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Resenha | A profundidade de Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa

O longa entrega uma história sensível com um elenco perfeito em todos os detalhes 

Brasileiros de diferentes gerações cresceram lendo os quadrinhos da Turma da Mônica e de todos os outros universos criados por Mauricio de Sousa. E seguindo as adaptações lançadas desde 2019, como Turma da Mônica: Laços e Turma da Mônica: Lições, ambas sucessos de bilheteria, agora chegou a vez do aguardo Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa.

Sinopse

Chico Bento, interpretado por Isaac Amendoim — que se mostrou a escolha perfeita para o papel — tem uma ligação com a goiabeira de Nhô Lau (Luis Lobianco). Mesmo o fazendeiro não gostando que Chico pegue suas goiabas, chegando a colocar um desenho do menino como mensagem de proibido entrar, Chico e seu amigo Zé Lelé (Pedro Dantas) não se intimidam e continuam indo frequentemente visitar a goiabeira.

No entanto, Dotô Agripino (Augusto Madeira) e seu filho Genesinho (Enzo Henrique) chegam à cidade com planos de asfaltar as estradas da Vila Abobrinha e tudo pode mudar. Os dois tentam convencer Nhô Lau a derrubar a goiabeira para abrir novos caminhos.

Foto: reprodução/ Paris Filmes

Chico Bento então se junta a Zé Lelé, Rosinha (Anna Júlia Dias) e seus amigos para defender a árvore, pois Chico não aceita que a goiabeira seja derrubada e ele passe a ficar sem “as melhores goiabas do mundo”.

Melhores momentos do longa

Já na cena inicial do filme, Isaac mostra o motivo de ter sido escolhido para interpretar Chico Bento: ele conquista o público com sua atuação simples e seu jeito sincero de ser. Tudo em torno de seu personagem flui de maneira natural, tanto as cenas em que está presente quanto as que narra ao decorrer do filme.

O entrosamento em cena de Chico, Zé Lelé e Nhô Lau, se torna o grande acerto do filme, mesmo com poucas cenas juntos, os três entregam momentos engraçados que transmitem o carinho que sentem uns pelos outros.

Toda a escolha de elenco do longa se mostra perfeita, entregando de forma natural o que seria viver na vila criada por Mauricio de Sousa. Com destaque para as participações especiais de Débora Falabella, como a Professora Marocas, e Tais Araújo, em um papel especial e emocionante.

Foto: divulgação/Paris Filmes

Todo o desenrolar do longa funciona bem, com roteiro assinado por Elene Altheman, Fernando Fraiha e Raul Chequer, e consegue transpor para as telas tudo o que podemos sentir ao ler o gibi, deixando crianças e adultos felizes e de coração quentinho. A maneira como a narrativa é construída leva o filme — por mais que seja infantil — e passa uma mensagem bonita e bem-feita.

A direção de Fernando Fraiha entrega uma produção leve e divertida, com um Chico Bento perfeito para desempenhar tal papel, participações especiais e mensagens que encontramos somente na sensibilidade de produções da Turma da Mônica.

O filme chega aos cinemas em 09 de janeiro de 2025.

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Leia também: Crítica | Mufasa: O Rei Leão – A harmonia das voze no ciclo da vida

Texto revisado por Cristiane Amarante

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Hipólyto estreia na dublagem brasileira de Mufasa como Taka (Scar)

O ator também está confirmado no elenco de Wicked Brasil, interpretando Fiyero

Hipólyto nasceu no Rio de Janeiro e iniciou na arte com apenas seis anos de idade, num grupo de dança comandado por seu pai. Com o tempo, aprimorou suas habilidades no canto e, aos 11 anos, conheceu então o teatro, de onde nunca mais se distanciou. Agora, ele integra o elenco de dubladores de Mufasa: O Rei Leão, original da Disney, no papel de Taka (Scar), irmão do protagonista. O filme estreou na última quinta-feira (19) nos cinemas brasileiros.

Em Mufasa, o ator tem a honra de apresentar todo seu talento em sua primeira experiência em dublagem falada e cantada. Seu personagem, Taka (Scar), é herdeiro de uma linhagem real, e o encontro com Mufasa, os levará a uma incrível jornada rumo ao seu destino. O live-action é um prequel, ou seja, se passa anteriormente ao nascimento de Simba, protagonista da franquia O Rei Leão.

Além disso, Hipólyto está confirmado no elenco brasileiro do musical Wicked Brasil, no papel do solteiro cobiçado Fiyero. Seu personagem é um dos destaques de Wicked, um príncipe de um reino vizinho de Oz, retratado, inicialmente, como um jovem rico, arrogante e superficial, mas que encontra o amor em meio às turbulências da realidade e se transforma. O musical estreia em 20 de março de 2025, no Teatro Renault.

“Fazer o Fiyero vai ser desafiador, mas vou poder trazer toda minha essência e energia para dentro das cenas. Acredito que esse personagem tem um pouco de mim e eu um pouco dele, não sei dizer, mas vou descobrir”, comenta o ator.

Foto: reprodução/Hipólyto

Ainda sobre atuação, a carreira do ator conta com diversos projetos, como os filmes Turvo (2021) e Meu Filho Só Anda Um Pouco Mais Lento (2021), além das séries O Coro – Sucesso, Aqui Vou Eu (2022), Últimas Férias (2023) e Jogo Cruzado (2024) , da Disney+. No teatro musical, ele já se destacou nos projetos: Marrom – O Musical (2022); Kiss me Kate – O Beijo da Megera (2015); Cabaret Kit Kat Club (2024), como cover de Cliff; e Legalmente Loira (2024), como o protagonista Emmett. Em breve, será possível conferir o ator no filme Pecadora, protagonizado por Rayssa Bratillieri, Hipólyto e José Loreto. Ele comenta sobre o personagem:

“Meu personagem se chama Isaque e ele é o meu oposto (em quase tudo): super conservador e apaixonado pela fé em Deus. É casado com a protagonista Isabel e tem seu sogro como referência na vida, já que o mesmo é pastor de sua igreja”.

Hipólyto também foi confirmado em um novo musical: Quem é Juão. Nele, o ator será o protagonista (Juão) – um rapaz que quer seguir seu sonho e, como qualquer pessoa, encontra desafios e flores pelo caminho. O projeto estreia em 2025, com músicas de Jota.pê, recém vencedor de três Latin Grammys e produção de Audi Arruda, Larissa Castilho e Vivian Moraes.

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Leia também: Crítica | Mufasa: O Rei Leão – A harmonia das voze no ciclo da vida

Texto revisado por Angela Maziero Santana

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WME Awards: Liniker, Luísa Sonza e Ana Castela se destacam na premiação

Prêmio contou com 80 mulheres indicadas em diversas categorias de voto popular e técnico; confira as vencedoras!

