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Crítica | Fúria Primitiva e o peso da vingança

A estreia de Dev Patel na direção apresenta uma história de vingança, ambientada na Índia, e uma linda fotografia

Filmes sobre vingança são muito famosos e queridos pelos amantes de cinema. Com clássicos como Kill Bill (2004) e Oldboy (2005), essas histórias giram em torno de personagens que buscam justiça pelas próprias mãos, com inimigos poderosos e dilemas éticos complexos. Fúria Primitiva (2024) entra nessa lista com uma proposta diferenciada de narrativa.

Foto: divulgação/Diamond Films
Sobre o enredo

Em Fúria Primitiva, acompanhamos um jovem lutador, conhecido apenas como Kid (Dev Patel), que luta em um clube underground com uma máscara de gorila em troca de dinheiro. Após anos de raiva reprimida, Kid descobre uma maneira de se infiltrar no grupo criminoso que destruiu seu lar e matou sua mãe quando ele ainda era criança. A partir disso, ele dá início ao seu plano de vingança, em busca de justiça e paz interior. A história é inspirada na lenda de Hanuman, um deus hindu que representa coragem e força.

Direção 

Dizem que dois é bom, três é demais, mas não para Patel. O ator assume três papéis importantes na produção do filme, além do protagonista. Fúria Primitiva é a estreia dele na direção de longa-metragens e também como roteirista. 

O longa se destaca pela edição de cenas de forma inteligente e concisa. É, inclusive, a dinâmica das cenas que ajuda no alívio cômico do filme, com cortes secos e viradas inteligentes. Um diferencial para o gênero que normalmente ou não tem comicidade, ou se apoia em piadas previsíveis.

Foto: divulgação/Diamond Films
Cenas de ação

De início, as cenas são mais lentas e maçantes, mas conforme a história e o protagonista evoluem, as lutas se tornam mais dinâmicas e prazerosas de assistir. É também através da luta que o crescimento do personagem se torna mais óbvio, passando de um estilo mais desordenado para movimentos mais precisos.

Entretanto, o filme, apesar de ter sido associado ao clássico John Wick (2014) devido ao estilo semelhante, não alcança o mesmo nível de produção nas cenas de ação.

Contexto sociocultural

Um ponto importante da narrativa é como ela evidencia diversos problemas sociais e culturais da Índia. O protagonista expressa seu incômodo com essa diferença social em várias falas durante o filme, como: “Nessa cidade, os ricos não nos enxergam como pessoas”. Desde o início da história é muito evidente que sua motivação não é só uma simples busca por vingança pessoal, mas também a vontade de proteger os mais fracos daqueles que estão no poder da cidade. 

Foto: divulgação/Diamond Films
Narrativa

O início do filme é envolvente, especialmente ao nos fazer acompanhar Kid nos estágios iniciais de sua busca por vingança. É possível perceber que, apesar de ter pensado naquilo ao longo de anos, ele se mostra um tanto desajeitado ao colocar em prática seu plano.

Kid se mostra muito emocional no início do filme, sua raiva pronta para explodir a qualquer momento quase o atrapalha em algumas situações. A narrativa mostra a evolução do personagem de forma bem detalhada, partindo de um protagonista totalmente motivado pela raiva para um homem centrado com um objetivo maior de fazer justiça para aqueles que sofrem, assim como ele sofreu.

Fúria Primitiva é uma obra que se destaca pela sua narrativa cheia de camadas e sua história rica de cultura indiana, e revela que Dev Patel, além de um excelente ator, ainda tem muito para mostrar como diretor. Para amantes de cinema de ação, esse filme é uma experiência que vale muito a pena.

Foto: divulgação/Diamond Films

Fúria Primitiva estreia hoje (23/05) nos cinemas.

 

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Leia também: Estreia de Fúria Primitiva traz Dev Patel como diretor e protagonista

Texto revisado por Luiza Carvalho

 

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Moda e Cinema são o tema da nova coleção disponível em streaming

Com o novo documentário do revolucionário e controverso estilista John Galliano, a plataforma destacou uma coleção de filmes cheios de estilo.

Dirigido pelo vencedor do Oscar Kevin Macdonald (O Último Rei da Escócia), Ascensão e Queda – John Galliano já está disponível em streaming. Para celebrar o lançamento do documentário, a plataforma reuniu seis produções na coleção Filmes Sob Medida: Moda e Cinema

Imagem: divulgação/ MUBI

Moda e cinema são a combinação perfeita para tornar um filme icônico. O guarda-roupa de um personagem pode influenciar, lançar tendências, capturar a profundidade de um personagem e a essência da moda em cada época ou geração. A nova coleção de filmes disponível na MUBI explora as produções com designs atemporais na história do cinema. 

