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Yellowface: o que é e por que devemos falar sobre isso já!

Entenda como a prática de colocar atores brancos para interpretar personagens asiáticos reforça estereótipos racistas e o que podemos fazer para mudar essa história

Você já assistiu a um filme antigo e pensou: “Ué, por que esse personagem asiático está sendo interpretado por alguém que claramente não é asiático?” Então, bem-vindo ao mundo do yellowface, um termo que você precisa conhecer caso se importe com representatividade e justiça social.

O yellowface é basicamente a prática de atores não asiáticos — geralmente brancos — usarem maquiagem, próteses e adereços para se parecer com uma pessoa asiática. Parece bizarro, né? Mas, infelizmente, é uma prática que Hollywood (e outras indústrias de entretenimento) adoraram usar no passado — e que, lamentavelmente, ainda persiste em algumas produções atuais. 

A prática vai além de uma simples troca de papéis, ela reforça estereótipos danosos, apaga a presença de atores asiáticos e desumaniza toda uma comunidade.

Exemplos clássicos de yellowface 

No cinema clássico de Hollywood, o yellowface estava por toda parte. Um dos exemplos mais notórios é Mickey Rooney em Bonequinha de Luxo (1961). Ele interpretou o vizinho japonês do prédio, o Sr. Yunioshi, de uma maneira incrivelmente caricatural, usando dentes falsos exagerados, óculos grandes e um sotaque grosseiro que nada tinha de autêntico. A interpretação dele era mais uma piada racista do que uma tentativa de representação verdadeira, e esse papel é frequentemente citado como um dos piores exemplos de yellowface na história do cinema.

Yellowface:
Foto: reprodução/IMDB

Outro exemplo famoso é o de Katharine Hepburn em O Dragão Relutante (1944), onde ela interpretou uma camponesa chinesa com maquiagem para amarelar a pele e olhos puxados. Da mesma forma, Marlon Brando também apareceu em yellowface no filme A Casa de Chá do Luar de Agosto (1956), em que ele interpretou um japonês com próteses e maquiagem pesada. Esses papéis não só negavam oportunidades para atores asiáticos, mas também perpetuavam uma visão distorcida e estereotipada da cultura asiática.

Yellowface:
Foto: reprodução/BBC
Exemplos recentes de yellowface 

Engana-se quem pensa que o yellowface é uma prática confinada ao passado. Em 2015, Emma Stone causou polêmica ao interpretar uma personagem de origem asiática e havaiana no filme Aloha. Mesmo com a promessa de que o longa retrataria com sensibilidade a diversidade cultural do Havaí, a escolha de Stone para o papel levantou muitas críticas sobre a continuidade do whitewashing (a escalação de atores brancos para papéis de personagens não-brancos) e do yellowface na indústria cinematográfica. 

Mais recentemente, a atriz Tilda Swinton foi escalada para interpretar o Ancião, um personagem originalmente tibetano, em Doutor Estranho (2016). A decisão foi justificada como uma tentativa de evitar estereótipos, mas acabou recebendo críticas por tirar um papel significativo de um ator asiático.

Yellowface:
Foto: reprodução/adorocinema

E não é apenas no cinema que o yellowface persiste. Na televisão, temos exemplos como Scarlett Johansson, que foi criticada ao interpretar o papel da Major, uma personagem asiática, no remake americano de Ghost in the Shell (2017). O caso reacendeu debates sobre a prática de escalar atores brancos para papéis originalmente asiáticos e trouxe à tona a falta de diversidade e inclusão real em Hollywood. Em vez de promover a representatividade, esses exemplos demonstram como o racismo estrutural da indústria ainda se manifesta.

Yellowface:
Foto: reprodução/amino
O impacto do yellowface na representatividade e na humanidade

O problema central do yellowface não é apenas a falta de oportunidades para atores asiáticos, mas a maneira como ele reforça ideias danosas e preconceituosas. Quando atores não asiáticos interpretam personagens asiáticos, eles estão literalmente “colocando uma máscara” em uma cultura e identidade, tratando-as como uma fantasia que pode ser usada e descartada. Isso envia uma mensagem perigosa: de que pessoas asiáticas são menos humanas, meras caricaturas para o entretenimento de outros.

Além disso, essas práticas moldam a maneira como o público, especialmente o público ocidental, vê as pessoas asiáticas e suas culturas. Elas perpetuam o exotismo, o racismo, e a marginalização, mantendo estereótipos de submissão, violência ou mistério exótico que pouco têm a ver com a realidade. O resultado é uma falta de empatia e entendimento, contribuindo para o preconceito e a discriminação na sociedade como um todo.

Caminhos para a mudança com representações autênticas

A mudança começa com a indústria de entretenimento reconhecendo o impacto negativo do yellowface e se comprometendo com representações autênticas e respeitosas. Isso significa escalar atores asiáticos para papéis asiáticos, tanto em produções de grande orçamento quanto em projetos independentes. Também envolve dar aos atores e criadores asiáticos mais controle sobre suas próprias narrativas, permitindo que contem suas próprias histórias sem distorções ou filtros racistas.

Como espectadores, temos um papel crucial a desempenhar. Precisamos apoiar filmes e séries que promovam diversidade de maneira genuína e respeitosa, e questionar práticas que perpetuam o racismo, como o yellowface. Ao conscientizarmos outras pessoas, falarmos sobre o problema e exigirmos mudanças, podemos ajudar a criar uma indústria que realmente represente a diversidade e a humanidade de todos nós.