 

O WME Awards 2024 aconteceu na última terça (17) no Teatro Renault, em São Paulo, e contou com nomes de peso no palco e na plateia, para celebrar um evento que  homenageia as mulheres de maior destaque na indústria musical.

No tapete vermelho do evento, passaram nomes como Priscila, Titi Müller, Mari Moon, Vivi, Zaynara, Ana Hikari, Karol Conká, Paula Lima e diversas outras, que falaram o quanto achavam importante essa premiação e a valorização do trabalho feminino.

Luísa Sonza, Karol Conká e Paula Lima ficaram responsáveis por apresentar a premiação, ocupando o lugar de Preta Gil, apresentadora desde a primeira edição mas que, por problemas de saúde, não pôde comparecer neste ano. 

Foto: divulgação/Women’s Music Event

As grandes vencedoras da noite foram Liniker e Luísa, recebendo dois prêmios cada uma. Liniker conquistou as categorias Álbum do Ano e Música Mainstream, por seu aclamado álbum de sucesso CAJU. Porém, ela não pôde comparecer à premiação, mas enviou um vídeo agradecendo a conquista e celebrando o sucesso e o carinho que vem recebendo desde o lançamento do álbum.

Já Sonza, recebeu o prêmio de Cantora do Ano e Show do Ano por sua apresentação no Rock In Rio 2024, tendo feito um discurso emocionado para o último, no qual disse que ama fazer shows e esse seria o melhor prêmio que poderia ganhar.

A noite ainda contou com apresentações de Luísa Sonza fazendo uma performance acústica de O Barquinho, música de Nara Leão – uma das homenageadas da noite, juntamente com Lia de Itamaracá –, além de Priscilla, Ana Castela, Melly, Jovem MK e Zaynara, que animaram o público.

Foto: divulgação/Women’s Music Event

Ana Castela foi homenageada com o prêmio de Artista do Ano. O reconhecimento, que contou com o apoio da Billboard norte-americana, chega em um ano em que a cantora foi uma das vozes mais ouvidas no Brasil, colecionando sucessos e semanas no topo das paradas musicais. 

A premiação celebra e prestigia o trabalho de diversas profissionais que buscam seu lugar e reconhecimento em uma indústria difícil e que, como muitas outras tentam inibi-las de mostrar seu talento, o Women’s Music Event mostra o quanto o trabalho feminino na indústria musical já se tornou uma potência. 

Confira as vencedoras do WME Awards 2024:

Categorias de voto popular

 

Álbum do Ano

Tara e Tal – Duda Beat

Priscilla – Priscilla

Caju – Liniker (vencedora)

Taurus, Vol 2. – Duquesa

Prece – Luiza Brina

 

DJ

Carola

Clementaum (vencedora)

From House To Disco

Lala K

Rafa Jazz

 

Cantora do Ano

Ana Castela

Liniker

Ludmilla

Luedji Luna

Luísa Sonza (vencedora)

 

Música Alternativa

10 Minutos – Melly

Você Parece Com Vergonha – Ajuliacosta (vencedora)

Só Um Tempo – Tássia Reis

100 Mili – Ebony feat. Larinhx

Bling Bling – Katú Mirim

 

Música latino-americana

Flores Pa ti – Becky G, Luísa Sonza e Papatinho

Nace Una Madre – Perotá Chingó

Alibi – Sevdaliza feat. Pabllo Vittar e Yesult (vencedora)

Si Antes Te Hubiera Conocido- Karol G

 

Música mainstream

Caju – Liniker (vencedora)

Macetando – Ivete Sangalo e Ludmilla

Sagrado Profano – Luísa Sonza

Maliciosa – Ludmilla

Daqui Pra Sempre – Manu Batidão e Simone Mendes

 

Videoclipe do Ano

Saudade de Você – Duda Beat (vencedora)

Dizem Que Sou Louca – Mari Fernandez

Tentativa Frustrada – Michelle Andrade e Priscila Senna

Ensolarada – Rachel Reis

Nu – Assucena

 

Show do Ano

Luísa Sonza – Rock in Rio (vencedora)

Lia de Itamaracá – Rock in Rio

Luedji Luna – Festival Feira Preta

Simone – Simone Mendes

Juliana Linhares – Rock in Rio

Foto: divulgação/Women’s Music Event

Revelação

Ajuliacosta

Jovem MK

Joyce Alana

Sued Nunes

Zaynara (vencedora)

 

Categorias de voto técnico

 

Produtora musical

Larinhx

Iamlope$

Ayla On The Beach

Ana Frango Elétrico (vencedora)

Amanda Magalhães

 

Diretora de videoclipe

Aisha Mbikila

Lu Villaça

Joyce Prado (vencedora)

Nídia Aranha

Fernanda Correrua

 

Jornalista musical

Fabiane Pereira  (vencedora)

Kamille Viola

Djuena Tikuna

Isabela Yu

Foquinha

 

Empreendedora musical

Simone Marçal

Erika Morais

Renée Chalu

Julianna Sá

Adriana Barbosa (vencedora)

 

Profissional do ano

Cris Falcão

Ana GB

Cris Simões

Sandra Jimenez

Michelly Mury  (vencedora)

 

Radialista

Val Becker

Roberta Martinelli (vencedora)

Gabriele Alves

Mara Régia

Juliana Molino

 

Compositora

Luiza Brina

Melly (vencedora)

Sued Nunes

Jenni Mosello

Elana Dara

 

Instrumentista

Josyara (vencedora)

Ana Karina Sebastião

Alana Ananias

Aline Gonçalves

Alana Gabriela

 

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Leia também: Confira os vencedores do Prêmio Arcanjo 2024

 

Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

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Entrevista | Isis Pessino e seu talento em diversas artes

A atriz, escritora e diretora fala sobre seus projetos atuais e futuros, além de momentos importantes dos seus 21 anos de carreira  

 

Isis Pessino é uma artista multitalentosa que vem se destacando tanto na atuação quanto na direção. No cinema, ela pode ser vista em As Polacas, longa que estreiou em 12 de dezembro, no qual interpreta Helena, uma polonesa traficada e submetida à prostituição no Brasil baseado em acontecimentos reais. 

A atriz também tem papel importante no aguardado A Vida de Cada Um, que chega aos cinemas em 2025, dirigido por Murilo Salles, ao lado de Bianca Comparato, Caco Ciocler e Ivan Mendes.

Com uma carreira que soma 21 anos, Isis já foi vista em produções como Deus Salve o Rei e Amor de Mãe, além de ter participado da série Fim e do filme Domingo à Noite, contracenando com grandes nomes, como Marieta Severo e Zécarlos Machado. 