Entre os filmes temos o drama das relações modernas e confusas de Ira Sachs, Passagens (2023), a obra mais recente de Sofia Coppola, Priscilla (2023), sobre o ícone de uma geração que viveu à sombra do Rei e o clássico cult adolescente de Michael Lehmann, Atração Mortal (1988), que ajudou a lançar Winona Ryder. Além deles, In The Mood For Love (2000), A Voz Humana (2020) e Carol (2015) também fazem parte da lista. 

Imagem: divulgação/ MUBI

Em paralelo à coleção, Ascensão e Queda – John Galliano é um retrato detalhado de Galliano. A produção expõe a cultura de trabalho tóxica por trás da indústria da moda e apresenta imagens de arquivo de incríveis desfiles, longas entrevistas com o próprio Galliano, conversas com Naomi Campbell, Kate Moss, Penélope Cruz, Charlize Theron, Anna Wintour, Edward Enninful, entre outros.

 

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Leia também: John Galliano: documentário sobre estilista estreia em 28 de março nos cinemas

 

Texto revisado por Thais Moreira

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Cultura pop Notícias Séries

SKAM: Conheça o fenômeno norueguês e seus remakes

Quase 10 anos após seu grande sucesso e lançamento, a icônica série ainda inspira remakes pelo mundo.

Criada por Julie Andem, para a emissora norueguesa NRK, SKAM (2015) conquistou milhares de fãs por todo o mundo. A série tinha personagens cativantes e um jeito inovador de contar história, motivo que despertou a curiosidade de diversas pessoas que logo se tornaram seguidores fieis da produção.

O programa começou como uma espécie de experimento, a ideia era engajar jovens de 17 a 22 anos com as plataformas online do canal.  Por isso, Andem desenvolveu um método de lançamento inovador: clipes com trechos do episódio eram lançados de sábado a quinta-feira, enquanto às sextas-feiras a emissora transmitia os clipes em ordem cronológica, acrescentando cenas extras. 

Além disso, surpresas como chats de personagens, chamadas de FaceTime e fotos eram frequentemente reveladas, tornando a experiência imersiva para os fãs. Cada personagem ainda tinha um perfil no Instagram, assim os seguidores podiam acompanhar aquele universo em tempo real. A produção se destacava não apenas pela narrativa diferente, mas também pelo roteiro repleto de diálogos reais e longos momentos de silêncio, que eram utilizados para intensificar as cenas. 

Imagem: reprodução/ NPR

A trama de SKAM é no geral a mesma que de sempre em séries adolescentes, se passa no Hartvig Nissen School, um colégio em Oslo, e foca nas experiências de um grupo de adolescentes que enfrentam desafios comuns do dia a dia.  Porém, a cada temporada há um novo personagem e tema principal.

A primeira temporada foca em Eva (Lisa Teige), uma jovem solitária em busca de seu lugar no mundo, e o início de sua amizade com Noora (Josefine Frida), Vilde (Ulrikke Falke), Sana (Iman Meskini) e Chris (Ina Svenningdal). As temporadas seguintes seguem, respectivamente, a Noora, Isak (Tarjei Sandvik) e Sana, e exploram temas como religião, sexualidade, feminismo, ansiedade e racismo, sempre de forma crua, mas responsável.

Após quatro temporadas de sucesso, Julie Andem anunciou o fim da série em 2017, justificando que era tudo muito trabalhoso e cansativo, e que sentia que era o momento certo para encerrar a produção. No entanto, logo os fãs foram surpreendidos com os remakes: SKAM France (França), SKAM Italia (Itália), SKAM Austin (Estados Unidos), SKAM España (Espanha) e DRUCK (Alemanha) que foram anunciados no mesmo ano, seguidos por SKAM NL (Países Baixos) e wtFOCK (Bélgica) em 2018.

Essas adaptações mantiveram a essência da história original, mas tiveram a liberdade de criar novos personagens e adaptar a trama conforme o contexto cultural de cada país, atraindo ainda mais o público órfão da versão original. Vamos conhecer um pouco mais dos remakes?

  • SKAM France

Se passa em Paris, França. A adaptação já possui 12 temporadas e se tornou o mais longo de todos os remakes.

