Em meio à pandemia do novo Coronavírus, dupla lança novo single, Pássaros, e responde a uma pergunta feita pelo Entretetizei sobre antigos sucessos
“E nessa loucura, de dizer que não te quero…” Na última quarta-feira (12), o Entretetizei participou de uma coletiva de imprensa em parceria com o portal Rezenha Musical e entrevistou os dois maiores nomes da música nacional, Chitãozinho e Xororó. Prestes a completarem 50 anos de carreira, a dupla ficou bem à vontade com as perguntas dos jornalistas e conversou sobre música, como a pandemia do novo Coronavírus afetou suas produções, projetos futuros e o lançamento de seu último single, Pássaros.
A canção foi lançada oficialmente no dia 18 de abril e teve sua estreia no programa Domingão do Faustão. Para eles, a música fala sobre amor e a liberdade de estar junto. O processo de gravação ocorreu quase exclusivamente à distância. “A ideia partiu de fazer três músicas inéditas, então eu fui para o estúdio perto da minha casa e gravamos um vídeo, cada um na sua, bem preservado e paramentado. Fizemos distanciamento à risca. E aí a gente gravou dessa forma, somente comigo, e o Chitão conheceu a música através do Instagram e aí ele colocou a voz”, conta Xororó.
Quando perguntados sobre a história de uma das maiores músicas de sua carreira, Evidências, a dupla matou a curiosidade dos fãs. Segundo Chitãozinho, essa música chegou a eles na época da fita cassete. “A gente estava andando de Campinas para São Paulo ouvindo um cassete que o Zé Augusto mandou pra gente, com várias músicas. Nós gostamos de algumas, ele falou que iria mandar uma música que já tinha sido gravada, mas não foi gravada do jeito que precisava e se vocês quiserem regravar, tá (sic) com vocês. E era Evidências. Ela tinha sido gravada anteriormente pelo irmão do Michael Sullivan, o Leonardo Sullivan”, conta ele.
Para Xororó, a música encaixou como uma luva. “A gente ouvia tudo o que a gente recebia e não tivemos dúvida. Quando fomos para o estúdio que o Julinho Teixeira fez a introdução no teclado e a música ficou daquele formato, a gente falou ‘“essa daqui vai dar um bom barulho’”. Mas é óbvio que ninguém esperava que ela fosse durar tanto tempo e se tornar a música mais importante”, diz.
Para o futuro, eles responderam que ainda existem alguns projetos para serem lançados ao longo do ano e que “enquanto tiver música boa, estamos cantando”. Uma parte extremamente importante da entrevista foi quando ambos deixaram bem claro que estão seguindo todos os protocolos de saúde, não se aglomerando, sempre usando máscaras e álcool em gel. Inclusive, eles pedem aos fãs para que sigam se distanciando e se protegendo para que, em breve, eles possam voltar aos palcos e fazer o que gostam mais: cantar e emocionar seu público.
Pegue a viola e a sanfona que eu tocava. O seu filho vai voltar!
Esta que vos escreve teve a chance e a grande honra de fazer uma pergunta para a dupla e escolheu pedir para que eles nos contassem qual álbum eles mostrariam para a nova geração, que não conhece Chitãozinho e Xororó.
Entretetizei: Vocês sempre fizeram muito sucesso com as músicas que lançaram. Se pudessem escolher um álbum para apresentar para a nova geração, que ainda não conhece Chitãozinho e Xororó, qual vocês escolheriam?
Chitãozinho: Oi, Lorraine. Eu escolheria um álbum que se chama Nova Geração. Foi um dos primeiros comemorativos, de 40 anos, isso há dez anos ou até um pouco mais, e a gente conseguiu reunir todo mundo que tava [sic] fazendo muito sucesso. Era praticamente o começo do sucesso do Luan Santana, Jorge e Mateus e existia aquele momento maravilhoso da nova geração. O bom é que agora tem o trabalho do Gusttavo Lima, da Marília Mendonça, da Yasmin. Tem muita gente bacana dando sequência com muito talento, fazendo uma música gostosa de curtir, com uma levada boa. Eu fico muito contente de ver a música sertaneja dando essa sequência com essa nova geração.
Xororó: Eu escolheria o álbum Sinfônico, que quando completamos 40 anos de carreira, a gente teve o privilégio de cantar na Sala São Paulo, sob a regência do Maestro Carlos Martins. Ali eu acho que foi meio que colocou a nossa música num lugar que ela vinha merecendo já há um certo tempo. A seriedade do nosso trabalho… eu acho que a gente foi muito feliz com essa parceria com o Carlos Martins. Tanto é que a gente vai dar sequência agora nos 50 anos, 10 anos após esse trabalho. A gente tá à vontade, a esperança e a gana de fazer um trabalho tão importante e tão bem feito quanto esse. Então, eu acho que esse representa bem a nossa história, Chitãozinho e Xororó – Sinfônico.
E: Dois álbuns maravilhosos. Muito obrigada, Chitãozinho e Xororó e obrigada pela oportunidade, Rezenha!
X: Obrigado a você!
C: Adoro o Rio de Janeiro!
X: Estava com saudade de falar com alguém do Rio. Alô, Rio de Janeiro! Saudade de vocês!
E: Estamos esperando vocês aqui em um pós-pandemia para um show grandioso!
C: Certeza! Estaremos aí no antigo Metropolitan.
Assista a entrevista completa aqui:
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*Crédito da foto de destaque: Reprodução