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Crítica | Love Lies Bleeding – O Amor Sangra

Com romance, crime e fisiculturismo, filme estrelado por Kristen Stewart é chocante, mas tem final controverso

Em uma era de retorno ao fanatismo pelo shape perfeito, Love Lies Bleeding – O Amor Sangra traz a admiração do corpo sarado como templo. Mas não só isso. O filme também aborda um amor intenso, uma família envolvida em uma teia criminosa e até onde podemos ir para conseguir o que queremos. E surpreendentemente, o novo longa de Rose Glass (Saint Maud, 2019) equilibra todos os pontos com uma narrativa eletrizante.

Katy O'Brian como Jackie
Foto: reprodução/IMDb
Sobre Love Lies Bleeding – O Amor Sangra

A trama traz a história de Lou (Kristen Stewart), uma gerente de academia solitária. Um dia, ela conhece Jackie (Katy O’Brian), uma aspirante a fisiculturista que está de passagem do Novo México para Las Vegas, onde irá participar de uma competição. A partir do instante em que se conhecem, Lou e Jackie desenvolvem um amor fulminante que provoca uma reação violenta, e as duas se vêem presas na rede criminosa da família de Lou.

O filme é carregado por uma estética dos anos 1980 muito bem montada em todos os detalhes. Luzes neon, objetos de época e uma trilha sonora retrô compõem a ambientação de Love Lies Bleeding. Além disso, o figurino é uma dose extra ao estilo do longa. Por isso, o espectador se vê imerso na década de 1980 de forma bem potente, o que intensifica o envolvimento com a trama. Sem dúvidas, é um dos pontos de mais destaque na produção.

Love Lies Bleeding tem paixão queer
Foto: reprodução/IMDb
Atuações impecáveis

Um brinde para as atuações! Kristen Stewart (Spencer, 2021) entrega um de seus melhores trabalhos até o momento. A cada nova produção, a atriz tem provado que consegue sustentar papéis complexos. 

Além disso, Katy O’Brian (The Mandalorian, 2019-presente) mostrou um potencial enorme no papel de Jackie. Por mais que Lou seja a protagonista, a personagem de O’Brian é quem se torna a figura ativa que trará as reviravoltas do filme. Juntas, as duas precisam lidar com uma mescla de sentimentos muito distintos, como amor, ódio e vingança. Isso aprofunda as personagens, e as atrizes não nadam raso.

Vale destacar, também, que os personagens de apoio não são desperdiçados graças à teia do crime elaborada no longa, que se torna ainda mais interessante pelas atuações. Um salve para Ed Harris (Os Eleitos, 1983) no papel de Sr. Lou, Dave Franco (Truque de Mestre, 2013) como JJ e a engraçadíssima mas pouco conhecida Anna Baryshnikov (Manchester à Beira-Mar, 2016), que atua como Daisy.

Katy O'Brian e Kristen Stewart em Love Lies Bleeding
Foto: reprodução/IMDb
Final controverso

Certamente, o final do filme é capaz de dividir opiniões devido à liberdade autoral que Rose Glass tem. Isso porque os filmes da diretora, como Saint Maud (2019), costumam ter um cunho psicológico forte, e o novo longa não foge disso. Porém, Love Lies Bleeding se manteve em um espectro de realidade durante grande parte da narrativa. Por isso, a escolha de fechar o filme de tal maneira gera uma quebra de expectativa, negativa para alguns.

Mas esse ponto tem capacidade de tornar o novo longa ruim? Jamais! Na verdade, ter um final com um viés mais psicológico e quase surrealista, para muitos, torna a digestão do filme mais lenta, e a busca por explicações e finais entendidos vira uma tarefa proveitosa e com discussões bem interessantes.

Kristen Stewart como Lou
Foto: reprodução/IMDb
Vale a pena assistir?

Love Lies Bleeding é eletrizante do início ao fim. As atuações são impecáveis e transportam o arco narrativo de forma perfeita. O espectador se sente envolvido durante toda a duração do longa. Além disso, a paixão queer e o humor ácido na medida certa deixam a trama mais completa e chamativa para públicos diversos. Dessa forma, mesmo com um final que decai, o filme tem muito potencial para ser um dos destaques do ano.

Love Lies Bleeding estreia hoje (1) nos cinemas brasileiros.

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Texto revisado por Thais Moreira

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As principais estreias de maio no cinema

Imaculada, com Sydney Sweeney, e Love Lies Bleeding – O Amor Sangra estão entre os destaques

Maio está quase aí, e ele vem repleto de lançamentos nos cinemas brasileiros. Por isso, criamos uma lista das principais estreias nas telonas nesse mês. Confira abaixo os destaques de maio, com data de estreia, trailer e sinopse dos filmes.

Love Lies Bleeding – O Amor Sangra (2024)

Lou (Kristen Stewart) trabalha em uma academia em uma cidade pacata no interior dos Estados Unidos. Um dia, ela conhece Jackie (Katy M. O’Brian), uma fisiculturista ambiciosa a caminho de Las Vegas, e logo as duas se apaixonam. Porém, o amor delas leva a uma série de eventos violentos quando elas são puxadas para dentro da teia criminosa da família de Lou.

Love Lies Bleeding – O Amor Sangra conta com ótimas atuações de Kristen Stewart (Spencer, 2021) e Katy M. O’Brian (The Mandalorian, desde 2019), e é repleto de paixão queer, fisiculturismo e crime. O filme estreia nos cinemas em 1 de maio.

O Dublê (The Fall Guy) (2024)

O dublê Colt Seavers (Ryan Gosling), depois de anos fora dos sets devido aos ferimentos causados pela profissão, volta à ação quando uma estrela de cinema desaparece de repente. À medida que o mistério se aprofunda, Colt se envolve em uma trama sinistra que o leva à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas atuações.

Estrelado por Ryan Gosling, o filme é repleto de ação e comédia, e vem conquistando elogios da crítica. O Dublê estreia dia 2 de maio nos cinemas.

Belo Desastre – O Casamento (Beautiful Wedding) (2024)

A sequência de Belo Desastre (2023) traz Abby (Virginia Gardner) e Travis (Dylan Sprouse) que, após uma noite de muita loucura em Las Vegas, descobrem que estão casados! Para não desperdiçarem o matrimônio, eles continuam casados e ainda vão aproveitar a lua de mel no México com os amigos e familiares.

Uma comédia romântica que tem tudo para ser no estilo de Todos Menos Você (2024) traz Dylan Sprouse (Zack e Cody: Gêmeos em Ação, 2005-08) e Virginia Gardner (A Queda, 2022) como um casal super divertido e irreverente. Belo Desastre – O Casamento estreia nos cinemas dia 9 de maio.

