Categorias
Cinema Entretenimento Notícias Resenhas

Crítica | Anora e o mito do sonho americano

Favorito ao Oscar, filme destrói o sonho americano de forma hilária

Nos tempos atuais, qualquer coisa pode ser um objeto de troca? Em Anora (2024), Sean Baker apresenta um drama irônico sobre as relações de poder, vistas sob uma lupa. Vencedor do PGA Awards, principal termômetro para o Oscar de Melhor Filme, Anora é um retrato de como a dinâmica entre as classes sociais existe mesmo em esferas convencionais, como o casamento.

O longa, responsável por colocar o diretor estadunidense Sean Baker na mídia, retrata Ani (Mikey Madison), uma jovem stripper de Nova York que, em uma noite rotineira de trabalho, conhece Ivan (Mark Eydelshteyn), filho de um casal de russos muito ricos. Rapidamente, os dois engatam um romance avassalador, e Ani vê sua vida difícil se tornar um conto de fadas moderno.

Em uma viagem para Las Vegas, o jovem casal decide oficializar a relação através do matrimônio, e se casam por impulso em uma capela tradicional da cidade. A partir disso, o que parecia um sonho para Ani logo se torna um pesadelo, ao perceber que algumas pessoas da família de Ivan não receberam tão bem o casório.

cena do filme usado para a critica anora
Foto: divulgação/Universal Pictures
Muito mais que uma comédia

Apesar do roteiro de Anora parecer simplista, as camadas mais profundas revelam um debate complexo e atual. Sean Baker é responsável por obras aclamadas pela crítica, como Projeto Flórida (2017), que também aborda a temática prostituição e a realidade de grupos periféricos. Por isso, o diretor decide seguir a mesma base em Anora, mas ao invés de explorar a imaginação e a ilusão infantil, se aprofunda nas expectativas destruídas de uma jovem às margens da sociedade.

Isso porque Anora não é apenas um drama com toques de comédia. O filme de Baker consegue abordar as reações e as consequências das decisões dos mais privilegiados, em especial daqueles que pouco se importam em onde as ondas do mar de escolhas ruins irão atingir. Portanto, enquanto de um lado da história vemos um playboy imaturo disfarçado de príncipe encantado, do outro vemos pessoas seguindo ordens, desesperadas por poderem perder empregos e sonhos.

Não é à toa que Toros (Karren Karagulian), tutor de Ivan, se vê à beira de um ataque de nervos ao tentar não apenas manter o controle de uma situação já descontrolada, como também assegurar que seu sustento será mantido. Além disso, Ani faz de tudo para manter um casamento fadado ao fracasso de pé, pois sem o sonho americano que Ivan a forneceu, a jovem não tem mais nada. Enquanto isso, Ivan apenas se esquiva dos problemas.

cena do filme critica anora
Foto: divulgação/Universal Pictures
E o Oscar vai para…

Apesar do filme se estender no primeiro e no segundo ato, Anora não deixa de cumprir seu papel. Apontado agora como o grande favorito a vencer o Oscar de Melhor Filme, o longa também ganhou o Critics Choice Awards e a Palma de Ouro 2024. Porém, não apenas da principal indicação vive o longa de Sean Baker. As atuações do filme também estão brilhantes, com destaques para a protagonista Mikey Madison (Pânico 5) e para o tímido e marcante Igor, personagem interpretado por Yura Borisov (Compartment N. 6).

Contudo, o longa não se dá ao trabalho de aprofundar personagens importantes para o enredo, como o jovem Ivan e até mesmo a própria Ani. Apesar de haver uma boa presença na tela, eles se perdem em diálogos rasos e que nada agregam à constituição psicológica ou ao roteiro. O personagem de Borisov é um exemplo claro de como é possível criar uma figura interessante sem se render a falas mal feitas. Afinal, ele rouba a cena apenas por estar dentro das quatro margens da câmera.

No meio das conversas com pouca criatividade, o que salva é a cena final que, por ironia, tem quase nenhuma fala.

yura borisov na cena do filme critica anora
Foto: divulgação/Universal Pictures
O mito do sonho americano

O tema do american dream não é tão incomum no cinema. Vide filmes como Beleza Americana (1999) e O Grande Gatbsy (2013), que exploram como o sonho do ideal de vida americana caiu por terra quando os Estados Unidos provou na prática não ser uma grande Disneyland, onde os sonhos se realizam em um passe de mágica.

Em Anora, a personagem de Madison larga uma realidade de miséria para ir em busca do que parece ser a oportunidade de ter uma vida perfeita, representada por Ivan e todos os benefícios que ele pode proporcionar. A ironia está no fato do sonho americano ser, na verdade, um russo. E ela se potencializa ainda mais quando Ani se dá conta de tudo ser uma ilusão.

protagonistas em cena do filme critica anora
Foto: divulgação/Universal Pictures

Anora é um filme crítico e contemporâneo, disfarçado de uma comédia irreverente. Não é por menos que o longa chama a atenção desde que foi exibido nos primeiros festivais, e pretende fazer sucesso durante toda a temporada de premiações.

 

E aí, quantas estatuetas você acredita que Anora irá levar para casa? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Rivais, Angelina Jolie e mais: veja os filmes e atores esnobados pelo Oscar 2025

Texto revisado por Larissa Suellen

Categorias
Cinema Notícias

A Substância | Quais outros filmes de terror já foram indicados ao Oscar?

Longa de Coralie Fargeat é apenas o sétimo do gênero selecionado para Melhor Filme; confira a lista

Você pode amar ou odiar, mas sem dúvidas os filmes de terror são as produções que mais costumam entregar criatividade. Mesmo assim, o gênero é pouco reconhecido nas premiações, e raramente chega entre os indicados à maior categoria na Academia. Porém, esse evento incomum aconteceu em 2025, e o longa da diretora Coralie Fargeat, A Substância (2024), foi consagrado com cinco indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme.

