Após ataque nuclear, quatro irmãos compartilham do objetivo em comum de encontrar os pais vivos
Renan Carvalho lança Dez Mil Sóis, obra publicada pelo selo Outro Planeta e inspirada em histórias que usam a imaginação para superar traumas, como O Labirinto do Fauno e Ponte para Terabítia. Sendo as ilustrações do livro em estilo mangá, os leitores acompanham a jornada dos jovens na busca dos familiares após o conhecido ataque nuclear no Japão.
Em 6 de agosto de 1945, os moradores de Hiroshima foram atingidos por uma das maiores tragédias da humanidade. A bomba atômica que arrasou a cidade, deixou um rastro de destruição e dor que perdura até hoje. E é justamente nesse período trágico que se passa a trama na qual os personagens Kazuo, Kenji, Michiko e Shiro são enviados para um internato logo após a devastação.
O calor que varreu a existência das casas, prédios, carros e milhares de pessoas, foi tão brutal que partiu o céu ao meio, forçando os japoneses a se equilibrarem sobre a fina linha que separava o mundo dos vivos e dos mortos. Uma porta se abriu entre aqueles dois lugares, permitindo que criaturas demoníacas se espalhassem pela cidade, alimentando-se dos corpos dos que pereceram e da esperança dos que ainda lutavam para sobreviver.
Visivelmente traumatizados pela guerra, os irmãos Kurumoto descobrem ter habilidades especiais. Com uma katana mágica, um amuleto tokusatsu, um espelho repleto de energia espiritual e um robô mecha, os quatro terão que enfrentar Youkais, criaturas sobrenaturais do folclore japonês. Além disso, desafiam a própria morte encarnada em um Shinigami para escaparem do internato, voltar para Hiroshima e, finalmente, encontrar os pais perdidos.
“Eu sempre quis escrever sobre o Japão. Minhas outras obras já contém inúmeras referências da cultura pop japonesa, mas Dez Mil Sóis me deu a oportunidade de mergulhar mais fundo nos dilemas desse país, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. A ideia era fazer uma aventura com inspirações nos animes, mas que trouxesse uma discussão mais profunda a respeito do valor da vida durante a guerra em uma cultura cheia de tradições e tabus”, conta Renan.
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Obra lançada em 2018 promete uma narrativa emocionante
Carla Madeira é escritora, jornalista e publicitária. Em sua carreira, lançou livros de sucesso, comoVéspera, A Natureza da Mordida e Tudo é rio, sendo esta a obra eleita como Livro do Ano de 2023, em Portugal, no evento realizado pela Bertrand Livreiros.
Por sua grandiosidade na literatura, A Natureza da Mordida foi o título escolhido como leitura de julho do Clube de Romance do Entretê. Todos os meses, lemos um livro e realizamos a discussão final sobre a obra. Caso queira participar, entre no grupo do Telegram para lermos juntas!
Abaixo, confira a resenha sobre essa leitura.
[Contém spoiler]
Com uma história envolvendo drama e reflexão, A Natureza da Mordida apresenta duas personagens: Olívia, uma jovem jornalista, e Biá, também conhecida como Emma, psicanalista aposentada e com princípio de Alzheimer. A relação entre elas se inicia quando Biá vai para a banca de revista do Rodolfo. Aos domingos, o proprietário espalha cadeiras e mesas, e coloca livros para que todos possam ler relaxadamente. Então, quando Biá se direciona para a mesa que ela sempre senta em todos os fins de semana, vê Olívia já sentada naquele local. Diante disso, Biá decidi ir até a jovem para pedir gentilmente que ela saia dali, porém acaba parando ao ver Olívia chorando enquanto escreve rapidamente em alguns papéis. Então, Biá decide fazer uma pergunta ousada direcionada à desconhecida: “O que você não tem mais que te entristece tanto?”
De maneira impressionante, Olívia responde ao questionamento, e assim começa uma amizade que antes era improvável. A autora criou uma história que se revela aos poucos; logo, os capítulos são entrelaçados entre a narração que Olívia faz do seu passado, e as ideias escritas por Biá em cadernos.
