundo das HQs e dos super-heróis. Fundada por Martin Goodman, a empresa iniciou sua longa jornada com o nome de Timely Publications e passou a trilhar um caminho de sucesso que, posteriormente, se estenderia ao cinema, à TV, aos videogames, brinquedos e uma série de outros produtos licenciados.
Para comemorar esse marco, a Marvel Brasil anuncia a campanha Marvel – Celebrando 85 anos. Posicionando-se como uma marca com valores positivos como superação, colaboração e autenticidade entre os fãs, a ação tem o objetivo de atingir principalmente famílias com crianças, a fim de manter o legado da Marvel vivo através das gerações.
Entre as ações desse novo trabalho estão ativações nas redes sociais, eventos para reunir fãs, comunicação visual no varejo e uma grande exposição de produtos nas principais lojas físicas e digitais. Além disso, a estrela de Marvel – Celebrando 85 anos será o personagem Groot, da franquia Guardiões da Galáxia, reforçando a mensagem que todos podem ser heróis à sua maneira.
As primeiras décadas: a Timely Publications, Atlas Comics e o surgimento da Marvel
Em 31 de agosto de 1939, a editora americana Timely Publications lançou sua primeira publicação, a Marvel Comics #1, apresentando dois grandes personagens: o Tocha Humana, e Namor, o Príncipe Submarino e decretando oficialmente o início de sua trajetória longeva, com seu primeiro grande destaque conquistado em 1941 através da criação do Capitão América, que se consagrou, quase que instantaneamente, como um símbolo patriota do povo americano.
Com os anos, a empresa recebeu algumas mudanças de nome. Durante a década de 1950 passou a ser conhecida como Atlas Comics, perdurando até 1961 — quando o título de sua primeira revista nomeou o que conhecemos hoje como uma das líderes do entretenimento mundial, a Marvel Comics.
Neste mesmo ano, a primeira publicação de Quarteto Fantástico era lançada, enquanto outros personagens icônicos — como Homem-Aranha, Hulk, Thor, Homem de Ferro, os X-Men e os Vingadores — começavam a surgir através de um storytelling robusto, criativo e envolvente.
A partir de então, sob a liderança criativa de Stan Lee, Jack Kirby e Steve Ditko, a Marvel Comics se consolidou no mercado editorial, passando a criar novas histórias e personagens em modo acelerado.
Identificação e expansão!
Nos anos 1970 e 1980, a empresa continuou a crescer e a diversificar seu portfólio de personagens e histórias. Sagas como a dos X-Men e Quarteto Fantástico tornaram-se clássicas entre o público, uma vez que exploravam temas bastante relevantes e refletiam o que estava acontecendo na sociedade da época. Inclusive, a preocupação em criar personagens que apresentavam características próximas da realidade, explorando o cotidiano deles, seus problemas e relações interpessoais, é um dos principais fatores pelos quais a Marvel Comics se tornou icônica no segmento.
Depois de quase quatro décadas de grande sucesso, os anos 90 trouxeram uma mudança nos hábitos de consumo do público e das produções. Com a chegada dos videogames e o grande espaço que o audiovisual vinha ganhando, a Marvel passou a expandir a sua presença para além das páginas impressas, com animações de televisão e adaptações cinematográficas.
A era moderna e o Universo Cinematográfico Marvel (MCU)
O verdadeiro divisor de águas veio em 2008 com o lançamento de Homem de Ferro, dirigido por Jon Favreau e estrelado por Robert Downey Jr. Este filme marcou o início do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), um projeto ambicioso que conectaria filmes e personagens em um universo coeso — seguindo o mesmo storytelling dos HQs.
Com Kevin Feige como presidente da Marvel Studios, o MCU tornou-se um fenômeno cultural global, culminando em grandes produções como Os Vingadores (2012) e Vingadores: Ultimato (2019), que se tornou um dos filmes de maior bilheteria de todos os tempos.
