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Consciência negra e games: avanços e desafios na representação racial

Nos mundos virtuais dos videogames, onde qualquer história é possível, a presença negra ainda luta para conquistar espaço

A indústria de games

A representatividade negra nos videogames ainda é um tema relevante e necessário de discussão. Apesar dos avanços na diversidade e inclusão em diversas mídias, muitos títulos de games ainda não incluem personagens negros, ou, quando o fazem, os limitam a papéis secundários ou estereotipados. 

A ausência de personagens negros protagonistas ou com histórias bem desenvolvidas não apenas marginaliza essa parcela da sociedade, mas também contribui para a perda da oportunidade de enriquecer a narrativa dos jogos com perspectivas variadas e autênticas.

A representatividade negra nos games vai além de uma questão de inclusão; ela é uma ferramenta para destacar e valorizar a comunidade negra em setores fundamentais como a mídia, a cultura, a educação, e os negócios. 

Em um ambiente cultural onde os videogames influenciam milhões de pessoas ao redor do mundo, a presença de personagens e histórias que representem a diversidade negra contribui para quebrar estigmas, ampliar o imaginário social e inspirar futuras gerações de gamers e desenvolvedores.

Uma indústria de games mais diversa e inclusiva oferece aos jogadores não apenas entretenimento, mas também uma experiência rica, que valoriza e reflete a pluralidade da realidade. Ao incluir a representatividade negra de forma genuína, os games podem se tornar plataformas de empoderamento e pertencimento, onde todos têm voz e protagonismo.

Onde estão os pretos? 

Desde o início, a indústria de games tem sido dominada por homens brancos de classe média, impactando a forma estereotipada de representação de personagens femininas e negras. Apesar de metade dos jogadores serem mulheres, essa proporção não se reflete na criação de jogos. Segundo um estudo de 2021 da Zippia, 76,3% dos desenvolvedores eram homens e apenas 6,2% negros.

Além disso, mulheres e desenvolvedores negros ganham salários inferiores aos de seus colegas homens brancos, indicando desafios significativos na equidade da indústria. No Brasil, um estudo de 2018 da empresa Homo Ludens aponta que apenas 273 funcionários, em um mercado composto de 375 estúdios, são negros.

Apesar de personagens negros marcantes como Barret Wallace, de Final Fantasy VII, e Jax, de Mortal Kombat, a representatividade negra nos videogames ainda carece de protagonismo. Em títulos como Super Smash Bros. Ultimate (2018), nenhum dos mais de 70 lutadores é negro, evidenciando a persistência dessa lacuna.

Enquanto jogos recentes como Spider-Man: Miles Morales (2020) e Dishonored: Death of the Outsider (2017) trazem personagens negros, são expansões de franquias protagonizadas por brancos, reforçando a necessidade de mais personagens negros no centro das grandes narrativas.

A falta de diversidade racial

Durante muito tempo, os protagonistas negros nos videogames foram subrepresentados ou estereotipados. Nos anos 1970 e 1980, personagens negros começaram a surgir em jogos esportivos e de luta, mas muitas vezes como figuras secundárias ou inimigos a serem derrotados. Jogos como Basketball (1978) e Streets of Rage (1991) ilustram essa fase, onde personagens negros apareciam frequentemente como antagonistas ou, no máximo, coadjuvantes, sem o protagonismo que se vê em outras representações.

Uma das marcas do racismo nas obras ficcionais é a perpetuação da ideia de que indivíduos negros são, invariavelmente, criminosos ou ocupam papéis de menor prestígio social. Essa representação limita suas possibilidades de ascensão, muitas vezes restringindo-os a carreiras esportivas, como futebol e boxe, ou à música, reforçando estereótipos que desvalorizam suas múltiplas identidades e capacidades.

Representatividades problemáticas

A partir dos anos 2000, houve um aumento na presença de protagonistas negros nos videogames, com exemplos como CJ e Franklin de GTA, e Lincoln Clay de Mafia III (2016). No entanto, muitos desses personagens ainda são construídos com base em estereótipos de criminalidade e violência. Apesar de sua relevância, a representação de protagonistas negros em papéis além de criminosos ou vítimas de racismo, como heróis ou profissionais de outras áreas, continua rara na indústria de games mainstream.

Foto: reprodução/Rockstar Games

Um dos problemas principais em torno de CJ de Grand Theft Auto: San Andreas (2004) é que ele reforça o estereótipo do jovem negro da periferia envolvido em gangues, violência e tráfico de drogas, tornando-se também um criminoso. Essa representação, embora significativa na indústria de jogos, limita a imagem do personagem, ainda preso a narrativas associadas à criminalidade, em vez de explorar outras facetas de personagens negros com histórias mais diversificadas e protagonismo fora desse contexto.

Novos tempos

Além de GTA e Mafia III, outros jogos também apresentam protagonistas negros em papéis centrais. Em The Walking Dead (2012), Lee Everett, um dos personagens principais, é um homem negro que luta pela sobrevivência em um apocalipse zumbi, oferecendo uma representação profunda e emocional. 