O lado de Olívia
Olívia teve uma infância marcada por dificuldades: sofreu bullying, perdeu o pai em um triste acidente e viu sua mãe se tornar viúva. Sua vida muda quando a personagem Rita vai morar na mesma rua de sua casa, e as duas se tornam melhores amigas. Crescem juntas, criam memórias e se divertem. Elas também viajam bastante, principalmente para a casa de praia dos pais de Rita.
Um ponto perceptível é que a futura jornalista tem grande admiração pela amiga, e, de certa forma, parece que sempre se sente inferior a ela. Um dia, a Rita acaba a amizade com Olívia, uma atitude repentina que as separa por anos. De agora em diante, se o leitor não prestar atenção em um detalhe bem sutil, somente nas partes finais do livro é que descobre o que verdadeiramente ocorreu. Antes disso, ainda acontece algo terrível, que traz um luto intenso para a vida de Olívia.
O lado de Biá
Biá, por sua vez, enfrentou seus próprios desafios. Casada com Teodoro, o relacionamento gerou a filha, Teresa. O grande problema foi ele ter abandonado as duas. Evitando falar sobre o motivo da separação, Biá se distancia de Teresa, e a relação entre mãe e filha se deteriora. Enquanto a filha busca entender o passado e encontrar o pai, Biá se refugia na escrita, para preservar suas memórias e lidar com a dor que nunca a deixou. Toda essa história exemplifica bem a triste realidade de relacionamentos entre mães e filhas por todo mundo.
O lado do leitor
Os leitores podem se sentir desorientados até a metade do livro, devido à forma fragmentada de como as memórias são apresentadas. Essa estrutura exige paciência e atenção para compreender as profundezas das experiências dos personagens. A Natureza da Mordida explora temas complexos relacionados ao luto e à escolha de não saber sobre algo. Outra coisa que também chama atenção é que, neste livro, cada mulher possui o tempo certo de compartilhar sua história, feita de momentos tristes ou felizes.
Carla Madeira nos apresenta uma narrativa densa e emocionalmente carregada, revelando a complexidade da vida de cada personagem. Recomendo o livro para aqueles que estão dispostos a refletir sobre a vida e explorar as nuances das experiências humanas.
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Nessa obra vencedora do British Book Awards, autora apresenta sátira ácida sobre apropriação cultural e as contradições do mercado editorial
Um dos maiores nomes da literatura de fantasia, R.F. Kuang mostra que seu talento e escrita afiada vão além do gênero que a consagrou. Com Impostora: Yellowface, sua primeira ficção contemporânea, a autora sino-estadounidense conquistou o Goodreads Choice Awards e, pelo segundo ano consecutivo, o British Book Awards de Livro do Ano, com o qual já havia sido premiada por Babel: Ou a Necessidade de Violência.
A aguardada história chega às livrarias do Brasil em agosto pela Intrínseca. Nele, a trama é narrada pelo ponto de vista de uma escritora consumida pela frustração com a própria carreira. A autora também aborda assuntos como racismo e apropriação cultural, que nem sempre aparecem de modo óbvio no mundo literário.
Sobre o livro
Toda a empolgação que a protagonista June Hayward sentiu antes de lançar seu primeiro livro se transformou em amargor ao descobrir que nem tudo vem fácil para jovens escritores. Formada em Yale, ela viu seus sonhos irem por água abaixo, sendo esquecida por sua editora e com exemplares encalhados nas prateleiras. No entanto, June tem a percepção de que tudo foi entregue facilmente para Athena Liu, sua colega de faculdade, autora de enorme sucesso comercial e queridinha dos críticos literários.
Para ela, Athena é uma das escolhidas da indústria: bonita, culta, inteligente e de ascendência chinesa, fatores que a tornam um nome ainda mais atrativo para as editoras. Depois de um tempo, June se vê em uma situação inimaginável: ela presencia um incidente que leva à morte de Athena. Diante disso, ela rouba da falecida o manuscrito de um romance épico sobre a contribuição dos trabalhadores chineses durante a Primeira Guerra Mundial.