Já sua trajetória no teatro inclui várias montagens de sucesso, e em 2024, ela se firmou também como diretora, estreando com a peça Ensaio Ir Embora, que teve duas temporadas lotadas no Rio e deve retornar aos palcos em 2025. Também no próximo ano, ela dirigirá Circo da Palhaça Socorro!, um solo que aborda maternidade e humor através da palhaçaria.

Além da atuação e direção, Isis é escritora, com um livro de poesias lançado em 2019, e planeja seu primeiro romance para 2025. A atriz tem se aprofundado em seus estudos na área de Estética e Teoria do Teatro, mostrando um compromisso constante com seu desenvolvimento artístico em diversas frentes.

E para saber mais sobre todas essas vertentes da atriz, confira a entrevista que ela concedeu ao Entretê

Entretetizei: Você vive Helena, uma polonesa traficada no filme As Polacas. Como foi o processo de imersão para interpretar uma personagem tão complexa e que passa por situações tão difíceis? Como você se preparou emocionalmente para lidar com o peso dessa história durante as gravações?

Isis Pessino: Nós tivemos duas semanas de preparação muito intensas, esse momento fez com que surgissem laços fortes entre as mulheres do elenco. Um ambiente de afeto é fundamental para estar confortável em cena e poder se entregar. A Helena é uma personagem muito densa, para mim ela é a personificação de toda aquela dor das polacas… então, com um contraponto, busquei explorar pontos de luz dentro dessa dor, tentei dar um brilho no olhar dela, criando uma personagem mais complexa. Eu não levo personagem para casa, não acredito nisso, sinto prazer em entregar um bom trabalho para contar uma história que acho importante de ser contada, me agarro a isso.

Foto: divulgação/Isis Pessino

E: O que você espera que o público leve consigo após assistir As Polacas? O que o filme pode trazer de reflexão para as pessoas?

IP: Espero que a gente possa refletir sobre a formação estrutural do nosso país, e como isso faz parte do nosso presente. Parece óbvio, mas não é. Tendemos a achar que nossos hábitos e configurações sociais são algo “natural”, mas tudo isso é parte de um processo histórico. Espero que o filme faça as pessoas saírem com vontade de derrubar o patriarcado (Risos). Também espero que as pessoas pesquisem mais e se inspirem na Sociedade da Verdade, uma organização que luta pelo direitos das mulheres submetidas à prostituição. 

E: Com 27 anos e já uma trajetória de 21 anos de carreira, qual é a principal lição que você aprendeu ao longo desse tempo no meio artístico?

IP: Foram muitos aprendizados importantes, poderia ficar horas falando sobre isso. Mas hoje acho que vou falar que é importante ter um plano B, se você não é de família rica, como é meu caso. É uma profissão muito inconstante, às vezes estou cheia de trabalho como atriz, outras vezes fica aquele marasmo. Quando digo plano B, pode ser uma outra carreira, mas também uma outra função dentro do meio artístico mesmo. O mais legal de crescer sendo atriz é que fui aos poucos entendendo o quanto a profissão é complexa e grande. Hoje também sou diretora e estou construindo uma carreira acadêmica estudando Estética e Teoria do Teatro.

E: Você já passou por papéis muito distintos em sua carreira, como em Deus Salve o Rei, Amor de Mãe e Fim. Como é a escolha desses personagens e qual te marcou mais?

IP: Com certeza a personagem que me marcou mais foi a Ísis, de Deus Salve o Rei. Primeiro, porque ela é minha xará, só temos a diferença do acento no i (Risos). Ela foi minha primeira personagem na TV, foi uma personagem com um arco interessante, primeiro foi vilã e depois teve sua redenção de forma trágica. Aprendi muito dentro e fora de cena nesse processo. Tive oportunidade de contracenar com grandes atores, como Marina Ruy Barbosa, que é muito dedicada e generosa, e também com o Pascoal da Conceição que trabalhou muitos anos com o Teatro Oficina, dirigido pelo Zé Celso, entre tantos outros grandes artistas que sou fã.

E: Como você vê a evolução de seu trabalho na TV e no teatro? Existe algum tipo de papel que você ainda gostaria de interpretar?

IP: Sou muito nova, tem milhares de personagens que ainda quero fazer! Sinto que minha evolução no trabalho sempre se deu de forma muito natural, sempre gostei de estudar. Acho muito importante saber onde estou me inserindo na profissão, sabe? Tudo o que veio antes de mim. Com certeza minha formação acadêmica me torna uma atriz mais consciente e mais flexível em cena. Estou animada com os próximos trabalhos que virão. Eu adoraria explorar alguma personagem dentro do universo de Marguerite Duras, estou doida nela agora. 

E: ⁠Como foi sua estreia como diretora de teatro com a peça Ensaio Ir Embora? Quais desafios você enfrentou ao comandar uma produção?

IP: Foi maravilhoso! O Grupo Chão me convidou para dirigir a peça, e eu fiquei muito feliz com a proposta. Tínhamos pouco tempo para ensaiar, foi um desafio incrível de viver, mas foi uma peça feita com muito desejo e tivemos duas temporadas de sucesso. Teatro é muito coletivo, então acho que o maior desafio na direção é fazer a condução e entrelaçamento de todas as funções envolvidas na peça. A parte criativa, ali na hora do ensaio, dá trabalho, cansa, mas me preenche de uma forma que eu nem sabia que era possível. É muito prazeroso.

Foto: divulgação/Isis Pessino

E: Sabemos que você está planejando lançar seu primeiro romance em 2025. O que os leitores podem esperar dessa nova obra? Como é o processo de escrita para você?

IP: O livro é um romance bem experimental. Estou há alguns anos trabalhando nesse projeto que é uma pesquisa de linguagem, um laboratório mesmo. Meu processo de escrita é diferente dependendo do que estou escrevendo. Tem textos que precisam ser mais intuitivos, outros mais técnicos, mais programados. Para meu próximo livro acho que pude experimentar de tudo um pouco: escrevi assim, assado, apaguei, escrevi pelo avesso, e até quando não escrevia, escrevi. Tenho muito carinho pelo livro e pelos momentos que vivi com ele. Agora vai pro mundo.

E: Com tantos projetos em andamento, quais são seus maiores objetivos a longo prazo na carreira?

IP: São muitos sonhos e objetivos. Um grande sonho é poder participar de um coletivo artístico que se viabilize financeiramente e que esteja a serviço da transformação social. E, um objetivo é poder fazer o que eu amo até ficar velhinha, ter uma vida digna e deixar alguma contribuição positiva para a profissão.

