Foto: divulgação/ Sony Pictures

Conheça a história de Eunice Paiva e o livro que inspirou Ainda Estou Aqui

O novo longa de Walter Salles conta com Fernanda Torres e se tornou um dos destaques do Festival de Veneza

E, o cinema brasileiro continua brilhando nas premiações internacionais! No último domingo (01), após a exibição de Ainda Estou Aqui no Festival de Veneza, o novo filme de Walter Salles foi ovacionado de pé pela plateia durante dez minutos. 

A produção é estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello e tem lançamento no Brasil marcado para 15 de março de 2025. Segundo o Deadline, a performance de Torres no filme pode colocá-la na disputa por prêmios nesta temporada. Confira o teaser abaixo:

Mas, além das atuações incríveis, o filme chama atenção pela sua história tocante. Inspirado no livro homônimo do jornalista Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015, conta o passado da família Paiva: Rubens Paiva, ex-deputado federal, Eunice Paiva e seus cinco filhos.

A história de Eunice Paiva

Em 1971, no Rio de Janeiro, durante a ditadura, Eunice e Rubens Paiva foram presos e levados ao DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), junto de sua filha mais velha, Maria Eliana. Eunice é interrogada por duas semanas e sua filha é liberada um dia depois. Mas, Rubens nunca mais retornou.

Foto: divulgação/ Sony Pictures

O documento oficial dos militares afirmava que o ex-deputado havia sido levado durante um deslocamento e até sugeria que ele havia fugido para Cuba, onde supostamente tinha outra família. Apesar de tudo, Eunice nunca desistiu de buscar a verdade sobre o desaparecimento do marido. 

A família apenas recebeu o atestado de óbito em 1996, 21 anos após a morte dele. Eunice Paiva começou a estudar direito em 1973 e ajudou atuando em diversas políticas e causas sociais. Ela foi uma das principais articuladoras da lei 9.140, que ajudava a reconhecer a morte de desaparecidos da ditadura militar. Mesmo com o reconhecimento da morte de Rubens, a família nunca descobriu o paradeiro do corpo.

Após a morte de seu marido, a história de Eunice continuou repleta de muita luta. Ela conciliou a rotina de mãe e pai com a faculdade de Direito, tornou-se uma advogada respeitada e combateu a política indigenista até o fim da ditadura, tornando-se uma especialista. 

Fundou, em 1987, o Instituto de Antropologia e Meio Ambiente, atuante na defesa de povos indígenas e, em 1988, foi consultora da Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela Constituição Federal Brasileira. Durante toda sua vida até os dias de hoje, ela se tornou um símbolo e exemplo da luta contra a ditadura militar.

Eunice Paiva faleceu em 2018, após conviver 14 anos com Alzheimer.

Foto: divulgação/ Sony Pictures

O filme de Walter Salles

Fernanda Torres e Selton Mello interpretam o casal Eunice e Rubens Paiva. O elenco ainda conta com a participação especial de Fernanda Montenegro, interpretando a versão mais velha de Eunice. 

O longa concorre ao Leão de Ouro no Festival de Veneza, um dos maiores eventos do mundo do cinema. Além disso, também será exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto e no Festival de Cinema de Nova York

 

E aí, já conhecia a história? Tá ansioso para o filme? Conta pra gente nas redes sociais do Entretetizei (Instagram, Facebook e Bluesky) e não deixe de nos seguir para ficar dentro das novidades!

Texto revisado por Angela Maziero Santana

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