Mesmo sendo raro, a produção protagonizada por Demi Moore é o sétimo filme de terror da história a concorrer na categoria principal. Antes dele, outras produções aclamadas também roubaram a cena, como O Exorcista (1973) e Cisne Negro (2010). Confira a lista dos filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme ao longo do tempo:

Leia também: Oscar 2025 | Lista Completa dos Indicados

O Exorcista (1973)

A obra de William Friedkin recebeu 10 indicações na 46° cerimônia do Oscar, que aconteceu em 1974. São elas: Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Mixagem de Som, Melhor Direção de Arte, Melhor Montagem e Melhor Roteiro Adaptado.

O Exorcista é o filme do gênero com mais indicações na história da premiação, e não saiu de mãos abanando. O longa venceu duas estatuetas: Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Mixagem de Som. Não é à toa que ele é considerado uma das melhores produções de horror, somando 8,1 na avaliação do IMDb. Por isso, a trama de Regan MacNeil está entre os maiores filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme.

cena de o exorcista, um dos filmes de terror indicados ao oscar
Foto: reprodução/Flim
Tubarão (1975)

Um verdadeiro marco do cinema, Tubarão recebeu quatro indicações no Oscar de 1976, incluindo Melhor Filme. O longa de Steven Spielberg foi selecionado para Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Montagem e Melhor Mixagem de Som.

E quem pensa que poucas indicações não rendem bons frutos, erra no caso de Tubarão. O filme foi vencedor em três das quatro categorias que concorreu, e saiu derrotado apenas na maior premiação do evento. Mesmo assim, a produção trouxe expressividade ao se tornar um dos poucos filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme.

cena de tubarao, um dos filmes de terror indicados ao oscar
Foto: reprodução/Flim

Saiba mais: Não dê uma de Karla Sofia Gascón: saiba o que não se pode fazer durante a corrida ao Oscar

O Silêncio dos Inocentes (1991)

O longa que apresentou o serial killer Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) fez história dentro e fora das telonas. O segundo filme de terror mais indicado da história apareceu nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Edição e Melhor Som.

Já quebrando recordes entre os filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme, O Silêncio dos Inocentes também se tornou o terceiro longa da história a conquistar o chamado Big Five, vencendo as cinco principais categorias da premiação – Melhor Roteiro, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Filme. Com isso, a produção se tornou o primeiro filme de terror a vencer na maior categoria do evento.

cena de o silencio dos inocentes, um dos filmes de terror indicados ao oscar
Foto: reprodução/Flim
O Sexto Sentido (1999)

O filme que entra para todas as listas de melhores plot twists do cinema também chamou a atenção dos membros da Academia, e garantiu seis indicações ao Oscar de 2000: Melhor Montagem, Melhor Roteiro, Melhor Direção, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e, claro, Melhor Filme.

Apesar de aparecer nas principais categorias, o longa de M. Night Shyamalan (Fragmentado, 2016) não levou nenhuma estatueta para casa. Mesmo sem prêmios, a produção está entre os filmes de terror indicados ao Oscar como Melhor Filme de mais comoção, e foi considerado o décimo longa mais visto do mundo na época, segundo a Folha.

cena de o sexto sentido, um dos filmes de terror indicados ao oscar
Foto: reprodução/Flim

Leia mais: Melhores final girls de filmes de terror

Cisne Negro (2010)

Queridinho da crítica e dos millennials, Cisne Negro foi um marco para o cinema da primeira década de 2000. O longa com uma das melhores atuações de Natalie Portman (Segredos de um Escândalo, 2023) foi indicado ao Oscar de Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Montagem e Melhor Filme.

Na 83° cerimônia, a Academia saudou a interpretação de Portman, e a artista venceu na categoria de Melhor Atriz, recebendo a única estatueta da obra no evento. Portanto, Cisne Negro não está apenas entre os maiores filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme, como também conta com uma das melhores protagonistas femininas das últimas décadas.

cena de cisne negro, um dos filmes de terror indicados ao oscar
Foto: reprodução/Flim
Corra! (2017)

O filme estreou Jordan Peele (Nós, 2019) como diretor, e de cara já o consagrou como um dos melhores na direção dos últimos anos. Corra! foi indicado como Melhor Roteiro Original, Melhor Ator, Melhor Direção e Melhor Filme.

Mesmo com uma atuação fenomenal de Daniel Kaluuya (Pantera Negra, 2018), o longa de Peele recebeu apenas a estatueta de Melhor Roteiro Original, mas não se limita a isso. Atualmente, o filme é eleito o melhor roteiro do século, segundo o Sindicato de Roteiristas da América (WGA). Dessa forma, Corra! é não apenas um dos filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme de maior repercussão, mas também já é considerado um dos melhores da história.

cena de corra!, um dos filmes de terror indicados ao oscar
Foto: reprodução/Flim

Confira: Do passado ao presente: Uma reflexão sobre a representação negra no cinema de terror

A Substância (2024)

O Oscar 2025 ainda não aconteceu, mas A Substância já marcou presença nas indicações. O filme da diretora Coralie Fargeat aparece nas categorias de Melhor Maquiagem e Penteado, Melhor Roteiro Original, Melhor Atriz, Melhor Direção e Melhor Filme.

Demi Moore, indicada pela atuação, compete com a atriz brasileira Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui, 2024), e está entre as favoritas para levar o prêmio. Além disso, o filme é cotado como vencedor na categoria Melhor Maquiagem e Penteado, segundo o Termômetro Oscar. Que A Substância está entre os filmes de terror indicados ao Oscar de Melhor Filme com mais recepção do público, já se sabe. Mas será que ele será o segundo da história a vencer como Melhor Filme no Oscar 2025?

demi morre em a substancia, um dos filmes de terror indicados ao oscar 2025
Foto: reprodução/Flim

Para isso, teremos que aguardar até a 97° cerimônia da Academia, que acontece em um domingo, dia 2 de março.