 

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Leia também: Entrevista | Bia Santana mostra, entre moda e atuação, sua arte em se reinventar 

 

Texto revisado por Angela Maziero Santana

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Entrevista | Bia Santana mostra, entre moda e atuação, sua arte em se reinventar

A modelo, atriz e dançarina conta mais sobre sua trajetória até aqui e seus projetos futuros 

Bia Santana reflete a energia da cultura carioca e a versatilidade de uma artista que transita entre diferentes formas de expressão. Nascida na Zona Norte do Rio de Janeiro, Bia começou sua jornada artística desde cedo, mostrando uma conexão com as artes e explorando suas diversas manifestações ao longo da vida. Aos 18 anos, se mudou para São Paulo, onde iniciou sua trajetória como modelo, entrando no universo da moda e das passarelas. Porém, conheceu novos caminhos, e foi na agência em que estava na época que ela descobriu sua verdadeira paixão: a atuação.

Com uma trajetória marcada pela busca por autoconhecimento e reinvenção, Bia Santana vê na moda e na dança ferramentas de expressão. Ao mesmo tempo, sua paixão pela atuação, inspirada por grandes nomes da dramaturgia brasileira, a impulsionou a seguir seu sonho de contar histórias e dar voz a personagens que representam realidades muitas vezes silenciadas. Já participou da novela Elas por Elas (2023) e atualmente está no ar interpretando Tati em Volta por Cima, ambas na TV Globo.

Com um olhar atento à representatividade negra na mídia, a atriz se destaca como uma das novas vozes de uma geração que luta por mais espaço e reconhecimento para artistas negros no Brasil.

Confira a entrevista que Bia concedeu ao Entretê:

Entretetizei: Você começou sua trajetória como modelo em São Paulo, mas logo encontrou na atuação uma nova paixão. Como foi essa transição do mundo da moda para a televisão, e o que mais te surpreendeu nesse processo?

Bia Santana: Minha transição da moda para a atuação foi muito natural, mas cheia de descobertas. A moda sempre foi uma paixão, e foi onde comecei a me entender como artista. Quando surgiu a oportunidade de atuar, percebi que contar histórias era algo que me encantava de um jeito diferente. O que mais me surpreendeu foi a profundidade que a atuação exige — dar vida a um personagem envolve muito mais do que técnica; é preciso se entregar e, às vezes, se redescobrir.

E: Quais personagens ou cenas da dramaturgia brasileira te marcaram especialmente, e como essa inspiração reflete nas personagens que você busca interpretar hoje?

BS: Cresci encantada com personagens interpretadas por grandes atrizes como Taís Araújo, Adriana Esteves, Fernanda Montenegro e Drica Moraes. Elas transmitiam uma força e uma verdade que sempre me emocionaram profundamente. Cenas memoráveis de novelas como Avenida Brasil (2012) e Verdades Secretas (2015) ficaram gravadas em minha memória, servindo como inspiração para que eu busque papéis com profundidade, que contem histórias reais e consigam emocionar o público, assim como essas atrizes fizeram comigo.

E: A dança é outra arte importante na sua vida. Em que momento a dança se conecta com sua atuação?

BS: Eu sempre costumo dizer que a dança é a arte mais completa de todas. Ela sempre foi uma forma de me expressar e de entender meu corpo, e isso se conecta diretamente com a atuação. A dança me ajuda a explorar a fisicalidade dos personagens, a dar mais intenção aos movimentos. Além disso, ela me trouxe disciplina e consciência corporal, que são ferramentas essenciais quando estou em cena.

Tenho muitos sonhos e estou no início da minha carreira, então existe milhões de possibilidades! Gostaria de participar de produções que abordem temas sociais relevantes, que representem histórias que ainda não tiveram espaço na mídia. Também sonho em trabalhar com cinema nacional e atuar em séries. O por trás das câmeras também me impressiona muito, talvez seja um foco para o futuro. Quero nada menos que tudo.

Foto: divulgação/Bia Santana/Rock MGT/Lucio Luna

E: Com tantas conquistas em diferentes áreas, existe algum projeto dos sonhos que você ainda deseja realizar?

BS: Tenho muitos sonhos! Gostaria de participar de produções que abordem temas sociais relevantes, que representem histórias que ainda não tiveram espaço na mídia. Também sonho em trabalhar com cinema, talvez em um filme que una todas as minhas paixões: dança, moda e atuação.

E: Como você enxerga a evolução do espaço para artistas negros na mídia brasileira nos últimos anos?

BS: Estamos caminhando, mas ainda há muito a conquistar. Ver mais artistas negros ocupando papéis de destaque, como protagonistas, é muito importante para mudar narrativas e inspirar novas gerações. A mídia brasileira ainda precisa dar mais espaço e voz a essas histórias, mas acredito que, aos poucos, estamos mudando essa realidade, e fico muito feliz de fazer parte desse momento.

E: O que podemos esperar dos seus projetos futuros?

BS: Quero continuar me desafiando como atriz e explorando novas possibilidades. Estou muito focada em aprender e crescer, e espero que meus próximos projetos reflitam isso. Quero contar histórias que emocionem, inspirem e façam a diferença, seja na TV, no cinema ou em qualquer outro formato que me permita continuar criando.

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Leia também:  Entrevista | Rodrigo Fagundes fala sobre a representatividade de seu personagem na novela Volta Por Cima

Texto revisado por Alexia Friedmann

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Entrevista | Hipólyto, o novo Fiyero de Wicked Brasil, traz carisma e talento para o palco

O ator fala sobre seus próximos projetos, o início da carreira e sobre interpretar Fiyero

 

Desde cedo, Hipólyto encontrou na arte o espaço para expressar sua criatividade e paixão. Nascido no Rio de Janeiro, ele iniciou sua trajetória aos seis anos em um grupo de dança liderado por seu pai, e não demorou a expandir seus horizontes para o canto e o teatro. Agora, aos 27 anos, o ator se prepara para viver um dos papéis mais icônicos de sua carreira: Fiyero, o charmoso príncipe de Wicked, na nova montagem brasileira do musical que estreia no dia 20 de março de 2025, no Teatro Renault, em São Paulo.

Fiyero é um personagem que inicia sua jornada como um jovem superficial e arrogante, mas que, ao se envolver com Elphaba, descobre o amor verdadeiro e se transforma em alguém disposto a lutar contra as injustiças do Reino de Oz. Para o ator, interpretar o papel será uma oportunidade única de trazer sua energia e essência para a história.

O ator também integra o time de dubladores de Mufasa: O Rei Leão, no papel de Taka (Scar), que estreia dia 19 de dezembro nos cinemas brasileiros. Além disso, já participou de produções como Jogo Cruzado (2024) da Disney+ e da peça musical Legalmente Loira (2024), onde interpretou o protagonista Emmett.  Entre seus próximos projetos estão o musical Quem é Juão, que estreia em 2025, e o longa Pecadora.