Porque o entretenimento deve ser um espelho da sociedade — um espelho que reflita a verdade, e não distorça quem realmente somos.

 

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Leia também: Impostora: Yellowface chega às livrarias do Brasil

 

Texto revisado por Kalylle Isse

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7 MVs de K-pop com histórias que vão te fazer refletir

Esses MVs têm histórias tão envolventes que vão te deixar pensando por um bom tempo

Os clipes de música podem ter de tudo — coreografia, visuais incríveis e, às vezes, até histórias inteiras! Alguns grupos levam essas histórias de um clipe para o outro, deixando pistas conectadas que fazem os fãs quebrarem a cabeça. Com várias teorias rolando e ideias diferentes por aí, aqui estão alguns MVs com histórias no K-pop que são superinteressantes e divertidos. Mesmo que você já conheça a música, vale a pena assistir!

Stray Kids – Mixtape : OH (2021)

Considerado parte de uma série mais longa que segue a mesma história, Mixtape: OH é, sem dúvida, um clipe lindo. Desde o visual até a paleta de cores escolhida para cada cena, tudo é muito suave e agradável. Existem vários elementos nesse MV que remetem a outros vídeos do Stray Kids, como o bolo de aniversário, que deixam os fãs cheios de teorias!

Red Velvet – Peek-A-Boo (2017)

Com Red representando os conceitos mais vibrantes do grupo e Velvet mostrando o lado mais sensual, é difícil dizer onde esse clipe realmente se encaixa no espectro. Embora a música se encaixe no clássico gênero bubblegum do K-pop, o clipe de repente dá uma guinada para o território dos filmes de terror. Um clássico mais antigo, esse vídeo sempre deixou os fãs cheios de teorias.

Tomorrow X Together – Eternally (2020)

Se algum grupo já fez clipes com histórias completas que parecem mais filmes do que vídeos de música, esse grupo é o TXT! O clipe de Eternally tem quase 20 minutos e mostra a incrível jornada do grupo por algo que pode ser uma terra mágica ou o fim do mundo. Existem tantas interpretações sobre esse vídeo que a verdadeira interpretação fica por sua conta!

NewJeans – Ditto (2022)

Com uma execução de conceito impecável que lembra vídeos caseiros antigos, o clipe de Ditto do NewJeans deixa mais perguntas do que respostas. O que parece ser um grupo de amigos simpáticos acaba se revelando algo diferente — um sonho, ou talvez os amigos que a garota atrás da câmera gostaria de ter. É uma história fascinante!

ATEEZ – Answer (2020)

Esse pode exigir um pouco mais de conhecimento prévio se você não estiver familiarizado com os outros clipes do ATEEZ. Além de algumas das coreografias mais animadas do K-pop, também há uma história entrelaçada. Parece que os membros do ATEEZ estão compartilhando uma refeição com seus sósias, que também aparecem em outros clipes. O buraco é bem mais fundo aqui!

Dreamcatcher – Scream (2020)

Outro clipe com uma estética verdadeiramente deslumbrante, o vídeo de Scream do Dreamcatcher parece mostrar dois mundos diferentes — um onde ainda há bondade e outro onde o mal dominou. Se o grupo está agindo como guardiões da luz ou habitantes das trevas ainda é uma questão em aberto, mas isso só torna o clipe ainda mais fascinante!

BTS – RUN (2016)

Um clássico antigo do BTS, o clipe de RUN conta a história de um grupo de amigos rebeldes fazendo uma festa — mas é muito mais do que isso! Amizades e brigas são mostradas em pequenas cenas que se encaixam com os acontecimentos da festa, em uma sequência de eventos que vai te fazer assistir várias vezes só para pegar todos os detalhes. Também se pensa que faz parte de uma série mais longa, mas e aí, o que você acha?

 

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Leia também: 7 B-sides recentes de K-pop que são tão incríveis quanto as faixas-título

 

Texto revisado por Bells Pontes

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Conheça o Wave to Earth, banda de K-rock que virá ao Brasil em 2025

Confirmada na line-up do Lolla, a banda coreana fará seu primeiro show no Brasil 

Se você ainda não ouviu falar do Wave to Earth, é hora de conhecer essa banda sul-coreana que está conquistando corações ao redor do mundo! E se prepare, porque eles estão confirmados para o Lollapalooza 2025. Sim, o trio de K-rock vai trazer todo seu som único e energético direto para o palco do festival!

O Wave to Earth nasceu em Seul e é formado por três membros talentosos: Daniel Kim (vocal e guitarra), John Cha (baixo) e Dong Kyu Shin (bateria). Eles vêm surfando nessa onda de indie rock com um estilo que mistura influências do rock alternativo, jazz e um toque de melancolia que é a marca registrada do grupo. A banda tem uma vibe relaxada, como uma brisa de verão que bate suave no rosto — mas que também pode se transformar em um furacão quando eles sobem ao palco.

