Cassete inclui 15 músicas inéditas e colaborações com artistas como Gabriel Garzón-Montano e Carlos Sadness
Com letras inspiradoras, estética única e muita autenticidade, a cantora venezuelana Andrekza lança seu primeiro álbum. Em entrevista ao Entretetizei, ela conta sobre o seu processo criativo, inspirações e até qual seria o seu feat dos sonhos.
Intitulado de Cassete, o álbum traz como destaque a faixa Mil Curitas, produzida pelo famoso produtor Albert Hype, conhecido por trabalhar com grandes nomes da música como Bad Bunny, Kali Uchis e Rauw Alejandro. O álbum possui 15 músicas inéditas e inclui colaborações com artistas como Gabriel Garzón-Montano e Carlos Sadness.
Confira nosso papo com a artista:
Andrekza: Yo yo amigos do Brasil aqui é a Andrekza, me sinto muito emocionada porque estarei falando com minha família de “Entrevistei”.
Entretetizei: Quero te agradecer por estar aqui falando com a gente, especialmente nesse momento tão especial do lançamento do seu primeiro álbum. O que você pode nos dizer sobre seu novo álbum?
A: Olha, muito obrigada por me trazer aqui. De verdade, muito agradecida de que tenham tido a oportunidade de se conectar com minha música. Este novo álbum, para mim, é um momento muito importante da minha carreira, porque venho trabalhando, lançando os singles em certas semanas e compartilhando como cada etapa de minha vida, pouco a pouco e ter a oportunidade de que finalmente, dois anos depois, o álbum está aí… vai estar aí neste 8 de abril, com 15 músicas, com 15 vídeos, em que tive a sorte de poder ter completamente o poder criativo de todos os meus projetos, tanto na música como nos visuais, toda a parte estética… então tudo vem de verdade, da minha criatividade, do meu coração e espero que as pessoas recebam assim, e curtam, que já possam ver esse universo unicorniolândia que eu compartilhei, pedacinho por pedacinho, e agora já vai estar completo, um projeto completo, todo inteiro.
E: Por que esse nome para o seu álbum?
A: O álbum é Cassette porque o cassete… eu chamo de cassete e todos os meus fãs me dizem: “e aí, quando vai sair o cassete?” todo mundo me pergunta… mas cassete é porque minha mãe me deu de presente um reprodutor de fita cassete quando eu era pequena e essa foi a primeira conexão que eu tive com a música, porque eu… minha tia tinha um discman, sabe? Aquele que se colocava o CD, e então eu tinha o de fita cassete e era tipo: ah, eu pensava que o de CD era melhor, então eu dizia: “ai, ela tem o do CD e eu tenho o de fita cassete”, mas então eu comecei a me apaixonar pelo reprodutor porque era isso que eu tinha, entende? E então, em um momento me dei conta que eu podia gravar meus poemas e eu desde que tenho 8 anos escrevo poesia, então eu podia gravar meus poemas no reprodutor de cassetes e também pôr música. Então eu colocava Christina Aguilera, Britney Spears ou qualquer rapper venezuelano que eu gostasse. E no meio, eu colocava tipo, eu vinha com… qualquer poema que eu pudesse escrever na loucura.
E, então isso me pareceu super interessante e essa foi a primeira vez que eu me apaixonei pela possibilidade de transformar meus poemas em uma canção. Então, quando ia compartilhar minha primeira música, as pessoas iam me conhecer pela primeira vez, eu disse: “ok, tenho que compartilhar…”, ou seja, eu quero que as pessoas se sintam como eu me senti a primeira vez que descobri que era possível esse cassete, tipo transformar em canções, poemas e tudo isso. Então, bom, isso é um pouquinho do que é o Cassette.
E: Incrível. E quais são suas inspirações?