Com uma carreira marcada por projetos no cinema, teatro e dublagem, Hipólyto se consolida como um dos nomes mais versáteis de sua geração, prometendo emocionar e inspirar o público em sua nova jornada artística. Confira a entrevista que o ator concedeu ao Entretê:

Entretetizei: Você começou na dança, passou pelo canto e encontrou o teatro. Como essas diferentes linguagens artísticas contribuíram para o artista que você é hoje?

Hipólyto: Eu acredito que o artista precisa viver, então tudo que o artista faz na vida contribui para sua própria arte. Tudo. E se tratando de arte com arte, só soma. Eu sempre fui um multiartista, não por ser “fominha de arte”, mas por precisar ter recursos e, com isso, tudo contribuiu para eu ser o artista que sou hoje.

E: Falando sobre seu mais novo projeto, o Fiyero é um personagem complexo que passa por uma grande transformação ao longo da história. O que você acredita que será o maior desafio em interpretá-lo?

H: Pra mim o desafio do Fiyero vai ser conseguir mostrar muito bem os dois lados dele: um mais superficial e o outro mais profundo. Ambos com intensidades muito específicas. Não será impossível, mas é um desafio.

E: Quando foi anunciado que você daria vida ao Fiyero, você mencionou que ele tem um pouco de você e você tem um pouco dele. De que forma você enxerga que esses caminhos se cruzam?

H: Quando eu respondi essa pergunta eu pensei muito, mas no fim acho que o Fiyero sempre foi um cara muito bem recebido e eu me vejo assim. Mesmo com algumas adversidades da vida eu sempre fui uma pessoa bem quista, uma pessoa amada, e acho que o Fiyero tem um pouco dessa energia. Então acho que passar essa experiência para esse personagem vai me aproximar bastante dele.

Foto: reprodução/Hipólyto

E: Wicked tem temas profundos como preconceito, amizade e transformação. Como é pra você fazer parte dessa produção?

H: Pra mim já estava mais que na hora. Eu acho que é o nosso momento. Falar de coisas que são nossas, que a gente passa, que a gente sofre, e de uma certa forma falar disso pra SER OUVIDO e conseguir ser ouvido, ser referência para as pessoas, as crianças, enfim. 

E: Você vai estrear como dublador dando voz ao Taka em Mufasa: O Rei Leão. O que mais te surpreendeu nesse processo?

H: Me surpreendeu ter passado!! Eu não esperava isso, eu achava que eu não passaria! Mas passei e fiquei e estou muito feliz! Que venham os próximos!

E: O que o público pode esperar de Mufasa e como você acredita que o filme vai impactar os fãs de O Rei Leão?

H: Com toda certeza. Eu não posso revelar a história toda, mas pelo pouco que eu vi vai ser bem impactante. É uma história muito profunda e muito bonita, então acho que vai tocar as pessoas.

E: Outro trabalho que conta com sua presença é o musical Quem é Juão, o que você pode nos contar sobre esse projeto e seu protagonista?

H: Esse projeto é um encanto. Está me fazendo revisitar o meu início na arte porque ele fala de sonho, e particularmente eu acho que sonhar é o combustível da vida, e poder falar disso vivendo meu sonho não tem preço. E o personagem Juão, que é quem eu interpreto, ele vive exatamente isso. E o mais importante dessa história é que ela vai ao encontro do que eu acredito e penso que é: “realizar sonhos não é uma tarefa fácil”, e o Juão vive isso. Então poder falar disso é uma grande responsabilidade primeiramente, e eu estou falando coisas que eu acredito.

E: Para finalizarmos, com diversos novos projetos pela frente, qual sonho profissional você ainda deseja alcançar?

H: Atualmente estou vivendo esse sonho e acho que quero continuar sonhando ele sem pressa, com cautela e muita responsabilidade. Depois, como um bom artista que sou, meu sonho é conseguir manter isso. Não ser algo passageiro. Gosto da ideia de vir ao mundo para fazer história e não apenas um momento.

 

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Leia também:  Entrevista | Rodrigo Fagundes fala sobre a representatividade de seu personagem na novela Volta Por Cima

 

Texto revisado por Layanne Rezende

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Entrevista | Rodrigo Fagundes fala sobre a representatividade de seu personagem na novela Volta Por Cima

No ar como Gigi, na TV Globo, Rodrigo entrega mais um personagem cativante e carismático, conquistando o público

 

Rodrigo Fagundes é um dos grandes nomes da comédia e do teatro brasileiro, consolidando sua carreira ao longo de 23 anos de trajetória. Aos 52 anos, o ator vive um dos momentos mais marcantes de sua vida pessoal e profissional. Atualmente, brilha na novela Volta Por Cima, da TV Globo, como Gigi, um personagem assumidamente gay que faz parte de uma família tradicional carioca em decadência financeira. A interpretação de Rodrigo tem arrancado elogios da crítica e conquistado o público com humor e sensibilidade.

Mineiro de Juiz de Fora, Rodrigo ganhou notoriedade ao estrelar o espetáculo Surto, que foi sucesso perante o público por 12 anos. Na TV, seu primeiro grande destaque veio no extinto Zorra Total, onde deu vida ao icônico Patrick, conhecido pelo bordão Olha a faca!, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Comediante do Domingão do Faustão. Desde então, tem colecionado papéis marcantes, como o mordomo Nelito em Pega Pega e o malandro Armandinho em Cara e Coragem, além de participações em produções no streaming e no cinema.

Na vida pessoal, Rodrigo também vive um momento especial. Casado há 21 anos com o ator e roteirista Wendell Bendelack, oficializou a união com uma cerimônia emocionante em dezembro de 2023, celebrando o amor ao lado de familiares e amigos. Com uma carreira sólida e em constante evolução, Rodrigo segue encantando com sua versatilidade, seja no teatro, na TV ou nas telas do streaming, em produções como Impuros e Tudo Bem no Natal que Vem. 

Falando sobre sua extensa trajetória e projetos futuros, confira na íntegra a entrevista que Rodrigo concedeu ao Entretê:

Entretetizei: Sua trajetória no teatro é longa, especialmente com o espetáculo Surto, que foi um marco na sua carreira. Que aprendizados dessa época você ainda carrega no seu trabalho atualmente?

Rodrigo Fagundes: A disciplina, o estudo, a parceria, a escuta e o olhar do outro. Jogar junto. Tentar sempre agregar quem está envolvido no trabalho e sobretudo, me divertir. 

E: Você acredita que o Gigi, por ser um personagem gay assumido em uma novela de grande alcance como Volta Por Cima, marca um avanço importante na representatividade LGBTQIA+ na TV? Como tem sido a recepção do público em relação a ele?