Planeta dos Macacos: O Reinado (2024)

Quase 300 anos após os eventos de Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), civilizações de macacos emergiram do oásis para o qual César (Andy Serkis) conduziu seus companheiros, enquanto os humanos regrediram a um estado selvagem e primitivo. Quando o líder dos macacos, Proximus Caesar (Kevin Durant), propõe escravizar outros clãs em busca de vestígios de tecnologias humanas, Noa (Owen Teague), um chimpanzé comum, embarca em uma viagem angustiante ao lado de uma jovem humana para determinar o futuro dos macacos e dos humanos.

O diretor Wes Ball revitaliza a franquia e traz uma nova história que promete ser repleta de ação. Planeta dos Macacos: O Reinado chega dia 9 de maio nos cinemas.

Amigos Imaginários (IF) (2024)

Amigos Imaginários conta a história de Bea (Cailey Fleming), que descobre que pode ver os amigos imaginários de todo mundo. A partir disso, ela embarca em uma aventura mágica para reconectar amigos imaginários esquecidos.

A comédia fantasiosa é dirigida por John Krasinski (The Office, 2005-2013) e tem Ryan Reynolds (Deadpool, 2016) no elenco. Amigos Imaginários estreia nos cinemas em 16 de maio.

De Repente, Miss! (2022)

Mônica (Fabiana Karla) é muito apegada pela filha Luiza (Giulia Benite), e lamenta ter perdido a antiga conexão entre elas depois que a filha se tornou uma jovem influenciadora digital. Porém, em uma viagem de família no verão, Mônica decide encarar um concurso de beleza promovido somente entre os hóspedes, para reconquistar a atenção da filha. Mas ela precisará enfrentar uma conhecida concorrente (Danielle Winits) e vencedora. Será que vai dar certo?

Estrelado pela talentosíssima Fabiana Karla (Uma Pitada de Sorte, 2022), a comédia brasileira promete tirar boas risadas do público. De Repente, Miss! estreia em 16 de maio.

Back to Black (2024)

O filme é a biografia de Amy Winehouse, e narra a carreira sombria da artista, que em 2011 morreu aos 27 anos de idade por intoxicação alcoólica. Durante sua curta e marcante jornada profissional, Amy produziu dois álbuns: Frank e Back to Black, o último dos quais lhe rendeu seis prêmios Grammy. Até hoje, ela é considerada uma das grandes lendas da música soul e R&B.

Marisa Abela (Barbie, 2023) interpreta a cantora, e o filme pretende abordar o relacionamento conturbado de Amy e Blake Fielder-Civil, que a inspirou a escrever e gravar o álbum. Back to Black chega aos cinemas em 16 de maio.

Fúria Primitiva (Monkey Man) (2024)

Kid (Dev Patel) é um jovem anônimo que ganha a vida em um clube de luta underground. Usando uma máscara de gorila, ele é espancado por lutadores mais populares por dinheiro. Após anos de raiva reprimida, Kid descobre uma maneira de se infiltrar no enclave da elite sinistra da cidade, e ele desencadeia uma campanha de vingança explosiva para acertar as contas com quem tirou tudo dele.

Com uma atuação primorosa de Dev Patel (O Cavaleiro Verde, 2021), Fúria Primitiva já é considerado um filme aclamado pelo público. O longa estreias nos cinemas dia 23 de maio.

Furiosa: Uma Saga Mad Max (2024)

A jovem Furiosa (Anya Taylor-Joy) cai nas mãos de uma grande horda de motoqueiros liderada pelo senhor da guerra Dementus (Chris Hemsworth). Varrendo Wasteland, eles encontram a Cidadela, presidida pelo Immortan Joe (Tom Burke). Enquanto os dois tiranos lutam pelo domínio, Furiosa logo se vê em uma batalha ininterrupta para voltar para casa.

O prelúdio de Mad Max: Estrada da Fúria é protagonizado por Anya Taylor-Joy (A Bruxa, 2016) e promete trazer uma das sequências mais longas da história do cinema. O filme chega às telonas em 23 de maio.

Às Vezes Quero Sumir (2023)

Fran (Daisy Ridley), que gosta de pensar em morrer, faz o novo colega de trabalho rir, o que leva a um namoro e muito mais. Agora, a única coisa que está no caminho deles é a própria Fran. Para contornar isso, ela precisará se reinventar para embarcar na aventura de viver.

Estrelado por Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força, 2015), o filme não vem sendo muito comentado, mas tem bastante potencial para reflexões. Às Vezes Quero Sumir chega aos cinemas em 23 de maio.

Imaculada (2024)

Cecilia (Sydney Sweeney), uma jovem religiosa, se torna freira em um convento isolado na região rural italiana. Após ficar grávida misteriosamente, Cecilia é atormentada por forças malignas, enquanto confronta segredos sombrios e horrores do convento.

Com Sydney Sweeney (Euphoria, 2019-presente) entregando mais uma atuação belíssima, Imaculada vem ganhando os holofotes ao exibir um horror visceral. O filme estreia dia 30 de maio nos cinemas.

Os Estranhos: Capítulo 1 (2024)

Jovens e apaixonados, Maya (Madelaine Petsch) e Ryan (Froy Gutierrez) pegam a estrada em busca de uma vida fora da cidade. No meio do caminho, o carro enguiça e eles precisam parar próximos à uma pequena cidade. Enquanto aguardam o conserto, eles decidem alugar uma casa, em um lugar lindo e isolado. Porém, eles mal imaginam que se tornarão reféns de uma gangue de assassinos mascarados que atacam sem aviso.

O filme é um reboot da clássica franquia de terror, e será o primeiro longa de uma nova trilogia. Os Estranhos: Capítulo 1 chega aos cinemas em 30 de maio.

Meu Sangue Ferve Por Você (2020)

Em 1979, Sidney Magal (Filipe Bragança) é um dos artistas mais populares e celebrados do país e segue a rotina de ensaios e compromissos em Salvador. Durante um programa de TV, ele conhece a deslumbrante Magali (Giovana Cordeiro) e se apaixona de forma inédita e avassaladora. Para conquistá-la, ele precisa vencer a resistência de Jean Pierre (Caco Ciocler), seu empresário passional, além da desconfiança da família, amigos e da própria Magali.

A nova cinebiografia brasileira de Sidney Magal contará a história do encontro entre o cantor e Magali West, com quem é casado desde 1980. Meu Sangue Ferve Por Você estreia dia 30 de maio nos cinemas.

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Texto revisado por Doralice Silva

 

 

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Crítica | Névoa Prateada

Longa da diretora Sacha Polak tem personagens envolventes, mas amarrações confusas

Névoa Prateada (silver haze) é o nome dado a uma espécie de cannabis utilizada para uso medicinal e recreativo. Usada para trazer bem-estar e relaxamento, ela também aumenta a euforia do usuário. Em Névoa Prateada (2023), a diretora holandesa Sacha Polak (Dirty God, 2019) traz as sensações da silver haze para contrastar com as realidades cruas dos subúrbios londrinos.

Sobre o que fala Névoa Prateada?