Legado e futuro
Ao longo de 85 anos, com as adaptações às mudanças culturais e tecnológicas, a Marvel passou a influenciar profundamente a cultura pop. Hoje, com inovação contínua, a marca explora novas mídias e formatos através da Marvel Studios, como séries no Disney+ e filmes cinematográficos que representam novas fases e personagens, além de continuar investindo em HQs através da Marvel Comics, colecionando um público fiel e assíduo.
Além disso, como uma das formas de manter o legado vivo, a marca também conta uma presença expressiva no mercado de licenciamento. As centenas de histórias e personagens emblemáticos estão presentes no dia a dia dos fãs através de produtos licenciados que são lançados anualmente em grande escala.
Atualmente, a Marvel é uma das maiores marcas licenciadoras do mundo, com um vasto portfólio de itens oficiais que vão desde brinquedos, roupas e acessórios até colecionáveis e decoração para casa — resultando em mais de 3 mil SKU’s comercializados no Brasil.
Oferecer experiências diferenciadas para os fãs no ponto de venda também faz parte das estratégias do time de licenciamento da Marvel Brasil. Além dos produtos oficiais, a marca tem apostado também em trazer o universo da Marvel para o dia a dia do público, estabelecendo-se como referência em estilo de vida.
Como exemplo disso, foi inaugurada em outubro de 2023 a primeira Marvel Store da América Latina — localizada no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas — que reúne uma variedade de itens da franquia em um espaço de 400 m², com projeto de expansão para outros locais do país.
Quem aí já está ansioso para comemorar os 85 anos da Marvel? Siga o Entretetizei nas redes sociais – Facebook, Instagram e Twitter – e não perca as novidades do mundo dos heróis e do entretenimento.
A artista contou ao Entretetizei como é ser a personificação de multitalentosa
Atriz? Check. Apresentadora? Checkde novo. Dubladora? Check. Dançarina? Outro check. Ativista? Também check. Jacqueline Sato, além de multitalentosa, é versátil. Afinal, com uma carreira que começou aos 12 anos, ela aprendeu a conciliar o talento, os sonhos e as causas em que acredita – tudo isso, com muita disciplina e, claro, versatilidade.
Apaixonada pela arte, pela natureza e pelos animais, Jacque usa seu talento para inspirar e transformar o mundo à sua volta. Com uma trajetória marcada por personagens notáveis e projetos inovadores, a artista nos convida a uma jornada por sua história, revelando os bastidores de suas produções, seus maiores aprendizados e seus planos para o futuro.
Nesta entrevista, vamos mergulhar no universo dessa mulher extraordinária, que nos mostra que é possível conciliar uma carreira de sucesso com uma vida repleta de propósito e significado. O papo, que vai além dos trabalhos, traz os caminhos que ela percorreu para o estrelato, a importância da representatividade e ancestralidade asiática e o valor da representação artística.
Você não pode perder! Acompanhe a entrevista a seguir:
Entretetizei: Você começou sua carreira na televisão muito jovem, aos 12 anos, como apresentadora. Como foi essa experiência e como ela influenciou sua trajetória profissional?
Jacqueline Sato: Desde esse primeiro momento, pude sentir o poder da comunicação: o quanto ela toca, influencia pessoas, pode gerar transformações positivas e, no caso do audiovisual – principalmente a TV –, o quão longe ela chega.
Lembro de receber cartinhas de pessoas de diversos lugares do país contando como o programa era especial para elas e o quanto elas aprendiam em um dos quadros que tínhamos que, aliás, era ideia minha e era ensinando origami.
Caramba, foi agora, te respondendo a essa pergunta, que caiu a ficha de que, desde aquela época, eu já criava conteúdo que tivesse a ver com as coisas que eu gostava. E, neste caso, que também tivesse a ver com a minha ancestralidade. Algo que eu, em alguma fase, me afastei e, mais recentemente, me reconectei e integrei, tanto é que resultou no programa Mulheres Asiáticas.
Mas imagina isso: 23 anos atrás, tinha um quadro num programa de TV aberta do Brasil que ensinava as pessoas, principalmente jovens e crianças, a fazerem origami; que revolucionário que isso era!