R: Com certeza. Quando li fiquei encantado pela liberdade dele. Esse lado mimado e atrevido também é divertido de fazer, ainda que às vezes ele não meça suas palavras e atitudes. Ainda assim, ser um homem gay sem amarras, que vive sua sexualidade, dá sua pinta, paquera e dribla com suas irmãs seu atual momento de vida, faz com  que essa “normalização” desse tipo de personagem seja cada vez menos uma questão nas novelas. E constato, diariamente nas ruas, nas redes sociais com o público, todo tipo de público, abraçou esse personagem. É um carinho e uma torcida pra que Gigi tome jeito na vida no que diz respeito a trabalhar e encontrar um boy gato e ser feliz. É o que mais escuto (risos). 

Foto: reprodução/TV Globo

E: Ao longo dos anos, você deu vida a personagens memoráveis como Patrick, de Zorra Total, e o mordomo Nelito, de Pega Pega. Quais são os maiores desafios e alegrias de caminhar entre o humor, o drama e o romance?

R: Fico feliz de poder construir uma trajetória com personagens que marcaram o público. Na comédia popular do Zorra Total pude sentir pelo Brasil como Patrick parecia um amigo próximo pois na época eu viajava com nosso espetáculo SURTO pelo país. Com as novelas, pude sentir ainda mais essa aproximação com o público. Porque novela é todo dia, os personagens oscilam entre drama e humor e é justamente aí que me farto  pois tento enxergar a comédia no drama e vice-versa. Tento humanizar sempre meus personagens para que haja uma identificação com quem assiste. E quando isso acontece a comunicação é imediata. Vira parceria. A obra e o público. 

E: Você estará no programa de humor Pablo e Luizão. O que pode adiantar sobre sua participação nesse projeto?

R: Fiz um dos episódios e foi maravilhoso participar. Sou fã do Paulo Vieira não é de hoje. Faço um professor de teatro que acaba envolvido numa situação causada pelo personagem do Paulo. Não posso dizer mais nada. Essa série vai ser sucesso. É autoral e vem do coração dele. Aguardem. 

E: Depois de mais de 20 anos de carreira, o que ainda te motiva e desafia como ator? E quais projetos você ainda sonha em realizar?

R: Dar vida a personagens com conflitos que a sociedade possa se identificar. Provocar, questionar, entreter, trazer alegria e reflexão. A arte é cura e minha profissão permite essas pontes entre as histórias, os personagens e o público. Tenho muita vontade de fazer cinema. Acho que deve ser fascinante o processo de um filme. Espero poder ter essa oportunidade.

 

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Leia também: Hipólyto é confirmado no elenco do musical Wicked Brasil como Fiyero

 

Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

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Dona dos palcos e das telas de cinema: conheça a carreira de Cynthia Erivo

Uma artista completa que agora brilha como Elphaba

 

Presente em Wicked (2024) um dos filmes mais aguardados do ano, Cynthia Onyedinmanasu Chinasaokwu Erivo, mais conhecida como Cynthia Erivo, vem conquistando a admiração de um público que ainda não a conhecia. Com sua performance impecável tanto atuando quanto cantando, a atriz dá vida a Elphaba, mostrando todo o seu talento e deixando claro o motivo pelo qual foi escalada para protagonizar o longa.

Aos 37 anos, Cynthia acumula momentos incríveis em sua trajetória, tendo conquistado prêmios como Emmy, Grammy e Tony, estando a apenas um passo de se tornar parte do seleto grupo dos EGOT (faltando apenas o Oscar). Filha de imigrantes, vem desde cedo entregando personagens memoráveis no teatro, no cinema e na TV, e agora participa de um dos maiores lançamentos do ano.

O início da trajetória 

Filha de um casal vindos da Nigéria, Cynthia nasceu em Londres, onde passou toda a infância. Sua mãe foi uma enfermeira, e seu pai a deserdou quando ela tinha 16 anos. Segundo a atriz, o afastamento aconteceu após ela decidir seguir na carreira artística, algo que não era bem recebido por seu pai. Os dois não se falam há mais de 10 anos.

Erivo estudou Psicologia Musical na Universidade de East London antes de decidir seguir a carreira artística. Ela continuou seus estudos na renomada escola de teatro Royal Academy of Dramatic Art em Londres, onde pôde aprimorar suas habilidades como atriz e cantora.

Foto: reprodução/HuffPost UK

Como atriz, fez sua estreia na TV e no streaming em séries como The Tunnel (2013) e Chewing Gum (2015), mas, como a música sempre fez parte de sua carreira, decidiu se dedicar aos musicais e participou de produções como I Was Looking at The Roof and Then I Saw the Sky (2010). 

Foi em 2013, quando estreou em A Cor Púrpura, que Cynthia começou a alçar novos voos e, em 2015, tudo mudou. A atriz participou novamente da peça na Broadway, onde foi premiada com um Tony de Melhor Atriz em Musical.

O espetáculo também foi transmitido na televisão estadunidense, onde Cynthia e o elenco foram premiados com o Emmy de Melhor Performance Musical em um programa diurno, e a trilha sonora que conta com sua participação ganhou o Grammy, tornando sua participação no musical um dos trabalhos mais importantes de sua carreira e consolidando seu status de estrela multitalentosa.

Transição para o cinema

Após o sucesso nos palcos, Cynthia começou a brilhar no cinema. Seu primeiro projeto foi Maus Momentos no Hotel Royale (2018) ao lado de Chris Hemsworth. Depois participou de Viúvas (2018), onde atuou com Viola Davis, Michelle Rodriguez e Elizabeth Debicki.

Foi o longa Harriet (2019), em que Cynthia interpretou Harriet Tubman, abolicionista americana, que lhe rendeu indicações ao Oscar de Melhor Atriz e Melhor Canção Original pelo sucesso Stand Up, que ela coescreveu e se tornou um viral nas redes sociais.

A atriz ainda participou de The Outsider (2020), Mundo em Caos (2021) com Tom Holland, Pinóquio (2022), como a Fada Azul e  Luthor: The Fallen Sun (2023) ao lado de Idris Elba, além de interpretar Aretha Franklin na terceira temporada da série antológica Genius (2021), onde foi amplamente elogiada. 

Em 2021, lançou diversos singles e também seu primeiro álbum de estúdio, Ch. 1 Vs. 1, em que aborda temas como vulnerabilidade, força e autodescoberta.

Impacto e moda

Cynthia é uma defensora de causas sociais, especialmente relacionadas à igualdade racial, ao empoderamento feminino e à inclusão. Como uma das artistas negras a possuir maiores oportunidades e sucessos pelo teatro, cinema e música, se tornou uma inspiração para muitos. Ela frequentemente fala sobre as barreiras enfrentadas por mulheres negras e luta para abrir portas para outros artistas. Seu trabalho vai além das telas e palcos.