O filme apresenta a história de Franky (Vicky Night), uma jovem de 23 anos que trabalha como enfermeira e vive com a família no leste de Londres. Há 15 anos, Franky sofreu um acidente traumático que queimou parte de seu corpo e, por isso, ela é obcecada em encontrar os culpados. Além disso, a jovem sofreu com o abandono parental na infância, e se vê incapaz de criar relacionamentos com alguma profundidade.

Filme já está em cartaz nos cinemas de Brasília e São Paulo
Foto: divulgação/Bitelli Films

Em um dia de trabalho, Franky conhece Florence (Esmé Creed-Miles), que está internada no hospital depois de uma tentativa de suicídio falha. A partir disso, as duas rapidamente se apaixonam e são expulsas da casa de Franky por homofobia. Dessa forma, elas passam a viver com a família adotiva de Florence, na esperança de conseguirem algum acolhimento.

Elenco impecável

As atuações de Névoa Prateada são a preciosidade do longa. Vicky Night interpreta a protagonista Franky com tanta profundidade que, recentemente, recebeu o Prêmio do Júri do Teddy Award do Festival de Berlim. Porém, os coadjuvantes também são bem desenvolvidos e com histórias envolventes, como é o caso da irmã de Franky, Leah, e de Alice, a avó de Florence. Na verdade, o filme se desenrola a partir das histórias das personagens, que não se acomodam na superficialidade.

Esmé Creed-Miles como Florence
Foto: divulgação/Bitelli Films

A figura de Florence é, talvez, uma das mais complexas do enredo. A jovem lida com muitos problemas psicológicos, e o peso disso recai em Franky e aos outros de seu círculo social. Porém, Névoa Prateada não se propõe em expor abertamente o passado de Florence, e esse fato pode ter custado um pouco na criação de empatia com a personagem.

Por conta disso, é praticamente impossível não se irritar com as atitudes de Florence ao longo do filme. Inclusive, ela consegue se tornar quase que insuportável em momentos específicos da trama, o que prejudica o envolvimento com o longa.

Temas da atualidade

O filme abraça muitas questões contemporâneas para desenvolver o roteiro. Assuntos como o abandono parental, homofobia, relações familiares e abusos no relacionamento são temáticas que a diretora utiliza para contar a história. 

Além disso, é possível visualizar o amadurecimento de Franky ao longo da trama, visto que a protagonista precisa lidar não apenas com os problemas internos, como a autoestima e a obsessão por vingança, mas também passa a abraçar as complicações dos outros ao seu redor.

Vicky Night é Franky em Névoa Prateada
Foto: divulgação/Bitelli Films

Embora as atuações e temáticas de Névoa Prateada sejam ótimas, o filme deixa a desejar nas amarrações das personagens. Isso se deve porque Polak propõe histórias belíssimas para as figuras, mas não as finaliza, deixando ao espectador mais dúvidas do que o normal. É como se a diretora construísse um roteiro que não chegasse a lugar algum, ou talvez não queira chegar. No fim, é tudo sobre propostas e interpretações.

Vale a pena assistir a Névoa Prateada?

O filme, vencedor do Dinard British Film Festival, conta com ótimas atuações, histórias profundas e ângulos de câmera alternativos. Além disso, ele debate temas bem atuais e diversos, o que gera mais aproximação com o público. Por fim, a mensagem nos últimos momentos do longa, apesar de dura, é bonita ao proporcionar um crescimento da protagonista.

Névoa Prateada é o novo filme de Sacha Polak
Foto: divulgação/Bitelli Films

Para quem gosta de filmes europeus, com temáticas LGBTQIA+ e que se desprende da fórmula de começo, meio e fim do cinema hollywoodiano, o longa de Polak se encaixa perfeitamente.

Névoa Prateada está em cartaz nos cinemas de São Paulo e Brasília.

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Leia também: Crítica | Guerra Civil

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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Crítica | Guerra Civil

Longa com Wagner Moura aborda o papel do jornalismo em tempos de guerra

Quantas fotos valem a vida de um jornalista? Em momentos de conflitos em todo mundo, Guerra Civil chega para aproximar a zona de combate ao público. O filme não se acomoda em mostrar cenas de crueldade e expõe de forma dura o cenário apocalíptico que uma guerra pode gerar. No meio disso tudo, a figura do jornalista se destaca ao buscar registros da verdade, a qualquer custo.

A personagem Lee no filme Guerra Civil
Foto: reprodução/IMDb
Sobre o que fala Guerra Civil?

No longa de Alex Garland (Aniquilação, 2018), uma guerra civil acaba de ser instaurada nos Estados Unidos. Com isso, quatro jornalistas de guerra viajam pelo país registrando a dimensão das situações e dos cenários violentos que rapidamente tomaram as ruas. Porém, o trabalho de documentação se transforma em uma luta pela sobrevivência quando a equipe também se torna o alvo.

No filme, Kirsten Dunst interpreta Lee, uma fotojornalista de guerra consagrada e assombrada pelas atrocidades que visualizou durante a carreira. Em contraponto, Jesse é uma jovem de 23 anos aspirante a fotógrafa de guerra, que tem em Lee uma das suas grandes inspirações. Esse contraste entre o entusiasmo de uma nova carreira e o atordoamento de quem já presenciou tudo traz um duro choque de realidade ao longo da trama.

Cailee Spaeny e Kirsten Dunst no filme Guerra Civil
Foto: divulgação/A24

Com isso, o roteiro constrói a figura de Jesse para se igualar a do público. Afinal, esse desejo de ver mais não é só da jovem, mas nosso. E ao longo do filme, ambos caem em uma realidade pavorosa e visceral. Inclusive, a narrativa do filme foi muito bem construída ao propor trazer a guerra para um cenário conhecido pela audiência: a estrada. Isso porque, em Guerra Civil, você não precisa estar nas trincheiras para presenciar a guerra.

Precisamos falar sobre ele: Wagner Moura

O brasileiro interpreta Joel, que compõe a equipe de jornalistas e tem o objetivo de conseguir uma entrevista com o presidente dos Estados Unidos, antes que a oposição chegue a Washington, D.C. O personagem de Wagner Moura é responsável por quebrar a tensão em momentos certeiros do filme, com um humor na medida.

Porém, após um tempo, é possível visualizar que o tom satírico da personalidade de Joel é na verdade, apenas uma máscara que ele usa para proteger toda a angústia que um jornalista de guerra acumula ao longo da vida. No fim, estão todos fadados ao trauma.

Wagner Moura é Joel no filme
Foto: reprodução/IMDb

Além disso, a trilha sonora é quase como um personagem a mais. Ela é tão essencial e presente, que é impossível passar despercebida ao longo da trama. Em muitos momentos, ela contrasta com o cenário hiper violento que é mostrado em cena, com músicas que não exaltam positivamente a guerra. Em outros casos, a trilha chega como um respiro para todo o clima de tensão construído no filme.