Já em Watch Dogs 2 (2016), Marcus Holloway é um hacker negro que desafia a vigilância tecnológica e luta por justiça, sendo um exemplo de protagonista negro no contexto de ação e espionagem. Temos ainda o personagem Augustus Cole, de Gears of War 3 (2011), que se destaca por ser um dos heróis centrais de uma das maiores franquias de jogos de ação.

Também temos Bayek, o assassino egípcio em Assassin’s Creed Origins (2017), e Billie Lurk, a predadora com poderes sobrenaturais de Dishonored: Death of the Outsider, ambos exemplos de protagonistas negros em histórias ricas e diversificadas. 

A representatividade negra nos videogames tem avançado, mas ainda enfrenta grandes desafios. A indústria, historicamente dominada por homens brancos, continua a marginalizar personagens negros, muitas vezes limitando-os a estereótipos ou papéis secundários. Apesar de alguns exemplos de protagonismo, como Lee Everett, Marcus Holloway e Bayek, a presença de personagens negros com histórias complexas e diversificadas ainda é rara

Para que os games se tornem mais inclusivos, é fundamental que os desenvolvedores criem mais personagens negros como heróis, profissionais e protagonistas em narrativas que vão além da violência e do crime, refletindo a pluralidade da realidade

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

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Cultura Entretenimento

Estrelado por Cillian Murphy, Pequenas Coisas Como Estas chega ao Brasil: confira o pôster oficial!

Baseado no livro de Claire Keegan, o longa revela um dos capítulos mais sombrios da história da Irlanda e estreia no Brasil em 9 de janeiro

Pequenas Coisas Como Estas, novo filme estrelado por Cillian Murphy, vencedor do Oscar de Melhor Ator em 2024 por Oppenheimer (2023), acaba de ganhar pôster nacional e estreia nos cinemas brasileiros em 9 de janeiro. O longa, que abriu o Festival de Berlim 2024, explora um dos capítulos mais sombrios da história irlandesa: as chamadas lavanderias de Madalena, onde a sociedade cedeu ao poder patriarcal da igreja. 

Na trama, Murphy interpreta Bill Furlong, um comerciante de carvão e madeira em New Ross, Wexford. Durante uma entrega a um convento, ele descobre o tratamento cruel dispensado a jovens marginalizadas, especialmente mães solteiras, o que o leva a confrontar seu passado e tomar uma posição diante das injustiças.

O roteiro é baseado no livro homônimo da escritora irlandesa Claire Keegan, vencedor do Orwell Prize e finalista do Booker Prize 2022. O romance foi incluído na lista dos 100 Melhores Livros do Século XXI pelo The New York Times. No Brasil, foi recentemente publicado pela Relicário Edições. 

Foto: divulgação/O2 Play

Dirigido por Tim Mielants e com roteiro adaptado por Enda Walsh, Pequenas Coisas Como Estas conta com produção de Ben Affleck, Matt Damon e Cillian Murphy. No elenco, além de Murphy, estão Eileen Walsh, Michelle Fairley, Emily Watson, Clare Dunne e Helen Behan. A produção é das companhias Artists Equity e Big Things Films. Já a distribuição no Brasil é da O2 Play.

 

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Texto revisado por Angela Maziero 

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Cultura pop Entretenimento Eventos

Hype Total! A Cerimônia de Abertura do Mundial de LoL 2024 terá shows incríveis!

O LoL Esports representa o ápice dos jogos eletrônicos competitivos e atrai a atenção de milhões de fãs desde 2010

A Riot Games anunciou que grandes nomes da música, incluindo LINKIN PARK, Ashnikko, Mars Atlas e Tiffany Aris, animarão a Cerimônia de Abertura do Campeonato Mundial de League of Legends 2024, também conhecido como O Mundial, o maior evento de Esports do ano. Acontecerá na icônica O2 Arena em Londres, no sábado, 2 de novembro, às 11h BRT. LINKIN PARK lidera a cerimônia com Heavy Is The Crown, tema oficial do Mundial 2024 que se tornou um grande sucesso; já Ashnikko traz Paint The Town Blue da trilha sonora da aguardada segunda temporada de Arcane (2021); e para encerrar a temporada de competições, Mars Atlas e Tiffany Aris apresentarão Still Here, faixa da animação de abertura da Temporada 2024 de League of Legends (LoL).

Foto: divulgação/Riot Games

O sucesso Heavy Is The Crown, 11º tema do Mundial e lançado pelos superastros do LINKIN PARK, tornou-se o maior hit musical da história do League of Legends desde seu lançamento em 24 de setembro. A canção já acumulou mais de 360 milhões de streams globais, enquanto seu videoclipe possui mais de 57 milhões de visualizações no YouTube. A letra celebra a vitória histórica da T1 no Mundial de 2023, que retomou o trono desde o último título da equipe em 2016, homenageando ainda a rica história de reinos e impérios de Londres. 