Publicando o livro sob o nome Juniper Song, racialmente ambíguo, logo começa a conquistar tudo aquilo que sempre desejou: fama, fortuna e o reconhecimento de seu talento como escritora. No entanto, em pouco tempo, sente o peso de assumir a autoria de uma história que não lhe pertence, e June questiona quais limites está disposta a ultrapassar para manter o sucesso que acredita ser seu por direito.
Quem é R.F. Kuang?
Autora de Impostora: Yellowface,também é tradutora de mandarim e bolsista da Marshall Scholarship. Mestra em Filosofia na área de Estudos Chineses por Cambridge e em Estudos Chineses Contemporâneos por Oxford, cursa atualmente o doutorado em Literatura e Línguas do Leste da Ásia na Yale. Vencedora dos prêmios Nebula e Locus por Babel:u a Necessidade de Violência, Kuang também é autora da trilogia best-sellerA Guerra da Papoula e por dois anos consecutivos recebeu o British Book Awards, porBabel e Impostora: Yellowface.
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Com direitos audiovisuais já comprados, a obra infantojuvenil é um thriller cativante e repleto de ação
Jogo dos Ladrões, de Kayvion Lewis, traz a história da Rosalyn Quest, integrante mais jovem de uma conceituada família de ladrões de elite. Para salvar a vida de quem ela ama, a adolescente decide entrar numa competição perigosa que pode custar a própria vida. A autora se inspirou na sua própria origem ao criar um enredo ambientado nas Bahamas, com uma família negra e caribenha no centro da história. A obra é um dos lançamentos que chegam às livrarias brasileiras em agosto, pela Intrínseca.
Com o lema “Um Quest não pode confiar em ninguém, só na própria família”, liderar roubos milionários traz algumas consequências, como a necessidade de cautela em todas as relações pessoais. Desde pequena, Ross aprendeu que confiar na pessoa errada pode colocar tudo a perder. Por isso, aos dezessete anos, ela não tem nenhum amigo, e suas únicas companhias são a mãe e a tia. Mesmo sendo uma ladra altamente qualificada, ela quer estudar em uma faculdade e fazer amigos, como uma adolescente comum.
O objetivo foi traçado, e uma fuga de casa, também. Porém, sua mãe é sequestrada no dia planejado, e isso a obriga mudar os planos. Agora, Ross tem um mês para conseguir um bilhão de dólares para pagar o resgate. Correndo contra o tempo, ela aceita entrar para o Jogo dos Ladrões. Essa é uma competição perigosa e mortal, que premia o melhor jovem ladrão de elite entre nove competidores de diferentes países. Quem ganhar poderá pedir qualquer desejo à organização, ea jovem não medirá esforços para vencer e salvar a vida da mãe.
Grande história para as telonas
Por já ser considerado um sucesso, os direitos audiovisuais do livro foram comprados pela Lionsgate e pela Temple Hill antes mesmo do lançamento nos Estados Unidos. As produtoras são responsáveis por adaptações de grandes sucessos, como Jogos Vorazes.
Quem é Kayvion Lewis?
Autora de livros infantojuvenis, Kayvion Lewisjá foi bibliotecária e trabalha desde os dezesseis anos com jovens leitores. Quando não está escrevendo, gosta de resolver escape rooms, pular de paraquedas e às vezes faz retiros em montanhas para praticar kung fu. Apesar de ter nascido em Luisiana, nos Estados Unidos, Lewis mora em Nova York e sempre visita à família nas Bahamas.
Gaby Brandalise explora os dramas e as aventuras de uma adolescente apaixonada pela cultura pop coreana
Gaby Brandalise publica seu primeiro livro, intitulado Minha Vida é Um K-drama, pela Intrínseca. A obra é um prato cheio para jovens antenados na cultura pop, artistas, músicas, filmes e séries coreanas. Esses elementos ajudam a ilustrar a personalidade da protagonista da história, uma adolescente inteligente, engraçada e um pouquinho dramática.