Enfim, voltando à pergunta, acho incrível o poder de conexão e identificação que a televisão tem. O contar histórias e compartilhar conhecimento sempre foi imprescindível para a humanidade, que fazia isso em suas rodas de conversa, e a TV continua fazendo , só que criando uma roda de conversa muito maior.
E: Aliás, você é a personificação do adjetivo multitalentosa! Como você se organiza no dia a dia para dar conta de tudo?
JS: Com o tempo, fui apreciando cada vez mais o valor da flexibilidade e da adaptabilidade. Me adaptar a rotinas diversas, locais de trabalho diferentes, círculos de pessoas variados e manter o estado de presença em tudo o que faço é a única regra que tento seguir.
Quando percebo que estou fazendo uma coisa, mas pensando em outra… Daquele jeito que, às vezes, ficamos de corpo presente em algum lugar, mas a mente e a alma bem distantes, pensando em outras coisas, eu já aperto o botão de alarme para voltar ao momento presente e tentar entender o porquê de eu estar longe: se estou me sobrecarregando, ou se não estou feliz naquela atividade específica.
Isso fica guardado para uma reflexão mais profunda para que eu reorganize as prioridades. Anotar tudo que quero fazer no dia, logo cedo, ou na noite anterior, também ajuda muito. Assim diminui a chance de esquecer. E ser gentil comigo mesma. O que é o maior desafio, pois muitas vezes determino mais coisas para fazer do que o que, de fato, dou conta naquele período.
De qualquer modo, todos os dias pela manhã, medito. Também, logo cedo, busco pensar duas prioridades do meu dia e me comprometer a cumpri-las. E, antes de dormir, sempre recapitulo o que fiz e que fiz direito, e o que gostaria de fazer diferente se tivesse uma outra oportunidade. Assim, no dia seguinte, que muitas vezes pode ser a tal outra oportunidade, vou lá e tento fazer melhor.
Algo que nem sempre consigo, mas tenho querido aplicar cada vez mais: pausas para meditar no meio do dia, pelo menos umas três vezes, nem que seja por cinco minutos, para ser um reset mesmo. Ajuda a gente a se reconectar consigo própria e a conduzir as coisas de forma mais centrada, e calma. Alguns dias em que estava sobrecarregada, fiz isso e me ajudou muito em tomadas de decisões importantes.
E: Sua versatilidade é também uma das características mais marcantes. Você já trabalhou em diversas áreas do entretenimento, desde a televisão até o teatro e a dublagem. Qual desses campos você considera o mais desafiador e por quê?
JS: Eu considero todos extremamente desafiadores, cada qual ao seu modo. Ao meu ver, criar um ranking entre eles não faz o menor sentido, pois cada um demanda uma necessidade e preparo diferentes. Todos têm uma coisa em comum: contar histórias da forma mais verdadeira e eficaz possível para gerar maior conexão com o público.
Mas um te demanda isso num ritmo de gravações super-rápido, numa obra aberta, onde seu personagem pode começar sendo mais X e terminar Y, começar pequeno e aumentar ao longo da trama. Ou o contrário – e há de se estar aberta e com gana para fazer da melhor forma a personagem, não importa o rumo que ela tome, pois em novela, por exemplo, tudo muda muito –, então, estar aberta e maleável para se entregar por inteira a isso e ter um bom resultado traz aprendizados valiosíssimos.
No teatro, já há um tempo maior de contato com o texto, mais disponibilidade de investigações solitárias e com o grupo, que permitem que todos se desenvolvam de uma forma muito única. Muitas vezes é onde é possível se arriscar e ousar mais, pois há mais tempo de ensaio; sem falar, também, sobre estar na presença do público, sentindo a energia e reações, sem take 2, que é um desafio que somente o teatro te proporciona.
E a dublagem te desafia a fazer a cena sem ter com quem contracenar presencialmente e ainda tendo que seguir o tempo e ritmo de outra pessoa numa sincronização sem perder a emoção, é supercomplexo. Então, cada um tem um grande desafio.