 A atriz também se identifica como queer e bissexual, se assumindo publicamente durante uma entrevista para a Vogue britânica em 2022, revelando, durante uma entrevista ao podcast Reign with Josh Smith, que se sente empoderada após a declaração.

“Você se sente ainda mais confiante quando leva essa versão de quem você é. Deixe ela permanecer lá. Não mude. Não se adapte. Não se curve. Apenas seja”, disse a atriz durante a entrevista, tendo declarado também em outro momento que “demorou para entender quem era”.

As presenças no tapete vermelho de Cynthia também seguem impressionando. Durante a première de Wicked, a atriz entregou looks incríveis e que seguiam a temática do filme. Sempre vestindo designs ousados e diferentes com muitos acessórios, ela vê na moda uma forma de se expressar. 

Foto: reprodução/People
O sucesso de Wicked 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Cynthia conta emocionada que foi assistir a Wicked na Broadway em seu aniversário de 25 anos, e nunca tinha ouvido ou visto nada parecido. Ela completa dizendo que nunca imaginou que um dia seria parte de algo assim.  

E não havia escolha melhor para dividir as telas do cinema ao lado de Ariana Grande. Elphaba veio no momento certo na carreira da atriz, que entrega uma performance admirável, em um longa que já é sucesso de crítica e bilheteria. 

Crítica | Wicked – Uma das melhores adaptações já feitas

Foto: divulgação/Universal Pictures

Cynthia viu sua interpretação como uma conexão com parte do público: “Espero que seja uma espécie de carta de amor para todos os que se sentem diferentes, que se sentem deslocados, para todas as mulheres negras que já entraram em uma sala e não se sentiram bem-vindas”, disse em entrevista à Variety.

Uma atriz multitalentosa que está conquistando um espaço que sempre foi seu e que pode mostrar cada vez mais ao grande público todo o seu talento e relevância como profissional e ser humano. Em sua carreira, tem se dedicado a interpretar personagens femininas fortes, sempre buscando reescrever narrativas, algo que ela tem conseguido cumprir com êxito, e o sucesso e qualidade de Wicked é mais uma prova disso. 

 

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Leia também: Mágico de Oz chega aos cinemas em 2025 em nova releitura

 

Texto revisado por Bells Pontes

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Hipólyto é confirmado no elenco do musical Wicked Brasil como Fiyero

O ator estreia no elenco da montagem brasileira do musical Wicked, que estreia em 20 de março, em São Paulo

 

Hipólyto nasceu no Rio de Janeiro e iniciou na arte com apenas seis anos de idade, num grupo de dança comandado por seu pai. Com o tempo, aprimorou suas habilidades no canto e, aos 11 anos, conheceu então o teatro, de onde nunca mais se distanciou. Agora, ele se prepara para integrar o elenco da montagem brasileira do musical Wicked, como Fiyero, o solteiro mais cobiçado da Terra de Oz. A peça estreia no dia 20 de março de 2025, em São Paulo, no Teatro Renault.

Seu personagem, Fiyero, é um dos destaques de Wicked, o famoso musical baseado no livro de Gregory Maguire, que reconta a história das bruxas de Oz. No enredo, Fiyero é um príncipe de um reino vizinho de Oz, retratado, inicialmente, como um jovem rico, arrogante e superficial, mas que encontra o amor e se transforma.

Fazer o Fiyero vai ser desafiador, mas vou poder trazer toda minha essência e energia para dentro das cenas. Acredito que esse personagem tem um pouco de mim e eu um pouco dele, não sei dizer, mas vou descobrir”, comenta o ator.

Foto: reprodução

Além de estrear como Fiyero, o ator está no elenco de dubladores de Mufasa: O Rei Leão, original da Disney, no papel de Taka (Scar), irmão do protagonista. O filme estreia em 19 de dezembro nos cinemas brasileiros. Em Mufasa, o ator tem a honra de apresentar todo seu talento na sua primeira experiência em dublagem falada e cantada.

Também este ano, Hipólyto foi confirmado em um novo musical: Quem é Juão. Nele, o ator será o protagonista (Juão) – um rapaz que quer seguir seu sonho e, como qualquer pessoa, encontra desafios e flores pelo caminho. O projeto estreia em 2025, com músicas de Jota.pê, recém vencedor de três Latin Grammys, e produção de Audi Arruda, Larissa Castilho e Vivian Moraes. Para o próximo ano, ele prepara mais surpresas e novos trabalhos. 

Garanta seu ingresso para o musical Wicked em: ticketsforfun.com.br 

 

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Leia também: Confira a tracklist divulgada de Mufasa: O Rei Leão

 

Texto revisado por Larissa Suellen

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Cinema Notícias Sem categoria

Filmes natalinos para aquecer o coração

Se tem uma tradição que não pode passar despercebida em dezembro é assistir ao menos um filme natalino

 

Dezembro mal começou mas o clima de Natal já está entre nós: as comidas típicas já estão à venda, as casas já estão começando a ser decoradas, os amigos-secretos começaram a ser sorteados e a Mariah Carey já está sendo descongelada.

E uma das muitas tradições natalinas que se formaram ao longo dos anos são os filmes de natal, aqueles que entregam muitas referências e contam com histórias emocionantes, divertidas e românticas.  

Diversos clássicos desse gênero único e amado por todos foram lançados ao decorrer dos anos, como Esqueceram de Mim, O Grinch, O Expresso Polar e O Estranho Mundo de Jack, que abordam de formas distintas o Natal e suas tradições. 

E com a chegada de dezembro, assistir (ou reassistir) algum desses filmes se torna parada obrigatória; sendo assim, para ajudar as românticas, o Entretê recomenda a seguir alguns filmes que tem o poder de te transportar para os dias 24 e 25 de dezembro de uma forma leve, divertida e cheia de amor! 

O Amor Não Tira Férias (2006)
Foto: reprodução/Prime Video

O filme acompanha duas mulheres, Iris (Kate Winslet) e Amanda (Cameron Diaz), que enfrentam desilusões amorosas. Em busca de um refúgio, elas decidem trocar de casa durante as férias de Natal: Íris deixa sua casa de campo na Inglaterra para Amanda, que cede sua mansão em Los Angeles para Iris.

Enquanto se adaptam às novas rotinas, Amanda conhece Graham (Jude Law), e Íris desenvolve uma conexão especial com Miles (Jack Black). Entre encontros emocionantes, momentos de autodescoberta e muitas reviravoltas, as duas aprendem a se abrir para o amor e a encontrar felicidade nos lugares mais inesperados.

