Saiba os segredos da turnê que promete encantar São Paulo

Do coração de Petrópolis, no Rio de Janeiro, surge um coletivo artístico que ousa desafiar as fronteiras entre o clássico e o contemporâneo, o teatro e o circo, a música erudita e a cultura popular. Os Palhastônicos, formados por Dalus Gonçalves (Palhaço Tonico), Léo Gaviole (Palhaço MortaNdela), Andressa Hazboun (Palhaça Flor Tullêncya) e Madson José (Palhaço Cacareco), embarcam em sua primeira turnê mais extensa por São Paulo com o espetáculo Velho Circo, Novo Mundo, através do prestigiado edital Viagem Teatral do SESI-SP.
Clássicos da literatura, teatro, circo e música ganham nova vida nas mãos dos Palhastônicos. Eles não só recontam as histórias, mas as transformam em brincadeiras divertidas. “Talvez, mais do que releitura, a gente pensa em jogo, brincadeira, o que nos permite também alargar a ideia de clássico”, explicam. Um exemplo é o Bachião, momento em que o diretor musical e integrante do elenco, Dalus, mistura a música de Johann Sebastian Bach (1685-1750), um dos maiores compositores da história da música ocidental, com o baião, ritmo contagiante de Luiz Gonzaga. “Então, a gente faz um ‘Bachião’”, contam os artistas.
Além disso, o espetáculo integra o universo do circo de maneira criativa à história contada no palco: “Outro jogo está em abordar com elementos circenses: o monociclo virou Roncinante, o cavalo de Dom Quixote; a bruxa faz malabares com a maçã envenenada; Romeu se equilibra em uma perna de pau para falar com Julieta no balcão (escada, no nosso caso) e por aí vai…”, detalham os Palhastônicos.
A colaboração como essência criativa

A força do grupo Palhastônicos vem da mistura de talentos e experiências. Os artistas dominam tanto o circo quanto o teatro, o que torna o trabalho deles único. A chegada do músico Dalus trouxe ainda mais música para o grupo, e todos aprendem e trocam conhecimentos o tempo todo. Eles mesmos dizem que essa troca de saberes é parte de sua curiosidade.
“Poderia até comparar com uma máquina, que cada um tem uma função e no todo constroem algo, mas máquinas são muito mecanizadas. Estamos mais para um sistema orgânico de colaboratividade… assim como o corpo humano, cheio de vida, trabalhando em sinergia, afetando e sendo afetado sensorialmente”, descrevem os Palhastônicos sobre seu processo criativo.
Expectativas e desafios da turnê paulista
Após circularem com sucesso pelo Rio de Janeiro, a expectativa de levar sua arte para São Paulo é imensa para o quarteto. Primeiramente, a turnê representa uma oportunidade única de conhecer novas cidades, encontrar novos públicos e expandir sua rede de contatos artísticos. “Afinal, sem o encontro não existe o Teatro, nem o Circo, nem a Palhaçada!”, celebram.
Além disso, o grupo almeja estabelecer conexões principalmente para produtores de festivais, visando ampliar seu alcance e reconhecimento. Contudo, os desafios de uma turnê mais extensa se junta a paixão pela arte e o desejo de compartilhar sua magia com o público.
Magia para todos os públicos

O espetáculo Velho Circo, Novo Mundo é feito para todos, não importa de onde as pessoas vêm ou como vivem.“As características do espetáculo possibilitam a interação com qualquer público, independente de qualquer questão. A diversidade de linguagens (teatro, circo, música, palhaçaria, literatura), torna o mesmo mais dinâmico, gerando um maior interesse e empatia do público, independente do local onde venha a ser apresentado, seja no Centro Cultural FIESP ou em uma pequena comunidade do interior”, afirmam os artistas.
Com uma apresentação de graça marcada no Sesc Campo Limpo, os Palhastônicos provam que querem levar sua arte para todos, permitindo que mais gente conheça o circo. “Para nós é extremamente importante poder realizar nossos espetáculos em espaços e locais diversos, em especial quando há a possibilidade de oferta dos mesmos de forma gratuita, permitindo que mais pessoas possam ter acesso ao nosso trabalho”, enfatizam sobre a importância de alcançar diferentes públicos.
Um legado de reconhecimento
O grupo Palhastônicos sempre busca fazer um trabalho de alta qualidade. Isso fica claro nas peças que ganharam prêmios, como o Velho Circo, Novo Mundo, que foi indicado ao Prêmio Maestro Guerra Peixe. Eles explicam que a simplicidade é riqueza quando se trata de apresentação.
Aliás, nos espetáculos, é utilizado um elemento peculiar: a empanada. Inspirada nas cortinas usadas por artistas de rua para trocas de figurino, a empanada funciona como um palco portátil. Através dela, os artistas entram e saem de cena, realizam trocas de roupa rápidas e criam efeitos visuais surpreendentes. Esse recurso, presente desde a primeira apresentação do grupo, tornou-se uma marca registrada de sua identidade visual.
Unidos pela arte e a longevidade do grupo