A apresentação no Mundial marcará o início da segunda etapa da From Zero World Tour e a contagem regressiva para o novo álbum, From Zero, com lançamento previsto para 15 de novembro, incluindo dois shows com ingressos esgotados no Allianz Parque, em São Paulo.

A parceria explosiva de Ashnikko com Arcane, Paint The Town Blue, lançada em 5 de setembro, é o primeiro single da trilha sonora da segunda temporada de Arcane e embala o trailer principal da série, que já ultrapassou 40 milhões de visualizações no YouTube. 

A canção centra-se em Jinx, a icônica protagonista de Arcane e personagem favorita de Ashnikko, com a estreia ao vivo prevista para a cerimônia de abertura, dando aos fãs um gostinho da 2ª temporada antes do retorno de Piltover e Zaun no primeiro ato da série, que estreia na Netflix em 9 de novembro.

Encerrando a cerimônia, Mars Atlas e Tiffany Aris emocionam o público com Still Here, destaque na animação da Temporada 2024, lançada em 10 de janeiro. A animação, que também contou com a colaboração de 2WEI, se tornou o vídeo mais visto do canal de League of Legends em 24 horas e acumula mais de 124 milhões de visualizações no YouTube.

O Mundial de LoL é o ápice dos Esports, reunindo as melhores equipes de nove regiões para competir pelo título mundial. 

Disputado em uma região anfitriã diferente a cada ano, o torneio atrai milhões de espectadores e se consolidou como o evento de Esports mais assistido e seguido globalmente, com a Final do Mundial de 2023 quebrando todos os recordes de audiência.

 

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Texto revisado por Cristiane Amarante

 

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Cultura Entretenimento Música Notícias

Vinho: Delacruz refina sonoridades em novo trabalho

Com participações de IZA, MC Cabelinho e Gaab, o projeto chega hoje (11) às plataformas. Faixa foco — Último Romântico — ganha videoclipe

No mundo dos vinhos, o momento ideal da colheita é crucial para extrair o melhor de cada uva. Com uma metáfora semelhante, Delacruz apresenta seu novo álbum, Vinho, no qual ele revela uma faceta mais madura e refinada, misturando neo soul, R&B e rap.

O álbum é um reflexo de sua evolução artística, enquanto o rapper carioca revisita suas experiências ao longo de oito faixas inéditas, que contam com as participações especiais de IZA, MC Cabelinho, Gaab e Lukinhas. O lançamento já promete, após o sucesso do single Afrodite, em colaboração com IZA, que atingiu mais de 1,5 milhão de plays em apenas 48 horas.

Sobre o novo projeto, Delacruz explica: “Desde o meu último álbum, focamos mais na estética da banda, agora o foco está nos arranjos e na simplicidade sonora. O Vinho reflete essa maturação, mostrando uma versão mais madura de mim, com uma musicalidade despojada, mas essencial.” 

A simplicidade está presente nas letras, acordes e estética das faixas, como ele mesmo reforça. O visual do projeto também recebeu atenção especial, com diversos videoclipes dirigidos por Philippe Rios e um destaque para o clipe de Último Romântico.

O single Afrodite, uma aguardada parceria com IZA, já é destaque no Top #100 do Spotify e acumula mais de 15 milhões de streams. A segunda faixa, Para de Falar, traz Gaab e combina influências de Rodriguinho e do cantor jamaicano Masego, enquanto MC Cabelinho chega para somar na faixa Ciúme Bobo, trazendo um toque pessoal à colaboração. Delacruz comenta a longa parceria: “Eu e Cabelinho sempre trocamos ideias em estúdios, é uma conexão de muitos anos.”

Entre as canções, Tão Bem é a mais antiga, inicialmente selecionada para o álbum anterior, mas amadurecida para se encaixar perfeitamente no conceito de Vinho. A música traz arranjos de saxofone e metais, dando-lhe uma nova roupagem. Já a faixa Perdendo o Juízo reimagina um sucesso de Flora Matos, enquanto Só Por Hoje explora um flow melódico com influências do funk.

Delacruz afirma que o álbum reflete sua essência: “Tá bem a minha cara, com uma vibe lovesong, violão, beats eletrônicos e teclados, além de uma potência vocal. Preservei minha essência, mas também trouxe novidades. Estou muito feliz com o resultado.” A produção, liderada por JOK3R, explora ainda mais o lado instrumentista do rapper.

Fechando o álbum, a faixa Último Romântico conta com a participação de Lukinhas e presta homenagem a MC Marcinho, misturando samba e pagode urbano. Lukinhas celebra a parceria: “Delacruz é como um irmão para mim. Colaborar com ele novamente foi uma honra, e tenho certeza que esse projeto vai elevar ainda mais a cena urbana brasileira.”

Com Vinho, Delacruz brinda à maturidade artística, trazendo uma mistura única de sons e emoções que, sem dúvida, marcará sua trajetória na música.