Wave to Earth
Foto: reprodução/Halsung

Com uma abordagem sonora que mistura riffs de guitarra suaves com batidas precisas e baixos envolventes, o Wave to Earth cria atmosferas musicais que oscilam entre a introspecção e a euforia. É o tipo de som que faz você fechar os olhos e viajar sem sair do lugar, uma experiência que promete ser ainda mais intensa ao vivo, sob as luzes do Lolla. Cada canção é uma jornada emocional, em que a melodia e a letra se entrelaçam para contar histórias de amor, perda, sonhos e esperanças.

Além do talento musical, o carisma dos integrantes é um show à parte. Eles têm uma presença de palco única, capaz de conectar o público em qualquer parte do mundo. É comum ver Daniel, John e Dong Kyu interagindo com a plateia, contando histórias entre as músicas e criando um clima íntimo e acolhedor. Essa autenticidade é uma das razões pelas quais eles vêm ganhando tantos seguidores fiéis. Fãs que, aliás, são extremamente dedicados e fazem questão de mostrar seu apoio a cada novo lançamento.

E não é apenas a música que atrai fãs para o Wave to Earth. A banda também tem uma forte consciência social, frequentemente engajada em causas ambientais e humanitárias. Eles utilizam sua plataforma para promover mensagens positivas e se envolvem em iniciativas que fazem a diferença, mostrando que, além de artistas talentosos, são indivíduos comprometidos com o bem-estar do planeta e das pessoas.

Wave to Earth
Foto: reprodução/Halsung

Mas o que faz do Wave to Earth tão especial? Para começar, suas letras são poéticas e introspectivas, muitas vezes explorando temas como o amor, a saudade e a busca pelo sentido da vida. Tudo isso é embalado por arranjos musicais delicados e, ao mesmo tempo, impactantes, que conseguem transmitir uma montanha-russa de emoções.

Desde sua estreia, o Wave to Earth já lançou uma série de singles e EPs que conquistaram um público fiel. Faixas como Calla e Light mostram bem essa dualidade entre a calmaria e a tempestade sonora que eles trazem. E não se engane: mesmo que o grupo tenha um som mais introspectivo, suas apresentações ao vivo são cheias de energia, com um público que canta cada letra a plenos pulmões.

Se você é fã de bandas como The 1975, Cigarettes After Sex ou até mesmo Radiohead, prepare-se para adicionar o Wave to Earth à sua playlist! No Lollapalooza 2025, eles prometem fazer um show daqueles que vão ficar na memória de quem estiver por lá. Então, já comece a treinar suas músicas favoritas e fique pronto para embarcar nessa onda musical que é o Wave to Earth!

 

Quem aí já conhecia a banda? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei Facebook, Instagram e Bluesky — para mais novidades sobre a cultura asiática.

Leia também: 10 músicas de idols de K-pop para amantes de rock

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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Pé de Chinesa | Conheça o Pé de Lótus, tradição dolorosa que marcou a história da China

O mais novo meme da internet leva em seu nome uma das tradições mais dolorosas da Ásia 

Se você está cronicamente online assim como eu, com certeza ouviu falar sobre a nova sensação do momento: a novela Pé de Chinesa. Criada com a ajuda da inteligência artificial e a criatividade do brasileiro, a novela fictícia leva direção de Gloria Perez e um elenco que tem Jade Piccon, Davi Britto, Taylor Swift e, claro, Giovanna Antonelli. 

Apesar do meme às vezes extrapolar quando o assunto são estereótipos asiáticos e até mesmo puxar um pouco pra xenofobia, ele despertou a curiosidade do público com o seu título. Afinal, o que é Pé de Chinesa?

O Pé de Lótus, ou lianzu, foi uma prática antiga e dolorosa na China que consistia em enfaixar os pés das meninas desde cedo para deixá-los bem pequenos, no formato de uma flor de lótus. Esse costume, que durou séculos, foi visto como símbolo de beleza e status social, mas também representou a opressão de gerações de mulheres chinesas.

Como tudo começou e funcionava

A história do Pé de Lótus começou na Dinastia Song, por volta do século X, e se espalhou por várias gerações. A ideia era deixar os pés das meninas bem pequenos – o padrão era entre sete e dez centímetros. Para isso, as famílias enfaixavam os pés das filhas com panos apertados, quebrando os ossos dos dedos e dobrando-os sob a planta do pé. O processo começava cedo, entre os quatro e nove  anos, quando os ossos ainda estavam em formação.

Pé de Lótus
Foto: reprodução/Bundesarchiv

Era um ritual doloroso. As meninas passavam anos com dores intensas, muitas vezes enfrentando infecções e complicações de saúde. Apesar disso, era um preço que muitas famílias estavam dispostas a pagar, pois o Pé de Lótus era visto como um passaporte para um bom casamento e uma vida confortável. Só que, na prática, isso significava uma vida de limitações físicas e muito sofrimento.

O que significava ter pés de lótus? 

Ter pés de lótus era sinal de status e uma espécie de certificado de beleza na sociedade chinesa antiga. A prática indicava que a mulher pertencia a uma família rica, que podia se dar ao luxo de não trabalhar. Afinal, com os pés enfaixados, era impossível realizar atividades pesadas ou andar grandes distâncias. Os pés pequenos também simbolizavam virtudes femininas, como obediência e fragilidade, qualidades altamente valorizadas na época.

