Julia Foti reflete sobre sua participação em Senna, relação com o esporte e projeto de incentivo à participação feminina em modalidades esportivas
Em entrevista exclusiva ao Entretetizei, Julia Foti contou sobre sua conexão com a história de Ayrton Senna, sobre como foi interpretar Adriane Galisteu na minissérie Senna (2024) da Netflix e sobre seu projeto voltado para esportes, como apresentadora esportiva.
A atriz e apresentadora paulistana interpretou recentemente Adriane Galisteu na minissérie Senna, tendo também atuado em projetos como Vizinhos (2022), ao lado de Leandro Hassum, Juacas (2017) do Disney+ e Novo Mundo (2017) da Globo.
Em paralelo, Foti vem crescendo como apresentadora esportiva, participando do programa semanal Resenha FC, na Rádio Clip FM – 88.7, desenvolvendo um projeto de incentivo à participação de mulheres nos esportes e tendo coberto os jogos olímpicos pelo Time Brasil em parceria com a Mormaii.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Entretetizei: Julia, qual é a sua relação com a história do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna? O que fez com que você se interessasse pelo projeto da Netflix Brasil?
Julia Foti: Eu acho que Ayrton Senna fez parte da história de todo brasileiro vivo na época, até pros mais desavisados (risos). Eu, por sorte, revi corridas dele e continuei assistindo F1 por muitos anos com a minha família. Apesar das memórias incomparáveis dos meus pais na época de Senna, eles continuaram acompanhando as F1 e eu fui incentivada a isso também.
Por outro lado, esse projeto é de uma produção enorme! Em nível mundial! Não ficamos pra trás de grandes produções internacionais e isso é de um orgulho muito grande! O Brasil é gigante de talentos, gigante de história, e essa série tá aí pra provar que podemos fazer coisas incríveis! E fazer parte disso é muito emocionante! Estou muito feliz e honrada!
E: Como foi o processo de se preparar para interpretar Adriane Galisteu, de contar a história de uma personalidade viva tão conhecida, além de uma pessoa importante na vida de Senna?
J: Eu busquei referências de entrevistas atuais e antigas, podcasts, mas principalmente no livro Caminho das Borboletas (1994), onde Adriane ainda era uma menina contando sobre o amor dela por Ayrton, suas descobertas, e um mundo novo que conheceu ao lado dele… Existem também alguns vídeos e entrevistas de Senna falando sobre Adriane… Isso foi emocionante e inspirador, com certeza.
E: Como apresentadora, você diria que Galisteu foi uma das suas influências para escolha de carreira?
J: Na verdade, as minhas práticas esportivas (futebol, capoeira, surf, lutas…) e o meu interesse em falar sobre esses esportes, me levaram também pra esse universo de apresentadora, assim como foi com a atuação. Mas, a partir do momento em que isso virou minha carreira, também virou minha prioridade. Mergulhei nos estudos, pesquisei muito sobre grandes nomes e referências… E, com certeza, Adriane foi um deles.
E: Julia, além de atriz, você é também apresentadora esportiva no programa Resenha FC e tem uma série nas suas redes sociais “te ajudo a encontrar o match perfeito no esporte”. Como surgiu seu projeto pessoal de incentivar mulheres à prática esportiva?
J: Eu tenho cinco cirurgias nos joelhos e passei importantes anos da minha vida em fisioterapias, me recuperando para voltar a fazer o que eu mais gostava: esportes, atividades físicas, dançar, atuar… E sempre conheci mulheres dizendo que, por dor, e principalmente por vergonha de “não serem boas”, elas não começavam novas atividades.
Confesso que sempre tive facilidades para esportes, mas o meu corpo também passou por adaptações! Tive que renunciar a coisas que gostava muito, mas depois encontrei outras que também me fazem felizes.
Eu acho que às vezes é só uma questão de perspectiva. Não necessariamente você “não gosta de nada”… Às vezes você só se limitou a ver as coisas mais óbvias e não procurou outras possibilidades. E é aí que eu surjo! Com esportes variados, atividades físicas diferentes e muitas possibilidades de fazer diferente. Eu acredito muito nesse projeto e recebo depoimentos bem legais sobre a mudança que tiveram em suas vidas.
E: Você cobriu os Jogos Olímpicos de Paris pelo Time Brasil, em parceria com a Mormaii. Como foi viver essa experiência única, sabendo que tudo começou a partir de um sonho seu dentro de um estúdio em sua própria casa? Tem algum momento que se destaca nas suas memórias das olimpíadas?
J: Eu tinha decidido fazer uma cobertura dos Jogos Olímpicos com a rádio local e a televisão da cidade e, pra isso, o projeto foi ganhando patrocinadores e muita força para que desse certo. Conforme a gente foi criando qualidade nas gravações, novas empresas foram se apresentando a nós com vontade de fazer parte do Boletim Olímpico. Até chegar na Mormaii e eles dizerem que tinham interesse em me levar para Paris.
Ou seja, se eu não tivesse mostrado o potencial desse trabalho dentro de casa, investido para que isso desse certo, eu jamais teria chegado aos olhos dos maiores, que poderiam me levar para as Olimpíadas de verdade!
Acho que essa é a minha maior memória: chegar no estádio lotado para ver as provas de classificação do atletismo e bater a consciência que, eu juntamente com João Victor Santos e Mildsen Astério, acreditamos tanto nesse projeto, que deu mais do que certo! Foi perfeito! E eles foram, e continuam sendo, meu time pra vários trabalhos importantes, como o Match perfeito no esporte.
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Texto revisado por Alexia Friedmann