O papel do jornalismo

O filme discute o valor do jornalismo em tempos de guerra. Trazer a informação e os registros ao público pode custar muito, mesmo que isso seja pago com vida ou integridade do profissional. 

Guerra Civil mostra que o jornalista não tem divisão entre pessoal e profissional. O jornalista vive o jornalismo o tempo inteiro. A todo momento, a equipe perpassa por assuntos como os princípios éticos do registro, a imparcialidade e o valor da documentação. Ao mesmo tempo em que o repórter tem a liberdade de ver tudo, ele precisa ver tudo.

Guerra Civil discute o papel do jornalismo em tempos de guerra
Foto: reprodução/IMDb

Além disso, a falta de posicionamento político tem gerado algumas críticas em relação ao novo longa de Garland. Porém, ele mata a charada em uma cena importantíssima onde Lee conversa com Jesse. No diálogo, ela afirma que os jornalistas não podem fazer questionamentos, senão é só ladeira abaixo.

Por isso, os questionamentos devem ser guardados para o público. O filme é centrado na figura dos jornalistas, e dessa forma o foco político não é tão essencial. Portanto, a mensagem de Garland é que o jornalismo não toma lado. O jornalismo registra.

Um distanciamento (des)medido

É pensando nesse distanciamento que o diretor foi certeiro ao colocar o Texas – um estado tradicionalmente conservador – e a Califórnia – conhecida pelo seu viés progressista – como aliados e na busca pela derrubada do presidente americano. 

Mesmo assim, o filme tem uma pequena falha ao não explicar para o público de forma mais clara o que realmente acontece no país. Dessa forma, a falta de embasamento e a pouca explicação dos grupos aliados pode gerar confusão no andamento do roteiro. Inclusive, a A24 divulgou recentemente um mapa do território dos EUA com as divisões da guerra civil. Veja abaixo:

Mapa do filme Guerra Civil disponibilizado pela A24
Imagem: reprodução/Substack

Por fim, o terceiro ato é avassalador. É difícil não sentir o peso da vida do jornalista, e soa quase como algo injusto. Inclusive, você pode até estranhar ou sentir raiva das últimas cenas do filme, e se perguntar se ele realmente foi bem escrito. Mas as páginas finais do roteiro só reforçam a discussão desenvolvida acima.

Vale a pena assistir?

Guerra Civil não só é digno de um ingresso no cinema, como é um filme obrigatório. Conversando diretamente com o cenário mundial, o longa aborda o papel do jornalista e a sua importância para trazer a verdade. Com cenas de violência e uma atmosfera de tensão constante, a maior estreia da história da A24 cria arcos perfeitos que dão ao público uma dose de realidade, e mostram que o cenário distópico do filme não está pra lá de tão distante.

Guerra Civil estreia hoje (18) nos cinemas.

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Leia também: MaXXXine, sequência de X e Pearl, ganha primeiro trailer

 

Texto revisado por Thais Moreira

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Filmes para quem está na crise dos 20 (ou 30!) e poucos anos

Confira produções que falam sobre errar e amadurecer

Indecisão na carreira, conflitos com os pais, desilusões amorosas, problemas financeiros…a crise dos 20 ou 30 e poucos anos chega para todo mundo. Por isso, aqui vai uma lista de filmes para quem está na crise dos 20 e poucos ou dos 20 e muitos. Bora maratonar?

A Pior Pessoa do Mundo (2021)
A Pior Pessoa do Mundo é um filme aclamado sobre a crise dos 20
Foto: reprodução/IMDb

A produção norueguesa tem conquistado fãs no mundo todo por contar a história de Julie (Renate Reinsve), uma jovem na casa dos 20 que tem dificuldade em escolher um caminho na carreira e, enquanto isso, passa por uma crise no relacionamento ao conhecer um homem em uma festa.

O filme é dividido em capítulos, e acompanha Julie na sua jornada de amadurecimento e autodescobrimento ao longo dos anos, ao passo em que lida com os problemas da vida adulta. A Pior Pessoa do Mundo está disponível no Prime Video.

O Rei de Staten Island (2020)
Pete Davidson interpreta si mesmo nesse filmes da crise dos 20
Foto: reprodução/IMDb

O roteiro do filme é escrito por Pete Davidson (Morte, Morte, Morte – 2022), que baseia-se em sua própria história de vida para compor o enredo e as personagens. O longa apresenta Scott, um cara de 20 e poucos anos que ainda mora com a mãe e é visto como preguiçoso por todos. Depois que ela começa a namorar um bombeiro, mesma profissão de seu falecido pai, Scott precisa se recompor e descobrir quem é na vida.

Com uma ótima atuação de Davidson, o filme é profundo e debate temas como o real propósito de estar no mundo, enquanto aborda assuntos como relações familiares e luto. O Rei de Staten Island está disponível para aluguel em plataformas de streaming.

Shiva Baby (2020)
Shiva baby é um filme cômico e irreverente
Foto: reprodução/Mubi

O primeiro filme da diretora Emma Seligman (Clube da Luta para Meninas) chegou com tudo, e conta a história da universitária Danielle (Rachel Sennott) que, em um shivá – um período de luto no judaísmo – passa por uma série de eventos constrangedores. Entre eles, estão a aparição da ex-namorada e a presença do seu daddy secreto junto com a esposa e o filho.

O longa é carregado de humor ácido e cenas que doem a espinha de tanta vergonha alheia. Mesmo assim, o filme traz uma protagonista vista como a ovelha negra da família, e debate questões como o sucesso e o fracasso na vida adulta. Shiva Baby está disponível na Mubi.

Frances Ha (2012)
Frances Ha retrata perfeitamente a crise dos 20
Foto: reprodução/IMDb

Escrito pela diretora e protagonista do filme, Greta Gerwig (Barbie, 2023), o filme retrata a história de Frances, uma mulher chegando na casa dos 30 que se dedica totalmente aos próprios sonhos, mesmo que isso a deixe bem pobre. Mesmo com as complicações da vida, Frances a leva com alegria e leveza.

O longa é muito profundo e fala sobre pessoas sozinhas e perdidas no mundo – especialmente mulheres – e que fazem de tudo para realizar seus sonhos e conquistar o próprio espaço. Frances Ha está disponível na Mubi.

Cha Cha Real Smooth – O Próximo Passo (2022)
Cha Cha Smooth é um dos filmes que retratam a crise dos 20
Foto: reprodução/IMDb

Produção pouco conhecida, mas com ótimo enredo, o filme conta a história de Andrew (Cooper Raiff), um jovem que acabou de se formar na faculdade e percebeu que não era a carreira que queria para a vida. Sem o emprego dos sonhos, ele volta para a casa dos pais, encontra um trabalho inesperado e se vê envolvido com uma mulher quase 10 anos mais velha.

O filme é carregado de leveza, mas sem deixar de lado questões como o ato de se encontrar no mundo, as expectativas que carregamos pelos outros e as inseguranças que isso pode gerar. Cha Cha Real Smooth – O Próximo Passo está disponível na Apple TV+.