E: Seu trabalho como apresentadora é um dos pontos de maior destaque em sua carreira, principalmente em Mulheres Asiáticas (2024), um docu-talk-reality criado e apresentado por você. Quais foram as motivações para a criação do programa? Qual é sua parte favorita no comando desse show?
JS: Bom, cresci sem me sentir representada no audiovisual brasileiro. Isso tem um peso enorme, faz com que os sonhos, ou nem sejam sonhados, ou sejam ainda mais distantes, beirando o impossível. Ainda assim, segui nesta carreira e sou muito orgulhosa das minhas conquistas.
Mas a verdade é que a mudança em relação à representatividade dessa parcela da população é muito pequena e lenta. Durante a pandemia, quando dei uma palestra para o TEDX, fiz uma pesquisa e descobri que, entre a primeira mulher amarela a ser protagonista na TV brasileira (Rosa Miyake, na TV Tupi, em 1967) até a primeira mulher amarela a participar de uma novela na Globo (Cristina Sano, em 1986), tinha tido um intervalo de 19 anos. E depois, mais 31 anos até termos uma protagonista amarela na emissora (Ana Hikari, em 2017).
E, nesse intervalo, claro, tivemos outras atrizes trabalhando, mas muitas vezes em papéis que quase ninguém lembra ou estereotipados, que não nos fazem sentir representadas – pelo contrário, pode machucar ou ofender.
Pouquíssimas atrizes com ascendência asiática conseguiram trilhar uma carreira com continuidade. Falta oportunidade. Isso eu já sabia por ouvir de amigas brancas a quantidade de testes que elas faziam, enquanto, para nós, era bizarramente mais espaçado. Pensa, 50 anos entre Rosa e Ana, é uma existência inteira.
Esses dados numéricos me deram um chacoalhão e entendi que não dava mais para eu permanecer passiva aguardando os testes e me preparando como atriz. E foi ficando cada vez mais claro que, assim como tinha pouca gente na frente das telas, tinha pouca gente detrás delas e, por isso, essa visão sobre nós que resultava em papéis extremamente estereotipados ainda prevalecia. Decidi colocar energia para começar a contar nossas próprias histórias.
Não muito tempo depois, começaram os ataques a pessoas asiáticas nos Estados Unidos. No dia em que aquelas mulheres foram assassinadas na casa de massagem, eu chorei compulsivamente até às três da manhã e não conseguia parar. Era absurdo pensar que ataques de racismo como este estavam acontecendo nos dias atuais e foram acontecendo, mais e mais, tanto é que surgiu o movimento Stop Asian Hate.
Aqui no Brasil, também houve ataques e o medo era que se tornassem tão violentos e letais quanto os de lá. Não lembro bem qual autor que li na época, mas algo me marcou muito sobre a quantidade de histórias de pessoas brancas que nós entramos em contato ao longo da vida, e o quanto cada uma é única e fortalece a empatia e individualidade, versus a quantidade de histórias de pessoas racializadas que entramos em contato ao longo da vida. A diferença é gritante.
A noção de individualidade e a capacidade de gerar empatia e amor para com esses corpos é diminuída. Não é à toa que a nossa autoestima seja muito frágil. Afinal, a todo o momento, o que é belo, o que é valorizado, é (prefiro passar a pensar que era) sempre o padrão branco. Esse autor falava que a gente só tem empatia e se importa com o que a gente conhece.
Então, enquanto as pessoas não nos conhecessem por quem somos, a partir das nossas próprias narrativas, mais a visão estereotipada seria reforçada, mais a visão desumanizante sobre nós seria propagada e menos empatia para conosco existiria. Esses acontecimentos terríveis foram propulsores e tornaram a minha inquietude em algo ainda mais urgente. Daí resolvi começar contando histórias de mulheres reais, que são icônicas e donas de trajetórias inspiradoras.
Ao invés de começar pela ficção, comecei com esse docu-talk-reality que contribui para quea gente povoe o imaginário coletivo com referências genuínas e que, neste formato, permite que as vejamos através de vários pontos de vista, tornando essa visão mais completa e interessante.