E aí, quantas estatuetas você acredita que A Substância irá levar para casa? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Rivais, Angelina Jolie e mais: veja os filmes e atores esnobados pelo Oscar 2025

Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

Categorias
Cinema Notícias

Rivais, Angelina Jolie e mais: veja os filmes e atores esnobados pelo Oscar 2025

Longas de Luca Guadagnino e grandes atuações ficaram de fora dos indicados da Academia

Você piscou, e o Oscar 2025 já está logo aí! No último dia 23, a Academia divulgou a lista de indicados para todas as categorias da 97ª cerimônia. Porém, grandes nomes do cinema que tiveram destaque durante o ano passado foram esnobados pelo Oscar 2025. Entre eles, o longa Rivais (2024) e o papel de Margaret Qualley em A Substância (2024).

Confira a lista com os maiores esnobados pelo Oscar 2025:

Rivais (2024)

O filme de Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome, 2018) marcou o calendário do cinema em 2024, e a presença dele nas indicações já era certa. Com destaque para a trilha sonora desenvolvida pelos irmãos Reznor e Ross, o longa apareceu em diferentes categorias do Globo de Ouro, incluindo Melhor Trilha Sonora, na qual saiu vencedor.

Mesmo assim, Rivais não foi indicado para nenhuma das categorias da Academia, e o filme se tornou o maior esnobado pelo Oscar 2025.

Margaret Qualley, por A Substância (2024)

A atriz estourou nas redes sociais ao interpretar Sue no recente filme de terror da diretora francesa Coralie Fargeat (Vingança, 2017) e recebeu elogios aclamados da crítica. Nas premiações, Qualley foi indicada ao Globo de Ouro e ao Satellite Awards, além de concorrer no Critics Choice Awards, que acontece no próximo dia 7.

Porém, Margaret Qualley não aparece entre as indicadas na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante e entra para a lista de esnobados pelo Oscar 2025. Mesmo assim, A Substância ganhou atenção dos membros da Academia, e o longa recebeu cinco indicações, incluindo Melhor Filme.

margaret qualley como sue em a substancia, um dos esnobados pelo oscar 2025
Foto: reprodução/Flim

+ Oscar será transmitido ao vivo no dia 2 de março

Como Ganhar Milhões Antes que a Vovó Morra (2024)

O filme que representou a Tailândia no Oscar 2025 caiu nas graças da crítica e dos usuários, além de ter uma nota 8/10 no IMDb. Mesmo com uma narrativa interessante, o gênero não chamou a atenção dos membros da Academia.

Apesar de estar entre os pré-selecionados, o filme ficou de fora da categoria de Melhor Filme Internacional e é mais um entre os esnobados pelo Oscar 2025.

Angelina Jolie, por Maria (2024)

A atriz norte-americana não fazia uma atuação tão expressiva desde que interpretou Malévola (Malévola, 2014). Dez anos depois, Jolie dá vida à Maria Callas em um filme biográfico. A obra não ganhou destaque pelo roteiro, mas a atriz vem recebendo elogios e indicações no Globo de Ouro e no Critics Choice Awards.

Porém, Angelina Jolie não aparece entre as indicadas para Melhor Atriz e integra a lista de esnobados pelo Oscar 2025. O filme Maria (2024) recebeu apenas uma indicação para a categoria de Melhor Fotografia.

angelina jolie no filme maria, um dos esnobados pelo oscar 2025
Foto: divulgação/MUBI

Confira: Opinião | Cinema, viralatismo, Ainda Estou Aqui e representatividade

O Quarto ao Lado (2024)

Talvez um dos filmes mais esquecidos pelas premiações norte-americanas, O Quarto ao Lado (2024) é o último longa do diretor espanhol Pedro Almodóvar (Tudo Sobre Minha Mãe, 1999), com as atrizes Tilda Swinton (Doutor Estranho, 2016) e Julianne Moore (Para Sempre Alice, 2014) protagonizando um dueto implacável. A obra vem recebendo grandes indicações nos eventos europeus, como o Leão de Ouro – o qual venceu como Melhor Filme –, o Festival de Veneza e o Prêmio do Cinema Europeu.

Mesmo assim, o filme não foi notado pelas premiações estadunidenses e é um dos mais expressivos entre os esnobados pelo Oscar 2025.

Denzel Washington, por Gladiador II (2024)

Denzel foi um dos grandes destaques do filme de Ridley Scott (Blade Runner, 1982), dando vida ao traficante de armas Macrinus. O ator já conquistou a atenção da Academia mais de uma vez e é dono de estatuetas nas categorias de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante.

Considerado por alguns membros da imprensa um ex-favorito ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Gladiador II, Denzel Washington compõe a lista de esnobados pelo Oscar 2025.

denzel washington em gladiador ii, um dos esnobados pelo oscar 2025
Foto: divulgação/Paramount Films

Leia mais: Todos Nós Desconhecidos não é um romance qualquer

Will & Harper (2024)

O documentário protagonizado por Will Ferrell (Pai em Dose Dupla, 2015) e o escritor norte-americano Andrew Steele fez sucesso na Netflix e caminhou por uma campanha que lhe rendeu algumas indicações importantes, como o BAFTA de Melhor Documentário. A produção, inclusive, esteve presente na lista de pré-selecionados da Academia.

Mesmo assim, o documentário ficou de fora dos indicados, e é mais um entre os esnobados pelo Oscar 2025.

Outros esquecidos no Oscar 2025

Além dos artistas e longas mencionados, a crítica especializada também destacou algumas faltas entre os indicados da Academia. São eles:

Melhor Direção

Edward Berger, por Conclave (2024): o diretor vive o auge da campanha do novo filme e foi indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA por Melhor Direção. Mesmo assim, não aparece entre os indicados ao Oscar 2025.

Denis Villeneuve, por Duna: Parte 2 (2024): esquecido já no primeiro longa da franquia, a dose se repetiu também na 97ª edição do Oscar. Porém, a maestria de Villeneuve foi reconhecida em outras categorias, e o filme de 2024 recebeu dez indicações para a estatueta.

cena do filme duna: parte 2, em que o diretor foi um dos esnobados pelo oscar 2025
Foto: reprodução/Flim

+ Crítica | Duna: Parte 2 entrega uma jornada de magnitude épica

Melhor Atriz/Ator

Pamela Anderson e Jamie Lee Curtis, por The Last Showgirl (2024): Anderson recebeu indicações para o Globo de Ouro e ao SAG Awards por Melhor Atriz, enquanto Curtis aparece nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante no BAFTA e no SAG Awards. Apesar disso, ambas estão entre as esnobadas pelo Oscar 2025.

Daniel Craig, por Queer (2024): o ator recebeu elogios fortíssimos por sua nova atuação no longa de Guadagnino e foi notado pelo Globo de Ouro e pelo Critics Choice Awards, recebendo indicações na categoria de Melhor Ator em ambos. Mesmo assim, Craig está na lista de esnobados pelo Oscar 2025.

Nicole Kidman, por Babygirl (2024): o filme deu o que falar mesmo antes de sua estreia, e Kidman brilhou em mais uma atuação incrível. A atriz venceu o Volpi Cup (premiação do Festival de Veneza para melhor atriz) e estava entre as indicadas ao Globo de Ouro. De qualquer forma, Nicole Kidman está entre as esnobadas pelo Oscar 2025.

 

E aí, qual das indicações você mais sentiu falta? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Crítica | Trilha Sonora para um Golpe de Estado

Texto revisado por Bells Pontes

Categorias
Cinema Entretenimento Notícias

Oscar 2025 | Ainda Estou Aqui é indicado a Melhor Filme; veja lista completa

Fernanda Torres aparece na categoria de Melhor Atriz; confira todos os indicados

Você viu Ainda Estou Aqui (2024)? Totalmente indicado! Nesta quinta (23), a Academia divulgou a lista oficial de indicados ao Oscar 2025. O filme de Walter Salles foi um dos indicados à categoria de Melhor Filme e disputará com obras como Emilia Pérez (2024) e Wicked (2024).

Além disso, a atriz brasileira Fernanda Torres recebeu a indicação para o Oscar de Melhor Atriz, junto com Demi Moore (A Substância, 2024) e Mikey Madison (Anora, 2024). Confira abaixo a lista completa dos indicados por categorias.

Melhor Filme
  • Anora
  • O Brutalista
  • Um Completo Desconhecido
  • Conclave
  • Duna: Parte 2
  • Emilia Pérez
  • Ainda Estou Aqui
  • Nickel Boys
  • A Substância
  • Wicked
Melhor Filme Estrangeiro
  • Ainda Estou Aqui (Brasil)
  • A Garota da Agulha (Dinamarca)
  • Emilia Pérez (França)
  • A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha)
  • Flow (Letônia)
Melhor Atriz
  • Cynthia Erivo (Wicked)
  • Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez)
  • Mikey Madison (Anora)
  • Demi Moore (A Substância)
  • Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)
Melhor Ator
  • Adrien Brody (O Brutalista)
  • Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido)
  • Colman Domingo (Sing Sing)
  • Ralph Fiennes (Conclave)
  • Sebastian Stan (O Aprendiz)
Melhor Direção
  • Sean Baker (Anora)
  • Brady Corbet (O Brutalista)
  • James Mangold (Um Completo Desconhecido)
  • Jacques Audiard (Emilia Pérez)
  • Coraline Fargeat (A Substância)
Melhor Atriz Coadjuvante
  • Monica Barbaro (Um Completo Desconhecido)
  • Ariana Grande (Wicked)
  • Felicity Jones (O Brutalista)
  • Isabella Rossellini (Conclave)
  • Zoe Saldaña (Emilia Pérez)
Melhor Ator Coadjuvante
  • Yura Borisov (Anora)
  • Kieran Culkin (A Verdadeira Dor)
  • Edward Norton (Um Completo Desconhecido)
  • Guy Pearce (O Brutalista)
  • Jeremy Strong (O Aprendiz)
Melhor Roteiro Original
  • Anora
  • O Brutalista
  • A Verdadeira Dor
  • Setembro 5
  • A Substância
Melhor Roteiro Adaptado
  • Um Completo Desconhecido
  • Conclave
  • Emilia Pérez
  • Nickel Boys
  • Sing Sing
Melhor Trilha Sonora Original
  • O Brutalista
  • Conclave
  • Emilia Pérez
  • Wicked
  • Robô Selvagem
Melhor Maquiagem
  • Um Homem Diferente
  • Emilia Pérez
  • A Substância
  • Nosferatu
  • Wicked
Melhor Figurino
  • Conclave
  • Wicked
  • Nosferatu
  • Um Completo Desconhecido
  • Gladiador II
Melhor Curta de Live-Action
  • A Lien
  • Anuja
  • I’m not a robot
  • The Last Ranger
  • The Man Who Could Not Remain Silent
Melhor Curta de Animação
  • Beautiful men
  • In the Shadow of the Cypress
  • Magic Candies
  • Wander to Wonder
  • Yuck!
Melhor Documentário de Curta-metragem
  • Death By Numbers
  • I Am Ready, Warden
  • Incident
  • Instruments of a Beating Heart
  • The Only Girl in the Orchestra
Melhor Filme de Animação
  • Flow
  • Divertida Mente 2
  • Memórias de um Caracol
  • Wallace & Gromit: Avengança
  • Robô Selvagem
Melhor Filme de Documentário
  • Black Box Diaries
  • No Other Land
  • Porcelain War
  • Soundtrack to a Coup D’Etat
  • Sugarcane
Melhor Fotografia
  • O Brutalista
  • Duna: Parte 2
  • Emilia Pérez
  • Maria
  • Nosferatu
Melhor Edição
  • Anora
  • O Brutalista
  • Conclave
  • Emilia Pérez
  • Wicked
Melhor Música Original
  • El Mal (Emília Perez)
  • The Journey (The Six Triple Eight)
  • Like a Bird (Sing Sing)
  • Mi Camino (Emilia Pérez)
  • Never Too Late (Elton John: Never Too Late)
Melhor Design de Produção
  • O Brutalista
  • Conclave
  • Duna: Parte 2
  • Nosferatu
  • Wicked
Melhor Som
  • Um Completo Desconhecido
  • Duna: Parte 2
  • Emilia Pérez
  • Wicked
  • Robô Selvagem
Melhores Efeitos Visuais
  • Alien: Romulus
  • Better Man
  • Duna: Parte 2
  • Kingdom of the Planet of the Apes
  • Wicked

A cerimônia de premiação está prevista para um domingo, dia 2 de março. Até lá, outros eventos importantes do cinema irão acontecer, como o Critics Choice Awards (7 de fevereiro) e o PGA Awards (8 de fevereiro).