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

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Cultura Entretenimento Música

Marvel Brasil lança single e clipe O Poder É Nosso em parceria com KondZilla

No último sábado (28), o single conta com interpretação de MC Luanna, Malcolm VL e Jovem MK

Inspirada pelos heróis negros da Marvel e pela vivência da juventude preta no Brasil, a faixa está disponível nas principais plataformas de streaming, e o videoclipe já pode ser visto no YouTube.

A música é interpretada pelos artistas MC Luanna, Malcolm VL e Jovem MK, com composição de Coruja BC1 e produção de DJ MaxnosBeatZ. O trap, carregado de letras que conectam a realidade brasileira à força dos heróis, é uma celebração do poder e das conquistas da juventude preta. 

O clipe, dirigido por Kaique Alves, foi gravado em Heliópolis, a maior comunidade de São Paulo, retratando jovens em momentos de vitória, sentindo-se poderosos como verdadeiros heróis.

Além da música, a Marvel Brasil está lançando um minidocumentário em seu canal no YouTube, mostrando os bastidores da produção, com entrevistas dos artistas envolvidos

Continuação do projeto O Poder É Nosso no varejo e na capacitação

Assim como na edição de 2022, que destacou cinco artistas plásticos negros, a Marvel ampliou o projeto para o varejo. Em 2024, marcas como Converse, C&A, Condor e Kenner estão lançando coleções licenciadas inspiradas em heróis como Tempestade, Pantera Negra e Miles Morales. As peças da Converse e C&A já estão disponíveis, enquanto a coleção da Kenner será lançada em novembro.

Imagem: divulgação/C&A

Além disso, a parceria com a Feira Preta se mantém forte. Nos meses de outubro e novembro, o Instituto Feira Preta ministrará o curso Afrolab, voltado para a capacitação de 90 jovens negros, com foco na arte audiovisual. 

As aulas presenciais acontecerão no Museu das Favelas, em São Paulo, e os trabalhos desenvolvidos pelos alunos farão parte da exposição Marvel — O Poder É Nosso, a ser inaugurada em 26 de novembro.

Essa iniciativa faz parte do Disney Future Storytellers, programa da Disney que visa treinar e inspirar jovens de comunidades sub-representadas, promovendo a diversidade na indústria criativa.

O single e o clipe O Poder É Nosso já estão disponíveis, mostrando que o poder está nas mãos da juventude preta do Brasil. Confira a música e o clipe nos links abaixo:

 

 

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Texto revisado por Bells Pontes

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Cinema Entretenimento

Programação especial de Halloween

Confira os destaques da programação de outubro na MUBI!

Este mês, o streaming apresenta uma seleção imperdível de filmes aterrorizantes em celebração ao Halloween. Prepare-se para ser envolvido por vampiras sedutoras, mergulhar no universo sombrio do folk horror, explorar os medos do terror japonês e reviver o clássico que redefiniu o gênero: O Massacre da Serra Elétrica (1974).

Vampiras no Cinema

Neste Halloween, a MUBI apresenta a coleção Mordidas Femininas: Mulheres Vampiras, uma seleção que explora a representação das vampiras no cinema, desde os anos 70 até os dias atuais. Com um marcante subtexto feminista, esses filmes revelam mulheres que tomam o controle de suas próprias narrativas, utilizando o vampirismo como metáfora para discutir medos e questões contemporâneas. 

Entre os destaques estão Lábios de Sangue (1975), de Jean Rollin, Desejo e Obsessão (2001), de Claire Denis, e Sanguessugas — Uma Comédia Marxista Sobre Vampiros (2021), de Julian Radlmaier.

Foto: Divulgação Mubi/Desejo e Obsessão (2001)
Folk Horror

Esta coleção de folk horror revela o terror visceral que surge quando tradições antigas e crenças ancestrais entram em choque com o mundo moderno, expondo o desconhecido e o poder oculto de comunidades isoladas. Filmes como Midsommar — O Mal Não Espera a Noite (2019) e O Homem de Palha (1973) exploram temas de sacrifício e vilarejos remotos, onde o folclore e o isolamento criam o cenário perfeito para pesadelos inquietantes. 

Essas obras imersivas transportam o espectador para universos em que rituais antigos e o medo do diferente se transformam em experiências de horror intensas e irresistíveis.

Foto: Divulgação Mubi/Midsommar — O Mal Não Espera a Noite (2019)
Terror Japonês

Ganhando destaque nos anos 90, o fenômeno do terror japonês foi fortemente influenciado pelo cinema norte-americano, mas desenvolveu histórias únicas, que marcaram profundamente o gênero. Ringu (1998), dirigido por Hideo Nakata, conta a aterrorizante história de uma fita de vídeo amaldiçoada, que condena suas vítimas à morte em sete dias —  mais tarde, estrelando Naomi Watts, o longa foi adaptado por Hollywood. 

Crimes Obscuros (2006), de Kiyoshi Kurosawa, conta a história de um detetive que investiga uma série de assassinatos; o filme destaca o estilo único e atmosférico do diretor. Esta coleção presta homenagem a um gênero que mescla o horror visceral com um terror psicológico profundo, redefinindo o medo no cinema mundial.

