Mergulhe em uma jornada pela carreira da Mother Monster
Chegou o dia da nossa Mother Monster! Nesta sexta (28), Stefani Joanne Angelina Germanotta, mais conhecida como Lady Gaga, completa 39 anos, e claro que não poderíamos esquecer do quanto ela tem redefinido cada vez mais os limites da música pop ao longo de sua carreira. Com transformações ousadas, mensagens poderosas e performances icônicas, cada era de sua jornada musical representa um capítulo único, marcado por estética, sonoridade e influências distintas.
Se você é um Little Monster desde o início, com certeza vai lembrar de momentos marcantes, de singles injustiçados e também de hits que marcaram a indústria musical e seguem fazendo um grande sucesso por aí. Se está curioso e está aproveitando para se manter antenado para o Mayhem na Praia, no Rio de Janeiro, confira abaixo um resumão de todas as eras da Lady Gaga!
The Fame (2008)

Qualquer um sabe que o The Fame não foi apenas um álbum de estreia, e sim uma revolução no pop. Lançado em 2008, o disco marcou a explosão da Lady Gaga com uma mistura ousada de electropop, synthpop e referências aos anos 80, criando um som que era ao mesmo tempo nostálgico e inovador. Na época – e ainda nos dias atuais – ele não só dominou as paradas com grandes hits, como Just Dance e Poker Face, mas também redefiniu o cenário musical daquele período. da época.
Neste álbum, a Gaga não escondeu suas inspirações em ícones como David Bowie e Madonna, mas soube transformá-las em algo totalmente novo. Com letras sobre fama, ambição e excessos, somadas a batidas eletrônicas contagiantes, a cantora criou um universo sonoro responsável por influenciar uma geração. O The Fame moldou não só a carreira da Gaga, mas o próprio pop do século XXI e, mais de 15 anos depois, o impacto desse disco ainda é sentido, sendo uma prova de que Lady Gaga não seguiu tendências, ela as criou.
The Fame Monster (2009)

Don’t call me Gaga! Poucas palavras, mas um grande impacto! Em 2009, Lady Gaga transformou seus demônios pessoais em arte com o The Fame Monster. Esse EP se tornou muito mais do que uma simples reedição de seu álbum de estreia. As oito faixas revelaram o preço da fama através de uma sonoridade ousada e letras profundas, mostrando uma artista disposta a explorar o lado mais obscuro do sucesso.
No álbum, a cantora chamou cada música de um monstro diferente, criando um trabalho coeso no qual a dor se transformava em batidas eletrônicas potentes e melodias viciantes. Musicalmente, o projeto uniu o melhor do electropop com elementos industriais e referências aos anos 90, resultando em hits imediatos, como Bad Romance e Telephone, em colaboração com Beyoncé – e a Gaga prometeu recentemente que o clipe teria uma continuação. Os visuais presentes no disco, desde os clipes até as performances ao vivo, elevaram o conceito a outro nível, misturando moda de vanguarda com narrativas cinematográficas.
Para quem não sabe, o The Fame Monster não apenas solidificou a Gaga como uma das vozes mais importantes de sua geração, mas também deu origem aos Little Monsters, sua fanbase. 15 anos depois, o EP ainda permanece como um grande marco na geração.
Born This Way (2011)

Em 2011, quando pouco se falava sobre diversidade, Lady Gaga lançou o Born This Way, que não foi apenas um álbum, e sim um movimento! Com batidas eletrizantes que mesclavam synthpop dos anos 80 com rock industrial, a artista construiu o palco perfeito para sua mensagem revolucionária: celebre quem você é, sem pedir licença.
A Rolling Stone classificou o trabalho como “o álbum pop mais importante da década”, mas seu legado ultrapassou qualquer crítica, pois se tornou bandeira para uma geração que finalmente se via representada. Muitos anos se passaram e o Born This Way continua bem atual. Suas batidas ainda incendeiam pistas de dança, porém, é sua mensagem de orgulho e autenticidade que realmente resiste ao tempo, provando como a música pop, quando feita com coração, pode sim mudar o mundo.
ARTPOP (2013)

Essa é de longe a era mais subversiva e ambiciosa da carreira da Gaga. Depois do sucesso estratosférico, responsável por a colocar no patamar dos maiores ícones da indústria, ela resolveu ousar e ir para o lado contrário do que era mainstream e pop naquela época. Com a chegada do ARTPOP, a artista quis mostrar sua capacidade em ir além do pop convencional e se estabelecer como uma artista mais corajosa do que aparentava ser. Toda a excentricidade não era apenas performática, mas tinha significado por trás.
Em relação à sonoridade, ela estava muito à frente do tempo, motivo pelo qual é inegável dizer: o ARTPOP andou para que muitos álbuns atuais pudessem correr, por exemplo o Brat (2024), de Charli XCX. Esse álbum é uma grande exploração de música eletrônica, destoando do som dominante nas rádios daquela época. Então, pensando no poder do hyperpop nos dias atuais, a Gaga estava quase uma década adiantada.
Cheek to Cheek (2014)

Em Cheek to Cheek, um álbum em colaboração com Tony Bennett, a Gaga serviu versatilidade; mostrou que conseguia cantar jazz e ainda ser ela mesma, e isso fica perceptível nas performances da era. A diva deixou de lado a extravagância pop, contou com interpretações sofisticadas e trouxe à tona sua voz poderosa, provando como seu talento vai muito além dos hits dançantes e chicletes.
Claro, o álbum alterna entre canções que destacam o estilo clássico de Bennett e outras que colocam a Gaga em evidência, mas, nos duetos, a química entre os dois traz uma harmonia vocal cativante aos ouvintes do início ao fim. O disco foi muito aclamado pela crítica e mostrou como a versatilidade artística da Gaga não tem limites!
Joanne (2016)

