Alfonso Herrera Rodriguez nasceu em 28 de agosto de 1983 na Cidade do México, coleciona boas histórias e um legado enorme ainda em construção
O maior sonho de um cantor é ser ouvido no mundo inteiro. Do ator é poder ser visto e reconhecido pelo que se faz frente às câmeras… Se isso define bons cantores e atores, Alfonso Herrera chega com êxito ao ponto mais alto de sua carreira e se consagra com uma das maiores personalidades latinas.
O interessante disso é que Poncho, apelido para o nome Alfonso no México, nunca foi cantor e sempre deixou isso claro. Com sua experiência no maior fenômeno da cultura latina, o RBD, a vida se encarregou de atribuir a ele algo que o mesmo nunca acreditou ter: talento para a música.
Na mesma proporção da consciência de que não era um cantor, Alfonso sempre acreditou na sua carreira sendo levada para a atuação exclusivamente. Entretanto, as facetas do ator não param por aí.
O estranho, ou fantástico a depender do ponto de vista, é que Poncho nunca foi o que o México queria dele. Se o país é reconhecido pelo conservadorismo exacerbado, Alfonso foge disso e se compromete com a luta por todo e qualquer tipo de liberdade. Já no seu mundo de ator, a Televisa, principal emissora mexicana, passou longe de ser a emissora que ditaria sua presença no audiovisual.
Poncho sempre buscou algo que os fãs não sabiam narrar ou demonstrar o tamanho. Se ser um cantor mundialmente reconhecido não bastava, qual era o final que o ator queria? Se atuar e virar um ícone mexicano não era algo que lhe crescia os olhos, quem Alfonso Herrera queria ser dentro desse mundo tão concorrido?
Como tudo começou
Alfonso começou da mesma forma que atores brilhantes começam: no teatro. Com peças como Las Brujas de Salem, Cómo matar a un ruiseñor e Antígona, o ator deu início a trajetória que nem ele imaginou colher tantos frutos.
Em 2002, sua primeira grande oportunidade foi dada. Sob a direção de Pedro Damián, Poncho foi selecionado para compor o elenco de Classe 406, novela que deu início de fato à fama do ator. O que ele não esperava era que dois anos depois ganharia a real chance de sua vida: ser o Miguel na novela Rebelde, com o mesmo diretor de Classe 406, Pedro Damián.
Miguel era um personagem com tudo para dar certo, com estereótipo de jovem injustiçado que faria tudo para vingar seu pai, exceto não se apaixonar pela mocinha, interpretada por Anahí. O que aparentemente diferenciou Rebelde de todos os outros clichês já produzidos foi o elenco extremamente em sintonia. A conexão e boa atuação foram pontos altos, o óbvio de juntar o pobre e a rica, a rebelde e o bonzinho, a santinha e o maloqueiro deu tão certo que Rebelde conseguiu ser exibido em mais de dez países.
A culpa do fim da banda e necessidade de voltar para as telas
A banda RBD era um projeto da novela, mas o que ninguém esperava era que os fãs clamariam por shows à parte. Então, da rotina maçante de filmagens, entrevistas e preparações, o grupo de jovens se viu em cima dos palcos com multidões de ouvintes. O mundo amava RBD e isso seria para sempre.
Foi em 2008 que os fãs tiveram sua maior surpresa: RBD chegaria ao seu fim. A maior pergunta era como isso aconteceu e quem era o culpado pelo fim do sonho. O que todos acreditavam ser um fardo de Maite Perroni, na verdade, era um pedido de Alfonso Herrera.
Em uma entrevista, Poncho deixou claro que os seis integrantes combinaram que se um deles não quisesse mais, então a banda acabaria. Foi assim que tudo aconteceu, depois de uma votação quase que de brincadeira, Alfonso levantou a mão pelo fim da banda e deu início a algo que ele precisava: voltar aos palcos para atuar.