Pé de Lótus
Foto: reprodução/Bundesarchiv

Para as mulheres, no entanto, os pés de lótus significavam uma vida inteira de dor e restrição. Elas precisavam de ajuda para quase tudo, desde caminhar até realizar atividades simples do dia a dia. Apesar de a prática ser vista como sinal de nobreza, ela limitava a autonomia das mulheres e perpetuava a ideia de que seu papel principal era agradar os homens e permanecer no ambiente doméstico.

Como a prática começou a ser questionada? 

Foi só no final do século XIX, com o avanço do pensamento ocidental e das reformas internas, que as pessoas começaram a questionar essa tradição. Muitos intelectuais progressistas e líderes começaram a perceber que o Pé de Lótus não era apenas um símbolo de beleza, mas uma forma de opressão. Houve um movimento crescente para acabar com o costume, considerado uma violação dos direitos humanos e da dignidade feminina.

Foto: reprodução/Bundesarchiv

A partir de 1912, quando a República da China foi fundada, a prática foi oficialmente proibida, mas isso não significou o fim imediato. Nas áreas rurais, por exemplo, o costume ainda perdurou por um bom tempo. Só nas décadas seguintes o Pé de Lótus realmente começou a desaparecer, e as mulheres finalmente puderam começar a viver sem esse fardo doloroso.

As marcas que ficaram 

Mesmo depois de proibida, as marcas físicas e emocionais da prática do Pé de Lótus permaneceram nas mulheres que viveram essa experiência. Muitas enfrentaram dores constantes e dificuldades para caminhar durante toda a vida. Hoje, existem poucas sobreviventes com os pés deformados, e elas são vistas como lembranças vivas de um passado que misturou beleza com tortura.

Foto: reprodução/Bundesarchiv

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Leia também: Resenha | Família — um drama sobre laços, conflitos e identidade dos brasileiros no Japão

 

Texto revisado por Karollyne de Lima

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4 K-dramas de romance para quem sente falta de Outra Chance para Amar

Preenchendo o vazio deixado por Outra Chance para Amar, esses K-dramas de romance vão trazer de volta toda a emoção e doçura que você adora

A história rápida de oito episódios de Outra Chance para Amar (2024) terminou rápido demais e deixou um vazio enorme nas listas de assistindo agora de muitos fãs de K-dramas e nos corações dos espectadores. O romance fofo e saudável entre Hong Joo (Kim So Hyun) e Hoo Young (Chae Jong Hyeop), junto com a química incrível dos dois na tela, vai fazer falta até que eles voltem a aparecer juntos. Mas, enquanto isso, aqui estão quatro K-dramas de romance pra ajudar a matar a saudade de Outra Chance para Amar:

O conto de Nok-Du (2019)

Se você está sentindo falta da presença carismática de Kim So Hyun na tela e a espera pelo novo K-drama dela, Good Boy, está te matando de ansiedade, então O conto de Nok-Du é o K-drama perfeito pra assistir. Baseado no webtoon Nok Du Jeon de Hye Jin Yang, O conto de Nok-Du é uma comédia romântica histórica com Kim So Hyun e Jang Dong Yoon, e é um dos romances de troca de identidade mais divertidos que você vai ver.

A história segue Jeon Nok Du (Jang Dong Yoon), que passou a vida toda em uma ilha isolada com seu pai e irmão. Ele é um espadachim excelente e super inteligente, mas nunca colocou os pés no continente. Isso muda quando seu pai e irmão são atacados por um grupo de assassinas. Nok Du persegue uma delas e acaba em uma vila habitada apenas por viúvas. Para não ser descoberto, ele se disfarça de mulher enquanto tenta descobrir a identidade das assassinas. 

Outra Chance para Amar
Foto: reprodução/soompi

Nessa vila exclusiva para viúvas, ele conhece Dong Dong Ju (Kim So Hyun), uma aprendiz de gisaeng – uma mulher de classe baixa que é treinada para se tornar uma artista profissional. Embora tudo pareça normal no começo, logo é revelado que ela está tentando vingar alguém que amava.

O cenário de O conto de Nok-Du  é visualmente deslumbrante, mas o que torna esse K-drama um dos melhores trabalhos de Kim So Hyun é a química dela com Jang Dong Yoon. É tão forte que dá até frio na barriga!

Love All Play (2022)

Embora Chae Jong Hyeop já esteja na indústria dos K-dramas há anos, parece que só agora ele está recebendo a atenção merecida do público. Ele já atuou em mais de 11 dramas, interpretando vários tipos de personagens, mas se você sente falta do Hoo Young, que é todo charmoso e apaixonado, então Love All Play é a escolha perfeita.

Neste romance esportivo, Chae Jong Hyeop interpreta Park Tae Joon, um jogador de badminton que nunca teve a intenção de se tornar profissional. Na verdade, ele só entrou no esporte porque sua família tem um negócio de equipamentos de badminton. Com o tempo, ele começou a ver o badminton apenas como um trabalho. No entanto, sua paixão pelo esporte renasce quando ele conhece Park Tae Yang (Park Ju Hyun), uma aspirante a atleta olímpica que teve que abandonar o mundo do badminton por causa de um escândalo de suborno.

Outra Chance para Amar
Foto: reprodução/soompi

O gênero de romance muitas vezes não acerta quando se trata de personagens que são verdadeiros green flags (sinal verde), apresentando interesses amorosos cujas boas qualidades escondem traços tóxicos. Felizmente, esse não é o caso de Love All Play. O romance entre os protagonistas é refrescantemente saudável e jovial, com Chae Jong Hyeop mais uma vez interpretando aquele tipo de personagem que parece ter sido escrito por uma mulher. 