E aí, está confiante para a vitória do Brasil no Oscar 2025? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Crítica| Sejamos honestos com Angelina Jolie: Callas não é a melhor atuação de sua carreira

 

Texto revisado por Layanne Rezende

Categorias
Cinema Notícias

Calendário de Premiações 2025 | Confira as datas atualizadas

Cronograma da Award Season sofreu alterações devido aos incêndios na Califórnia; veja mudanças

O primeiro trimestre do ano é a época oficial dos awards no mundo do cinema. A corrida pela estatueta envolve eventos como votações, tapetes vermelhos, anúncios dos indicados e a tão esperada noite de premiações. Porém, em 2025 a Award Season teve alterações causadas pelos intensos incêndios na região da Califórnia, leste dos EUA.

Com isso, algumas premiações importantes da cinematografia sofreram mudanças nas principais datas do cronograma.

Confira abaixo o calendário atualizado:
Data Premiação
17 de janeiro Fim da votação dos indicados ao Oscar 2025
23 de janeiro Anúncio dos indicados ao Oscar 2025
Sem data Anúncio dos indicados ao PGA Awards
8 de fevereiro Cerimônia do PGA Awards
8 de fevereiro Cerimônia do DGA Awards
15 de fevereiro Cerimônia do WGA Awards
16 de fevereiro Cerimônia do BAFTA
22 de fevereiro Cerimônia do Film Independent Spirit Awards
23 de fevereiro Cerimônia do SAG Awards
Sem data Cerimônia do Critics Choice Awards
2 de março Cerimônia do Oscar

Ainda sem data: indicações ao ACE Eddie Awards e ao WGA Awards.

O anúncio dos indicados para o PGA Awards, que estava previsto para o último domingo (12), deve acontecer na próxima semana, segundo o Sindicato. Já o Critics Choice Awards foi adiado novamente, e a cerimônia irá acontecer apenas em fevereiro, segundo a revista Variety.

Glossário:
  • PGA Awards: Prêmio do Sindicato de Produtores, considerado o principal termômetro do Oscar para a categoria de Melhor Filme
  • DGA Awards: Prêmio do Sindicato de Diretores
  • WGA Awards: Prêmio do Sindicato de Roteiristas
  • BAFTA: Premiação da Academia Britânica de Cinema, considerado o “Oscar Britânico”
  • SAG Awards: Prêmio do Sindicato de Atores
  • ACE Eddie Awards: Prêmio da Sociedade de Editores, um bom termômetro do Oscar para a categoria de Melhor Edição
Em quais premiações Ainda Estou Aqui está indicado?

O grande representante do Brasil nas premiações do cinema, Ainda Estou Aqui (2024) também é favorito nas indicações. O longa foi indicado para o Globo de Ouro, mas perdeu o prêmio para Emilia Pérez (2024).

set de Ainda Estou Aqui, um dos filmes presentes no calendario de premiações 2025
Foto: divulgação/Sony Classics

Nesta quarta (15), o filme foi indicado para Melhor Filme em Língua Não Inglesa no BAFTA 2025. O longa também está concorrendo para a mesma categoria no Critics Choice Awards. Além disso, a obra de Walter Salles é um dos filmes pré-selecionados na lista de finalistas ao Oscar 2025.

 

E aí, está ansiosa para o Oscar 2025? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Estrelado por Fernanda Montenegro, Vitória ganha cartaz inédito

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

Categorias
Cinema Cultura Latina Entretenimento Notícias Sem categoria Teatro

Oscar 2025: com Ainda Estou Aqui, Academia divulga pré-selecionados

Indicações definitivas serão divulgadas em 17 de janeiro; confira a lista

Nesta terça (17), a Academia anunciou a lista de finalistas em dez categorias para o Oscar 2025. O longa Ainda Estou Aqui (2024), de Walter Salles, está entre os pré-selecionados para a categoria Filme Internacional, e disputará uma indicação para concorrer à 97ª cerimônia do Oscar com outras 14 obras estrangeiras.

A presença do longa brasileiro entre os pré-selecionados marca a primeira vez que um filme nacional avança na votação desde 2007, quando O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger, foi pré-indicado para concorrer ao Oscar 2008. Porém, o filme não conseguiu uma indicação e ficou de fora da 80ª premiação.

Emilia Pérez (2024) é o filme com mais pré-indicações, somando cinco. Em seguida, o musical Wicked (2024) está pré-selecionado em quatro categorias, enquanto Gladiador II (2024) conta com três.

emilia perez, um dos pre-selecionados oscar 2025
Foto: reprodução/Netflix
Confira as listas completas dos pré-selecionados ao Oscar 2025, por categorias:

Melhor Longa-metragem Internacional

  • Ainda Estou Aqui (Brasil)
  • Universal Language (Canadá)
  • Waves (República Tcheca)
  • The Girl with the Needle (Dinamarca)
  • Emilia Pérez (França)
  • The Seed of the Sacred Fig (Alemanha)
  • Touch (Islândia)
  • Kneecap (Irlanda)
  • Vermiglio (Itália)
  • Flow (Letônia)
  • Armand (Noruega)
  • From Ground Zero (Palestina)
  • Dahomey (Senegal)
  • How to Make Millions before Grandma Dies (Tailândia)
  • Santosh (Reino Unido)

Melhor Trilha Sonora

  • Alien: Romulus
  • Babygirl
  • Beetlejuice Beetlejuice: Os Fantasmas Ainda se Divertem
  • Pisque Duas Vezes
  • Blitz
  • O Brutalista
  • Rivais
  • Conclave
  • Emilia Pérez
  • The Fire Inside
  • Gladiador II
  • Horizon: An American Saga Chapter 1
  • Divertida Mente 2
  • Nosferatu
  • O Quarto ao Lado
  • Sing Sing
  • The Six Triple Eight
  • Wicked
  • Robô Selvagem
  • Young Woman and the Sea