A: Olha, o que me inspira é a vida. Me inspira poder, mesmo que soe clichê, poder realmente estar presente. Creio que há agora uma uma falsa onda energética na qual as pessoas dizem “estou, tenho energia limpa, estou presente” e tal, mas na realidade, não. As pessoas na realidade não estão presentes, as pessoas, na realidade, seguem certas tendências e certas coisas e não vivem o momento que estão passando, então, eu acho que, eu ter a oportunidade de me sentir presente, de me sentir feliz com o que estou vivendo, de me sentir agradecida e de poder dizer “ok, uau”. Tipo, tudo isso, se é que me entende, eu conquistei sozinha, quando eu comecei com isso, não tinha nem manager, entende? Era tipo… eram simplesmente ideias e ter a disciplina de fazer todos os dias, então isso para mim, já é inspiração e logo, tem artistas, que claro, me inspiram muitíssimo: Hayao Miyazaki, me inspira muito, Yayoi Kusama, hm… não sei, há muitos artistas do lado de… tipo, de artes plásticas e tudo isso que me inspiram muitíssimo e creio que pela maneira pela qual essas pessoas têm tido a oportunidade de viver, sabe, tipo, eu tenho podido ler muitas biografias sobre eles, biografias sobre tudo que tiveram de passar para chegar a… sabe, a ter isso que sonharam, ou coisas assim.
Então, na verdade é, tipo super super inspirador para mim. Assim como admiro muitíssimas poetas, não sei, Josefina de La Torre, Emily Dickinson, tipo têm sido poetas que têm me marcado de certa maneira a vida, através da poesia, Gabriel García Márquez, por exemplo. Então, tipo, tem coisas que, que sabe, que simplesmente inspiram e é isso, eu acho que tudo é uma inspiração, sabe? Agorinha eu estava fazendo, comendo macarrão e fiz um macarrão para mim com tofu e tal, e me sentia tão feliz de que podia e, tipo, de que isso… de que eu tinha, tipo, eu não como carne, então disse: ah, mas quando comia, adorava macarrão com carne moída, e eu: “ah, sim, vai ser um macarrão com carne” e fui e fiz com tofu e o gosto era igual. E me senti tão agradecida de poder me sentar para terminar meu trabalho comendo isso… não sei, são as pequenas coisas que fazem sentido e que se queira viver, não?
E: Muitas inspirações. E como define seu estilo musical?
A: Olha, eu acho que é um experimento. Este álbum alude ao eclético, alude a algo que varia por muitíssimas transições, gênero, sons, melodia… Então, eu acho que é muito cedo para definir meu estilo musical, mas o que estou fazendo é compartilhar o que sinto hoje. Não sei o que vou sentir amanhã, de repente amanhã eu lanço um rock e sei lá, ou seja, não sei o que vai acontecer. Não sei, mas hoje o que sinto é isso e isso é o que estou compartilhando, este é meu álbum Cassette. E bom, espero que curtam porque foi um processo criá-lo e além disso, a criação é muito linda, tem muitos criativos de distintas partes do mundo, muitos produtores diferentes, muitos compositores que escreveram comigo em certas canções, também de distintas partes do mundo. Sim, de distintas partes do mundo e de distintas partes de América Latina. E isso é interessante também, teve tipo, a equipe que se criou para criar este projeto.
E: E qual é o feat dos seus sonhos?
A: Eu acho que tenho nos feats dos meus sonhos, nesse momento, no meu álbum, tem um featuring com Carlos Sadness, el remix, TÉ (remix) com Carlos Sadness y tem Tuve com Gabriel Garzón Montano e me sinto muito feliz de ter, bom, dividido essas músicas com eles, de que Carlos tenha podido entrar nesse universo e ele entra tão perfeito no universo de TÉ , eu adorei ter tido a oportunidade de trazer o Gabriel Garzón Montano ao meu mundo, quando ele, expõe sua arte de uma maneira tão diferente e tem um estilo tipo tão particular, e de repente ter a oportunidade de trazê-lo a este universo, para mim foi tudo.