Este drama destaca a paixão e as ambições da juventude, e o enredo e a atmosfera lembram o K-drama Twenty Five, Twenty One (2022), mas sem aquele final.

Meu Mafioso Predileto (2024)

Chae Jong Hyeop interpretou um tipo de protagonista loser-lover (aquele cara que é meio perdedor, mas apaixonante) em Outra Chance para Amar. Embora Lovely Runner (2024) seja, de longe, o melhor K-drama com um protagonista assim, quase todo mundo já assistiu. Outro K-drama com uma vibe parecida e que merece o mesmo hype é My Sweet Mobster, uma história doce, meio brega, e engraçada, com um protagonista adorável.

Outra Chance para Amar
Foto: reprodução/soompi

Seo Ji Hwan, interpretado por Um Tae Goo, é uma lenda viva do submundo que mudou de vida e agora é CEO de uma empresa de alimentos que ajuda outros ex-condenados a reconstruírem suas vidas. Por outro lado, Go Eun Ha (Han Sun Hwa), também conhecida como Sister Mini, é uma criadora de conteúdo online que está lutando para fazer sucesso com vídeos para crianças.

Baseado no web novel The Woman Who Plays de Park Soo Jung, Meu Mafioso Predileto é a história de duas pessoas que encontram o amor da forma mais inesperada. Este K-drama não só mostra o romance doce entre os protagonistas, mas também é recheado de comédia que vai te fazer rir até doer a barriga.

Our Beloved Summer (2022)

Uma das muitas coisas que Outra Chance para Amar acerta em cheio é retratar um romance slice of life, leve e realista, que poderia muito bem existir na vida real. E um K-drama que captura essa essência lindamente é Our Beloved Summer.

Baseado no webtoon de Lee Naeun com o mesmo nome, Our Beloved Summer conta a história de dois ex-namorados que encontram o caminho de volta um para o outro. Choi Woong (Choi Woo Shik), um cara que parece preguiçoso, mas é de bom coração, e Kook Yeon Soo (Kim Da Mi), uma mulher trabalhadora na casa dos 20 e poucos anos, estudaram na mesma escola. 

Outra Chance para Amar
Foto: reprodução/soompi

Enquanto filmavam um documentário mostrando a vida diária dos melhores e piores alunos, eles se aproximaram e se apaixonaram. No entanto, por causa da insegurança, da falta de comunicação e da ingenuidade da juventude, o relacionamento deles acabou de forma abrupta. Anos depois, eles concordam em filmar uma sequência do documentário. Embora briguem e discutam no começo, à medida que a filmagem avança, percebem que nunca deixaram de se amar.

Ao contrário de Outra Chance para Amar, Our Beloved Summer não é curto, com 16 episódios e uma história de ritmo mais lento. Essa característica pode frustrar os espectadores em alguns momentos, mas a representação realista do amor e o final fazem tudo valer a pena.

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

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RM e Megan Thee Stallion anunciam o single de collab Neva Play

Após dias de especulação, os artistas finalmente lançaram o primeiro teaser da tão aguardada colaboração

Vem muito aí! Ontem (1), Megan Thee Stallion anunciou oficialmente que lançará um novo single com a participação de RM, intitulado Neva Play, ainda esta semana.

A cantora americana, que colaborou com o BTS no remix do sucesso Butter em 2021, escreveu no X (anteriormente Twitter):“Este é um dos meus versos favoritos do RM! Nunca o ouvi rimar nesse estilo antes.”

Neva Play será lançado no dia 6 de setembro, à 1h (horário de Brasília) do mesmo dia. Confira a imagem teaser do single abaixo:

Megan Thee Stallion
Foto: reprodução/Rolling Stone

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Leia também: Megan Thee Stallion e Yuki Chiba lançam clipe de Mamushi

 

Texto revisado por Alexia Friedmann

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7 B-sides recentes de K-pop que são tão incríveis quanto as faixas-título

Descubra 7 B-sides recentes de K-pop que revelam o talento escondido além dos hits principais

Enquanto as faixas-título geralmente ganham toda a atenção — com muito tempo no rádio, performances ao vivo e buzz nas redes sociais — algumas B-sides são verdadeiros tesouros! É hora de dar uma olhada nas músicas menos conhecidas dos álbuns, que merecem tanto carinho quanto as faixas principais. Confira esta lista e descubra alguns hits incríveis para adicionar à sua playlist!

Stray Kids – I Like It

Com o lançamento recente do álbum mais novo do Stray Kids, os fãs estão em êxtase! A faixa-título Chk Chk Boom traz uma abordagem única do K-pop com influência latina, mas essa faixa pop leve, I Like It, é igualmente surpreendente e boa. I Like It também conta uma história através da letra, algo com o qual muitos fãs podem se identificar. É uma música fácil de ouvir com uma mensagem surpreendentemente profunda por trás!

STAYC – 1 Thing

Uma faixa ousada que é um pouco mais voltada para o rap do que o material habitual do STAYC; o grupo realmente se superou com o lançamento do álbum mais recente. A faixa-título Cheeky Icy Thang destaca bem a vibe do álbum, mas 1 Thing é uma B-side que não deve ser ignorada! Com vocais impressionantes e um começo surpreendentemente focado no rap, é uma nova vibe do STAYC.