Palm Springs (2020)
Palm Springs é um dos filmes que retratam a crise dos 20
Foto: reprodução/IMDb

Super alto astral, o filme narra a história de Sarah (Cristin Milioti), uma mulher perdida na fase adulta, que se prepara para o casamento da irmã. Em uma noite, ela e um outro convidado, Nyles (Andy Samberg), ficam presos em um loop temporal, e passam a viver o mesmo dia repetidamente. Enquanto isso, começam um novo romance.

O filme debate as típicas crises existenciais dos quase 30, bem como discute a seriedade exagerada do sucesso ou fracasso pessoal. Palm Springs está disponível no Star+.

Enquanto Somos Jovens (2014)
Enquanto somos jovens é um retrato da crise dos 30, um dos melhores filmes
Foto: reprodução/IMDb

Protagonizado por Ben Stiller (Zoolander, 2001) e Naomi Watts (O Impossível, 2012), o filme acompanha um casal que acabou de passar da casa dos 30 e se vê em uma crise existencial por não ter o emprego dos sonhos e nunca ter tido filhos. Por isso, eles decidem passar mais tempo com um casal mais novo e aparentemente mais feliz, e se sentem influenciados pelos gostos das gerações mais jovens.

O filme discute a famosa crise da meia idade. Além disso, expõe o mito da juventude, as expectativas impostas pela sociedade e a falsa noção de felicidade. Enquanto Somos Jovens está disponível na Netflix.

E aí, ficou com vontade de assistir a algum desses filmes? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, Twitter e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: 5 atrizes da nova geração para você ficar de olho

 

Texto revisado por Karollyne de Lima

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Crítica | Ghostbusters: Apocalipse de Gelo

Mesmo com momentos nostálgicos, filme tem narrativa preguiçosa

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo reforça que vivemos na era dos re: remakes, reboots, revivals e muitos outros termos que dizem apenas que uma franquia está de volta às telonas. A nostalgia é sempre um artifício coringa para Hollywood, que todo ano gera milhões (ou bilhões?) de dólares trazendo públicos de diferentes gerações ao cinema.

E com Os Caça Fantasmas, isso não muda. A franquia de filmes com início em 1984 ganhou um novo longa com novos personagens que, apesar de ser confuso, conquistou boa bilheteria. Ghostbusters: Mais Além (2021) traz atores como Finn Wolfhard (no papel de Trevor Spengler), Mckenna Grace (como Phoebe Spengler) e Paul Rudd (como Mr. Grooberson).

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Foto: reprodução/IMDb
Sobre o novo filme

Agora, o longa de 2021 ganhou uma nova sequência. Ghostbusters: Apocalipse de Gelo (2024) traz novamente a família Spengler no clássico quartel de bombeiros do filme original, em Nova York. Quando a descoberta de um artefato antigo desperta uma força maligna, os novos e antigos caça-fantasmas precisarão se unir para salvar o mundo de uma segunda era glacial.

Mais uma vez, a franquia utiliza de recursos nostálgicos para satisfazer um público mais velho. A trilha sonora característica, ambientada no cenário clássico dos primeiros filmes e com aparições dos personagens originais. Ghostbusters: Apocalipse de Gelo acertaria em cheio se somasse todos esses elementos com uma nova história forte, em que o bastão seria, enfim, passado para a nova geração. Mas não é isso que acontece.

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Foto: reprodução/IMDb

Os protagonistas do novo filme se tornam desinteressantes ao não conquistarem cenas que desenvolvam bem sua personalidade. E, quando conquistam, conseguem se tornar ainda mais desinteressantes. Aqui, as únicas exceções são Paul Rudd (Homem-Formiga, 2015), que traz seu carisma da Marvel para fazer um par super divertido ao lado de Callie Spengler (Carrie Coon), e Kumail Nanjiani, que interpreta Nadeem.

Além disso, o enredo do longa deixa a desejar. Começamos com toda a energia que um filme dos Caça-Fantasmas apresenta, para sermos tomados por um segundo ato lento, sem ameaças reais à equipe e com diálogos que, apesar de contribuírem para o entendimento da trama, não despertam a atenção. Diferente de outros filmes da franquia, em Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, os acontecimentos não tem profundidade, e é quase como se todos eles levassem ao clímax, sem ramificações.

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Foto: reprodução/IMDb

E chegamos ao clímax. O momento mais esperado do longa apresenta um vilão intimidador e sombrio, mas que, assim como os novos personagens, é desperdiçado. Apesar de aparentar ser forte, o auge do filme acaba em um piscar de dedos. Além disso, é nessa parte que os antigos personagens ganham destaque e desempenham seu esperado fan service. Dessa forma, é legal ver Bill Murray (Peter), Ernie Hudson (Winston), Dan Aykroyd (Ray) e até Annie Potts (Janine) de uniforme, novamente.

Vale a pena assistir?

É errado dizer que o filme não é divertido. Cenas clássicas, como a aparição do Geleia, e o clima alto-astral do personagem de Paul Rudd, assim como o de Kumail, sustentam a comédia da trama. Além disso, os recursos nostálgicos guardam momentos do filme em um lugar de conforto no coração dos fãs.

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Foto: reprodução/IMDb

Mesmo assim, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo não se desenvolve muito em uma nova narrativa, que aparentava ser promissora. Além disso, não dá espaço para os novos personagens assumirem o posto e criarem personalidades fortes, que fazem o público esperar por mais filmes exclusivamente da nova geração. Às vezes, a nostalgia não é capaz de manter tudo de pé.

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo estreia hoje (11) nos cinemas brasileiros.

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Texto revisado por Thais Moreira 

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Carrie (1976) e a representação do estranho feminino

Clássico dirigido por Brian De Palma expõe como características femininas são vistas com estranheza

[Contém spoiler]

Você pode não ter assistido, mas com certeza já ouviu falar do filme Carrie, a Estranha (1976). O longa é uma adaptação do livro homônimo do famoso autor de horror Stephen King, e de cara aparenta ser mais um filme de terror comum, com adolescentes e coisas sombrias. Porém, a produção se destaca ao abordar questões mais profundas e por trazer à tona a representação do feminino como uma figura monstruosa.

O roteiro conta a história de Carrie White, uma adolescente tímida que sofre bullying dos colegas na escola e tem uma mãe fanática religiosa. Quando Carrie,de forma inesperada, tem sua primeira menstruação, ela passa a desenvolver poderes telecinéticos, que geram consequências sombrias e violentas.

Com o filme, é possível analisar como algumas questões ligadas ao ser mulher são representadas no cinema, como a menstruação, a sexualidade e o misticismo.

O filme Carrie, a estranha expõe sobre o feminino como estranho
Foto: reprodução/True Myth Media
A repulsa pela menstruação

Logo no início da trama, Carrie menstrua pela primeira vez, e muitas situações do enredo se desenrolam a partir desse ponto-chave. No filme, a jovem desconhece a menarca, e acredita estar morrendo quando vê o sangue. Suas colegas de classe, ao perceberem o desespero de Carrie, praticam bullying, jogando absorventes e dando risadas, até que a professora de educação física intervém e acalma a jovem, explicando sobre a menstruação.