Melhor Som

  • Alien: Romulus
  • Blitz
  • Um Completo Desconhecido
  • Deadpool & Wolverine
  • Dune: Parte Dois
  • Emilia Pérez
  • Gladiador II
  • Coringa: Folia a Dois
  • Wicked
  • Robô Selvagem

Melhor Canção Original

  • Forbidden Road de Better Man
  • Winter Coat de Blitz
  • Compress/Repress de Rivais
  • Never Too Late de Elton John: Never Too Late
  • El Mal de Emilia Pérez
  • Mi Camino de Emilia Pérez
  • Sick In The Head de Kneecap
  • Além de Moana 2
  • Tell Me It’s You de Mufasa: O Rei Leão
  • Piece By Piece de Piece by Piece
  • Like A Bird de Sing Sing
  • The Journey de The Six Triple Eight
  • Out Of Oklahoma de Twisters
  • Kiss The Sky de Robô Selvagem
  • Harper And Will Go West de Will & Harper

Melhor Curta-metragem de Animação

  • Au Revoir Mon Monde
  • A Bear Named Wojtek
  • Beautiful Men
  • Bottle George
  • A Crab in the Pool
  • In the Shadow of the Cypress
  • Magic Candies
  • Maybe Elephants
  • Me
  • Origami
  • Percebes
  • The 21
  • Wander to Wonder
  • The Wild-Tempered Cravier
  • Yuck!

Melhor Curta-metragem em Live-Action

  • Anuja
  • Clodagh
  • The Compatriot
  • Crust
  • Dovecote
  • Edge of Space
  • The Ice Cream Man
  • I’m Not a Robot
  • The Last Ranger
  • A Lien
  • The Man Who Could Not Remain Silent
  • The Masterpiece
  • An Orange from Jaffa
  • Paris 70
  • Room Taken

Melhor Maquiagem e Penteado

Melhor Documentário

  • The Bibi Files
  • Black Box Diaries
  • Dahomey
  • Daughters
  • Eno
  • Frida
  • Hollywoodgate
  • No Other Land
  • Porcelain War
  • Queendom
  • The Remarkable Life of Ibelin
  • Soundtrack to a Coup d’Etat
  • Sugarcane
  • Union
  • Will & Harper

Melhor Documentário de Curta-metragem

  • Chasing Roo
  • Death by Numbers
  • Eternal Father
  • I Am Ready, Warden
  • Incident
  • Instruments of a Beating Heart
  • Keeper
  • Makayla’s Voice: A Letter to the World
  • Once upon a Time in Ukraine
  • The Only Girl in the Orchestra
  • Planetwalker
  • The Quilters
  • Seat 31: Zooey Zephyr
  • A Swim Lesson
  • Until He’s Back

Melhores Efeitos Visuais

  • Alien: Romulus
  • Better Man
  • Guerra Civil
  • Deadpool & Wolverine
  • Dune: Part Dois
  • Gladiador II
  • Planeta dos Macacos: O Reinado
  • Mufasa: O Rei Leão
  • Twisters
  • Wicked

E aí, com quais pré-indicações você mais ficou surpresa? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Academia Brasileira de Cinema abre inscrições para o Prêmio Grande Otelo 2025

Texto revisado por Kalylle Isse

 

Categorias
Cultura Latina Entretenimento Notícias Teatro

O que chega em dezembro no streaming?

Confira os principais filmes que estreiam no último mês de 2024

O ano vem chegando ao fim, e diferentes estreias entram para o catálogo da MUBI para encerrar 2024 com chave de ouro. Em dezembro, Atlantics (2009) e A Besta (2023) são algumas das produções aclamadas que serão lançadas no streaming. Confira a lista com os destaques:

Dahomey (2024)

Ganhador do Urso de Ouro na Berlinale 2024, o documentário da aclamada diretora franco-senegalesa Mati Diop (Atlantique, 2019) retrata a repatriação de 26 tesouros reais do Reino do Daomé para o Benin.

Poética, profunda e comovente, a produção traz uma narrativa inovadora e com diferentes perspectivas, que exploram temáticas de apropriação, autodeterminação e restituição, enquanto conecta passado e presente. Dahomey cria uma importante reflexão sobre descolonização e memória cultural ao reafirmar o compromisso com a história e identidade de um povo.

Dahomey chega ao catálogo da MUBI dia 13 de dezembro.

homem de blusa branca e chapeu no filme dahomey, que chega em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
Trilogia Raúl Ruiz e Valeria Sarmiento

Raúl Ruiz foi um dos principais cineastas da história do Chile, falecido em 2011 com inúmeras obras inacabadas. Por isso, sua esposa e sócia criativa, Valeria Sarmiento, decidiu salvar e reviver projetos de forma a ampliar o legado de Ruiz.

Em dezembro, uma nova trilogia de produções chega ao streaming. Partindo de uma jornada sensorial, as obras trazem imagens poéticas e narrativas intrincadas, que transitam entre o drama e o documentário, explorando as complexidades da existência humana, do amor e do desenraizamento.

A trilogia chega ao catálogo da MUBI dia 9 de dezembro.

homem dentro de uma tv, cena de um filme que chega em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
Coleção Melhores Amigos

A nova coleção de filmes homenageia a força da amizade como reduto de proteção e poder em tempos incertos. Por isso, filmes como As Vantagens de Ser Invisível (2012), Micróbio e Gasolina (2015) e o premiado em Sundance Todas Essas Noites Sem Dormir (2016).

A coleção chega ao catálogo da MUBI dia 13 de dezembro.

personagens de microbio e gasolina posados para a foto, o filme chega em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
Objetos Obscuros do Desejo: Os Filmes De Luis Buñuel

Luis Buñuel é um cineasta espanhol naturalizado no México. Criador de grandes filmes clássicos do universo cult, como o Um Cão Andaluz (1929), o artista será homenageado em um nova coleção, que reúne quatro de suas grandes obras: O Discreto Charme da Burguesia (1972), Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977), O Fantasma da Liberdade (1974) e A Bela da Tarde (1967).