A personagem principal, Talita, guarda um grande segredo: aos 14 anos, ela ainda não deu seu primeiro beijo e não faz ideia de por onde começar. Sempre reclamando por sua vida não ter grandes plot twists, ela fica aflita ao ser surpreendida por uma reviravolta. Gustavo, seu crush, a convida para a festa de inverno da escola. Apesar de considerar o evento meio idiota, ela acredita que será a oportunidade perfeita para dar o tão sonhado e temido primeiro beijo.
Para isso, a garota precisa ter certeza de que terá uma boa performance. Ao assistir a um K-drama indicado por uma amiga, Talita se encanta com o beijo entre os protagonistas. Então, ela decide propor um acordo ao único aluno coreano da escola, o introvertido Joon: ele deve ensiná-la a beijar em troca de ajudá-lo a reverter o péssimo desempenho nas notas de Artes.
Confira um trecho do livro:
“O fato de eu nunca ter beijado me atormentava cada vez mais. Eu andava pelo colégio como se todo mundo fosse vegetariano e eu estivesse escondendo uma picanha malpassada embaixo da camiseta. (…) E, assim que a picanha caísse no chão, mais pessoas me cercariam, apontando, rindo, espumando frases como ‘Talita, você me dá pena’. E minha vida chegaria ao fim.”
Em Minha Vida é Um K-drama, a narrativa é em primeira pessoa, lembrando um diário. Gaby Brandalise dá uma voz leve, sincera e extraordinariamente atual à sua protagonista, apresentando uma história engraçada e emocionante que arrebatará os jovens leitores. Ao caminhar da obra, a escritora traça um retrato fiel da enérgica e turbulenta adolescência contemporânea. Afinal, as gerações mudam, mas uma verdade permanece suprema: é difícil ser uma garota.
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Autora é ganhadora do prêmio Le Blanc, finalista do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica e semifinalista no Prêmio Aberst
A escritora de ficção especulativa, Carol Façanha, criou a mentoria de escrita criativa A Tecelã de Histórias com o intuito de guiar autores pelo mercado editorial. Diante disso, ela faz consultoria literária personalizada, consultoria de planejamento, masterclass de temas populares e mentoria individual personalizada. Além de ministrar aulas ao vivo e publicar materiais de estudo em ebook. Para acompanhar a autora, siga oInstagram.
“Esse curso é a junção da técnica com a prática, pois também temos as consultorias de planejamento ao vivo onde monto com você a sua estrutura narrativa. É respeitar tanto a teoria quanto a intuição além da minha jornada que mistura experiência como escritora premiada e também doutora de literatura”, explica Carol.
Outros cursos que estão com inscrição aberta são o Próximo Capítulo e o Escrita para Fanfic. Próximo Capítulo une o planejamento, a prática para escrever e a montagem do manuscrito. O custo é R$ 399 e tem possibilidade de parcelamento. Conta com três módulos extras e opções de materiais para diferentes fases do escritor em sua carreira, sendo:
Dicionário do Escritor Iniciante — Traz a experiência da autora com o mercado editorial;
Notion Temático da Tecelã — Uma experiência imersiva de escrita para o autor e a aula online;
Priorize sua Escrita — Ajudará a organizar os projetos de escrita para manter o foco.
No Escrita para Fanfic ela ensina tudo do mundo da literatura e do gênero Fanfic. O investimento é de R$ 197.
“Tenho escrito fanfics desde os 13 anos em um velho caderno azul da escola que virou também o meu pseudônimo na época. Sempre que estou precisando me divertir e acalmar a cabeça, leio fanfics de fandons variados, shippers questionáveis que me rendem muitas risadas e lágrimas. Essa oficina é isso: eu voltando para casa e abrindo espaço para quem também quiser criar fanfics”, conta a escritora.
