Ator entrou recentemente para o elenco do Porta dos Fundos
Entrevista por Kauane Brito
Rafael Saraiva estudou na escola O Tablado, referência em cursos de improvisação e teatro no Brasil, durante sete anos. Foi um dos protagonistas da peça O Cálice, criação coletiva inspirada no grupo de comédia inglês Monty Phyton, grande referência do Porta dos Fundos.
No audiovisual atuou na série A Vida pela Frente, com direção de Leandra Leal e Bruno Safadi para o Globoplay; nos longas-metragens Ciclo, com direção de Ian SBF, lançado em 2022 no Festival de Cinema do Rio; Doidas e Santas, com direção de Paulo Thiago (2016) e Desculpe o Transtorno, com direção de Tomás Portella (2015).
O ator conversou com o Entretê sobre a sua carreira, confira:
Entretetizei: Com apenas 22 anos, você já tem uma trajetória artística muito rica. Conta pra gente como foi chegar aonde está?
Rafael Saraiva: Foi uma trajetória de muito envolvimento. Entrei no teatro aos 11 anos e me viciei completamente. Passo minha vida dentro do teatro, lendo, improvisando, assistindo. Enfim, acho que essa entrega me ajudou a viver tudo que estou vivendo.
E: Quando se trata de assumir riscos criativos, quais foram os momentos em que você se sentiu mais desafiado?
RS: Acho que, quando entrei no Porta dos Fundos, senti uma pressão muito grande. Natural, mas ficava tenso por se tratar dos maiores humoristas do país. Além disso, o espetáculo de improviso que faço também me traz essa sensação de risco muito forte. Eu adoro o risco.
E: O palco do teatro é um dos palcos que faz parte da sua vida. Quando você entrou no teatro e como essa formação influenciou sua atuação na comédia?
RS: Aos 11 anos, entrei para o teatro Tablado. O Tablado é um curso de improvisação, então desde cedo trabalhei muito com isso. Acredito que tanto improviso quanto a comédia trabalham com o surpreendente. Por isso, uma coisa alimenta a outra dentro de mim.
E: Muitos atores têm rituais antes de entrarem no palco ou diante das câmeras. Você tem algum ritual especial que o ajuda a se preparar para um papel?
RS: Meu único ritual é rezar para Deus abençoar o espetáculo.
E: Ao longo de sua carreira, você teve a oportunidade de interpretar personagens muito diferentes. Tem algum que te marcou de uma forma especial?
RS: Nunca pensei nisso exatamente, mas adorei fazer o apresentador do VrauCast no vídeo do Porta. As pessoas me relacionam com esse personagem. No teatro, adoro os personagens que crio de improviso, e adorei fazer o Anísio Teixeira, importante educador brasileiro.
E: Além da atuação, você se envolve em outro aspecto da produção artística, o roteiro. Já viveu a experiência de interpretar um personagem e criar o diálogo dele? Quais são os desafios envolvidos nesse processo?
RS: Costumo escrever para mim. Acho legal porque conheço o tom da minha interpretação. Então essa facilidade me ajuda com as piadas que crio. Mas tenho interesse em viver algo novo no roteiro, de forma mais técnica.
E: Integrar o Porta dos Fundos é uma conquista notável. Pode nos contar como foi essa experiência inicial e como você lidou com o fato de integrar um grupo tão prestigiado?
RS: Lidei como lido com as oportunidades. Quando você atinge uma meta, você tem que dobrar a meta. Em nenhum momento relaxei. Sinto, inclusive, que estou estudando cada vez mais. Quando eu entro para um grupo com esse prestígio, existe um bônus imenso, mas tenho que me provar merecedor de estar ali. É isso que vai me fazer evoluir.
E: O Porta dos Fundos é famoso por suas cenas improvisadas e humor irreverente. Como é o processo de criação e colaboração dentro do grupo quando se trata de desenvolver essas cenas?
RS: Existe uma elaboração no humor que me deixa apaixonado. O Porta trabalha o humor com muita profundidade, cada piada é debatida em reuniões de roteiro e conversas. Acho que é exatamente esse processo longo que gera as cenas tão certeiras.
E: Para que o público do Entretetizei conheça um pouco mais sobre Rafael Saraiva: se você pudesse escolher qualquer personagem fictício para interpretar, de qualquer época ou gênero, quem seria e por quê?
RS: Escolheria fazer o Mercúcio, de Romeu e Julieta. Primeiro porque é minha peça preferida. Segundo porque o personagem representa muito do que acredito: liberdade, leveza, um olhar romântico para a vida e, ao mesmo tempo, muito deboche.
E: Qual é a sua piada favorita? Aquela que sempre te faz rir.
RS: Qualquer uma de constrangimento. Amo.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Sabrina Paz