Imagem: reprodução/ It Pop
  • SKAM Itália 

Ambientado em Roma, na Itália, a série já tem seis temporadas. Na temporada cinco, os episódios passaram a ser liberados pela Netflix. Entretanto, só está disponível na Itália.

Imagem: reprodução/ Série Maníacos
  • DRUCK

Filmado em Berlim, na Alemanha. Essa versão já tem oito temporadas.

Imagem: reprodução/ Série maníacos
  • SKAM Austin

A versão estadunidense se passa em Austin, no Texas. Distribuída pelo Facebook Watch, a série possui apenas duas temporadas, já que foi canelada após a segunda. Julie Andem, criadora da série original, fazia parte da produção dessa versão.

Imagem: reprodução/ Mubi
  • SKAM España

Se passa na cidade de Madri, na Espanha e tem quatro temporadas lançadas.

Imagem: reprodução/ myshows
  • SKAM NL

Com apenas duas temporadas, a série se passa em Amsterdã, na Holanda.

Imagem: reprodução/ Portal Skam Brasil
  • wtFOCK

Filmado na Antuérpia, Bélgica. A produção possui sete temporadas e uma trilha sonora incrível.

Imagem: reprodução/ Portal Skam Brasil
  • Vem aí!

Mais uma regravação foi anunciada recentemente! SRAM irá se passar na capital da Croácia e a previsão de lançamento é no segundo semestre de 2024. Outros rumores já surgiram sobre possíveis remakes, inclusive um coreano, mas nada foi confirmado.

Imagem: reprodução/ Variety

Uma coisa é certa: independentemente do tempo que passe, SKAM continuará sendo um ícone da cultura pop, e seu legado será sempre lembrado cada vez que uma nova versão for lançada.

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Leia também: Filmes para quem está na crise dos 20 (ou 30!) e poucos anos

Texto revisado por Thais Moreira

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Música Notícias

Descubra 5 músicas incríveis do Hozier que vão além do hit Too Sweet

A música, lançada no novo EP Unheard, atraiu mais atenção e fãs para o cantor.

Mais de dez anos após entrar no Hot 100 da Billboard com o sucesso Take Me To Church, Hozier retornou à lista com Too Sweet, que estreou em #5 lugar na semana do seu lançamento. A nova música, lançada um dia antes do seu show no Lollapalooza de São Paulo, trouxe mais atenção ao cantor irlandês e viralizou nas redes sociais por conta de sua letra inusitada. 

A canção explora a incompatibilidade de duas pessoas em um relacionamento. Enquanto o narrador prefere um estilo de vida mais livre, por gostar de whiskey puro e café sem açúcar, ele descreve a outra pessoa como “brilhante como a manhã” e “suave como a chuva”.

Caracterizado pelo blues e o indie rock com letras poéticas, Hozier possui diversas músicas incríveis que merecem reconhecimento. Por isso, o Entretê separou algumas faixas do cantor para você conhecer um pouco mais do trabalho dele:

  • From Eden

Lançada em 2014, em seu álbum autointitulado, a canção fala sobre uma relação que deu errado. Ela conta sobre como a pessoa está lutando para achar uma forma de lidar com toda a situação. Na música, Hozier faz menção à narrativa do homem ter sido expulso do paraíso ao comparar o relacionamento com o Jardim de Éden.

  • Talk

Parte do álbum Wasteland, Baby de 2019. Talk é uma canção de amor em que o autor declara seus sentimentos à alguém, fazendo referência ao mito de Orfeu e Eurídice. Assim, a música fala de um amor profundo e imaginativo, mas que sofre com o medo de rejeição.

  • Nobody

Também do álbum Wasteland, Baby. Na animada Nobody, Hozier fala de um amor incondicional, conta de experiências incríveis que já vivenciou e como nada se compara a estar apaixonado por aquela pessoa. 

  • First Time

Presente no novo álbum lançado pelo cantor no início deste ano, Unreal Unearth. A canção aborda os impactos de um grande amor na vida de um indivíduo. Hozier canta sobre um relacionamento no seu início, meio e fim e como ele influencia e transforma a identidade das pessoas.  

  • All Things End

Mais uma faixa de Unreal Unearth. All Things End explora as incertezas da vida e como estamos sempre sujeitos às mudanças, mesmo não querendo. A letra é uma reflexão sobre seguir em frente e apreciar os bons momentos. 

 

E aí, já conhecia o cantor? Conta pra gente nas redes sociais do Entretetizei (Instagram, Facebook e Twitter) e não deixe de nos seguir para ficar dentro das novidades!

 

Texto revisado por Thais Moreira

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