Após, a mãe de Carrie, Margaret, é avisada sobre o ocorrido e se dirige ao colégio para buscar a filha. Quando chegam em casa, o tratamento maternal em relação à menstruação não é tão diferente. Isso porque Margaret é uma fanática religiosa fundamentalista, que utiliza a Bíblia como forma de reprimir seus desejos e os de Carrie. Por conta disso, Margaret culpa violentamente a filha e a condena pelo pecado original de Eva.

Carrie tendo sua primeira menstruação, sinônimo de estranho
Foto: reprodução/IMDb

O aspecto da menstruação aparece durante todo o filme. Aqui, é quase como se todas as personagens do longa vissem a menstruação de forma pejorativa. Mas não se limita a isso, visto que é a partir da primeira menstruação que Carrie desenvolve seus poderes sobrenaturais, fato que a aproxima da representação do monstro feminino.

A monstruosidade feminina

O corpo feminino sempre foi alvo de dúvidas em relação à sua forma e suas características. E esse grande fascínio está muito relacionado ao fato de haver diferenças em relação ao masculino, aspectos que desenvolveram noções de sensualidade e misticismo sobre a subjetividade das mulheres.

Carrie no baile de formatura, como uma figura monstruosa e estranha
Foto: reprodução/Loomer

No filme, se nota essa estranheza através do desenvolvimento da protagonista. Ao longo da narrativa, vemos Carrie com características ingênuas e frágeis, mas, gradativamente, percebemos quando ela ganha poderes violentos.

Tudo isso graças ao elemento já discutido aqui: a menstruação. Por ser um acontecimento exclusivamente feminino, ele se torna algo não só repugnante, mas capaz de transformar mulheres em seres perigosos. Afinal, um homem escreve Carrie, a Estranha e, depois, um homem adapta.

Além disso, a cena do baile de formatura é o auge da monstruosidade feminina. É o momento em que Carrie assume completa autonomia sobre o próprio corpo e, por isso, se torna um monstro capaz de matar todos. Quando a jovem é anunciada forjadamente como rainha do baile, e então sangue de porco é derramado sobre si, um sentimento visceral de raiva cresce em Carrie. Aqui, também se torna interessante pensar como o sangue ainda está presente, mesmo que o não menstrual.

Cena clássica de Carrie a Estranha, como figura de estranheza feminina
Foto: reprodução/Buzzfeed
Aversão à sexualidade

Grande parte dos filmes no cinema conversam ativamente com o contexto político e social do país em que são produzidos. E com Carrie, a Estranha, isso não é diferente. Sua obra e adaptação são de meados dos anos 1970, momento em que os Estados Unidos são palco de fortes embates políticos.

Após o boom da contracultura nos anos 1960, a década seguinte foi palco de uma transição reacionária do conservadorismo e do surgimento de uma nova direita, que colocou em risco algumas liberdades conquistadas antes, como a autonomia sexual feminina. Dessa forma, esses preceitos passaram a ecoar nas produções hollywoodianas.

Após o baile de formatura, o filme reflete o estranho feminino em Carrie
Foto: reprodução/Prime Video

Por outro lado, é nesse mesmo período que acontece a expansão do cinema de horror, em especial do subgênero slasher, com o lançamento de clássicos como O Massacre da Serra Elétrica (1974), Halloween (1978) e, mais tarde, Sexta-Feira 13 (1980).

Dessa forma, não é uma coincidência que o roteiro-base desses filmes seja um assassino em série que executa jovens de maneira violenta, principalmente mulheres, que possuem uma vida sexual ativa. Inclusive, se você olhar ainda mais de perto, as chamadas final girls são justamente aquelas que não têm relações carnais ao longo do filme.

Filme Halloween, de 1978
Foto: reprodução/IMDb

Carrie, a Estranha se encaixa nesse cenário, ao colocar as vilãs iniciais do filme como as jovens que praticam bullying contra Carrie. Não é à toa que, dentre todas as colegas da escola, aquelas que assumem o arquétipo de vilã são exatamente as meninas com namorados e vida sexual ativa. Em contrapartida, até ganhar autonomia sobre o corpo, Carrie representa um ser angelical, que contrasta com as colegas malvadas.

Já assistiu o clássico Carrie, a Estranha? Conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, Twitter e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

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Texto revisado por Michelle Morikawa

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Ripley: minissérie chega ao streaming

Adaptada do clássico de Patricia Highsmith, produção estreia nesta quinta (04)

É fã de thrillers psicológicos? Então você vai amar Ripley (2024), a nova minissérie que chega ao streaming. A produção é adaptada do best-seller O Talentoso Ripley (1955), de Patricia Highsmith, uma das maiores autoras de suspense da história. O ator britânico Andrew Scott (Todos Nós Desconhecidos, 2023) dá vida ao protagonista.

Andrew Scott é Tom Ripley
Foto: reprodução/IMDb
Conheça a sinopse de Ripley

Dirigida pelo vencedor do Oscar Steven Zaillian (A Lista de Schindler, 1993), a minissérie acompanha Tom Ripley, um vigarista charmoso que tenta se estabelecer em Manhattan após ir embora de seu lar disfuncional. Carismático e praticante de pequenos furtos e golpes, ele recebe uma missão valiosa de ir à Itália com o objetivo de convencer Dickie Greenleaf (Johnny Flynn, Emma – 2020), o filho de um rico industrial, a voltar para casa e assumir os negócios da família.

Com isso, Tom é seduzido pelo estilo de vida refinado, e vê a amizade dos dois se complicar ao conhecer Marge (Dakota Fanning, A Saga Crepúsculo: Lua Nova – 2009), que é apaixonada por Dickie. Ao se dar conta da rejeição do amigo, Tom liberta seus desejos mais sombrios e rouba não apenas o dinheiro de Dicki, mas toda a sua vida e personalidade.

O livro, escrito em 1955 e publicado no Brasil pela Intrínseca, é vencedor do Grand Prix de Littérature Policière. Em 1999, ganhou uma adaptação para o cinema, sendo estrelado por Matt Damon (Perdido em Marte, 2015) e indicado a cinco Oscars. Patricia Highsmith é autora desse e de mais de 20 outros livros. Seu primeiro romance, Pacto Sinistro (1950), também ganhou uma produção para o cinema pelo renomado diretor Alfred Hitchcock.

A minissérie Ripley estreia na Netflix nesta quinta (04).

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Texto revisado por Doralice Silva 

 

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Filmes e séries que chegam nos streamings em abril

Todos Nós Desconhecidos e Wish: O Poder dos Desejos estão entre os lançamentos no streaming

O mês de abril já deu as caras, e com ele chegam as novidades nos streamings. E se prepare que eles estão com muitos lançamentos incríveis, que variam entre séries e filmes. Entre os destaques, está a série documental Thank You, Goodnight: A História de Bon Jovi (2024) e a segunda parte da nova temporada de American Horror Story (2011-presente).