NCT 127 – Gas

Se você curte um hip-hop pesado, essa é a música perfeita para você! O NCT 127 é conhecido por suas faixas dançantes e animadas, mas essa é a música que você coloca no volume máximo no carro para uma viagem incrível. Se você gosta da energia da faixa-título Walk e quer intensificar ainda mais, a B-side Gas é a escolha ideal. É impossível não ficar com a cabeça balançando!

(G)I-DLE – Bloom

O icônico grupo feminino está de volta com seu lançamento mais recente, incluindo a faixa-título Klaxon. Ela definitivamente tem a energia de música do verão, mas se você quiser manter a vibe um pouco mais doce, experimente a B-side Bloom. É um pouco mais relaxada do que a faixa média do (G)I-DLE, mas de uma maneira ótima! A música destaca vocais bem suaves e uma seção de rap sutil que se encaixa perfeitamente.

ATEEZ – Shaboom

Se você conhece o ATEEZ, sabe que suas faixas de K-pop com influências de hip-hop e eletrônica são perfeitas para animar qualquer festa. A faixa-título do lançamento mais recente deles, WORK, não é exceção! Shaboom, no entanto, segue uma abordagem um pouco diferente, com uma influência de reggaeton que resulta em uma quebra de ritmo superinteressante e criativa.

aespa – Live My Life

O aespa é um grupo feminino conhecido por batidas não convencionais, vocais impressionantes e raps que encaixam perfeitamente na música. A faixa-título recente delas, Supernova, é exatamente isso — e ainda se destaca como um dos melhores trabalhos do grupo! No entanto, Live My Life é uma mudança total do som habitual do aespa. Com uma pegada rock e alguns dos vocais mais poderosos que elas já fizeram, essa é uma faixa que você não pode perder!

Nayeon – Butterflies

Mais uma faixa solo em inglês, desta vez da Nayeon do TWICE! A B-side Butterflies acompanha a faixa-título ABCD no recente álbum solo de Nayeon, NA. É uma faixa pop super energética com uma vibe de verão divertida, daquelas que grudam na cabeça. A música também destaca a versatilidade de Nayeon como artista, com vocais lindos e uma seção de rap animada que combinam perfeitamente!

 

Qual dessas é a sua favorita? Conte pra gente e nos siga nas redes sociais do Entretetizei — Facebook, Instagram e X — para mais novidades sobre a cultura asiática.

Leia também: Dicionário de K-pop: guia prático para novos kpoppers

Texto revisado por Angela Maziero Santana

 

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Hallyu: a onda que ofusca escândalos e crimes sexuais na Coreia do Sul

 Entre idols intocáveis e um sistema que silencia vítimas, a Hallyu revela um lado sombrio que muitos preferem ignorar

Nos últimos anos, a Coreia do Sul virou a queridinha do mundo com o fenômeno da Hallyu, ou onda coreana. Quem nunca se pegou cantando Gangnam Style do Psy ou assistindo a um K-drama romântico no streaming? BTS, BLACKPINK, dramas como Descendants of the Sun (2016), skincare milagrosa e a cozinha coreana repleta de sabores exóticos… Tudo parece perfeito no K-world, certo? Só que nem tudo é tão brilhante quanto parece.

O que muita gente não sabe (ou prefere ignorar) é que, por trás de todo esse brilho, a Coreia do Sul esconde um lado sombrio, cheio de escândalos de machismo, abuso sexual e misoginia. E parece que a cultura pop está funcionando como um tipo de cortina que oculta esses problemas graves. A indústria do entretenimento sul-coreano investe pesado em estratégias de marketing que destacam a perfeição e a disciplina de seus idols, enquanto tenta esconder a sujeira debaixo do tapete. Mas até quando isso vai funcionar?

A questão é que a imagem projetada pelo K-pop e pelos K-dramas frequentemente contrasta com a realidade vivida por muitas mulheres no país. Por trás das câmeras e dos palcos, há um sistema que silencia as vítimas, protege os agressores e perpetua uma cultura onde a reputação vale mais que a dignidade humana. Essa dualidade é preocupante, pois enquanto o país se vende como moderno e progressista, os escândalos e a misoginia continuam a prosperar nas sombras.

O escândalo do Burning Sun: o show de horrores da indústria do entretenimento

Vamos começar falando sobre um dos maiores escândalos que abalaram a indústria do K-pop: o caso Burning Sun. Em 2019, uma boate de luxo em Seul, chamada Burning Sun, foi exposta como o epicentro de uma rede de abuso sexual, tráfico de drogas e corrupção policial. E o mais chocante? Um dos envolvidos era Seungri, ex-membro do BIGBANG, um dos maiores grupos de K-pop de todos os tempos.

As investigações revelaram uma rede de abusos sistemáticos, onde mulheres eram drogadas e abusadas sexualmente, com vídeos compartilhados em grupos de bate-papo privados entre celebridades. Seungri, inicialmente, foi retratado como o “garoto bom” que só administrava a boate, mas logo ficou claro que ele estava envolvido em atividades muito mais obscuras.

Enquanto o caso tomava conta das manchetes, fãs e empresas de entretenimento coreanas pareciam mais preocupados em salvar a imagem da indústria do que em discutir o problema. A hipocrisia ficou evidente: a preocupação com a imagem superou a necessidade de justiça.