A jornada de escrita Da Vítima ao Monstro
A paixão pela escrita anda de mãos dadas com ela até academicamente. Carol Façanha criou uma nova jornada de personagem e a defende em sua tese de doutorado pela UERJ, no programa de literatura de língua inglesa. O projeto Da Vítima ao Monstro trabalha a construção de personagens femininas monstruosas, que saem da posição de mocinhas indefesas para a de verdadeiros monstros.
A autora, que já ganhou o prêmio Le Blanc, foi finalista do Odisseia de Literatura Fantástica e semifinalista no Prêmio Aberst, lançou recentemente a segunda edição do seu livro A Hora da Serpente (2023). No primeiro mês, a obra teve mais de 50 mil páginas lidas pelo sistema de assinaturas Kindle Unlimited.
Livro de romance histórico se tornou um clássico e até ganhou minissérie na TV
Publicado em abril de 2002, A Casa das Sete Mulheres é um romance histórico que acontece durante a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, entre 1835 a 1845. Também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi motivada pelo desejo de independência da província do estado em relação ao Império do Brasil. A autora gaúcha Letícia Wierzchowski, revelou que escreveu o livro durante nove meses e achou interessante falar sobre as batalhas de personagens reais, como Bento Gonçalves (1788–1847). Antes de prosseguir, é importante expressar a solidariedade do Entretetizei em relação à tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul em maio de 2024. Nossos pensamentos estão com todos que foram afetados por esse evento devastador. Desejamos força e as melhores coisas a cada um que sofreu com essa tragédia.
Sucesso na televisão brasileira
Com uma trilha sonora marcante, A Casa das Sete Mulheres (2003) se tornou um clássico após ganhar adaptação da minissérie naGlobo. Adaptada para a TV por Maria Adelaide Amaral, a produção impulsionou as vendas do livro, que passaram de 13 mil exemplares vendidos para mais de 30 mil em apenas três semanas. A minissérie foi transmitida em mais de 40 países.
O elenco cativou os telespectadores e teve nos papéis principais atrizes e atores como Camila Morgado, Giovanna Antonelli, Mariana Ximenes, Eliane Giardini, Daniela Escobar, Nívea Maria, Samara Felippo, Bete Mendes, Werner Schünemann, Luís Melo, Thiago Lacerda, entre outros.
Letícia Wierzchowski permitiu que certas situações acontecessem na série porque acredita que cada formato de mídia deve adaptar a história da melhor maneira possível. Ela também apreciou o fato de que, na minissérie, as mulheres são retratadas de forma empoderada, em contraste com a representação mais passiva que recebem no livro.
Sinopse do livro A Casa das Sete Mulheres
A Guerra dos Farrapos foi a mais longa guerra civil do continente sul-americano. O General Bento Gonçalves da Silva comandou a revolução, para isso isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito com o propósito de protegê-las. A guerra durou por 10 anos e a vida daquelas sete mulheres mudou para sempre.
A resiliência das mulheres na guerra
[Contém spoiler]
O livro revela a dura realidade dos homens que vão para a batalha, retratando seu sofrimento, os confrontos entre eles e a separação de suas famílias. Em contraste, acompanhamos a vida de sete mulheres que vivem juntas em uma estância: a esposa de Bento, Caetana, e sua filha, Perpétua; a irmã de Bento, Maria, com suas três filhas, Manuela, Mariana e Rosário. Também existe a Antônia, irmã mais velha de Bento. Ela possui uma casa na região e não reside com elas na estância.
Cada uma das mulheres tem seu momento de destaque em na trama, com personalidades distintas e frustrações que ressoam com os leitores. Através dessas personagens, a autora explora a força, a resiliência e a complexidade diante da perda da liberdade e da dor de ver seus maridos partirem para a guerra, sem saber se voltarão para casa. Embora não participem diretamente dos confrontos e a maioria nem saiba manejar armas ou lutar, elas sentem intensamente as consequências do conflito.
Os eventos são narrados ao longo de uma década sob a visão de vida dessas mulheres, especialmente através dos diários de Manuela, onde ela escreve tudo o que acontece. Essa abordagem permite que a autora transporte o leitor para o passado, oferecendo um retrato detalhado da vida na estância, dos costumes da época e dos impactos da guerra na sociedade.
A autora foca nos romances e no desenvolvimento psicológico das personagens. Um exemplo notável é a tragédia de Rosário, que se entrega à loucura, oque culmina em um suicídio. Embora esse final possa ser doloroso para os leitores, para Rosário, a união com o fantasma Estevão representa um desfecho que ela considera feliz.
Além disso, outro casal que cativa os leitores é Manuela e Garibaldi, cuja história de amor, embora promissora, não tem final feliz. Por último, ainda cito a força de Mariana ao ter um filho de um homem que sua mãe, Maria, jamais aceitou como genro.
Pessoalmente, encontrei certa dificuldade com o ritmo da história, admito que em alguns capítulos fiz uma leitura bem lenta. No entanto, a obra me agradou. Aqueles que apreciaram a minissérie, podem notar diferenças significativas em relação ao livro, mas a leitura definitivamente vale a pena.
O leitor conhece mais da Revolução Farroupilha
O leitor é transportado para o túnel do tempo, sentindo-se imerso nos eventos e instigado a concluir a leitura para se aprofundar na guerra descrita. A revolução iniciou na província de São Pedro, onde também foi proclamada a independência de todo o estado como republicano, resultando na criação da República Rio-Grandense. Com o tempo, a República assumiu uma postura separatista, influenciando movimentos em outras províncias brasileiras.
Feitos de diversos líderes que participaram da revolta são apresentados no livro. Esses homens eram Bento Gonçalves da Silva, Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Davi Canabarro, Corte Real e Teixeira Nunes. Já Bento Manuel Ribeiro lutou em ambos os lados do conflito e, ao final da revolução, apoiou o imperador.
A obra também destaca a influência de ideólogos italianos, incluindo refugiados da Carbonária e outros envolvidos em movimentos republicanos na Itália, como Tito Lívio Zambeccari, Luigi Rossetti e Giuseppe Garibaldi.
Um dos principais catalisadores para o início da guerra foi a imposição de tributos sobre a carne de charque pelo governo imperial. Esse produto era vital para a economia gaúcha da época. Os altos impostos sobre a produção e comercialização do charque elevaram seu preço e reduziram a competitividade dos produtores gaúchos nos mercados interno e externo. Além disso, as políticas fiscais que favoreciam outras regiões do Brasil em detrimento do Rio Grande do Sul intensificaram o descontentamento dos líderes locais e da população em geral.
Quem são os Farrapos?
Os termos Farroupilhas ou Farrapos eram usados para designar todos os que se rebelaram contra o governo imperial. Originalmente, esses termos tinham uma conotação pejorativa, sendo atribuídos aos sul-rio-grandenses associados ao Partido Liberal, bem como aos oposicionistas e radicais em relação ao governo central. Entre eles, destacavam-se os chamados Jurujubas.
Participação dos negros e indígenas na guerra
As guerras podem ser retratadas de diversas maneiras pelos escritores, mas é fundamental que se produza mais literatura gaúcha sobre os heróis negros que lutaram na Revolução Farroupilha. Naquela época, esses indivíduos eram escravizados e participaram da revolução com a promessa de liberdade ao final do conflito. Uma promessa que, infelizmente, não foi cumprida. Eles ainda sofreram com Massacre dos Porongos, onde ocorreu o maior número de morte de homens negros em uma emboscada realizada pelos imperiais.
Assim como os negros, os indígenas também desempenharam um papel ativo na Guerra dos Farrapos, desde o início até o fim. Seu objetivo principal era obter fardas e armamentos, mas muitos deles desertavam de seus postos ou entravam em frequentes conflitos com os líderes das tropas.
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20Evento celebra expansão de espaços e reafirma compromisso com novos talentos no ano em que o Rio é a Capital Mundial do Livro
Nos primeiros 15 dias desde a abertura das vendas dos espaços aos expositores, a Bienal do Livro Rio, que acontecerá em 2025, já registra alta procura. As negociações estão ocorrendo em um ritmo três vezes maior do que antes. Trata-se de um aumento de 256%, reflexo do crescimento significativo no interesse pelo evento. Até o momento, foi vendida cerca de 30% da área total disponível.
Também houve um crescimento significativo no investimento e na dimensão dos espaços adquiridos: 20% dos compradores são novos expositores, enquanto quase 50% das renovações de contratos resultaram em expansão de áreas.Editoras como Ciranda Cultural, Editora Vozes, Boa Nova, LVM e Excelsior lideram este movimento de ampliação, demonstrando confiança no evento.
“Estamos muito otimistas com a próxima edição da Bienal do Livro Rio. A resposta rápida e massiva dos expositores é um sinal claro do entusiasmo do mercado editorial, um indicativo de que estamos no caminho certo. Ofereceremos um evento ainda mais grandioso e diversificado aos visitantes e editoras, celebrando a literatura e promovendo as narrativas”, afirma a Diretora da GL Exhibitions, Tatiana Zaccaro.
A Bienal identificou também que expositores anteriormente ocupantes de espaços para autores e iniciativas independentes estarão presentes novamente em 2025, agora com estandes maiores e montagens próprias. Essa evolução reforça o compromisso do evento em fomentar o mercado.
“A Bienal do Rio é sempre um momento de celebração no mundo do livro. E, nesse ano de 2025, em que comemoraremos o Rio como Capital Mundial do Livro, a primeira cidade de língua portuguesa do mundo a conseguir esse título da UNESCO, as editoras entendem que o conjunto de eventos em torno do livro fará desta edição uma Bienal muito especial e, provavelmente, a maior dos últimos tempos”, destaca Dante Cid, presidente do SNEL.
Capital Mundial do Livro
Realizada pela GL events Exhibitions e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a Bienal do Livro Rio 2025 marcará um ano dedicado à leitura na cidade e será a principal atração do calendário do Rio, Capital Mundial do Livro. O título foi formalizado após a candidatura vencedora da cidade do Rio de Janeiro pela UNESCO e pelo Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro.
O sorteio de área dos espaços também já tem mês definido: fevereiro de 2025. Como de costume, as editoras associadas ao SNEL terão preferência na escolha da área dentro de cada faixa e grupo de metragem. Durante o lançamento, a organização do festival estará disponível também para esclarecer dúvidas.
O título de Capital Mundial do Livro é válido de 23 de abril de 2025 a 23 de abril de 2026 — data em que se comemora o Dia Mundial do Livro. Para ser coroada, o Rio apresentou projetos pela Secretaria Municipal de Cultura para comprovar a importância do seu patrimônio literário. Também foi apresentado um plano de ação com intuito de promover as iniciativas literárias, a sustentabilidade do mercado editorial e o estímulo à leitura entre os jovens, aproveitando as novas tecnologias e o ambiente digital.
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As Máscaras Que Deixamos Para Trás é um spin-off de outro livro publicado por Rhuas
As Máscaras Que Deixamos Para Trás será lançado em e-book no dia 19 de julho deste ano. O livro é um spin-off do celebrado Enquanto Eu Não Te Encontro e celebra a parceria entre os escritores Pedro Rhuas e Luca Guadagnini. A pré-venda está disponível na Amazon, e o título também ficará disponível gratuitamente para os assinantes do Kindle Unlimited.
“Fazer esse projeto foi muito divertido porque meu primeiro contato com Pedro, há dois anos, foi como fã e pedindo dicas de escrita para outro projeto. Quando o convite chegou, fiquei mega empolgado. Enquanto Eu Não Te Encontro é uma das obras nacionais pela qual mais tenho carinho, e poder criar uma história inédita para João foi a minha maior experiência como autor até então.” compartilha Luca.
João Carlos, o protagonista do novo livro, é um personagem enigmático que aparece brevemente em Enquanto Eu Não Te Encontro. Agora, ele ganha uma narrativa completa, repleta de orgulho, amor, inseguranças e desafios. A capa da nova obra foi criada por Ren Nolasco.