Por isso, começamos com um minidocumentário, através das vozes das pessoas mais importantes da vida dessas mulheres, que estiveram ao lado delas nos momentos mais difíceis (e também nos melhores) e são parte importante dessa caminhada para que tenham se tornado quem são; e tudo isso sob a lente do afeto.
Depois vamos para um bate-papo a três, onde se compartilha as experiências de vida. Então, escutamos elas falando de si próprias num lugar de abertura e vulnerabilidade. E finalizamos as desafiando a saírem do terreno conhecido e aprenderem algo da profissão da outra pela primeira vez, vendo-as como mestres e aprendizes, numa troca que é sororidade na prática e revela a elas mesmas, e ao público, novas versões dessas mulheres. Enfim, trazer essa pluralidade de olhares e histórias é o maior objetivo, para mostrar a diversidade dentro da diversidade.
O que eu mais gostei nesse processo todo foi de conhecer mulheres inspiradoras, tanto as convidadas quanto a equipe. E termos tido uma conexão tão forte deixou muito claro a transformação interna que esse projeto já gerou dentro de cada uma, o quanto estarmos entre pares e em ambientes seguros e acolhedores é fortalecedor e potente. E o quanto isso é (ou era) raro e importante.
Tudo isso me trouxe a certeza de que essas conexões nascidas aqui ainda se desdobrarão em muitos outros projetos.
E: Ainda sobre Mulheres Asiáticas: o programa é um importante passo para a representatividade de pessoas amarelas. Qual é a mensagem principal que você e sua equipe buscam transmitir neste trabalho?
JS: Que somos muito além do que a maioria das pessoas imaginam a respeito de nós. E, como disse anteriormente, o quão plurais somos.
Desde o minuto um, o programa se propôs a ser uma conversa de cura e vulnerabilidade, um espaço de orgulho e celebração de quem somos e um espaço no audiovisual onde nós somos as protagonistas. Tudo isso sendo contado com muita delicadeza e afeto.
E, mesmo ao se tratar de preconceitos e expor o tanto de coisa errada que ainda acontece, buscar fazer isso de forma a convidar as pessoas para a reflexão e a empatia. Apontar, sim, o que precisa ser mudado, mas tentando trazer as pessoas mais pra perto, ao invés de afastar. Pois, para mim, somente através do diálogo, da escuta ativa e do afeto – do tocar o coração mesmo –, é que conseguimos transformações profundas.
Torço muito para que muitas questões sejam compreendidas para além do racional, que passem mesmo pela linha do afeto e da conexão verdadeira com essas mulheres e, por conseguinte, com muitas outras pessoas asiático-brasileiras, que passarão a ser vistas de outra forma.
E: Aliás, pode nos contar como foi a estreia do projeto?
JS: Foi uma noite de muita comoção! Todas as lideranças criativas estavam presentes no evento, e essa constelação é composta por mulheres e uma pessoa não-binária, todos com ascendência asiática.
Ver cada uma dessas pessoas falarem sobre o projeto, cada uma em sua área de atuação, mas todas transbordando o quanto esse projeto as transformou, o quanto é importante não nos sentirmos sós e o quão revolucionário é o que estamos vivendo, foi um momento poderoso, de simbolismo e cura gigantescos para nós, para as gerações que vieram antes e para as gerações futuras.
Muitas lágrimas rolaram, mas lágrimas de alegria, alívio. A constatação de que estamos no lugar certo e na hora certa, sabe? E as reações das pessoas convidadas e jornalistas não poderia ter sido melhor! É bom demais assistir ouvindo as reações das pessoas. Ver que o que criamos está afetando, fazendo rir, fazendo chorar. É muito bom perceber risadas em momentos que não imaginávamos que o público veria tanta graça, e ver as pessoas emocionadas, se identificando com partes diferentes.
Todo mundo ficou impressionado com esse feito de cumprir com a representatividade na frente e atrás das câmeras, algo inédito. E é o que torna esse programa tão especial e autêntico. Amei também ver que, nas rodas de conversa, assuntos tratados no programa estavam se propagando na conversa presencial ali no evento, e outras pessoas já estavam planejando conversar com pai, mãe, filhos, cônjuges, a respeito.