A coleção de filmes de Buñuel põe em evidência as hipocrisias da burguesia através de uma ironia ácida. Nas obras, o cineasta utiliza uma linguagem surrealista para revelar tensões familiares, jantares interrompidos e absurdos classe.

A coleção chega ao catálogo da MUBI dia 20 de dezembro.

personagens de um filme que chega em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
An Urban Allegory (2024)

O curta tem direção da cineasta italiana Alice Rohrwacher (La Chimera, 2023) e do artista francês JR. Em uma mistura de arte de rua, filosofia e um belíssimo design sonoro, a obra mergulha na fragilidade da sociedade moderna, tudo através do olhar infantil e com uma atmosfera surrealista.

An Urban Allegory chega ao catálogo da MUBI dia 20 de dezembro.

personagens de an urban allegory, em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
Atlantics (2009)

Para acompanhar o lançamento de Dahomey, a plataforma traz uma outra obra de Mati Diop: Atlantics (2009). O curta traz uma profunda reflexão sobre o legado africano, a história familiar e a memória coletiva.

A produção é um convite ao público para pensar sobre a vida e, principalmente, sobre o pós. E tudo isso através de uma obra deslumbrante sobre um testemunho da crise migratória.

Atlantics chega ao catálogo da MUBI dia 13 de dezembro.

personagens de atlantics, em dezembro na mubi, se abraçando
Foto: divulgação/MUBI
O Beijo no Asfalto (1981)

O longa nacional é uma adaptação da peça de mesmo nome publicada por Nelson Rodrigues em 1960. Com direção de Bruno Barreto (O Que é Isso, Companheiro?, 1997), a obra traz a história de Arandir (Ney Latorraca) e de sua esposa Selminha (Christiane Tornoli). A vida dos dois muda drasticamente após ele beijar um homem que está à beira da morte depois de ser atropelado.

O filme de Barreto levanta diálogos sobre moralidade, julgamento social e as consequências de um gesto simples em uma sociedade marcada por preconceitos.

O Beijo no Asfalto chega ao catálogo dia 27 de dezembro.

personagem de o beijo no asfalto, em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
As Profissionais do Sonho (1986)

A obra aborda de forma honesta e política o cotidiano das trabalhadoras sexuais em Nova York. Dirigido por Lizzie Borden (Born in Flames, 1983), o filme carrega protagonistas fortes e com senso de autocontrole nas decisões, fatores que quebram com o estereótipo do trabalho sexual e o colocam em um patamar de escolha econômica legítima.

Com um humor singelo e um mergulho no emocional, o filme traz uma reflexão crítica sobre gênero, feminismo e dinâmicas de poder.

As Profissionais do Sonho chega ao catálogo da MUBI dia 1° de dezembro.

cena de as profissionais do sonho, em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
Trailer of the Film That Will Never Exist: ‘Phony Wars’

Dezembro marca o mês do aniversário de um dos maiores cineastas da história do cinema: Jean-Luc Godard. Para homenagear o artista, o primeiro projeto póstumo será lançado.

Através de uma parceria com a teórica de cinema Nicole Brenez, a obra reúne colagens de pinturas, fotos, bilhetes manuscritos e uma narração do inconfundível Godard, que mostram o mestre em ação.

Trailer of the Film That Will Never Exist: ‘Phony Wars’ chega ao catálogo da MUBI dia 1° de dezembro.

cena de um filme de godard, em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
A Sensação de que o Tempo de Fazer Algo Passou (2023)

A aclamada comédia de Joanna Arnow (Bad at Dancing, 2015) aborda os contrassensos do namoro, do sexo e do trabalho nos dias atuais.

Na superfície, o filme aparenta trazer mais uma história sobre a crise dos millennials, mas a narrativa se torna excêntrica ao abordar com um humor ácido e um timing cômico a sinceridade dos desejos.

A Sensação de que o Tempo de Fazer Algo Passou chega ao catálogo da MUBI em 6 de dezembro.

cena de um filme que chega em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI
A Besta (2023)

O filme de Bertand Bonello (Saint Laurent, 2014) conta a história de Gabrielle (Léa Seydoux), uma mulher que viaja por suas vidas passadas e enfrenta um amor eterno.

Com visuais impactantes, o longa mistura uma tragédia romântica com desastres naturais e questionamentos existenciais sobre humanidade e identidade.

A Besta chega ao catálogo da MUBI em 27 de dezembro.

cena de a besta, filme que chega em dezembro na mubi
Foto: divulgação/MUBI

E aí, qual desses você vai assistir primeiro? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Crítica | Wicked – Uma das melhores adaptações já feitas

Texto revisado por Layanne Rezende

Categorias
Sem categoria

Queer: filme de Luca Guadagnino ganha cartazes e trailer oficial

Estrelado por Daniel Craig, de 007, longa chega em dezembro aos cinemas

Depois do sucesso de Rivais (2024), o icônico diretor Luca Guadagnino chega com mais uma obra provocadora. Inspirado no livro homônimo de William S. Burroughs, Queer acaba de ganhar novos cartazes e um trailer oficial. Confira abaixo!

O novo romance do diretor de Me Chame pelo seu Nome (2017) é estrelado por Daniel Craig (007 – Cassino Royale, 2006) e Drew Starkey (Outer Banks, 2020). O filme teve sua estreia no Festival de Veneza, e é considerado por muitos críticos o melhor filme da carreira de Guadagnino. Confira os novos cartazes teasers de Queer:

cartazes oficiais do filme queer
Imagem: divulgação/Paris Filmes

No livro de William Burroughs, o autor mergulha nos limites do desejo, da solidão e da procura por uma conexão verdadeira em um mundo fragmentado. Protagonizado por Craig, o ator tem recebido elogios pela interpretação surpreendente. “Daniel Craig deixa sua marca”, afirma The Hollywood Reporter.