Então, me sinto bastante agradecida. Espero, em algum momento da minha vida, poder colaborar com Tierra Whack adoraria colaborar com Tierra Whack, adoraria colaborar com Nathy Peluso, adoraria colaborar com Bad Bunny e… gosto também da Anitta. Adoro a Anitta, adoro o empoderamento que tem e as garras e que me sinto muito identificada com ela, porque ela faz o que tem vontade e além disso, é super linda! Ou seja, Anitta é que… é uma coisa espetacular, eu não a conheço pessoalmente mas, bem, tudo o que eu tenho visto e tal, é lindo demais. Então, sim, eu adoro. Eu acho que as colaborações têm que vir quando há uma conexão, quando as pessoas se entendem, se curtem e tal, porque as coisas forçadas se percebem forçadas e no final, tipo, você investe energia, tempo, dinheiro e tudo e no final, não acontece nada porque as pessoas não se convenceram, então… Espero poder conectar com estas artistas e que depois, em um futuro, a admiração, seja mútua e eu.. tudo isso que digo hoje como fã, possam conhecer minha arte e possamos compartilhar coisas.
E: Eu adoraria um feat com a Anitta. E você conhece o Brasil?
A: Conheço o Brasil sim, fui ao Rio de Janeiro, faz tipo uns quatro anos… não, mentira, faz mais tempo, faz tipo uns sete anos ou algo assim. E eu adorei, adorei o Rio de Janeiro, achei super lindo. Conheci suas partes lindas e as partes que para vocês são não tão lindas e eu adorei, adorei todas as… toda a combinação da cidade, a energia das pessoas, o que se sente, as praias, o sol. Ai, foi espetacular, de verdade.
E: Pode vir nos visitar, por favor.
A: Sim, eu quero ir. Logo, vou estar aí no Brasil. De que parte do Brasil você é?
E: São Paulo, você conhece?
A: São Paulo não conheço, mas quero, quero, quero, quero, quero, eu vou..
E: E para terminar, pode deixar uma mensagem?
A: Olha, eu acho que a mensagem que sempre tenho é que nunca deixe de acreditar em você, apesar de que isso… há uma palavra que sempre escutamos muito tipo “não, tudo vai ficar bem” e tal, mas sério… Não deixe de acreditar em você, não pense que há muita gente fazendo isso e por isso você não vai fazer. Realmente, a magia está dentro de nós, cada um tem um brilho, cada um tem uma magia, cada um veio a este mundo por um propósito, com um propósito e para aprender algo. Então, eu acredito que se nós temos a disciplina, a constância e o, a clareza do que queremos construir e do que queremos fazer nós mesmos pela nossa vida, não há nenhum obstáculo que possa realmente se interpor nisso, não importa de onde você venha, não importa de onde você seja. Eu sou imigrante de primeira geração, da Venezuela, vivo em Los Angeles e vivo hoje do que quero, eu não tive que vender, nem meu corpo, nem minha cabeça, nem meu espírito, nem nada, para conseguir o que eu queria, então a possibilidade sempre está em você, o “acreditar” sempre está em você, a gente tem que acreditar na gente primeiro, para que os outros possam se somar a essa causa, a essa missão e essa… então, eu acho que essa é minha mensagem.
E: Genial. Obrigada por falar com a gente.
A: Não, muitíssimo obrigada a você. Obrigada por me abrir a porta. Obrigada por fazer o esforço de falar nosso idioma.Obrigada por estar aprendendo, de verdade. Obrigado.
E: Quando vir ao Brasil, por favor, me ligue!
A: Sim, vou te ligar!
E: Vamos ser amigas!
A: Sim, sim, você vai ver que sim, assim que eu for, você vai saber. Obrigada por esta entrevista, é uma das primeiras vezes que converso com gente do Brasil, por isso é que bom, muitíssimo obrigada por esta oportunidade.
E: Obrigada você!
A: Te mando um beijo grande. Se cuida. Bye bye.
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação