Categorias
Entretenimento Livros Notícias Séries

Entrevista I Stefano Volp fala sobre sua trajetória na escrita e revela futuros projetos

O autor revela detalhes sobre sua obra Nunca Vi a Chuva, e fala sobre sua participação no livro Finalmente 15 

O Clube do Entretê, durante a Bienal do Livro no RJ, entrevistou o talentoso Stefano Volp – um contador de histórias extraordinário. 

Para começar, ele nasceu em Vitória, no Espírito Santo, e se tornou um autor e artista versátil, cuja paixão pela narrativa é incomparável.

E como Volp é formado em jornalismo, ele deixou sua marca com a publicação de obras notáveis, na qual destacamos O Segredo das Larvas – uma distopia que, de forma profunda, explora questões de racismo e opressão social – e Homens Pretos (Não) Choram – uma obra, com crônicas, que apresenta uma visão perspicaz e contemporânea sobre a masculinidade, dando um foco especial nas experiências dos homens negros.

Além disso, é idealizador do Clube da Caixa Preta – um clube de leitura online, que resgata contos clássicos escritos por autores negros nos últimos séculos.

Experiência e talento que ultrapassa a literatura

E quem disse que Volp se limita apenas à escrita? Com experiência na Academia Internacional de Cinema, ele é um roteirista de talento inegável, dispondo de colaborações em projetos renomados. Aliás, seu trabalho no Proteja os Seus Sonhos (série de três curtas-metragens) é um exemplo notável de seu compromisso com a arte da narrativa visual. 

Portanto, se você é um apreciador de histórias envolventes, escritas por um autor de grande talento, e se deseja mergulhar em mundos fictícios que cativam e instigam a imaginação…  conheça um pouco mais do autor na entrevista a seguir:

Um evento literário que ultrapassou as expectativas

Nesta entrevista exclusiva, realizada pela repórter Bia Neves, com o autor Stefano Volp, exploraremos suas principais fontes de inspiração que desempenharam um papel fundamental em sua carreira como escritor e roteirista.

Além disso, ele revela detalhes sobre sua obra Nunca Vi a Chuva, e um pouco do seu conto que faz parte do livro Finalmente 15, publicado pelo Grupo Editorial Record.

Foto: Reprodução/Amazon
Clube do Entretê: Olá, Volp! É um prazer tê-lo aqui. Para começar, você pode nos contar um pouco sobre sua experiência, até agora, na Bienal? Está correspondendo às suas expectativas?

Stefano Volp: Olá! Está sendo uma experiência incrível na Bienal. É a primeira vez que vejo uma Bienal com um público tão diversificado e apaixonado. Estou realmente impressionado com o número de pessoas e o entusiasmo delas. Com certeza, está superando minhas expectativas.

A inspiração por trás da escrita

Clube: E falando em expectativas, quais são suas maiores inspirações para sua escrita? Há algum autor ou experiência pessoal que o influencie significativamente?

Volp: Minha maior inspiração é, e sempre será, a autora Conceição Evaristo. Ela teve um impacto profundo na minha escrita, especialmente para o livro Homens Pretos (Não) Choram. Conceição Evaristo é uma verdadeira influência para mim.

Imagem:Divulgação/Amazon
Clube: Falando sobre sua obra Nunca Vi a Chuva, pode nos contar como teve a ideia para escrevê-la e quais foram suas inspirações?

Volp: Nunca Vi a Chuva é um livro que lancei, originalmente, em 2017, como autor independente. Agora, está sendo relançado em uma edição totalmente nova. A ideia para o livro surgiu após assistir ao documentário Twinsters, que trata da adoção e da separação de irmãos. Isso me comoveu profundamente, especialmente porque ainda acontece muito no Brasil. O livro conta a história de gêmeos separados que se encontram, por acaso, na internet e mudam suas vidas.

Imagem:Divulgação/Amazon
Clube: E sobre o conto que você contribuiu para Finalmente 15, chamado Menina Moça. Como recebeu o convite e qual foi a inspiração por trás dele?

Volp: Recebi o convite para contribuir com Finalmente 15 de forma um tanto inesperada, quase nos momentos finais. Fiquei muito feliz com a oportunidade. O conto Menina Moça fala sobre gravidez na adolescência, uma temática que me afetou pessoalmente, com minha irmã enfrentando essa situação durante o ensino médio. O conto aborda a história de Júlia, que sofre um aborto espontâneo no banheiro da escola. É uma narrativa forte, mas também carrega uma mensagem de esperança.

Clube: Se você pudesse encontrar e conversar com um personagem de suas obras por uma hora, qual escolheria e por quê?

Volp: Ah, definitivamente, eu escolheria conversar com Sky, de O Beijo do Rio. Adoro a perspectiva dela sobre o mundo, sua fala sarcástica e a maneira como ela observa as coisas.

O impacto gratificante da interação com os leitores e futuros projetos literários

Clube: E quais são seus  futuros projetos? Algum novo gênero literário, ou alguma história que está ansioso para explorar?

Volp: Minha escrita é sempre diversificada, e estou, constantemente, evoluindo. Atualmente, estou trabalhando em um livro que aborda a questão da violência doméstica, um tema que ainda não explorei em meus romances. Além disso, há o relançamento de O Segredo das Larvas, uma distopia que publiquei, em 2019, pela Galera Record. Há muitas histórias emocionantes vindo por aí.

Clube: Vimos que você está recebendo muita atenção e carinho dos leitores aqui fora. Como é a experiência de interagir com seu público e ver o impacto que seu trabalho tem nas pessoas?

Volp: É uma experiência incrivelmente gratificante. Sempre encaro esses momentos como uma troca, onde recebo tanto quanto dou. É maravilhoso ver pessoas de diferentes origens e idades se conectando com minhas histórias. É um sonho se tornando realidade.

E aí… gostaram da entrevista? Contem pra gente através das redes sociais do Entretetizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos sigam para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

Bienal do Livro 2023: um evento repleto de conexões e inspirações literárias

 

*Crédito da imagem em destaque: Entretetizei 

Categorias
Cinema Entretenimento Música Notícias Resenhas

Resenha I Nosso Sonho, com interpretações cativantes, estreia dia 21/09 nos cinemas

O filme  nos transporta de volta aos anos 90, recriando de forma meticulosa o ambiente da época.

 Desde os cortes de cabelo à la Chanel até os desafios enfrentados por um morador de favela em busca da fama, a produção de Nosso Sonho capta com perfeição os detalhes daquela década, e a personificação de Juan Paiva e Lucas Penteado elevam o patamar do filme.

Até mesmo as programações de TV dos anos 90, como a icônica Furacão 2000, são revividas, reacendendo a nostalgia dos espectadores.

Sinopse: O filme Nosso Sonho, dirigido por Eduardo Albergaria e produzido pelo diretor aclamado do filme Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (2010), nos apresenta a cativante história de Claudinho (Lucas Penteado) e Buchecha (Juan Paiva). Desde sua infância, Claudinho nutria um sonho audacioso que, ao persuadir Buchecha, deu início a uma jornada de sucesso como dupla de MCs, impulsionada pela esperança e simpatia, desafiando os estereótipos do funk carioca.

Interpretações que cativam e emocionam

Um dos maiores destaques do filme reside nas interpretações de Juan Paiva, que personifica Buchecha, e Lucas Penteado, que assume o papel de Claudinho. Suas interpretações envolventes se entrelaçam e se complementam, enriquecendo a experiência do público.

Aliás, mesmo que não se assemelhem fisicamente aos artistas reais, eles conseguem capturar os trejeitos com uma autenticidade notável. Destaca-se, especialmente, a interpretação de Juan como Buchecha.

Trilha sonora e equilíbrio na narrativa

A trilha sonora é habilmente entrelaçada na trama, destacando as músicas da dupla Claudinho e Buchecha, e a escolha musical  acrescenta camadas significativas à experiência cinematográfica.

Além disso, o roteiro consegue um equilíbrio perfeito entre os momentos de drama e humor, tornando a jornada da dupla em busca da fama envolvente e emocionante.

Nostalgia para os saudosistas

Para os espectadores mais saudosistas, o filme é uma viagem emocional que evocará memórias dos bailes dos anos 90.

As programações de TV, sobretudo a famosa Furacão 2000, são trazidas de volta, reacendendo a nostalgia do público que vivenciou essa época.

Furacão 2000 era uma equipe que organizava eventos e festas, onde os funkeiros se apresentavam, contribuindo significativamente para a popularização do gênero. Suas festas eram conhecidas por sua energia e pela participação de grandes artistas do funk carioca.

Atuação de destaque e autenticidade das locações

Outro ponto alto do filme é a excelente atuação de Nando Cunha,  que interpreta o pai de Buchecha. Seu desempenho adiciona a dose necessária de drama familiar à história, enriquecendo a narrativa.

Além disso, o filme utiliza de forma eficaz os espaços autênticos do Rio de Janeiro, proporcionando uma imersão ainda maior na trama.

Uma História focada em Buchecha

Embora a trama seja envolvente, é importante notar que o filme se concentra principalmente na vida de Buchecha, sua família e sua relação com Claudinho.

Imagem: Divulgação/Urca Filmes

A história de Claudinho, que tristemente faleceu em um acidente de carro em 2002, fica em segundo plano, o que pode deixar os espectadores que desejavam uma exploração mais profunda de sua vida um pouco insatisfeitos.

Uma obra vibrante e nostálgica

Em resumo, Nosso Sonho é uma obra vibrante, emocionante e divertida que nos leva de volta à época dos anos 90.

As interpretações cativantes, trilha sonora envolvente e a adição do humor e do drama em doses equilibradas contribuem para uma experiência cinematográfica marcante.

Certamente, é uma jornada nostálgica para aqueles que viveram a época e uma introdução encantadora para as gerações mais jovens que desejam conhecer a trajetória da dupla que revolucionou o funk carioca.

Embora a possibilidade de uma pesquisa mais profunda da biografia de Claudinho, acrescentaria novas camadas a narrativa, o filme se sobressai.

Portanto, não é surpreendente que o longa tenha sido selecionado como um dos indicados para representar o Brasil no Oscar 2024.

E você, ansiosa para a estreia do filme? Conta pra gente do Entretetizei nas redes sociais Insta, Face e Twitter.

Leia também:

Resenha I A Saga cinematográfica After finalmente tem seu capítulo final

 

 

*Crédito da imagem em destaque: Divulgação/Urca Filmes

Categorias
Entretenimento Eventos Inválida Música Notícias Séries

MTV Beija Sapo, o amor que está no ar em nova versão com Valentina Bandeira, estreia nesse domingo

O programa receberá uma modernização, porém manterá a temática LGBT na sua programação, assim como na versão anterior.

A atração baseia-se no formato de sucesso Beija Sapo, criado pelo Grupo Abril e originalmente exibido de 2005 a 2007 na MTV

O programa original, apresentado por Daniella Cicarelli, desafiava os participantes a escolherem, por meio de jogos e dinâmicas, um entre três concorrentes vestidos de sapos para um beijo final. 

Foto: Reprodução/Rodrigo Trevisan

Agora, com a apresentação de Valentina Bandeira e o toque moderno do Tinder (aplicativo de relacionamento), essa dinâmica clássica ganha uma nova vida, pronta para cativar uma nova geração de espectadores a partir de domingo, na MTV dia 17 de setembro.

Primeira produção exclusiva da Pluto TV no Brasil

Além de trazer de volta a nostalgia com Beija Sapo, esta é também a primeira produção exclusiva da Pluto TV no Brasil. 

Isso demonstra o compromisso da plataforma em oferecer conteúdo exclusivo e diversificado aos seus espectadores, abraçando uma variedade de gêneros e formatos.

Foto: Reprodução/Rodrigo Trevisan
Entrevista exclusiva com Valentina

Além disso, durante uma coletiva sobre o programa no dia 13 de setembro, a apresentadora compartilhou seu entusiasmo como grande admiradora do programa e confirmou que a temática LGBT, que tornou o Beija Sapo tão popular nos anos 2000, será explorada ainda mais na nova edição.

A atriz destacou ainda que sua experiência no teatro lhe deixa confortável no papel de apresentadora, e, sem pretensões, sente que nasceu para desempenhar essa função.

O Entretetizei perguntou a Valen, o que ela gostaria de deixar no passado para abraçar plenamente essa nova fase, e ela respondeu de maneira bem humorada:

“O que eu gostaria de deixar no passado? Nossa, essa pergunta … nossa psicanalista! “(risos)

(…)É realmente uma nova fase, eu realmente tô vivendo um rebranding, assim, né? Eu acho que o Beija Sapo vem aí pra coroar esse novo momento. Mas o que eu queria deixar pra trás… (…)Eu sei quais são, mas eu tô tentando pensar em coisas que não me exponham tanto, né?Pra eu me expor com cuidado” (risos)

E continua:

“(…)Eu acho que eu queria trazer toda essa segurança que o meu trabalho traz. E que na minha vida pessoal, eu não tenho tanto. (…) O que é difícil, deixar minhas inseguranças pra trás. Assim, né? Então…eu deixaria pra trás as minhas inseguranças. Acho que é por aí.”

“Ah! E parar de dar moral pra homem feio!” (risos) conclui.

Foto: Reprodução/Rodrigo Trevisan
Tinder apresenta Socorro Cicarelli: outra atração para se aguardar

E não para por aí! Além de MTV Beija Sapo, os amantes da cultura pop podem esperar ainda mais entretenimento com a estreia de Socorro Cicarelli a partir de 24 de setembro, às 21h30, na Pluto TV, e em 25 de setembro, às 21h30, na MTV.

Neste programa, Daniella Cicarelli atuará como a fada madrinha moderna da internet, compartilhando dicas sobre o amor e relacionamentos, reagindo a casos e histórias dos usuários do Tinder.

Portanto, marque seus calendários e prepare-se para um mês repleto de amor, diversão e nostalgia com o retorno de Beija Sapo e de Socorro Cicarelli.

 É hora de mergulhar de cabeça no mundo do amor, da comédia e da busca pelo par perfeito. Não perca essas atrações emocionantes que estão prestes a conquistar as telas brasileiras.

E você ansioso para assistir ao programa? Conte pra gente através das redes sociais do Entretetizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos siga para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

A nova atração da MTV Socorro Cicarelli estreia em setembro

 

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Rodrigo Trevisan

Categorias
Entretenimento Especiais Eventos Música Notícias

A nova atração da MTV Socorro Cicarelli estreia em setembro

Com estreia marcada para o dia 25 de setembro na MTV, o novo projeto promete trazer um toque especial à programação.

No mundo das plataformas de streaming e aplicativos de relacionamento, uma nova atração está prestes a conquistar o coração dos espectadores brasileiros. A MTV, a Pluto TV e o Tinder uniram forças para apresentar o especial  Socorro Cicarelli, é um programa único que promete revolucionar a forma como vemos conselhos amorosos e relacionamentos modernos. 

Daniele Cicarelli: a fada madrinha moderna da internet

No centro deste novo programa, temos Daniele Cicarelli, uma figura conhecida por muitos brasileiros, que retorna à televisão após aproximadamente uma década.

Além disso, a apresentadora ficou muito famosa com o bordão Socorro Cicarelli no reality  MTV Beija Sapo, que também retoma a programação nesse domingo, no comando de Valentine Bandeira. 

No papel de apresentadora de Socorro, Cicarelli ela é  uma fada madrinha moderna da internet, pronta para compartilhar dicas sobre o amor e relacionamentos.

A inovação reside na abordagem única do programa.

Nesse projeto, Cicarelli atua como um verdadeiro SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do Tinder, onde recebe casos e histórias vividas pelos usuários do aplicativo e reage com conselhos genuínos de sua própria autoria.

Isso cria uma dinâmica envolvente, onde os espectadores podem se relacionar com os desafios modernos dos relacionamentos online.

Episódios Quinzenais Repletos de Dicas Descoladas

O especial Tinder Apresenta Socorro Cicarelli seguirá um formato de lançamento quinzenal, explorando os temas mais polêmicos e picantes da atualidade. 

Aliás, os espectadores podem esperar conteúdo relacionado a aplicativos de namoro, relacionamentos modernos e tudo o que envolve o mundo do amor.

Entretanto, as dicas apresentadas por Cicarelli são tanto descoladas quanto engraçadas, abordando tópicos como  ter um encontro perfeito em aplicativos de namoro, como conquistar seu match ideal e como superar decepções amorosas.

Imagem: Divulgação/MTV
Um retorno esperado

Daniela Cicarelli, aos 44 anos, retorna  à televisão brasileira. Sua última participação como apresentadora aconteceu há cerca de uma década, e seu retorno está gerando grande expectativa entre seus fãs e admiradores. 

Disponível nas redes sociais

Além das exibições na Pluto TV e MTV, o especial Tinder Apresenta Socorro Cicarelli também estará disponível nas redes sociais da Pluto TV, MTV e Tinder, tornando-se acessível a um público ainda mais amplo e conectado.

Com a experiência de Cicarelli e a abordagem inovadora do programa,  Socorro Cicarelli  tem tudo  para se tornar um grande sucesso e uma referência para todos aqueles que buscam orientação em suas aventuras amorosas no mundo digital. 

Marque no calendário e prepare-se para uma série de episódios cheios de humor, conselhos práticos e muito entretenimento.

Amar nunca foi tão divertido!

E você ansioso para assistir ao programa? Conte pra gente através das redes sociais do Entretetizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos siga para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

 

 

*Créditos Imagem de destaque: Divulgação/MTV

Categorias
Entretenimento Especiais Eventos Inválida Livros Notícias

Bienal do Livro 2023: um evento repleto de conexões e inspirações literárias

O Clube do Entretê esteve presente na Bienal do livro 2023  todos os dias, e agora compartilhamos os melhores momentos

A Bienal do Livro 2023 no Rio de Janeiro completou 40 anos e apresentou um verdadeiro festival literário que encantou escritores e fãs de literatura de todas as idades. 

Cobertura completa em todas as mídias sociais

O Clube do Entretê esteve lá durante os dez dias de evento e, agora que a poeira baixou, estamos prontos para contar todos os detalhes dessa incrível experiência literária.

Do dia 1º até o dia 10 de setembro, exploramos todos os cantos dos pavilhões da Bienal, mergulhando no mundo dos livros e da cultura. Visitamos o estande da nossa parceira querida, a Intrínseca, e reencontramos nossas editoras favoritas. 

Além disso, não resistimos a tantas promoções e histórias interessantes e, durante a cobertura, efetuamos algumas comprinhas literárias, ganhamos brindes e narramos os encontros e entrevistas com os influenciadores literários mais queridos do momento.

Nomes consagrados e autores nacionais estiveram na Bienal

Mas a verdadeira magia da Bienal se revelou nos painéis e nas conversas com autores renomados. Grandes nomes como Alice Braga, Thalita Rebouças, Mauricio de Sousa, Cassie Clare, Raphael Montes, Tainá Müller e Conceição Evaristo compartilharam suas histórias e conhecimentos. Foi inspirador estar diante de tanta criatividade e talento.

Foto: Divulgação/Entretetizei

Além dos nomes consagrados, também tivemos a oportunidade de entrevistar autores nacionais muito especiais, como Ray Tavares, Felipe Cabral, Stefano Volp, Rosa Scarlett, Pedro Rhuas, Carol Façanha e muitos outros. As conversas foram enriquecedoras e revelaram o brilho da literatura brasileira contemporânea.

Foto: Divulgação/Entretetizei

Foram tantos momentos especiais, confira dois depoimentos de duas repórteres da equipe sobre o evento:

Bia Neves relatou:

“É difícil escolher um dia apenas! Mas acredito que o mais marcante tenha sido no dia 9, por conta do Painel com a Gabriela Prioli e o Pedro Pacífico, no Café Literário. Foi uma conversa super bacana e interessante sobre como a leitura é importante para driblar preconceitos e diminuir as desigualdades.”

Pietra Gomes destaca que:

“O dia mais marcante para mim foi o dia 2 de setembro, segundo dia da Bienal. Consegui conhecer alguns criadores de conteúdos literários que acompanho, e a empolgação dos fãs no painel da Cassandra Clare foi impressionante.”

Celebração da cultura e respeito à diversidade

A Bienal do Livro 2023 não foi apenas um evento literário, mas uma celebração da cultura, do conhecimento e da diversidade. Os pavilhões estavam repletos de promoções, lançamentos inéditos e cenários instagramáveis ​​que encantaram os visitantes.

Agora, enquanto nos despedimos da Bienal deste ano, já estamos ansiosos pela próxima edição em 2024. Até lá, continuaremos a compartilhar histórias, conhecimento e paixão pela literatura. 

Para conferir mais detalhes, não deixe de assistir às entrevistas exclusivas com os autores, vocês podem conferir algumas nos links a seguir e no nosso Instagram

Agradecemos a todos que participaram da Bienal 2023 e tornaram esse evento tão especial.

E você foi à Bienal? Se sim, qual dia foi mais marcante para você? Conte pra gente através das redes sociais do Entretetizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos siga para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

Em Todas as Gotas de Chuva: protagonismo negro e LGBT na Bienal

 

*Créditos Foto de destaque: Divulgação/Entretetizei

Categorias
Cinema Entretenimento Notícias Resenhas

Resenha I A Saga cinematográfica After finalmente tem seu capítulo final

Acompanhe o emocionante desfecho da apaixonante saga de Hardin e Tessa, em um contexto que desafia os limites do romance tóxico 

A franquia cinematográfica After se popularizou  por suas cenas picantes e pela intensidade do relacionamento entre os personagens principais. Atraindo uma legião de fãs dedicada que apreciou a adaptação dos livros para as telas de cinema. 

Destaque para as paisagens de Portugal 

Sinopse: Em After: para sempre, o quinto e último capítulo da emocionante saga de Hardin (Hero Fiennes Tiffin) e Tessa (Josephine Langford), a intensa história de amor continua a desafiar os limites. Neste desfecho, o filme se desenrola nas deslumbrantes paisagens de Portugal, que servem de pano de fundo para a jornada de autodescoberta de Hardin. Enquanto ele luta para superar seu bloqueio criativo e enfrenta a dor da separação.

 

A saga, contudo, também gerou debates sobre a representação de relacionamentos tóxicos e seu impacto na audiência mais jovem.

Durante todo a trama, isso inclui todas as franquias, Hardin tenta se tornar uma pessoa melhor para Tesse.

Tesse por sua vez, perde seu papel de protagonista da própria vida, para viver a mercer de Hardin, que a partir da segunda franquia, apresenta um relacionamento cada vez mais tóxico, com idas e vindas.

After: Para Sempre representa o quinto capítulo na turbulenta jornada de amor entre Hardin Scott (Hero Fiennes Tiffin) e Tessa Young (Josephine Langford), baseado nos populares livros de Anna Todd.

Dirigido e escrito por Castille Landon, o filme continua a saga que cativou os corações dos fãs, mas traz consigo mudanças significativas na trama.

A atmosfera picante que caracterizou os filmes anteriores da franquia é notavelmente amenizada neste capítulo. Ao contrário das cenas intensas e sensuais que definiram partes anteriores, After: Para Sempre opta por explorar mais as complexidades emocionais dos personagens, particularmente as lutas de Hardin Scott.

Essa mudança pode ser bem-vinda para alguns espectadores que procuram uma abordagem mais madura e profunda da relação entre os protagonistas, mas pode decepcionar aqueles que estavam acostumados com a paixão ardente dos filmes anteriores.

Reviravoltas e a presença de uma nova personagem

Uma das adições notáveis ao elenco é a personagem Natalie, interpretada por Mimi Keene. Embora a atriz ofereça uma interpretação razoável para o papel, a personagem em si não é tão profundamente explorada quanto se esperaria.

Imagem:Reprodução/Diamond Films

Natalie serve principalmente como um dispositivo para catalisar o crescimento de Hardin e como fonte de tensão na trama. Sua inserção na história adiciona uma dinâmica intrigante, mas sua falta de desenvolvimento deixa um certo vazio no enredo.

Hero Fiennes Tiffin e Josephine Langford continuam a dar vida a Hardin e Tessa, demonstrando a química cativante que conquistou os fãs ao longo da franquia.

Sua atuação emocionalmente carregada ainda é o cerne da narrativa, embora neste capítulo, Tessa tenha um papel mais limitado e apareça apenas esporadicamente, principalmente via mensagens de texto, o que pode decepcionar os fãs que esperavam mais interações entre o casal.

Um Cenário Impactante para a jornada de Hardin

O filme se desenrola principalmente em Portugal, apresentando deslumbrantes paisagens que servem como pano de fundo para a jornada de autodescoberta de Hardin.

Sua busca para superar seu bloqueio criativo enquanto enfrenta a dor de estar separado de Tessa é a peça central do enredo. A cineasta Castille Landon capta habilmente a angústia de Hardin, particularmente em cenas onde ele imagina Tessa com outro homem, transmitindo com eficácia o tormento do personagem.

Representação de relacionamentos tóxicos

Certamente, o filme poderia aproveitar toda a saga anterior e provar que certos amores não dão certo, que as pessoas podem crescer e se curar ao lado de outras, já que romantizar e sugerir aos jovens que é possível a mudança de um relacionamento tóxico para o felizes para sempre é uma responsabilidade perigosa sobretudo para jovens ainda em fase de amadurecimento emocional.

Mas acredito que para os fãs do casal da saga After o desfecho em si será satisfatório.

E vocês, o que acham sobre esse filme? Contem pra gente através das redes sociais do Entretizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos sigam para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

 After para sempre chega aos cinemas em 13 de setembro

Crítica I Morgan Freeman estrela novo thriller policial, mas suspense decepciona

 

*Créditos da imagem de destaque: Divulgação/Diamond Films

Categorias
Entretenimento Inválida Livros Notícias Resenhas

Entrevista I Rosa Scarlett fala sobre a sua obra Contos pra Libertar, na Bienal do Livro no RJ

A Bienal do Livro Rio 2023 nos deu o privilégio de entrevistar a renomada escritora Rosa Scarlett, autora do livro Contos pra Libertar (2022). Scarlett, além de roteirista e escritora, é assistente social, mulher negra e moradora da periferia. A obra em questão oferece uma reflexão profunda sobre a liberdade em suas múltiplas facetas. 

Nesta entrevista, ela compartilha as inspirações por trás do livro, suas influências e o impacto que espera causar nos leitores.

Clube do Entretê: Como surgiu a ideia de escrever Contos pra Libertar?

Rosa Scarlett: A ideia surgiu durante uma entrevista com jovens que, apesar de condições econômicas favoráveis, estavam imersos em conflitos familiares e aceitavam sua situação como inevitável. Fiquei pensando que deveria escrever sobre liberdade, para mostrar que as coisas podem mudar, especialmente as ruins.

Imagem: reprodução/Amazon
Clube: Quais foram suas principais fontes para abordar os diferentes significados de liberdade em seu livro?

RS: Minhas principais influências incluem pensadoras como Lélia Gonzalez, Angela Davis e Conceição Evaristo, além do escritor Franz Kafka. Também pesquisei extensamente sobre o tema da liberdade para desenvolver os contos.

Clube: Qual foi o conto mais significativo para você e por quê?

RS: O conto mais significativo para mim é O Poder das Letras, que aborda a importância da educação para a liberdade. Ele me emocionou muito, pois mostra como o conhecimento é uma ferramenta de libertação.

Clube: Como você espera que suas histórias afetem a vida dos leitores?

R S: Espero que as pessoas reflitam sobre os vários significados da liberdade e se identifiquem com as histórias. Quero que elas sonhem e vejam que a luta pela liberdade é apaixonante.

Clube: Como a maternidade influenciou sua escrita?

RS: A maternidade me sensibilizou muito e me fez escrever de forma acolhedora. Quero transmitir a ideia de que, mesmo em momentos difíceis, estou ao lado dos leitores, como faria com meu filho.

Clube: Como você equilibra reflexão, sonhos e diversão em sua escrita?

RS: Busco criar histórias que façam as pessoas refletirem, mas também tragam um pouco de diversão e leveza. O humor e a empatia dos personagens são ferramentas importantes nesse equilíbrio.

Clube: Você tem algum feedback de leitores que gostaria de compartilhar?

RS: Recebi feedbacks emocionantes de leitores que se identificaram com as histórias, especialmente em relação à ancestralidade. É incrível como as histórias individuais podem ser universais.

Clube: Quais são seus próximos projetos literários?

RS: Tenho outros livros já lançados, como Belo Despertar e Nas Tramas das Famílias. Além disso, estou lançando um planner literário e trabalhando em meu primeiro romance, que será lançado em breve.

Uma escritora multifacetada e inspiradora

Rosa Scarlett, com sua vasta experiência como assistente social e sua visão como mãe, traz uma abordagem única para a escrita em Contos pra Libertar. Suas histórias desafiam o leitor a repensar o significado da liberdade em diversas esferas da vida. 

Com projetos futuros emocionantes, ela continua a ser uma voz importante na literatura contemporânea, inspirando leitores a refletir, sonhar e encontrar significado na busca pela liberdade.

E aí… gostaram da entrevista? Contem pra gente através das redes sociais do Entretizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos sigam para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

Entrevista: Carol Façanha conta detalhes de seu novo livro A Hora da Serpente na Bienal do Rio 2023

 

*Créditos da imagem de destaque: Entretetizei

 

Categorias
Entretenimento Eventos Inválida Livros Música Notícias

Portela inicia seleção de elenco para ala coreografada e tem enredo baseado em livro. 

A Portela promete uma jornada épica da escravidão à liberdade com enredo baseado em obra literária

 

Portela anuncia seleção para formação do elenco de ala coreografada e alegoria e promete desfile épico inspirado no livro Um Defeito de Cor de Ana Maria Gonçalves para o Carnaval de 2024.

Foto: Divulgação/Bienal Rio

A centenária escola de samba Portela, conhecida por sua rica história e tradição no Carnaval do Rio de Janeiro, esteve presente no primeiro dia da  Bienal do livro e está prestes a embarcar em uma jornada única e emocionante para o Carnaval de 2024. 

Com base na obra literária de Ana Maria Gonçalves, Um Defeito de Cor, a escola que amargou o décimo lugar no carnaval de 2023, promete apresentar um espetáculo que irá emocionar e educar ao mesmo tempo.

A Saga de Kehinde em Destaque

O enredo para o Carnaval de 2024 da Portela tem como inspiração o aclamado romance histórico Um Defeito de Cor, que narra a vida de Kehinde, uma africana sequestrada na costa da África e trazida para o Brasil como escrava, com sua irmã gêmea e avó. 

No entanto, a história é contada pela própria Kehinde, agora com 90 anos, em sua viagem de volta à África em busca do filho que lhe foi tirado ainda na infância.

Aliás, essa trama se baseia livremente na história da mãe de Luiz Gama, um notável abolicionista brasileiro.

Imagem: Divulgação/Amazon

A obra de Ana Maria Gonçalves sempre foi alvo de estudos acadêmicos devido à sua narrativa e ao modo como entrelaça eventos históricos com as vidas dos personagens.

Além disso, a obra proporciona uma visão única do período da escravidão no Brasil e das culturas e tradições das religiões africanas.

Portela 2024: “Um defeito de cor”

A Preparação para o Espetáculo

A escola deseja encontrar talentos que possam expressar a riqueza e a complexidade da trama de Um Defeito de Cor através da dança.

Assim, no dia 18 de setembro, às 19 h, haverá uma seleção na quadra da escola, para formação do elenco de ala coreografada e alegorias.

Então, para saber mais detalhes, os interessados devem entrar em contato com os coreógrafos Diego e Felipe Nascimento pelo Instagram @os_irmaos_nascimento

A diretoria da Portela anunciou, também, que a final do concurso de samba-enredo  será realizada no dia 06 de outubro, às 22h, na quadra.

Homenagem à história e à resistência

A escolha do enredo Um Defeito de Cor representa muito mais do que uma simples decisão para a Portela, sobretudo, é a oportunidade de homenagear a história das mães, avós e mulheres negras.

Primeiramente porque essas mulheres enfrentaram desafios extraordinários para preservar suas heranças e raízes em meio à brutalidade da escravidão.

E em segundo lugar, é uma celebração da resiliência e da luta que moldaram a identidade do Brasil.

Os carnavalescos responsáveis pelo projeto, André Rodrigues e Antônio Gonzaga, estão comprometidos em trazer à vida a história de Luísa Mahim.

Baseado na figura central da trama do enredo, que é o reencontro  imaginário da mãe com  seu filho Luís Gama.

Segundo Antônio Gonzaga, Um Defeito de Cor é a história da luta preta no Brasil, incorporada em uma mulher que enfrentou os maiores desafios para continuar viva e preservar suas heranças e raízes.

A história de uma mãe, heroína, filha de África, que deu à luz a liberdade dessa nação

Além disso, o carnavalesco afirma que é uma honra imensa contar essa história e imaginar esse reencontro de Luísa com Luís Gama.

Segundo os realizadores, a escola quer oferecer ao público uma experiência que vai além da diversão e da celebração, enriquecendo a compreensão da rica e complexa história do Brasil.

Certamente, que se depender da Portela, o carnaval de 2024 promete ser uma celebração de cultura, resiliência e luta.

Bem como, homenagear àqueles que ajudaram a moldar o país que conhecemos hoje.

E você, já está ansioso para o carnaval de 2024? Pretende conferir o desfile da Portela? Contem pra gente através das redes sociais do Entretetizei Instagram, Facebook e Twitter — e nos sigam para ficarem por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

Escritoras brasileiras de fantasia vão à Bienal do livro no RJ

 

*Créditos Imagem de destaque: Divulgação/Entretetizei

 

Categorias
Entretenimento Inválida Livros Notícias

Entrevista I Carol Façanha conta detalhes de seu novo livro A Hora da Serpente na Bienal do Rio 2023

Carol Façanha é conhecida por sua escrita lírica e aborda o amor tóxico em suas obras

Nesta entrevista exclusiva, conversamos no estande Cabana Vermelha na Bienal do livro no RJ com Carol Façanha, autora brasileira de fantasia, que está ganhando destaque no cenário literário.

Carol é escritora e doutoranda em literatura de língua inglesa pela UERJ, sua trajetória inclui prêmios como o Le Blanc e participações em importantes premiações literárias. Depois do sucesso de O Canto Mais Profundo: A Origem de Ayssa, Carol está lançando seu novo livro, A Hora da Serpente, na Bienal do Livro do RJ.

A autora compartilhou com o Clube que as influências presentes em sua escrita, inclui principalmente autores como Valter Hugo Mee, V. E. Schwab e Clarice Lispector. Ela destaca a beleza da escrita lírica e como ela pode traduzir sentimentos de maneira única.

Imagem:Divulgação/Amazon
A importância do feminismo na escrita da autora

Confira a seguir a entrevista completa realizada pela equipe do Clube do Entretê e  conheça mais sobre o mundo da literatura fantástica,  e suas perspectivas  sobre temas importantes, como o feminismo e o poder da literatura para abordar questões mais profundas.

Clube Do Entretê: Como suas experiências pessoais influenciam na criação dos mundos e dos personagens que você desenvolve em suas narrativas?

 

Carol Façanha: Desde que cresci, percebi que ser uma mulher escritora implica enfrentar certas barreiras. Há uma disparidade de tratamento quando se trata do sofrimento por amor. Quando um homem sofre por amor, ele é visto como um heroi trágico, mas quando uma mulher sofre ou é traída, muitas vezes é estigmatizada. Vivemos em uma sociedade com dois pesos e uma medida, na qual as mulheres são frequentemente vítimas de feminicídio, uma questão de saúde pública. Portanto, escolhi focar meu público principalmente nas mulheres, porque acredito que escrever sobre o amor é, de certa forma, transmitir conhecimento. Em um mundo patriarcal tão violento como o nosso, amar um homem pode ser uma das coisas mais complexas e desafiadoras.

 

Clube: Em seus livros, você cria cenários de fantasia envolventes, assim como o fundo do mar em seu trabalho anterior, O Canto Mais Profundo. Por que você escolheu esses cenários específicos e quais são os principais elementos que você considera ao construir esses mundos fictícios em suas obras?