A formação dos Palhastônicos se deu de maneira espontânea, a partir da afinidade e do desejo mútuo de criar. Dessa forma, a união do grupo vai além da profissionalização. “Para sempre é muito longe, distante… a gente só quer tá junto no agora, brincar e viver esse presente momento que nos é agraciado! A gente começou assim, meio que no caso, que virou vontade de estar junto, e virou saudade quando não tá! Nosso encontro vai além da garantia do pão e possibilidade de viver da nossa arte, alimenta nossa alma e fortalece o bem querer um pelo outro!”, revelam sobre o sentimento que os mantém juntos.
Com a estreia de Velho Circo, Novo Mundo em São Paulo, no dia 5 de abril, no Centro Cultural FIESP, e a promessa de apresentações em diversas cidades do interior, os Palhastônicos se preparam para contagiar o público paulista com sua arte vibrante e inovadora, reafirmando o poder transformador do teatro e do circo. “A expectativa de circular por São Paulo é grande. Uma oportunidade ímpar de conhecer novas cidades e encontrar novas pessoas. Sempre é bom estar circulando e brincando com o público, seja onde for. Essa é a razão do nosso fazer/viver!, comemoram sobre a turnê.
Onde assistir o espetáculo?
Estreia
Data: 5 de abril (sábado) às 16h
Local: Centro Cultural Fiesp – Espaço Esplanada
Endereço: Avenida Paulista, 1313 (em frente à estação Trianon-Masp do Metrô) – Bela Vista/São Paulo
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
Demais datas:
Campinas – SP
Data: 6 de abril (domingo) às 11h
Local: Feira de Barão Geraldo – Praça do Coco
Endereço: Rua Manoel Antunes Novo, 822 – Barão Geraldo – Campinas/SP
Entrada franca (gratuita), colaboração espontânea no CHAPÉU
Santa Rita do Passa Quatro – SP
Data: 10 de abril (quinta-feira) às 15h
Local: Espaço SESI de Cultura de Santa Rita do Passa Quatro
Endereço: Rua José Gracioso, 140 – Jardim Itália – Santa Rita do Passa Quatro/SP
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
Cosmópolis – SP
Data: 11 de abril (sexta-feira) às 14h30
Local: Estação SESI de Cultura de Cosmópolis
Endereço: Av. da Saudade 1107 – Bairro Rosamélia – Cosmópolis /SP | Área de Convivência
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
Atibaia – SP
Data: 12 de abril (sábado) às 15h
Local: Estação SESI de Cultura de Atibaia – Área de Convivência
Endereço: Rua da Meca,360 – Jardim das Cerejeiras
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
São Paulo – SP
Data: 19 de abril (sábado) às 16h
Local: Centro Cultural Fiesp – Espaço Esplanada
Endereço: Avenida Paulista, 1313 (Em frente à estação Trianon-Masp do Metrô) – Bela Vista/São Paulo
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
São Paulo – SP
Data: 20 de abril (domingo) às 16h
Local: SESC Campo Limpo
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120 – Vila Prel, São Paulo/SP
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
São Paulo – SP
Data: 26 de abril (sábado) às 16h
Local: Centro Cultural Fiesp – Espaço Esplanada
Endereço: Avenida Paulista, 1313 (Em frente à estação Trianon-Masp do Metrô) – Bela Vista/São Paulo
Entrada franca (gratuita), sujeita à lotação
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Texto revisado por Karollyne de Lima