Confira a lista completa:

Vanderpump Villa: Luxo e Segredos (2024) – 1 de abril* (Star+)
Relatity show Vanderpump
Foto: divulgação/Star+

O novo reality acompanha uma equipe selecionada por Lisa Vanderpump para trabalhar e se divertir no Château Rosabelle, uma luxuosa mansão francesa. Em cada episódio, a equipe tentará proporcionar experiências únicas para os hóspedes de Vanderpump, enquanto precisam lidar com rivalidades, romances e aventuras de viver e trabalhar juntos.

*O primeiro episódio chega em 1 de abril, e novos episódios chegam toda segunda.

Wish: O Poder dos Desejos (2023)- 3 de abril (Disney +)
Lançamento no Disney+, Wish é um dos grandes destaques de filmes que chegam nos streamings em abril
Foto: divulgação/Disney+

O longa de animação conta a história de Asha, uma jovem sonhadora que navega em Rosas junto com seu bode, Valentino. Um dia, ela faz um desejo poderoso, que é atendido por uma força cósmica em forma de Estrela. Juntas, eles enfrentam o Rei Magnífico, o governante de Rosas. Eles fazem de tudo para salvar a comunidade e provar que muitas coisas maravilhosas podem acontecer.

A Fábrica de ETs (2024) – 3 de abril (Star+)
Imagem da série A Fábrica de ETs, uma das séries latinoamericanas que chegam nos streamings em abril
Foto: divulgação/Star+

A série acompanha Dalí (Jerónimo Best), um garçom e ajudante de um cultista que acredita em vida extraterrestre. Após um chamado, ele precisa voltar para a cidade abandonada onde seu pai e seu avô viveram. Chegando lá, ele descobre que a cidade está em ruínas e com uma dívida milionária. A partir disso, Dalí enxerga uma saída ao planejar converter o local em um centro de atração turística, revivendo a antiga lenda sobre a visita de ETs na cidade.

Novos episódios de American Horror Story: Delicate (2023) – 5 de abril (Star+)
American Horror Story: Delicate é uma série que ganha novos episódios nos streamings em abril
Foto: divulgação/Star+

Enfim chegou a segunda parte! Na série, a atriz Anna Alcott (Emma Roberts) está desesperada para ter um filho e começar uma família. À medida que seu mais recente filme ganha sucesso, Anna suspeita que algo esteja assombrando sua busca pela maternidade. Delicate é a décima segunda temporada da famosa série de Ryan Murphy, e conta com um elenco estrelado, incluindo Kim Kardashian e Cara Delevingne.

 

Voltando a ler Graúna (2024) – 5 de abril (Disney+)
Voltando a ler Graúna, no Disney+ é um filme documentário que chega nos streamings em abril
Imagem: divulgação/Disney+

O documentário resgata o personagem de quadrinhos mais importante do Brasil nos anos 1970. O filme conta a história de uma ave mulher, negra e nordestina criada pelo cartunista Henfil para questionar as desigualdades sociais e a censura da ditadura militar no país, através do humor.

Iwájú (2024) – 10 de abril (Disney+)
Animação do Disney+, Iwájú
Foto: divulgação/Disney+

A nova série de animação é uma parceria entre os estúdios Disney e a empresa pan-africana Kugali. A série, ambientada em uma Lagos (Nigéria) futurista, acompanha a vida de Tola, uma menina de uma ilha rica, e seu melhor amigo, Kole, um autodidata em tecnologia. Enquanto amadurecem, os amigos desvendam os segredos e os perigos escondidos em seus mundos distintos.

Cedo Demais (2020) – 10 de abril (Star+)
Filme nacional Cedo Demais
Foto: divulgação/Star+

O filme nacional conta a história de André (Yuri Marçal) e Lucas (Vitor Thiré), que se apaixonam pela mesma garota. Acontece que essa garota é Dora (Thati Lopes), que ficou viúva há pouco tempo de Narciso (Kayky Brito), amigo de infância da dupla. A partir disso, os dois amigos iniciam uma disputa divertida para conquistar Dora e, em meio ao luto, descobrem que Narciso talvez não fosse o grande amigo que eles imaginavam.

Grandes Hits (2024) – 12 de abril (Star+)
Grandes Hits, no Star+
Foto: divulgação/Star+

O filme acompanha Harriet (Lucy Boynton), uma jovem que descobre que certas músicas a fazem voltar no tempo…literalmente! Quando Harriet revive o passado com lembranças românticas de seu ex-namorado (David Corenswet), sua viagem no tempo colide com o novo interesse amoroso do presente (Justin H. Min). Com isso, ela se questiona: “mesmo se pudesse mudar o passado, eu deveria?”.

A Partitura Secreta (2024) – 17 de abril (Disney+)
Série latina no Disney+
Foto: divulgação/Disney+

A nova série latino-americana acompanha Maya e seus amigos, que encontram uma partitura capaz de lhes conceder poderes mágicos. Enquanto tentam mantê-la em segredo, sem saber que outra pessoa está procurando por ela com intenções sombrias, o grupo vive aventuras e conhecem mais sobre os outros e a si mesmos.

Todos Nós Desconhecidos (2023) – 24 de abril (Star+)
Todos Nós Desconhecidos, no Star+
Foto: divulgação/Star+

O filme acompanha Adam (Andrew Scott), um escritor que leva uma vida monótona em Londres. Após um encontro casual com Harry (Paul Mescal), seu vizinho misterioso, ele vê seu cotidiano ser balançado, e passa a se sentir perdido. À medida que os dois se aproximam, Harry é levado de volta à sua infância, onde descobre que seus pais, já falecidos, ainda estão vivos e aparentam ter a mesma idade do dia em que morreram, há mais de 30 anos.

Thank You, Goodnight: A História de Bon Jovi (2024)
Série documental do Bon Jovi é um dos destaques de séries que chegam nos streamings em abril
Foto: divulgação/Star+

A série documental oferece uma visão íntima sobre o passado épico e o futuro incerto de uma das bandas mais conhecidas do mundo e de seu vocalista, Jon Bon Jovi. Com mais de 40 anos de história, a série apresenta a banda em 2022 sendo acompanhada em tempo real, e em todos os seus altos e baixos de planejamento para o futuro, após a notícia de uma lesão vocal.

O Véu (2024) – 30 de abril* (Star+)
Imagem da série O Véu, no streaming Star+
Foto: divulgação/Star+

Na minissérie, duas mulheres cruzam a Europa com objetivos opostos que podem provocar uma crise global. Enquanto uma delas guarda um segredo, a outra tem a missão de desvendá-lo antes que milhares de vidas sejam perdidas. O novo thriller é estrelado por Elisabeth Moss, de The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia).