Como falar sobre o nosso recorte é algo relativamente recente, é impressionante ver quantas pessoas despertaram para isso através do programa. E cada despertar gera muitos outros despertares à sua volta. Sem falar nas jornalistas que foram, muitas delas também de ascendência asiática, que geraram matérias incríveis em seus locais de trabalho.
Tivemos matérias super profundas nos dois maiores jornais do país, entre muitos outros lugares de prestígio. Isso é muito relevante, e é o que faz com que oconteúdo fure bolhas e siga se expandindo, chegando no maior número de pessoas. E estar aqui conversando contigo também é mais um furo de bolha que agradeço muito pois, assim, mais e mais pessoas poderão conhecer o projeto.
E: Falando em representatividade… Enquanto crescia, quais foram as suas inspirações? E hoje, quem te inspira, dentro ou fora das artes?
JS: Muito do que eu assistia de audiovisual e que me fazia ver alguém parecida comigo na tela, eram conteúdos internacionais. Mas falo disso no programa, inclusive que ter visto Danni Suzuki na TV foi algo que me inspirou muito. Me fez acreditar que não era impossível. E isso aconteceu bem na fase em que eu estava saindo do colégio e decidindo o que ia querer ser quando crescesse. Então, ter visto uma, já teve esse efeito de injeção de coragem, imagina ver muitas? Quantas vidas podem ser impactadas positivamente.
Quem me inspira? Sem dúvida, depois do programa, são essas pessoas com quem convivi. Cada história de vida, superação e reinvenção de si, que me expandiu a mente e possibilidades. E a minha equipe maravilhosa que toda vez que estamos juntas temos trocas profundas, insights, e sentimos como um alimento para a alma mesmo.
Admiro demais cada uma, por tudo o que já fizeram e por tudo que sei que ainda farão, são elas: Janaína Tokitaka, Ana Ono (Roteiro); Denise Meira do Amaral Takeuchi (Pesquisa, Roteiro e Direção); Aya Matsusaki (Direção); Lu Minami (Pesquisa de Conteúdo, Personagens e colaboração em Roteiro); Carolina Tiemi (Pesquisa de Imagens Iconográficas); Fernanda Tanaka (Direção de Fotografia); Flora Fuji (Direção de Arte); Akemi Shimada (Produção de objetos); Yumi Kurita (Figurino); Larissa Yumi (1ª Assistência de Figurino); Mima Mizukami (Maquiagem); Lica Otsubo (Cabeleireira); Débora Murakawa (Som Direto); Mônica Agena (Trilha e Identidade Sonora); Tamy Higa (Montadora); Rute Okabe (Assistência Financeira); e Caroline Ricca Lee (Sensitive Viewer).
E: Aproveitando o tópico de inspiração, seu estilo é muito autêntico e colorido! Como é a sua relação com a moda? Quais são as suas referências?
JS: A moda é muito uma forma de expressão. E a gente muda ao longo da vida. Sinto que minha expressão nesse âmbito também foi mudando, e segue em constante transformação. Isso de ser mais ousada, colorida e usar peças que tenham mais personalidade também veio junto com minha transformação interna, de querer sim ocupar meu espaço, viver minha existência de forma mais bold, celebrando mesmo a pessoa que sou, com todo o meu jeito diferente de ser. E passei também a buscar designers que dialogassem com isso. Sem falar em prestigiar designers asiático-brasileiras, como Fernanda Yamamoto, Teodora Oshima, Clara Watanabe, Kelly Kim, entre outras.
O que eu estou buscando valorizar dentro do meu trabalho como comunicadora e contadora de histórias, que é valorizar as narrativas asiático-brasileiras, também se transfere para o que uso, o que consumo. Tudo isso, essa escolha consciente de me cercar e me relacionar com aquilo que busco ver crescer e ter mais visibilidade no mundo me levou à Yumi Kurita, que é uma stylist talentosíssima que foi, junto comigo, me provando que eu poderia sim ser mais criativa e ousada naquilo que vestia. E fui realmente gostando das propostas dela, ela me entende de um jeito que nunca vi, sempre me traz propostas que adoro, é de uma sintonia muito fina.