Foto: Divulgação Mubi/Ringu (1998)
Assista Se For Capaz: Especial de Halloween

O horror no cinema, seja físico ou psicológico, revela nossos medos mais profundos. A coleção Assista Se For Capaz: Especial de Halloween apresenta dois filmes que exploram o medo de maneiras distintas, mas igualmente aterrorizantes. O Massacre da Serra Elétrica (1974), dirigido por Tobe Hooper, é um clássico do terror visceral e implacável, com o canibal Leatherface à frente de uma experiência de violência crua e sufocante, que redefiniu o gênero.

Já O Babadook (2014), de Jennifer Kent, traz o monstro como uma poderosa metáfora do luto, além dos desafios da maternidade, explorando os horrores psicológicos de forma profundamente emocional.

Recentes e Excelentes

Esta fábula rural do aclamado diretor Ryusuke Hamaguchi reflete sobre a relação entre o ser humano e a natureza, desafiando as expectativas do público a cada momento. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza de 2023, O Mal Não Existe oferece uma experiência sensorial imersiva, destacando um elenco composto por atores não profissionais. O filme chega ao catálogo da MUBI em uma coleção dupla, dedicada a Hamaguchi, juntamente com o premiado Drive My Car.

Já Occupied City (2023), dirigido pelo vencedor do Oscar Steve McQueen, proporciona uma reflexão intensa sobre a ocupação nazista em Amsterdã, conectando este período sombrio aeventos recentes, como a pandemia e os protestos globais. 

Baseado no livro Atlas de uma Cidade Ocupada, de Bianca Stigter, o filme estabelece um diálogo visual entre o passado e o presente, capturando uma cidade submetida ao toque de recolher pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Filmado em 35 mm, Occupied City é uma obra poética e envolvente, que explora o impacto da memória histórica no nosso futuro.

Foto: Divulgação Mubi/Occupied City (2023)
Apaixonante: O Cinema de Wong Kar Wai

Um Beijo Roubado (2007) é uma obra visualmente deslumbrante, com um ritmo contemplativo que mergulha profundamente nas emoções humanas. Focado em personagens que enfrentam o amor, a perda e a solidão, o filme exibe o estilo inconfundível de Wong Kar Wai, marcado por sua cinematografia rica e atmosférica. Entrelaçando passado e presente, a história guia o espectador por uma jornada emocional de grande beleza e profundidade. 

Embora não seja sua obra mais aclamada, oferece momentos de rara sensibilidade, com um elenco de peso, que inclui Jude Law, Natalie Portman, Rachel Weisz e a cantora Norah Jones.

Foto: Divulgação Mubi/Um Beijo Roubado (2007)
MUBI Highlight: Self-Portrait as a Coffee-Pot

Em nove episódios cheios de criatividade e experimentação, William Kentridge explora sua vida no estúdio, seu processo criativo e o papel da memória durante e após a pandemia de Covid-19. Inspirada nos filmes de Charlie Chaplin e George Méliès, esta série oferece uma abordagem lúdica e provocativa sobre a criação artística, sobre o valor da arte e sobre a história sócio-política da África do Sul. Após estrear em Veneza, foi exibida em festivais como TIFF e BFI, reafirmando Kentridge como um dos artistas sul-africanos mais influentes de sua geração.

Breves Encontros

Dirigido por Susanne Deeken, A Place Without Fear (2023) é um curta-metragem de animação que une uma narrativa intensa a uma estética visual inovadora. Ambientada em uma casa abandonada, em Detroit, a trama gótica e surreal acompanha uma jovem que enfrenta seus maiores medos. Usando técnicas como pintura em paredes, stop-motion e renderização digital, o filme é acompanhado por uma trilha sonora original de Atticus Ross e Trent Reznor (NIN), convidando o público a refletir sobre o medo, a liberdade e o poder pessoal.

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Texto revisado por Jamille Penha

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Cinema Cultura Entretenimento

Mostra de Cinemas Africanos retorna a São Paulo

Programação exibirá filmes de 14 países africanos e contará com a presença de cineastas renomados

Em 2024, a Mostra de Cinemas Africanos retorna com força total a São Paulo, trazendo mais uma edição vibrante de 11 a 18 de setembro, no CineSesc. Com uma programação cuidadosamente curada, o evento apresenta 16 longas e quatro curtas de 14 países africanos, proporcionando ao público brasileiro uma oportunidade rara de se conectar com narrativas que exploram a diversidade cultural, social e política do continente africano.

A programação deste ano inclui uma sessão especial focada em temas profundos, como exploração colonial, violência e epistemicídio, oferecendo um espaço de reflexão e aprendizado sobre questões históricas e contemporâneas que ainda ressoam em muitas sociedades ao redor do mundo.