*Os dois primeiros episódios em 30 de abril. Após a estreia, novos episódios toda terça.

Outras estreias no Star+:

Genius: MLK/X (2024) (nova temporada em 3 de abril);

The Fable (2024)  (nova série estreia em 6 de abril):

Ranger Reject (2024) (primeiro episódio em 7 de abril. Após isso, novos episódios todo domingo);

Blood Free (2024) (nova série estreia em 10 de abril);

Spermworld (2024) (novo filme estreia em 12 de abril);

Chucky (2021-presente) (novos episódios da terceira temporada em 19 de abril);

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (2024) (final de temporada em 23 de abril).

Outras estreias no Disney+:

Eu e o Ursinho Pooh (2023-presente) (primeira temporada em 3 de abril)

Tigres em Ascensão (2024) (estreia em 22 de abril);

Segredos dos Polvos (2024) (nova série estreia em 22 de abril);

Star Wars: The Bad Batch (2021-2024) (novos episódios da terceira temporada todas as quartas).

 

E aí, já preparou a pipoca para maratonar essas novidades? Então fique de olho nas redes sociais do Entretetizei no Insta, Face, Twitter e nos siga para ficar por dentro de todas as novidades do mundo do entretenimento.

Leia também: Resenha | Instinto Materno e a paranoia é desespero materno

 

Texto revisado por Doralice Silva

 

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47 anos de Jessica Chastain | Conheça os melhores trabalhos da atriz

Ganhadora do Oscar e do Critics Choice Awards, atriz acumula atuações premiadas

Com mais de 15 anos de carreira, a atriz, produtora e dubladora Jessica Chastain traça seu caminho dentro e fora das telas. Completando, hoje (24), 47 anos, a artista conquista fãs dentro e fora das telas pelos trabalhos brilhantes e por levantar questões importantes, como a desigualdade de gênero no mundo do cinema.

Para celebrar o aniversário da atriz, conheça algumas de suas melhores atuações.

Histórias Cruzadas (2011)

Na narrativa, Jessica dá vida à Celia Foote, uma dona de casa carismática que, por ter se casado com um dos homens mais desejados de Jackson, no Mississipi, foi colocada para escanteio pelas outras mulheres da região. Certo dia, ela contrata a empregada Minny (Octavia Spencer), e rapidamente as duas se tornam confidentes e compartilham suas histórias pessoais, que envolvem temas como abortos espontâneos e violência doméstica.

Em uma entrevista para a Entertainment Weekly, Jessica Chastain afirma que adoraria fazer uma sequência do filme, focada em sua personagem. Histórias Cruzadas está disponível no Star+.

A atriz em Histórias Cruzadas
Foto: reprodução/IMDb
A Árvore da Vida (2011)

Atuando em conjunto com Brad Pitt (Sr. O’Brien), Jessica Chastain interpreta a Sra. O’Brien, a mãe de uma típica família americana da década de 1950. Um dia, o telefone toca e ela e o marido recebem a chocante notícia de que um dos três filhos do casal acabara de morrer. O filme é muito profundo e aborda questões como o luto, a felicidade de fachada e a relação entre pais e filhos.

A Árvore da Vida é ganhador do Palmo de Ouro do Cannes, e está disponível no Prime Video.

A atriz junto com Brad Pitt
Foto: reprodução/IMDb
Interestelar (2014)

Um dos filmes mais famosos de Jessica Chastain, aqui, ela atua como Murphy Cooper, a versão adulta da filha do protagonista interpretado por Matthew McConaughey, o astronauta Cooper. Enviado para uma missão no espaço com o objetivo de salvar a vida na Terra, Cooper é obrigado a ficar longe da filha durante anos.

O filme, dirigido pelo ganhador do Oscar Christopher Nolan, mescla perfeitamente conceitos científicos com relações familiares. Devido à noção de relatividade do tempo, Murphy se torna adulta, e passa a trabalhar juntamente com o pai, com ela na Terra e ele no espaço.

Uma das obras primas de Nolan, Interestelar pode ser assistido na Max (antiga HBO Max).

Jessica Chastain em Interestelar
Foto: reprodução/IMDb
Os Olhos de Tammy Faye (2021)

O filme consagrou o Oscar de Melhor Atriz para Jessica Chastain, que interpretou a protagonista Tammy Faye. No longa, acompanhamos a vida e carreira da televangelista americana, passando pelas polêmicas do casamento conturbado e pelo ativismo, não usual entre evangélicos, que ela levantava em prol dos movimentos feministas, dependentes químicos e pessoas LGBTQIA+.

Aclamado pela crítica, o filme rendeu ótimos elogios principalmente pela atuação de Jessica. Além disso, ele também consagrou o Oscar de Melhor Maquiagem e Penteado.

Se posicionando como um dos grandes destaques de Chastain, Os Olhos de Tammy Faye está disponível no Star+.

A atriz como Tammy Faye
Foto: reprodução/IMDb
Cenas de Um Casamento (2021)

Na série, adaptada de uma produção homônima sueca, Jessica Chastain é Mira Phillips, uma mulher que passa por uma crise no casamento juntamente com o marido Jonathan, interpretado pelo ilustre Oscar Isaac. Com diálogos profundos e complexos, a produção debate questões sobre amor, ódio, monogamia e desejo.

No remake, o enredo ganha um tom contemporâneo ao inverter os papéis da obra original, e colocar a figura masculina como quem sofre passivamente a crise, enquanto que Mira se torna, a princípio, a responsável por destruir o casamento.

Com atuações estonteantes de Chastain e Isaac, Cenas de Um Casamento está disponível na Max (antiga HBO Max).

Jessica Chastain e Oscar Isaac em Cenas de Um Casamento
Foto: reprodução/IMDb
Instinto Materno (2024)

Já deu para perceber que Jessica Chastain se joga de cabeça em histórias ambientadas nos anos 1950 e 1960 americanos. Dessa vez, a atriz dá vida à Alice, uma mulher com um estilo de vida bem tradicional da época, e que é melhor amiga e vizinha de Celine, interpretada pela magnífica Anne Hathaway.

De repente, a harmonia da vida perfeita se desequilibra depois de um acidente trágico. A partir disso, suspeita, culpa e paranoia passam a permear laços fraternais, e os instintos maternos começam a revelar seu lado mais obscuro.

O longa vem chamando a atenção do público, em especial por conta das atuações belíssimas de Jessica Chastain e Anne Hathaway. Instinto Materno chegará aos cinemas brasileiros em 28 de março.

Jessica e Anne em Instinto Materno
Foto: reprodução/Letterboxd

Você já conhecia essas produções estreladas por Jessica Chastain? Então conta pra gente nas redes sociais do Entretê (Instagram, Twitter e Facebook) e nos siga para ficar por dentro de tudo o que rola no mundo do entretenimento.

Leia também: Especial | Reese Whiterspoon: celebrando o aniversário de uma amante de livros

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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