Eu acho que minhas referências vêm muito mais do que vejo na vida do que de um designer único. Gosto da composição, da mistura, de algo que pode ser de algum nome famoso com algo que seja muito aleatório. Mas falando de alguns grandes nomes da moda ligados à minha ancestralidade, amo Issey Miyake, Yohji Yamamoto e Comme des Garçons. E as marcas daqui do Brasil que trazem essa identidade permeada pela influência asiática já mencionei acima.
Tem uma mulher que não tem ascendência asiática, mas traz um tanto dessa influência em seu trabalho e que eu admiro muito, que é a Rafaela Caniello da Neriage, ela tem meu coração também! Fora isso, marcas que não tem tanto essa influência que estamos conversando aqui, mas que trazem uma pegada slow fashion, e têm uma preocupação com a sustentabilidade, como a Aluf e a Tissè. São duas que amo e que entregam sustentabilidade, ética, design, e me conquistaram rapidamente.
E: Além das artes, você tem uma forte conexão na proteção dos animais e na defesa do meio ambiente, como CEO da House of Cats. De que forma você equilibra sua carreira artística com suas atividades de ativismo e qual é a importância dessas causas para você?
JS: Estou ligada a essas causas desde que me entendo por gente. Então, não saberia viver sem me envolver com isso. Acho que eu teria desequilíbrio se não conciliasse ambas as coisas, pois são parte essencial de quem eu sou. Jamais conseguiria viver sem lutar pelo que acredito e pelo que sinto, que posso colaborar para ver uma mudança positiva acontecer. E, por mais que às vezes pareça secar gelo, eu jamais conseguiria viver sem arte.
Sinto que, em relação às causas, eu sempre vou querer fazer o que estiver ao meu alcance. E sei que, sendo uma pessoa pública, acabo me comunicando com um número maior de pessoas. Então, por que não fazer disso um canal para conectar mais pessoas a movimentos que julgo serem importantes e urgentes? É algo natural para mim. Fazendo isso nas redes sociais,nos ambientes midiáticos, ou na vida, no dia a dia.
E: Você já participou de uma variedade de projetos de entretenimento, no teatro, na televisão, no cinema e streamings. Quais desses trabalhos mais te marcaram? O que podemos esperar para o futuro?
JS: Todos me deixaram marcas, me transformaram e são parte constituinte de quem eu sou hoje. Mas vou citar aqui quatro. A novela Sol Nascente (2016), onde tive meu papel de maior destaque até agora, e que, por mais que houvesse questões em relação à representatividade nesta obra, eu estava ali sendo uma figura que preenchia essa lacuna de forma autêntica e em um papel que não tinha nada de estereótipos, e que se desenvolveu super bem ao longo da trama.
O meu primeiro longa metragem como atriz, Talvez uma História de Amor (2018), pois é uma emoção sem igual se ver na tela do cinema pela primeira vez. A minha primeira protagonista em (Des)encontros (2014), porque também foi um marco ocupar esse lugar de ser quem conduz todo o fio da narrativa em uma história. E, sem dúvida, o Mulheres Asiáticas (2024), que me trouxe aprendizados em muitos níveis, e acima de tudo, me provou que eu posso e tenho capacidade para exercer minha criatividade de múltiplas formas.
Me mostrou o quanto sou maisresiliente e forte do que eu acreditava ser e se tornou o meu maior ponto de transformação, na direção de ampliar minhas áreas de atuação, e abriu uma estrada nova que eu só estou começando a trilhar. Bom demais acoragem que se solidificou através dele e que tem me impulsionado a realizar cada vez mais enquanto criadora e produtora que, hoje, sou.
E: E, claro, existe algo que você (ainda) não fez, mas gostaria de fazer?
JS: Vixe, muita coisa!! (risos). Mas, se é para escolher apenas uma, escolho realizar trabalhos que atinjam o público internacional.
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