Sobre As Máscaras Que Deixamos Para Trás
João nunca beijou. Quando conhece Lucas por acaso na biblioteca da faculdade, ele acredita que sua sorte finalmente mudará. Porém, no primeiro encontro, seu príncipe encantado o abandona ao reencontrar um antigo amor francês.
Meses após o fiasco, João está determinado a seguir em frente sem o tão sonhado beijo de cinema. Mas tudo muda quando ele é encarregado de entrevistar Luna Safira, a enigmática fundadora de um centro de acolhimento queer em Natal. De repente, ele se vê nos bastidores do Baile de Máscaras da famosa boate Titanic, um lugar que jamais imaginou visitar.
Entre drag queens e fantasias de Halloween, em uma noite em que nem tudo é o que parece, João precisará desconstruir as certezas que têm de si. Afinal, mais cedo ou mais tarde, todos precisamos deixar nossas máscaras para trás.
Inovação na Literatura Brasileira
Inspirado por experiências internacionais de colaboração literária, Pedro Rhuas aposta na polifonia — textos em que estão presentes diversas vozes — para engajar leitores e proporcionar imersão literária ainda maior.
“Eu queria experimentar a criação de um universo compartilhado com novos escritores, algo que é mais comum na literatura fantástica. Acredito que esta é uma maneira poderosa de enriquecer a literatura queer no Brasil. Assim que terminam de ler os livros, os leitores têm a opção de permanecer no mesmo universo lendo outros títulos ambientados nele.”, explica Pedro.
A criação do sentimento de universo compartilhado não passa apenas pela utilização de personagens e locais conhecidos dos leitores do Rhuasverso, mas pela identidade visual dos projetos.
Pedro lançou suas primeiras histórias de forma independente entre 2020 e 2021 e já vendeu mais de 100 mil exemplares. Hoje, é um defensor da colaboração e inovação multimídia na literatura. Seus livros contam com músicas originais para divulgação das obras.
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Mostrando versatilidade, a artista quer incentivar a literatura pelo mundo inteiro
Dua Lipa é conhecida por ter uma voz poderosa e lançar músicas dançantes. Porém, muitas pessoas ainda não sabem que, além de cantar, ela também é uma leitora ativa. A artista cresceu rodeada por livros e, devido a isso, lançou o Service95.
O projeto envolve um clube do livro, envio de newsletters com conteúdos personalizados sobre estilo, cultura e sociedade, e o podcast At Your Service. Nesse último, Dua conversa com convidados de diferentes áreas, sendo eles ativistas e até artistas famosos.
Clube do Livro
Todo mês a obra escolhida é anunciada e fica acompanhada de uma enquete com o autor, guias de discussão e outros conteúdos para aprimorar ainda mais a leitura. Esse grande espaço foi criado com o objetivo dos membros compartilharem e discutirem sobre livros significativos.
Assim que você acessa o site, aparece a foto do livro do mês e a seguinte mensagem:
“Estamos entusiasmados por ter um espaço onde podemos partilhar uns com os outros os títulos que mais significam para nós e, juntos, mergulhar nas mentes de alguns dos maiores autores do mundo.
Todos os meses discutiremos um livro escolhido pessoalmente por Dua, representando a escrita de todo o mundo, auxiliado por novo conteúdo editorial – como guias de discussão e listas de leituras adicionais – que o aproximarão dos escritores, de suas inspirações e dos mundos que eles criam. Você está convidado a ler conosco, compartilhar suas ideias e contribuir com suas recomendações sobre os títulos que todos devemos conhecer.”
O site também consiste do Service95 Recommends, onde a própria equipe recomenda livros para adicionar à sua pilha de leitura. As recomendações contam histórias poderosas de vários gêneros, incluindo ficção, livro de memórias e manifesto, desde lançamentos recentes até clássicos da literatura. Quando os leitores compram através dos links disponíveis, o Service95 ganha a comissão de afiliados.
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