Além de Seungri, outros nomes da indústria também foram revelados como cúmplices. O cantor Jung Joon-young, por exemplo, foi condenado por filmar e compartilhar vídeos sem consentimento de suas agressões sexuais. Essas revelações abalaram a confiança do público na integridade dos artistas que tanto admiravam.

No entanto, a resposta da indústria foi superficial, abafando as notícias com comunicados públicos pedindo desculpas e promessas vazias de mudanças, enquanto as vítimas continuavam a lutar por justiça em um sistema que favorece os agressores.

Hallyu
Foto: reprodução/KoreaIn
Cultura do machismo e a invisibilização das vítimas

A sociedade sul-coreana ainda é fortemente patriarcal, e isso se reflete na forma como casos de abuso são tratados. Apesar da Coreia do Sul ter um dos maiores índices de educação do mundo, o machismo é enraizado, e a cultura do “colete” é quase intocável. A própria palavra han, que representa o espírito de resiliência coreana, às vezes é mal interpretada para justificar o sofrimento das mulheres. Enquanto os homens, especialmente os famosos, recebem perdão e chances de redenção, as mulheres são frequentemente silenciadas e culpabilizadas.

O mais assustador é que, apesar de todas essas histórias horríveis, o país continua a se promover como um exemplo brilhante de cultura moderna. Enquanto o governo investe pesado em promover a Hallyu no exterior, internamente as mulheres continuam a lutar por direitos básicos e proteção contra abusos.

A mídia também desempenha um papel fundamental na perpetuação desse ciclo, muitas vezes ignorando os relatos das vítimas ou cobrindo os casos de maneira sensacionalista, sem um olhar empático. O foco nas carreiras destruídas dos artistas envolvidos é uma tentativa de desviar a atenção do verdadeiro problema: a normalização da violência contra a mulher e a ausência de responsabilização adequada. Esse padrão deixa claro que, para a sociedade coreana, o lucro e a reputação vêm antes da justiça.

O efeito oppa e a idealização dos idols 

Outro ponto é como a indústria de entretenimento se beneficia da idealização de seus idols, que são frequentemente tratados como modelos perfeitos de moralidade e conduta. A maioria das empresas de entretenimento coloca seus artistas em uma bolha, escondendo suas falhas e protegendo sua imagem pública a qualquer custo. Quem nunca ouviu falar do efeito oppa, aquela idealização dos idols masculinos como perfeitos e intocáveis? Eles são vistos como príncipes encantados, sem defeitos, o que cria um muro de proteção em torno de seus comportamentos abusivos.

Quando surge uma acusação contra algum idol, as reações dos fãs são previsíveis: um exército de defensores que acusam as vítimas de estarem mentindo ou buscando atenção. Um exemplo é o caso de Kim Seon-ho, estrela de Hometown Cha-Cha-Cha (2021), que foi acusado de pressionar sua ex-namorada a fazer um aborto. Apesar do escândalo, o ator continua a ter uma base de fãs leal, e as discussões sobre a gravidade do ocorrido rapidamente se dissiparam. A indústria responde apenas com um breve hiato, antes que o artista retorne à vida pública como se nada tivesse acontecido.

Esse comportamento não é apenas uma falha moral, mas uma estratégia deliberada para manter a lucratividade e a popularidade dos artistas, independentemente das acusações. A cultura de fã-clubes obcecados, que chegam a financiar campanhas publicitárias para limpar a imagem dos idols, só reforça a impunidade. Os artistas se tornam intocáveis, enquanto as vítimas enfrentam o ostracismo e a descrença. É um ciclo vicioso onde a imagem vale mais do que a verdade.

O papel das redes sociais na silenciosa aceitação dos escândalos

As redes sociais desempenham um papel ambíguo nessa história. Por um lado, são ferramentas poderosas para denunciar abusos e dar voz às vítimas; por outro, são também usadas para intimidar e desacreditar essas mesmas pessoas. Quando surgem denúncias, as reações online são instantâneas: ataques às vítimas, tentativas de encobrir as acusações e uma enxurrada de fanwars onde a preocupação principal é proteger a imagem do idol favorito.

A internet vira um campo de batalha onde as vítimas raramente têm vez. As campanhas de cancelamento, que deveriam servir para responsabilizar agressores, frequentemente são mal direcionadas ou distorcidas, mirando as pessoas erradas. E isso perpetua uma cultura de silêncio e conivência, onde a reputação de um artista ou de uma empresa é vista como mais importante do que a justiça.

Cultura de cancelamento seletivo: protegendo os idols e culpando as vítimas

Outro aspecto problemático é a cultura de cancelamento seletivo que impera na indústria. Enquanto alguns idols caem em desgraça por motivos aparentemente pequenos — como fumar ou namorar secretamente —, outros continuam com suas carreiras intactas, mesmo após acusações graves. É um ciclo de hipocrisia: o que vale é a aparência de perfeição, não a conduta moral verdadeira.

Veja o caso de Yoochun, ex-membro do JYJ e TVXQ, acusado de múltiplos casos de agressão sexual. Mesmo com provas e testemunhos consistentes, ele foi capaz de continuar sua carreira, reconquistando alguns fãs com pedidos de desculpas vazios e promessas de mudança.

