Hoje é dia de homenagear os profissionais que tornam a literatura nacional tão bela e diversa
O Dia Nacional do Escritor é celebrado no dia 25 de julho desde o ano de 1960. Na ocasião, ocorreu a 1° edição do Festival do Escritor Brasileiro, em parceria com a União Brasileira de Escritores (UBE) e apoio do então ministro da Educação e Cultura, Paulo Penido.
Com o principal objetivo de valorizar o trabalho dos escritores nacionais e enaltecer a cultura brasileira que é viva e transversal, o Dia Nacional do Escritor é celebrado desde então.
Maria Carolina de Jesus, considerada umas das grandes personalidades de seu tempo por sua produção intelectual e participação ativa na política, certa vez disse que “O livro é a melhor invenção do homem”. Quando Maria Carolina escreveu esta frase, que está publicada no seu livro mais aclamado, Quarto de Despejo (1960), no mesmo ano em que era decretado o Dia Nacional do Escritor, ela estava correta, a melhor invenção do homem, sem sombra alguma de dúvidas, foi o livro. Um exemplo de mulher a frente de seu tempo não é mesmo?
Que tal celebrar esta data tão importante para a literatura brasileira relendo trechos de poderosas autoras clássicas?
1. Cora Coralina
Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar a palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
e ser otimista.
2. Cecília Meireles
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
3. Adélia Prado
O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre.
4. Hilda Hilst
Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.
5. Clarice Lispector
Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
6. Conceição Evaristo
O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais.
7. Maria Firmina dos Reis
Canta, poeta, a liberdade, – canta.
Que fora o mundo sem fanal tão grato…
Anjo baixado da celeste altura,
Que espanca as trevas deste mundo ingrato.
Oh! sim, poeta, liberdade, e glória
Toma por timbre, e viverás na história.
8. Lygia Fagundes Telles
A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza.
9. Ana Cristina Cesar
Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei…
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.
10. Lygia Bojunga
Os livros que eu li e amei estão sempre por perto. Não só pra, volta e meia, dar uma namorada de olho com eles, alisar um bocadinho a lombada, fazer uma festa na capa, mas também pra, de vez em quando, convidar, vamos de novo? e lá ficarmos os dois, outra vez esquecidos do mundo, nessa tal de amarração de quem escreve e de quem lê.
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*Crédito da imagem de destaque: divulgação/Entretetizei