 

Carol: A escolha do cenário é fundamental para a narrativa. No caso do fundo do mar em O canto mais profundo, é uma releitura de A Pequena Sereia. Já em A Hora da Serpente, explorei intensamente a metáfora do veneno, como evidenciado na frase “Numa corte de víboras, todos provaram do próprio veneno“. Isso se reflete em Venévora, cujo nome é a combinação dos nomes Verona, Veneza e Veneno.

 

Nesse cenário, serpentes incapazes de se reproduzir encomendam mulheres da colônia, e essas mulheres desenvolvem suas próprias formas de defesa. O tema do veneno é recorrente ao longo da história, até mesmo no glossário do livro, onde exploramos conceitos como o perdão da cobra e o significado de A Hora da Serpente.

 

Pode-se perceber isso também em Rosa Selvagem que apresenta uma narrativa que é uma referência à história clássica de A Bela e a Fera. Tudo isso é cuidadosamente entrelaçado para dar significado e profundidade ao mundo que estou construindo no momento.

 

Clube: Como você equilibra a construção de personagens complexos e cativantes com os cenários igualmente envolventes que você cria?

Carol: Encontrar o equilíbrio entre personagens e cenários é essencial. Os personagens precisam se destacar, mas também devem se integrar organicamente ao mundo que criei. Quando um leitor descobre a história de um personagem e compreende suas motivações, isso cria uma conexão poderosa com o mundo fictício.

 

É um processo de costura, onde cada elemento se relaciona intimamente com o outro. Ter um bom relacionamento com a editora, leitores e críticos também é fundamental, pois o feedback ajuda a aprimorar essa harmonia.

Imagem:Divulgação/Amazon

Clube: Você utiliza elementos mágicos em suas histórias, como o veneno em A Hora da Serpente. Pode compartilhar conosco sobre como esses elementos contribuem para a profundidade das suas narrativas?

 

Carol: Os elementos mágicos em minhas histórias funcionam como metáforas para questões do mundo real. Por exemplo, o veneno em A Hora da Serpente representa intrigas, traições e mentiras. Essas metáforas permitem discutir questões complexas de maneira acessível. 

 

Além disso, ao falar sobre criaturas híbridas, como criaturas metade homem e metade serpente, estou explorando temas como a masculinidade tóxica e as máscaras que as pessoas usam para esconder suas verdadeiras identidades. A literatura fantástica oferece uma maneira sutil de abordar tópicos desconfortáveis e, muitas vezes, ajuda na cura de feridas emocionais.

 

Clube: Você se descreve como uma autora feminista. Como essa identidade influencia sua escrita e como você lida com possíveis reações dos leitores a essa perspectiva?

 

Carol: Ser feminista é parte fundamental de quem sou como escritora. No passado, hesitei em usar essa descrição por receio de afastar certos públicos. No entanto, percebi que as pessoas poderiam comprar o livro devido à ilustração da capa, por exemplo. Por isso, hoje, ao afirmar minha identidade feminista, estou alinhando minha escrita com minha verdade. É uma forma de garantir que minha mensagem chegue ao maior número de pessoas possível, mesmo que algumas possam discordar.

 

Clube: Como é seu processo criativo ao iniciar um novo livro? Você costuma fazer esboços detalhados ou prefere explorar a história de maneira mais intuitiva? E como lida com bloqueios criativos?

 

Carol: Normalmente, meu processo é bastante intuitivo. O planejamento às vezes não funciona como esperado. Certa vez, escrevi 20.000 palavras e, em seguida, apaguei tudo e recomecei do zero. Isso demonstra como o processo criativo pode ser imprevisível. 

Gosto de escrever rapidamente e editar com calma, pois a reflexão é contínua. Não sofro mais com bloqueio criativo, mas já sofri. Quando ganhei o prêmio, comecei a me levar muito a sério e tinha medo de que minha escrita não fosse boa o suficiente. Minha psicóloga me aconselhou a escrever um livro ruim para superar essa barreira, e isso foi libertador. 

Acredito que ao deixar de lado minha necessidade de ser perfeita, comecei a ser o que eu tinha que ser. Isso me lembra uma citação de Freud que diz: “Poderíamos ser muito melhores se não tentássemos ser tão perfeitos. Quando nos esforçamos demasiadamente para sermos perfeitos, nosso ego atrapalha, impedindo-nos de arriscar e crescer. E se você fica se protegendo muito, você se bloqueia. 

 

Clube: Quais tipos de reações dos leitores você costuma receber em relação aos seus personagens complexos e aos romances que desenvolve em suas histórias?

 

Carol:Uma das reações que mais me interessa é quando os leitores se apaixonam por personagens masculinos ou se identificam com as personagens femininas. Acredito que, ao criar personagens que envolvem os leitores, estou proporcionando uma experiência mais rica. Adoro quando os leitores torcem pelos romances e se questionam sobre as escolhas dos personagens. No entanto, equilibrar essa conexão com a narrativa principal é crucial. Não quero que meus livros se tornem palestras, mas sim histórias que convidam à reflexão.

 

Clube: Você pode compartilhar alguma experiência memorável ou feedback de um fã que tenha lhe impactado profundamente?

 

Carol: Com relação a A Hora da Serpente, uma leitora me escreveu dizendo que começou a ler o livro e só parou de ler às 5h da manhã, ou seja, quando terminou. Logo depois postei  nas redes sociais que meu livro poderia causar insônia. (risos) Receber esse tipo de retorno é incrível e mostra o poder da literatura em cativar os leitores. Também há casos em que os leitores se apaixonam por personagens secundários, o que é sempre uma agradável surpresa, embora eu não possa revelar muito para evitar spoilers. (risos)

 

Clube: Você mencionou que A Hora da Serpente possui uma atmosfera gótica. Como você planeja explorar esse gênero em suas futuras publicações?

Carol: Pretendo me aprofundar ainda mais nesse gênero em minhas futuras obras. A ideia é explorar temas sombrios, intrigas e elementos misteriosos que caracterizam o gótico. É uma direção que estou ansiosa para seguir em minha escrita.