A mostra abre com a estreia nacional de Black Tea – O Aroma do Amor (2024), dirigido por Abderrahmane Sissako, amplamente considerado um dos maiores nomes do cinema africano contemporâneo. Sissako, cineasta aclamado por sua abordagem única e sensível a temas sociais e políticos, marca presença no festival, com o apoio da Embaixada da França no Brasil e no Senegal. Além da exibição de seu filme, o cineasta participa de um masterclass exclusivo no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, onde compartilhará sua visão artística e o impacto do cinema africano no cenário mundial.

Entre os filmes estreantes no Brasil, o público terá a oportunidade de assistir a produções que contam com a presença de seus realizadores. Destaque para o drama senegalês Banel & Adama (Senegal, França, Mali, 2023), dirigido por Ramata-Toulaye Sy; a docuficção Pirinha (Cabo Verde, 2024), da diretora Natasha Craveiro; o documentário sul-africano Banido (África do Sul, 2024), de Naledi Bogacwi; e o curta Uma Segunda-feira Tranquila (Nigéria, 2023), dirigido por Dika Ofoma, que traz um retrato sensível do cotidiano nigeriano.

A importância do cinema negro

A Mostra de Cinemas Africanos desempenha um papel crucial na valorização e disseminação do cinema negro, que há muito tempo enfrenta desafios relacionados à visibilidade e ao reconhecimento no circuito cinematográfico global. O cinema africano, em particular, é uma poderosa ferramenta para contar histórias que muitas vezes são invisibilizadas por grandes produções internacionais, oferecendo novas perspectivas sobre o mundo e o lugar do continente africano nele.

O cinema negro, seja produzido na África ou na diáspora, é um veículo de resistência e de preservação da memória histórica e cultural. Ele desafia estereótipos, confronta narrativas eurocêntricas e oferece uma plataforma para o protagonismo de vozes negras marginalizadas ou silenciadas ao longo da história. Ao abordar temas como o colonialismo, o racismo, as lutas por liberdade e o impacto contínuo das desigualdades sociais, essas produções não só educam o público, mas também criam pontes de diálogo entre diferentes culturas.

A presença de cineastas como Abderrahmane Sissako e a diversidade dos filmes apresentados na mostra de 2024 reforçam a importância da representatividade e do fortalecimento das redes de apoio e distribuição para o cinema negro. O evento também incentiva uma reflexão profunda sobre como o cinema pode influenciar transformações sociais e culturais, promovendo um olhar mais atento e respeitoso sobre a complexidade das experiências negras em todo o mundo.

Assim, a Mostra de Cinemas Africanos não é apenas uma celebração da arte, mas também um espaço de resistência cultural e de valorização das narrativas que moldam a identidade de milhões de pessoas.

 

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Texto revisado por Kalylle Isse

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Cultura Entretenimento Música Resenhas

Primeiras Impressões | Marvel O Poder é Nosso pelo selo KondZilla

O novo projeto traz representatividade e voz para os heróis e as heroínas sem capa

Primeiras Impressões 

A fotografia do videoclipe é cinematográfica, capturando a essência das ruas de São Paulo com uma estética visual impactante. Cada cena se conecta perfeitamente à letra da música, que serve como um verdadeiro roteiro, retratando a realidade e os sonhos de jovens pretos de quebrada.

A música O Poder É Nosso (2024) vai além de um simples som, funcionando como um manifesto visual e sonoro de representatividade, evidenciando a força e a importância da cultura urbana para a juventude negra. 

O uso de ângulos ousados e cores saturadas, junto a uma edição dinâmica, amplifica a intensidade das mensagens que a música carrega, destacando a resiliência e a potência de uma geração que, muitas vezes, é marginalizada, mas que aqui ocupa o centro das narrativas.

Além disso, o videoclipe utiliza a cidade como uma personagem viva, representando a complexidade e diversidade de São Paulo. A justaposição entre cenários periféricos e o centro urbano reflete as contradições sociais, ao mesmo tempo que eleva o protagonismo dos jovens pretos que reivindicam seu espaço nesses locais. Há uma celebração das raízes culturais e do orgulho da quebrada.

A trilha sonora, junto à cinematografia, cria uma experiência imersiva, com batidas que ecoam a resistência e letras que funcionam como poesia urbana, um grito de afirmação e luta. 

O Poder É Nosso não é apenas sobre poder individual, mas sobre o coletivo. A força da união e da comunidade é visível em cada frame, e o clipe se torna uma plataforma de empoderamento que reivindica o direito à expressão e à existência plena de jovens negros nas grandes cidades.

Conheça o projeto

A The Walt Disney Company Brasil acaba de anunciar o lançamento da segunda edição do projeto Marvel — O Poder É Nosso —, uma iniciativa da Marvel desenhada para o público brasileiro. 

A primeira edição aconteceu em 2022 e trouxe cinco artistas pretos para criarem releituras de personagens negros da Marvel através de seus próprios estilos artísticos. As obras foram posteriormente transformadas em guias de estilo, originando coleções exclusivas de vestuário, calçados e acessórios licenciados.