Hoje, não sabemos se isso foi uma decisão errada, certa, necessária, mas sempre entendemos que não duraria para sempre e que cada um ali tinha um sonho. Talvez a surpresa dos fãs tenha acontecido pelo evento inusitado do fim de algo que aparentemente estava dando muito certo. O que entendemos é que Herrera tinha o direito de querer outro rumo para si e não há nada de errado nisso.
Pós RBD
Alfonso pode se orgulhar muito de seus trabalhos até aqui. Depois de RBD, o ator trabalhou em uma obra de Haik Gazarian, Venezzia, no papel de um técnico de comunicações, Frank. Conseguiu papéis em grandes produções, como Sense8 e O Exorcista, originais da Netflix e HBO.
O que é muito forte no ator é o sentido que dá às causas sociais. Sendo em seus trabalhos ou na vida pessoal, Poncho coleciona militâncias e pautas importantes pelas quais decidiu lutar. Com o seu personagem em Sense8, por exemplo, trouxe seu primeiro homossexual para as telonas e encantou mais uma vez seus fãs pelo mundo inteiro.
Toda essa necessidade se espalhou e deu espaço para o título de Embaixador da Boa Vontade em nome dos refugiados. Já na política, Poncho não só critica o governo Mexicano, como diversos outros governos autoritários do mundo a fora. Possivelmente esse foi um dos motivos do afastamento de Anahí, hoje casada com o ex-governador de Chiapas, Manuel Velasco, acusado de corrupção.
Herrera marcou seu lado militante com o filme La Dictadura Perfecta (A Ditadura Perfeita), disponível na Netflix, que conta a vida de Carmelo Vargas, político que acaba sendo transmitido em um esquema de corrupção. Para se safar, decide fechar um acordo com a emissora para mudar sua imagem. No final de tudo, a denúncia era uma mensagem irônica aos políticos e emissoras que compactuam com a corrupção exacerbada no México.
Outro título polêmico tem lançamento datado para 2021 e ganhou o nome de El Baile de los 41. O filme narra a história de um dos períodos mais badalados do México, em que Porfírio Diaz era o presidente do país. O nome se dá pelo contexto de festas gays que aconteciam na época, nomeadas de “El Baile de los 41 Maricones”. Poncho, mais uma vez, volta às telas no papel de um homem gay e promete muitas críticas à censura mexicana.
Live RBD
Com certeza o ano de 2020 ficará marcado na vida dos fãs de RBD, porém infelizmente sem a banda completa. O que era um sonho para muitos fãs, virou até um pouco de frustração, depois de anunciarem a live Ser o Parecer para o dia 26 de dezembro, tivemos a confirmação de que Poncho não participaria do reencontro tão esperado.
Não sabemos se a recusa deriva da gravidez escondida de sua esposa, que deu a luz à Nico, ou se é de fato algo que Alfonso não se enxerga mais fazendo. Talvez um pouco dos dois. Esperamos muitas surpresas e muitas coisas boas desse retorno, mas, como fãs, queremos vê-los bem, todos em sua plenitude e decidindo pelo que desejam de fato fazer.
Dulce María e Alfonso estão confirmados para uma participação na Live Ser o Parecer ainda não detalhada pelos produtores do show. O que deixa os fãs ainda mais felizes e pulsantes, afinal a união dos seis é uma vitória de todos que seguem e fazem questão de mantê-los vivos em nossas memórias.
Ainda que longe de voltar a ser o Miguel que tanto amamos ou o Poncho cantor que aprendemos a amar, há a necessidade de entender que ciclos se fecham. Assim como uma das músicas mais bonitas da banda em que diz: “Como dói perceber por tão pouco a hora de terminar/ Porque simples naturalmente tudo tem que acabar”. E na mesma proporção temos Siempre Ha Estado Aquí, que nos recorda de que sempre estiveram aqui, porque um amor tão grande nunca iria acabar. Ainda que feita somente por quatro dos integrantes, verbera o que temos certeza ser algo que os seis poderiam nos dizer da forma mais bonita e singela.
Bateu saudade? Ponchito estará sempre em nossos corações!
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*Crédito na imagem destacada: Globo