O longa traz William Lee, um expatriado norte-americano vivendo na Cidade do México, que passa seus dias quase completamente sozinho, exceto pelos poucos contatos com outros membros da pequena comunidade americana. Porém, um dia William encontra Eugene Allerton (Starkey), ex-soldado também expatriado, e a relação dos dois muda sua vida.

Queer chega aos cinemas brasileiros em 12 de dezembro

 

E aí, vai assistir? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Confira uma seleção especial de conteúdos que relembram a luta e a resistência da comunidade trans

 

Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

Categorias
Entretenimento Notícias Sem categoria

Bruxas: documentário sobre saúde mental pós-parto chega em breve ao streaming

Produção aborda o estigma da depressão e ansiedade feminina através da representação da bruxaria

Dirigido por Elizabeth Sankey de Romantic Comedy (2019), o documentário Bruxas chega ainda em novembro ao streaming. A produção aprofunda a questão da saúde mental no pós-parto, enquanto faz conexões inesperadas e convincentes com a história, representação das bruxas no período ocidental e a questão cultural.

O filme acaba de receber a indicação ao prêmio British Independent Film Awards – o BIFA, nas categorias de Melhor Documentário e Maverick Raindance (categoria dedicada a produções com orçamento inferior a 1 milhão de libras). A cerimônia de premiação está prevista para o dia 8 de dezembro.

Imagem do documentario bruxas, com uma mulher vestida de roupa de época na floresta
Foto: divulgação/MUBI

Elizabeth Sankey ganhou destaque após o longa-metragem aclamado, Romantic Comedy, de 2019. Agora, a diretora utiliza o talento com ensaios em vídeo para mergulhar nas próprias experiências com a depressão e ansiedade no período pós-parto.

Sankey precisou ser internada em uma ala psiquiátrica logo após o nascimento do filho. Por isso, a cineasta utiliza da experiência pessoal para entrelaçar a narrativa com filmagens históricas. Entrevistando médicos, historiadores e companheiras em sofrimento, o filme constrói um coven de mulheres a fim de resgatar suas histórias.

Confira o trailer:

O documentário Bruxas traz à tona, de forma diversa, uma perspectiva sobre como mulheres que carregam problemas de saúde mental foram incompreendidas e estigmatizadas com o passar do tempo.

Bruxas estará disponível na MUBI a partir de 22 de novembro.

 

E aí, vai assistir? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Motel Destino estreia com exclusividade no streaming

 

Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho

Categorias
Cinema Entretenimento Notícias Resenhas Sem categoria

Crítica | Todo Tempo que Temos

Carisma de Andrew Garfield e Florence Pugh encanta trama sem muitas novidades

Quantos filmes sobre amor e dramas com doença existem? Talvez o maior marco da geração recente seja o inesquecível A Culpa é das Estrelas (2014), inspirado no livro de John Green e provocador de muitos lencinhos úmidos e fungadas nas salas dos cinemas. Por isso, com o passar do tempo, o quase subgênero de romance se deixou cair na previsibilidade, e levantou a dúvida sobre ainda ser possível fazer filmes com a mesma premissa. Todo o Tempo que Temos mostra que sim.

Sinopse do filme

O longa de John Crowley (Brooklyn, 2015) mostra o encontro inesperado entre Tobias (Andrew Garfield), um recém divorciado com o coração partido, e Almut (Florence Pugh), uma chef ambiciosa e prestes a inaugurar seu restaurante de alta gastronomia. A trama acompanha os dois desde o instante em que se conhecem, perpassando por momentos importantes da vida adulta. Um deles, a descoberta de uma doença incurável em Almut.

Foto: reprodução/IGN

A partir disso, o filme se concentra em como Tobias e Almut lidam com a nova situação e quais decisões eles resolvem tomar dali em diante, tanto entre os dois e a família que construíram, quanto para si mesmos. Com uma narrativa não-linear, o filme usa dos saltos temporais para contar uma história de amor, com imprevisibilidades e escolhas difíceis.

 “Com Florence, fui a lugares que nunca teria ido com outro ator”

É o que disse Garfield em uma entrevista sobre o filme. Portanto, Todo Tempo que Temos não conta nada de novo para o público. Mesmo assim, a escolha de Andrew Garfield e Florence Pugh como protagonistas foi certeira. Os atores já tem um carisma sólido na indústria, com Garfield desenvolvendo um estilo próprio e Pugh carregando uma personalidade forte em cada papel. Por isso, não foi difícil para os dois encarnarem um casal no longa. Mas, sem dúvidas, a química gerada foi surpreendente.

Foto: reprodução/IGN

A presença de tela do casal é tão marcante que não são necessários muitos coadjuvantes para sustentar a narrativa. O espectador se vê envolvido com a história de Tobias e Almut, e a entrega dos atores é verdadeira o suficiente para tornar a trama emocionante, mesmo que batida. Inclusive, os personagens são tão presentes que cada escolha que eles tomam para si importa, mesmo que discordâncias iniciais surjam. No fim, o longa abraça a possibilidade de sonhos e decisões.

Enredo não-linear

Além disso, a montagem não-linear do longa foi um recurso inteligente de John Crowley, e mostra que o diretor entende o fato da história não carregar uma premissa original. Dessa forma, o que poderia ter se tornado o plot do filme, na verdade, é destrinchado na trama e chega a assumir uma posição secundária em alguns momentos. O foco do filme está na relação dos personagens e na forma como eles se envolvem e envolvem o público. Afinal, a história que Crowley quer contar não é sobre doença, e sim sobre amor.

Foto: reprodução/IGN

E é esse o grande ponto que faz Todo o Tempo que Temos se tornar bonito. Mesmo com o assunto da doença sendo a mão que empurra a bicicleta para ele andar, o filme não se limita ao básico das rodinhas da tristeza e da tragédia para garantir um sustento confortável, e sim busca contar uma história sobre amor, cumplicidade e, sobretudo, respeito às escolhas individuais.

Todo Tempo que Temos chega aos cinemas brasileiros em 31 de outubro.

E ai, vai assistir? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, X e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Crítica | Sorria 2

Texto revisado por Karollyne de Lima

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!