Filme estrelado por Sophie Thatcher tenta chocar o espectador a todo momento com uma sucessão de reviravoltas
No dia 6 de fevereiro, Acompanhante Perfeita chegou aos cinemas brasileiros. A ficção científica mistura romance, comédia, suspense e um toque de terror. Dirigido e roteirizado por Drew Hancock, o filme tem Sophie Thatcher, Jack Quaid e Lukas Gage no elenco principal.
O enredo, aliás, poderia facilmente ter saído de uma das temporadas de Black Mirror (2011-presente), já que a trama faz uma crítica às idealizações amorosas, mostrando um futuro onde as relações humanas podem ser substituídas por robôs programados para atender às nossas necessidades da forma que desejarmos.
![Sophie Thatcher com expressão séria.](http://entretetizei.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Filme-A-Acompanhante-Perfeita-promete-encantar-publico-Foto-Warner-Bros-Pictures.png)
Em Acompanhante Perfeita, Iris (Sophie Thatcher) e Josh (Jack Quaid) se conhecem em um supermercado, em uma cena digna de comédia romântica. A química entre eles é instantânea e, a partir daí, embarcam em um relacionamento intenso.
Apaixonados, os dois decidem viajar com amigos para um fim de semana em uma casa à beira do lago. Contudo, o que deveria ser uma viagem divertida se transforma em um pesadelo quando Iris é revelada como um robô. A descoberta desencadeia uma sucessão de perseguições, violência e segredos que vêm à tona.
Em meio ao caos, Iris precisa lidar com sua própria natureza e compreender quem – ou o que – ela realmente é. Mas será que alguém sairá vivo para contar essa história?
É importante dizer que, se você espera um filme de ficção científica profundo e reflexivo, Acompanhante Perfeita pode não atender às suas expectativas. Aqui, o foco está no entretenimento: uma trama envolvente para passar o tempo, se surpreender com alguns plot twists e se divertir com os diálogos sarcásticos entre os personagens.
O ideal é não levar a história de Drew Hancock a sério demais — algo reforçado constantemente pelas atitudes, muitas vezes absurdas, dos personagens, que, ainda assim, fazem sentido dentro do contexto do filme. No entanto, na tentativa de surpreender o tempo todo com reviravoltas, chega um ponto em que a trama perde o foco, deixando o espectador sem nada sólido a que se agarrar.
Assim como em todo filme onde um grupo de amigos se vê preso em um local isolado enquanto enfrenta uma série de eventos caóticos, este também traz seus clichês e personagens estereotipados. É fácil prever o papel de cada um na trama. Porém, não se engane — em certo momento, o diretor até que consegue surpreender o espectador.
Além disso, o filme tenta incorporar uma crítica social por meio de uma narrativa sobre abuso, controle e libertação feminina. Todavia, essa abordagem perde força devido aos caminhos previsíveis que a trama segue. Como resultado, a crítica acaba sendo superficial, ofuscada pelo foco em outros elementos. Sendo assim, espere muitas cenas de suspense e ação.
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Texto revisado por Laura Maria Fernandes de Carvalho