 

E aí gostaram da entrevista? Contem pra gente através das redes sociais do EntretetizeiInstagram, Facebook e Twitter — e nos sigam para ficarem por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também:

Escritoras brasileiras de fantasia vão à Bienal do livro no RJ

 

*Créditos Foto de destaque: Divulgação/Assessoria de Imprensa

Categorias
Cinema Entretenimento Inválida Notícias

Resenha I Golda, com brilhante atuação de Helen Mirren, o filme estreia dia 31 de agosto nos cinemas 

O filme Golda apresenta uma atuação impressionante de Helen Mirren, recriando fielmente a década de 70, com efeitos visuais que misturam realidade e ficção

 

O longa proporciona uma experiência cinematográfica que vai além da tela ao explorar as complexidades emocionais e históricas da líder política e da era retratada.

Em um mundo no qual o cinema tem o poder de nos transportar para realidades passadas, Golda: A Mulher de Uma Nação emerge como um exemplo notável desse atributo, recriando a vida e as decisões marcantes de Golda Meir, uma das figuras mais influentes da história de Israel. 

 

Imagem: divulgação/Diamond Films

Sinopse

A obra cinematográfica, baseada em uma história real, proporciona uma abordagem voltada para os aspectos históricos e políticos da Guerra do Yom Kippur, que teve lugar em 1973.

Sob a perspectiva de Golda Meir, que foi uma mulher pioneira ao assumir o cargo de primeira-ministra de Israel. 

Além de Helen Mirren como Golda Meir, temos no elenco Camille Cottin como Lou Kaddar, Rami Heuberger como Moshe Dayan, Lior Ashkenazi como David Elazar e Liev Schreiber como Henry Kissinger.

O longa é uma produção da Diamond Films, com a direção de Guy Nattiv.

Atuação magistral de Helen Mirren

O enredo revisita as decisões de grande envergadura que Golda Meir se viu coagida a tomar no decorrer da guerra.

De fato, a atuação de Helen Mirren, que foi ganhadora do Oscar de melhor atriz no filme A Rainha (2007), merece destaque especial, já que sua habilidade de personificar a  primeira-ministra israelita foi extremamente genuína.

Além disso, a atriz interpretou cada nuance emocional e psicológica da personagem de forma  precisa.

Aliás, a entrega de cada atuação não apenas foi convincente, como elevou a narrativa, tanto nos momentos de fragilidade como em situações em que era exigida uma presença mais rígida de Golda.

O longa recria a década de 70 com perfeição

Outro aspecto que merece destaque foi a reprodução histórica do figurino e do cenário.

Percebe-se que cada ambiente,  objetos e roupas foram meticulosamente escolhidos para representar a década de 70, época explorada no longa, em que ocorreu a Guerra do Yom Kippur.

Imagem: reprodução/Diamond Films

Em vista da necessidade histórica da obra, esses detalhes são de extrema importância, pois transportam o público para o contexto temporal em que a trama se desenrola.

Além disso, a caracterização dos personagens, especialmente de Helen Mirren, é notável, com uma atenção minuciosa aos detalhes físicos que contribui para a autenticidade das representações.

Durante a narrativa, apesar de Golda ser intitulada por muitos como a Dama de Ferro, nos é apresentada também uma mulher muito sensível e humana, preocupada com as pessoas à sua volta. 

Imagem: reprodução/Diamond Films

Além da companhia do cigarro, presentes em todos os momentos nas cenas de Golda, a presença de sua secretária pessoal Lou Kaddar (Camille Cottin)  também é bastante perceptível, principalmente nos momentos em que se destaca a enfermidade da primeira-ministra.

Efeitos visuais que desafiam a percepção

Impossível não mencionar os efeitos visuais que desempenharam um papel fundamental em dar vida a cada cena histórica.

Decerto a habilidade com que as cenas originais se entrelaçaram com as fictícias é um testemunho da capacidade da equipe de produção em criar um cenário tenso, coeso e envolvente. 

O espectador muitas vezes se encontra em dúvida entre a realidade e a ficção, o que é um tributo à perfeição dos efeitos visuais empregados.

 Ademais, o longa é uma experiência cinematográfica que vai além do entretenimento, mergulhando nas complexidades históricas e emocionais de Golda Meir e dos demais personagens envolvidos. 

De fato, a atuação poderosa de Helen Mirren prende a atenção do público do início ao fim. Isso se combina com a autenticidade do figurino e a sofisticação dos efeitos visuais, afastando-nos da sensação de um possível documentário.

O resultado é uma jornada cinematográfica que ressoa com autenticidade e impacto, que sugere  não só a possibilidade de ganhar um Oscar, mas também de se destacar em diversas outras categorias.

Filme acessível a todos os públicos

O filme ainda assegura a inclusão de todos os espectadores, disponibilizando recursos de acessibilidade por meio do aplicativo MovieReading. 

Através dessa plataforma, estão acessíveis recursos essenciais como audiodescrição, legendas descritivas e a utilização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Para saber mais detalhes, visite: www.moviereadingbrasil.com.br.

Conclusão

Imagem: reprodução/Diamond Films

Em suma, Golda: A Mulher de Uma Nação é uma obra que alcança grandeza ao fundir elementos artísticos e históricos de maneira envolvente.

Em primeiro lugar, a atuação poderosa de Helen Mirren, a fidelidade do figurino e a perícia dos efeitos visuais se combinam para criar uma narrativa que cativa desde o início até o desfecho.

À medida que as escolhas corajosas de Golda Meir nos guiam, e sua característica sensível ressoa, o filme nos lembra que cada grande líder é uma pessoa repleta de nuances e dilemas humanos.

Além disso, Golda não apenas nos lembra da história, mas também nos convida a refletir sobre os desafios e a força inerentes à jornada humana.

E aí já assistiram o filme? O que acharam da história de Golda? Contem pra gente através das redes sociais do Entretizei – Instagram, Facebook e Twitter – e nos sigam para ficar por dentro do mundo do entretenimento.

Leia também

Golda a Mulher de uma Nação,a história de um exemplo mundial politico

 

 

*Crédito da imagem de destaque: Divulgação/Diamond Filmes

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!