No Joanne, nós conseguimos notar a confiança dela em estar de volta, agora com uma estética extremamente clean e um pouco sertaneja. Mas essa estética se restringe a algumas músicas e aos clipes, pois tem muitas faixas no álbum em que se pode ver a essência da old Gaga, como as faixas John Wayne e Dancin’ in Circles. Essa era foi marcada por mostrar um lado mais pessoal da vida dela, contando com um documentário bastante íntimo e performances menores. O álbum recebeu o nome de sua falecida tia, Joanne Stefani Germanotta, que morreu aos 19 anos de complicações de lúpus.
Novamente, a Gaga faz um afastamento do pop e do avant-garde, frustrando muitos fãs, mas agradando a crítica. Nessa mesma época, em uma entrevista com Zane Lowe, ela afirmou que sempre fará o que quiser fazer, não importa se o gênero está na rádio ou não.
A Star is Born (2018)

Esse foi o segundo auge da carreira da Gaga, porque a colocou como uma das maiores figuras da cultura pop, elevando ela da posição de cantora pop para uma artista multitalentosa. Fun fact: caso você não saiba, a Beyoncé estava sendo cotada para o papel de Ally, mas Gaga foi quem o conseguiu.
Com o filme, veio o sucesso de Shallow, um marco por si só. Shallow trouxe para Gaga um outro tipo de público, uma vez que pessoas mais velhas de todo o mundo começaram a reconhecê-la, e esse impacto e mudança de público permanecem até hoje. Foi uma era de apenas coisas boas, como performances estouradas e músicas do álbum que nem eram singles alcançando números surpreendentes para uma soundtrack. Essa época foi babadeira e de muita aclamação!
Chromatica (2020)

O Chromatica foi lançado em um momento muito difícil para a Gaga, pois ela estava tentando se recuperar de problemas pessoais e, nas entrevistas para promover o álbum, deixava isso claro. O álbum, apesar de ter uma sonoridade muito upbeat, tem letras tristes que comentam sobre vícios, dependência, problemas mentais e criticam a fama e a relação tóxica de artista-fã. Esses temas são evidentes em músicas como 911.
A era tinha muito potencial e tudo para ser um projeto enorme e complexo, com uma história e um conceito bem trabalhados por trás. Porém, tudo foi jogado de escanteio e abandonado, parte por conta da pandemia do Covid-19 e, em partes, por desinteresse da Gaga em estar no pop novamente. Então, ao invés de focar no rollout do Chromatica, ela resolveu se dedicar a outras coisas, e logo se mostrou mais interessada em focar na carreira de atriz e começou a promover House of Gucci (2021), abandonando de vez a era.
Harlequin (2024)

Conhecido como LG 6.5, o Harlequin traz uma experiência imersiva capaz de desafiar as fronteiras entre música e performance artística. O álbum surge como extensão orgânica de seu papel em Coringa: Delírio a Dois (2024), e é composto majoritariamente por releituras de clássicos do jazz e blues, revelando uma Gaga que parece ter encontrado seu território mais fértil, aquele onde a música deixa de ser entretenimento para se tornar manifestação pura de emoção.
A escolha por standards do jazz e soul não é acidental. Ao revisitar composições consagradas, Gaga estabelece um diálogo entre passado e presente, entre tradição e vanguarda. Seu tratamento vocal oscila entre o lirismo de Judy Garland e a intensidade de Janis Joplin, criando uma tensão que é desconfortável e fascinante ao mesmo tempo. O resultado é um álbum que exige escuta ativa; não se trata de música de fundo, mas de uma performance demandando entrega total.
Mais do que demonstrar a sua versatilidade, Gaga prova aqui como permanece uma das poucas artistas pop dispostas a arriscar!
Mayhem (2025)

E não podia faltar o mais recente álbum da Gaga: Mayhem! Quando o mundo esperava mais um álbum de pop convencional, a cantora detonou as expectativas e trouxe uma explosão sonora misturando guitarras distorcidas, batidas industriais e melodias viciantes. Este não é um disco para ouvidos preguiçosos, é uma experiência intensa que exige atenção e recompensa os ouvintes com camadas de criatividade.
A artista mergulha fundo em suas influências mais obscuras, trazendo à tona o melhor do rock alternativo dos anos 90 e do funk psicodélico dos anos 70. Tracks como Perfect Celebrity mostram seu lado mais agressivo, enquanto Killah revela uma inesperada faceta dançante. A genialidade está justamente nessa dualidade, em um equilíbrio precário entre caos e controle que só Gaga poderia executar.
O Mayhem pode ser ouvido em qualquer ordem, em pedaços, ou numa só sessão intensa, porque cada experiência revela novas camadas. Não é um álbum fácil e isso o torna vital: numa era de fórmulas pré-fabricadas, Gaga nos entrega um trabalho que exige (e merece) esforço do ouvinte. Muito além de uma coleção de músicas, é uma declaração artística, pois depois de tudo, ela ainda tem muito a dizer e, claro, maneiras radicalmente novas de dizê-lo.
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Texto revisado por Larissa Suellen