Onde assistir: Prime Video

 

Alguém Avisa? (2020)
Foto: reprodução/Prime Video

A comédia romântica conta a história de Abby (Kristen Stewart) e Harper (Mackenzie Davis), um casal apaixonado que decide passar o Natal junto com a família de Harper. No entanto, o que parecia ser um plano simples, se complica quando Abby descobre que Harper ainda não revelou para seus pais conservadores que é lésbica, muito menos que esta levando sua namorada para o Natal.

Sendo assim, durante os dias que seguem, Abby precisa fingir ser apenas uma amiga de Harper, enquanto precisa lidar com a família complicada da namorada. O longa trata de temas como aceitação, amor e autenticidade com uma dose de humor, além de contar com nomes no elenco como Aubrey Plaza, Dan Levy e Victor Garber.

Onde assistir: Prime Video

 

Simplesmente Amor (2003)
Foto: reprodução/Prime Video

Um dos maiores clássicos natalinos conta várias histórias de amor que acontecem em Londres durante a época do Natal, mostrando diferentes formas de afeto e conexão. Entre as narrativas acompanhamos o novo Primeiro-Ministro britânico (Hugh Grant) se apaixonando por uma funcionária de sua equipe (Martine McCutcheon), um escritor (Colin Firth) que encontra um amor enquanto se recupera de uma traição, um casal de amigos que lida com sentimentos não correspondidos, e até um roqueiro tentando recuperar a fama.

Com um elenco que também inclui Keira Knightley, Liam Neeson, Alan Rickman, Emma Thompson, Bill Nigh e o brasileiro Rodrigo Santoro, o filme celebra diversas formas de amor – romântico, platônico e familiar –  mostrando como apesar de suas imperfeições, ele está em todos os lugares.

Onde assistir: Prime Video

 

Uma Segunda Chance para Amar (2019)
Foto: reprodução/Prime Video

No longa acompanhamos Kate (Emilia Clarke), que tem uma vida caótica trabalhando como elfa em uma loja temática de Natal em Londres enquanto lida com as consequências de uma doença que enfrentou no passado.

Sem grandes planos para o futuro, Kate conhece Tom (Henry Golding), um homem gentil e misterioso que começa a mudar sua perspectiva sobre a vida. Enquanto eles se aproximam, Kate passa a confrontar suas escolhas, rever relações familiares e voltar a acreditar no amor, até que uma grande reviravolta acontece.

Onde assistir: Prime Video 

 

Tudo Bem no Natal que Vem (2021)
Foto: reprodução/Netflix

Protagonizado por Leandro Hassum, o representante nacional da lista gira em torno de Jorge, um homem que detesta o Natal e sofre com as tradicionais celebrações familiares dessa época do ano, que acabam se tornando caóticas em sua família na maioria das vezes.

Após um acidente na véspera de Natal, Jorge acorda no ano seguinte, percebendo que está preso em um loop temporal onde vive apenas o dia 24 de dezembro, sem lembrar de nada que aconteceu nos outros dias do ano. Enquanto comemora o Natal repetidas vezes, ele começa a refletir sobre as escolhas que fez na vida, sua relação com a família e o que realmente importa.

Onde assistir: Netflix

 

Enquanto Você Dormia (1995)
Foto: reprodução/Disney+

Lucy (Sandra Bullock) é uma funcionária do metrô de Chicago, que possui uma paixão secreta por um passageiro, Peter (Peter Gallagher). Por coincidência Peter acaba sofrendo um acidente e Lucy salva sua vida, mas o rapaz entra em coma e, por um mal-entendido no hospital, ela é confundida com sua noiva pela família dele.

À medida que Lucy é acolhida pela família de Peter, ela começa a se sentir parte de algo que nunca teve. No entanto, as coisas se complicam quando ela desenvolve sentimentos por Jack (Bill Pullman), o irmão mais novo de Peter, enquanto tenta manter a farsa.

Onde assistir: Disney+

 

Uma Quedinha de Natal (2022)
Foto: reprodução/Netflix

A história segue Sierra Belmont (Lindsay Lohan), uma herdeira mimada e recém-noiva que vive uma vida luxuosa e superficial. Durante uma viagem romântica para esquiar, um acidente faz com que Sierra perca a memória. Ela é resgatada por Jake (Chord Overstreet), o dono de uma pousada em dificuldades, que a acolhe enquanto ela tenta se lembrar de quem é.

Enquanto ajuda Jake e sua filha a preparar a pousada para o Natal, Sierra descobre valores que nunca havia considerado; ao mesmo tempo, sentimentos começam a surgir entre ela e Jake.

Onde assistir: Netflix

 

Amor com Data Marcada (2020)
Foto: reprodução/Netflix

Sloane (Emma Roberts) está cansada da pressão de sua família para arrumar um namorado, e Jackson (Luke Bracey) é o típico solteiro que foge de compromissos sérios. Após um encontro inesperado, os dois decidem firmar um pacto e fingir ser o par perfeito um do outro em todas as festas e eventos ao longo do ano, sem envolvimento emocional.

O plano parece perfeito, mas, à medida que passam por diferentes feriados juntos, Sloane e Jackson começam a perceber que seus sentimentos podem estar ultrapassando os limites do acordo.

Onde assistir: Netflix

 

Um Match Surpresa (2021)
Foto: reprodução/Netflix

Na história acompanhamos Natalie (Nina Dobrev), uma escritora de Los Angeles que está sempre em busca do par ideal e acaba enfrentando alguns fracassos amorosos, mas tudo muda quando ela conhece Josh (Jimmy O. Yang) em um aplicativo de namoro. Após semanas de conversas, Natalie decide surpreendê-lo viajando até sua cidade natal para as festas de fim de ano.

No entanto, ao chegar, ela descobre que foi enganada: Josh não é quem dizia ser em seu perfil. Apesar do choque inicial, ele propõe ajudá-la a conquistar o verdadeiro dono das fotos, Tag (Darren Barnet), mas em troca Natalie precisará fingir ser sua namorada durante o Natal, e os dois acabam se aproximando. 

Onde assistir: Netflix

 

Um Natal Muito, Muito Louco (2004)
Foto: reprodução/Prime Video

O casal Luther (Tim Allen) e Nora Krank (Jamie Lee Curtis) decide pular o Natal depois que sua filha Blair (Julie Gonzalo) viaja para outro país. Eles planejam usar o dinheiro economizado para fazer um cruzeiro tropical. No entanto, essa decisão choca os vizinhos, que consideram sua atitude uma afronta ao espírito natalino.

Tudo muda quando Blair decide voltar para casa de surpresa, e avisa que chegará na véspera de Natal, o casal então precisa correr contra o tempo para preparar uma celebração natalina perfeita, enfrentando muitas dificuldades pelo pouco tempo que resta para isso, o que rende muitos momentos engraçados ao processo.

Onde assistir: Prime Video

 

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Texto revisado por Layanne Rezende

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