Este ano, seguindo o propósito do projeto, a Marvel no Brasil se uniu à KondZilla e convidou os artistas Jovem MK, MC Luanna e Malcolm VL para interpretar uma música trap que faz um elo entre os heróis negros da Marvel e a realidade da juventude preta no Brasil. O single O Poder É Nosso foi escrito por Coruja BC1, com produção musical do DJ MaxnosBeatZ, e estará disponível em todas as plataformas digitais a partir do dia 28 de setembro.

A equipe da KondZilla também foi responsável por produzir o videoclipe da música, que será lançado no mesmo dia no canal do YouTube da KondZilla. Dirigido por Kaique Alves e gravado em Heliópolis, maior comunidade de São Paulo, e no centro da cidade, a produção destaca jovens pretos em situações de vitória, mostrando como eles se sentem ao serem chamados por um poder que representa a força de heróis e heroínas sem capa.

Ambas as produções reforçam o posicionamento da Marvel como uma marca diversa, aproximando-a da população negra nas comunidades por meio da música. Além disso, a Marvel Brasil também lançará minidocumentários em seu canal oficial do YouTube, mostrando os bastidores e a produção da música, com entrevistas com os artistas.

A oportunidade de conectar a história e a realidade de muitos jovens do Brasil com os heróis negros da Marvel é uma chance incrível de inspirar e mostrar a responsabilidade que a arte tem. E o modo como foi feito, com artistas que representam a cultura urbana em suas letras e atitudes, torna o projeto original e único. O resultado é encantador, celebrando a junção criativa entre KondZilla, Disney e Marvel”, afirma Tico Fernandes, diretor de criação e sócio da KondZilla.

Na segunda edição de Marvel — O Poder é Nosso, exploramos a música como uma expressão artística poderosa, capaz de refletir as experiências e a riqueza cultural de diferentes comunidades, conectando-as de forma inédita ao universo da Marvel. O Poder é Nosso se consolida como um pilar estratégico e recorrente da Marvel no Brasil, promovendo integração social e impacto positivo na sociedade”, diz Lucas Younis, head de marketing para consumer products na The Walt Disney Company Brasil.

Assim como na primeira edição, o projeto deste ano também se estenderá ao varejo através de coleções licenciadas exclusivas, lançadas por marcas como Converse, C&A, Condor, Kenner, entre outras.

 

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Texto revisado por Bells Pontes

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Cultura Entretenimento Música

O hip-hop na Zona Norte de São Paulo

O Entretê te convida a conhecer artistas da moda até a música que representam a Zona Norte de São Paulo
Imagem: divulgação/Instagram @deznorteados
Pala do DeZNorteados: a Trajetória de Arthur Aguiar no Trap Brasileiro

Arthur Aguiar, conhecido no cenário musical com o Pala ou DeZnorteado, é um nome em ascensão no trap brasileiro. Com uma jornada que começou nas plataformas de música entre 2016 e 2017, Pala vem consolidando seu espaço com uma proposta criativa e original que mistura humor, trap e influências diversas.

Filho de uma família de músicos, o amor de Pala pela música floresceu cedo. “Desde criança, a música sempre esteve presente. Minha família tem duas tias, e uma delas tem três filhos que formaram uma banda no bairro do Tucuruvi. Eles tocam desde a época de escola, na Albino, e meu tio mantém uma banda desde os anos 70”, conta. Essa herança musical foi uma influência crucial para sua carreira, moldando o artista que se tornaria.

O diferencial de Pala está na forma como ele aborda o trap. Ele busca sempre trazer algo novo e inesperado ao gênero. “Eu gosto de fazer uma música um pouco mais cômica, com elementos engraçados, mas também incorporar outros subgêneros. Adoro misturar estilos e dar uma nova cara ao que as pessoas esperam de um trap”, explica.

Além da música, a moda também desempenha um papel central em sua estética artística. Pala destaca a colaboração com Yago, o stylist que tem sido peça-chave em seus projetos. “O Yago é um gênio e um dos meus melhores amigos. Ele me traz várias visões sobre estilo e, se você for assistir ao DeZNorteados, verá que ele assina todo o visual dos clipes e projetos.”

Com uma proposta autêntica e um time talentoso ao seu lado, Pala do DeZNorteados segue conquistando espaço, não apenas pela música, mas também pelo visual e narrativa que entrega a cada novo projeto.

Yago: o Estilista que transforma o Hip-Hop Brasileiro com sofisticação e atitude
Imagem: divulgação/Dod Alfaiataria

Yago é um talentoso estilista brasileiro que vem se destacando no cenário da moda com um trabalho único na DOD Alfaiataria, que combina a sofisticação da alta costura e a precisão da alfaiataria com a energia e o estilo do hip-hop. Sua habilidade em transitar entre esses universos faz de Yago um nome em ascensão, especialmente entre artistas do rap e hip-hop, como L7NNON e Black Alien, com quem tem colaborado para criar visuais impactantes e autênticos.