Tudo isso enquanto as vítimas eram vilanizadas, recebendo ameaças e ataques pessoais.

Mudanças em andamento, mas lentas demais!

Felizmente, estamos vendo um movimento crescente de mulheres e ativistas sul-coreanas que estão dizendo basta”. O movimento #MeToo, que explodiu na Coreia em 2018, revelou uma série de abusos cometidos por figuras poderosas do entretenimento, política e negócios. Embora a resistência e a negação ainda sejam fortes, as vozes das vítimas estão se tornando mais audíveis. A questão é: será que essas mudanças são rápidas e profundas o suficiente?

Existem esforços legais para combater o abuso e a misoginia, como a Lei do Pornô de Espionagem, que visa combater a disseminação de vídeos íntimos sem consentimento — um problema gigantesco na Coreia, onde câmeras escondidas em banheiros públicos e hotéis se tornaram uma epidemia. Contudo, as leis, muitas vezes, são frouxas e a implementação falha, resultando em sentenças leves e uma sensação de impunidade.

A responsabilidade é coletiva: mídia, fãs e artistas

Não podemos ignorar que a mudança começa com a responsabilidade coletiva. A mídia precisa parar de glorificar a cultura de idols e começar a falar sobre esses problemas com a seriedade que merecem. Os fãs, por sua vez, têm o poder de exigir padrões mais altos de seus artistas favoritos e apoiar as vítimas, em vez de apenas proteger seus oppas a qualquer custo.

Precisamos encarar o fato de que a cultura Hallyu, com todo o seu brilho e encanto, também tem um lado sombrio que precisa ser discutido e combatido. É fundamental que a Coreia do Sul, assim como seus fãs ao redor do mundo, olhem além da tela do celular e se perguntem o que realmente importa: a imagem perfeita ou a luta por um mundo mais justo e seguro para todos?

Enquanto a mudança não acontece, continuaremos a ver a cultura Hallyu cobrir seus problemas com glitter e batom vermelho, deixando para trás uma trilha de vítimas esquecidas, que merecem ser ouvidas. Afinal, a verdadeira revolução cultural não acontece com likes e views, mas com a coragem de enfrentar as verdades inconvenientes.

 

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Texto revisado por Angela Maziero Santana

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Stage Fighter, nova competição de dança da Mnet, confirma Kang Daniel como apresentador

Mnet libera o teaser de Stage Fighter, a nova competição de dança que vai sacudir os palcos e prender todo mundo na frente da TV!

Stage Fighter é um programa de sobrevivência onde 64 dos melhores dançarinos masculinos de balé, dança contemporânea e dança tradicional coreana competem entre si em batalhas de classe de alta intensidade.

O pôster recém-lançado apresenta Kang Daniel como o apresentador do programa, exibindo-o em várias poses inspiradas nos três gêneros de dança, destacando sua profunda expertise em dança contemporânea coreana, uma área em que ele se especializou no ensino médio.

Stage Fighter
Foto: reprodução/Soompi

O trailer principal destaca a força física dos dançarinos, começando com uma sequência impressionante onde eles exibem seus físicos admiráveis. O trailer reforça a importância crucial da fisicalidade na dança, com os dançarinos afirmando sua relevância no palco: “Atributos físicos são absolutamente essenciais na dança contemporânea”, “Se seu físico é bom, até mesmo um simples movimento de braço pode te fazer ser o número 1″, “Sem uma boa fisicalidade, você não pode ser o dançarino principal”, e “A dança contemporânea é uma arte extremamente injusta.”

Além disso, o trailer revela os três gêneros de dança em competição: a dança tradicional coreana com sua elegância refinada, a dança contemporânea com seus movimentos crus e o balé com sua graça majestosa.

A competição também contará com audições e batalhas de classe para determinar quem ganhará um lugar na prestigiada Primeira Classe. Com papéis como protagonista, coadjuvante e ensemble decididos pelos resultados das audições, a rivalidade feroz entre os dançarinos que buscam subir e aqueles que lutam para se manter vai proporcionar um entretenimento cativante para os espectadores.

Assista ao teaser abaixo:

Stage Fighter estreará em 24 de setembro, às 10h (horário de Brasília).

 

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Texto revisado por Cristiane Amarante

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Yoo Teo confirmado para estrelar no novo filme de ação Karoshi

O ator sul-coreano em ascensão foi confirmado como protagonista de um novo filme de ação de Hollywood, que promete uma trama eletrizante e cenas de alta adrenalina

Karoshi é um thriller de ação que marca uma colaboração entre o famoso estúdio americano Lionsgate e a 87Eleven Entertainment, a produtora por trás da série de filmes de ação noir americana John Wick (2014-2023). Embora pouco tenha sido revelado sobre o enredo do filme, ele é descrito como um “thriller corporativo com um toque samurai”.

No início deste ano, Yoo Teo ganhou destaque ao ser nomeado Melhor Ator no 77º EE British Academy of Film and Television Arts (BAFTA) Film Awards por seu papel em Past Lives (2023). Ele também foi listado entre os 100 líderes asiáticos mais impactantes do ano pela Gold House, e recentemente foi convidado a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS).

Yoo Teo
Foto: reprodução/Soompi

Além disso, Yoo Teo já havia sido confirmado como protagonista da segunda temporada da série americana da Netflix The Recruit (2022).

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Texto revisado por Angela Maziero Santana

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