Com um olhar atento para os detalhes e um profundo entendimento das técnicas de alfaiataria, Yago consegue criar peças que não apenas vestem, mas também contam histórias. Ele utiliza tecidos de alta qualidade e explora cortes inovadores, conseguindo equilibrar elegância e ousadia em cada criação. Essa versatilidade é especialmente evidente nas roupas que desenha para os artistas de hip-hop, onde ele infunde elementos de streetwear com o refinamento da moda de alta costura, resultando em looks que são ao mesmo tempo, sofisticados e carregados de atitude.

Para artistas como L7NNON e Black Alien, Yago não é apenas um estilista, mas um colaborador criativo, capaz de traduzir suas personalidades e mensagens em roupas que se tornam uma extensão de suas músicas e performances. Ele entende a importância do visual na construção da imagem de um artista, especialmente no hip-hop, onde a moda é uma forma poderosa de expressão. Assim, Yago trabalha lado a lado com esses artistas para criar peças que são marcantes e icônicas, ajudando a definir um novo padrão de estilo no cenário musical brasileiro.

Heat.wav: o estúdio da cena musical da Zona Norte de São Paulo

O Heat.wav é muito mais do que um simples estúdio de produção musical; é um verdadeiro núcleo criativo que se destaca na cena musical da Zona Norte de São Paulo. Com uma infraestrutura moderna e equipada com tecnologia de ponta, o estúdio oferece um ambiente propício para a criação, onde a arte é valorizada em cada detalhe. A atmosfera no Heat.wav é cuidadosamente cultivada para inspirar e impulsionar o talento dos artistas, proporcionando a eles todas as ferramentas necessárias para transformar suas visões musicais em realidade.

O estúdio é reconhecido por oferecer uma produção completa e personalizada, atendendo às necessidades de cada artista com um time de profissionais que compartilham uma profunda paixão pela música. 

Essa equipe é composta por especialistas que trazem uma vasta experiência e criatividade para cada projeto. A dedicação individual a cada trabalho faz com que o resultado seja sempre autêntico e de alta qualidade, refletindo a identidade única de cada artista.

Ahmad e a revolução da Batalha do Point
Imagem: divulgação/Instagram @ahmad_libanes

Ahmad é um nome central no movimento hip-hop de São Paulo, sendo o organizador da Batalha do Point, uma das mais importantes batalhas de rima da cidade. Sob sua liderança, a batalha se tornou um verdadeiro ponto de encontro para jovens MCs que querem mostrar suas habilidades no freestyle. O evento, que começou modestamente, ganhou tanta relevância que passou a ser patrocinado pelo governo, um reconhecimento significativo do valor cultural e social da batalha.

Esse patrocínio não apenas legitima a Batalha do Point como um evento cultural importante, mas também destaca o papel do hip-hop como uma ferramenta poderosa para a inclusão social e a expressão artística. Ahmad transformou a batalha em um espaço democrático e inclusivo, onde jovens de diferentes origens podem se reunir, expressar suas realidades e ganhar visibilidade. Ao garantir o apoio governamental, ele assegurou a continuidade e o crescimento desse espaço, reforçando a importância do hip-hop como um movimento cultural vital para São Paulo e para o Brasil.

 

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Texto revisado por Cristiane Amarante

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Cinema Cultura Entretenimento

Dia Nacional da Visibilidade Lésbica: Canal Brasil apresenta Mostra de Cinema

Comemorado no dia 29 de agosto, o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é um marco fundamental na luta pelos direitos das mulheres lésbicas

Em homenagem a essa data, o Canal Brasil exibirá uma seleção especial de filmes, incluindo os longas Amor Maldito (1984), As Boas Maneiras (2017) e Flores Raras (2013), além do curta Aonde Vão os Pés (2020), na madrugada de quarta (28) para quinta (29), a partir de 0h

As obras escolhidas exploram diversos aspectos das relações lésbicas, abordando temas como diferenças de classe social, etarismo, entre outros.

A maratona começa com Amor Maldito, de Adélia Sampaio, o primeiro longa brasileiro dirigido por uma mulher negra, lançado em 1984. O filme narra o relacionamento conturbado entre a executiva Fernanda (Monique Lafond) e a ex-miss Sueli (Wilma Dias), que se complica quando uma delas se envolve com um jornalista. Em seguida, às 1h20, será exibido o curta Aonde Vão os Pés, escrito e dirigido por Débora Zanatta, que explora a descoberta da sexualidade na adolescência.

Outro destaque da mostra é o premiado longa As Boas Maneiras, dirigido por Juliana Rojas e Marco Dutra, que será exibido às 1h35. A trama segue Ana, vivida por Marjorie Estiano, que contrata Carla (Isabél Zuaa) para ser a babá de seu futuro filho. Com o tempo, Carla começa a exibir comportamentos estranhos, enquanto as duas desenvolvem um romance. 

O filme recebeu diversas indicações e prêmios em festivais nacionais e internacionais, incluindo três troféus Redentor no Festival do Rio de 2017 e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno, na Suíça.

A programação em homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica se encerra com Flores Raras, dirigido por Bruno Barreto. O filme conta a história de amor entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop, interpretadas por Glória Pires e Miranda Otto, respectivamente.

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

 

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