Especial | Um ano sem Chadwick Boseman

Há exatos 365 dias, era anunciada a morte do talentosíssimo Chadwick Boseman, nosso eterno Pantera Negra

Hoje (28) faz exatamente um ano desde que foi anunciada a morte do talentosíssimo ator Chadwick Boseman. Mas a nossa dor é tão forte por esta perda inestimável, que parece ser recente este triste acontecimento. 

Chadwick faleceu aos 43 anos de idade devido a um câncer de cólon que o artista enfrentava desde 2016, mas do qual não falava publicamente. De acordo com a nota publicada pela família nas redes sociais de Chadwick sobre seu falecimento, quando ele descobriu o câncer, em 2016, a doença já estava no estágio 3, e nos quatro anos seguintes, mesmo com os tratamentos, o câncer evoluiu para o estágio 4 e o ator, infelizmente, veio a óbito.

A vida do eterno Rei

Chad está olhando para a câmera. Ele usa uma camiseta de manga comprida branca com listras pretas e um colar prata. A foto está em preto e branco.
Foto: Reprodução/Instagram

Nascido em Anderson, na Carolina do Sul, em 29 de novembro de 1976, Chadwick Aaron Boseman deu início aos seus trabalhos com arte cênica ainda bem jovem. A primeira peça na qual ele participou, foi escrita por ele mesmo e apresentada enquanto Chad ainda estava no ensino médio, em 1995.

Depois de concluir o ensino médio, ele estudou artes plásticas na Universidade Howard, D. C.. Foi aí que Chad e alguns colegas de classe se uniram a fim de arrecadarem fundos para participarem do Oxforf Mid-Summer, programa da Britsh Americam Drama Academy para jovens aprenderem técnicas de atuação britânicas, com ênfase em Shakespeare. Com a aceitação ao programa, eles puderam se aprofundar no mundo das artes cênicas.

Não apenas um ator, mas um artista

Chad está na frente de um camarim com uma placa com seu nome, "Chadwick Boseman". Ele usa terno marrom .
Foto: Reprodução/ Instagram

Chadwick começou a vida de ator com papéis pequenos. Seu primeiro papel na televisão foi em 2003 na série Parceiros da Vida (Third Watch), da qual ele participou de um episódio.

Depois disso, Chad participou de episódios das séries Lei e Ordem (Law & Order), CSI:NY e ER. No ano de 2008, atuou na série de TV Lincoln Heights, além de atuar também em seu primeiro longa-metragem, No Limite, a História de Ernie Davis. Em 2010, ele consegue um papel regular em Persons Unknown, série dramática da NBC

Finalmente, em 2013, Chadwick conquista seu primeiro papel como protagonista no filme 42 – A História de uma Lenda, no qual interpretou Jackie Robinson, um grande ídolo do beisebol. No mesmo ano ele também estrelou em The Kill Hole, filme independente lançado algumas semanas antes de 42.

Em 2014, Chad atuou em Get on Up – A História de James Brown; em 2016 foi Tot em Deuses do Egito e Thurgood Marshall, primeiro negro a ser membro da Suprema Corte, em Marshall: Igualdade e Justiça.

Ainda em 2016, Chadwick Boseman apareceu pela primeira vez como o Rei T’Challa, em Capitão América: Guerra Civil. Dois anos depois, estrelou o filme solo do Pantera Negra, o primeiro herói negro dos quadrinhos da Marvel. Além disso, fez parte do elenco de outros filmes da Marvel, como Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. Chad também atuou em Crime sem Saída, em 2019; Destacamento Blood, lançado em junho de 2020 e A Voz Suprema do Blues, longa no qual Chad atua com Viola Davis e que foi lançado em novembro de 2020, quase três meses após o falecimento do ator.

Pantera Negra

Foto: Divulgação

Chad conheceu a história do Pantera Negra mais afundo nos bastidores de Deuses do Egito (2016) através do especialista em segurança australiano Charles Carter.

Chad e Charles desenvolveram uma amizade devido ao seu gosto em comum por artes marciais e boxe. Charles disse a Chad que conhecia o papel perfeito para ele e lhe perguntou se ele conhecia o Pantera Negra. Chadwick respondeu que sim, mas que conhecia a história superficialmente. Foi então que Charles deixou a primeira edição do gibi de Pantera Negra no camarim de Chad com um bilhete escrito: “Você vai conseguir esse papel”.

Chadwick aparece segurando um gibi do Pantera Negra
Foto: Reprodução/Instagram

Mesmo que não houvesse sinais da produção do filme, Charles acreditou que Chadwick seria o protagonista da trama; e não é que ele estava certo? Pantera Negra foi um grande sucesso e destacou ainda mais o nome de Chadwick Boseman.

No ano de lançamento de Pantera Negra, 2018, o título conquistou a 5ª maior bilheteria de estreia da história dos EUA. 

Wakanda, nação com raízes ancestrais do povo africano e beleza e tecnologias extraordinárias, é um país altamente desenvolvido e a nação mais avançada do planeta em termos de tecnologia. Além disso, o filme possui forte representação feminina, pois através dos papéis de Lupita Nyon’o, Danai Gurira, Letitia Wrigth e tantas outras mulheres incríveis, vemos que mulheres podem ser e são fortes, decididas e muito poderosas!

Representatividade 

Chadwick foi e sempre será um grande ícone que trouxe representatividade a jovens, crianças, e até adultos, negros. Muitos fãs da Marvel e de super-heróis no geral, nunca haviam se sentido representados ao assistirem seus filmes favoritos de heróis e heroínas, mas tudo mudou com Pantera Negra.

Verdade seja dita: a maioria dos protagonistas e do elenco dos filmes de Hollywood são compostos por pessoas brancas. Crianças e adolescentes negras frequentam os cinemas e não se sentem representadas por aquelas pessoas que veem nas telas.

Não há muitos personagens com o mesmo tipo de pele ou cabelo, que enfrentam os mesmos preconceitos que eles (racismo) e sentem as mesmas dificuldades. Obvio que representatividade não se refere apenas a questão étnica, mas também representatividade LGBTQIA+, feminina, de pessoas com deficiências, dentre outras. Mas a representatividade que Pantera Negra deu a pessoas negras, é e sempre será lembrada, já que se trata da maior produção que possui o elenco majoritariamente negro.

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Documentário da Netflix

Em abril deste ano, a Netflix colocou em cartaz o documentário Chadwick Boseman: Para Sempre, que só ficou disponível na plataforma durante 30 dias. Dirigido por Awol Erizku, o curta possui cerca de 21 minutos e homenageia a brilhante carreira de Chad. O produtor e ator Denzel Washington, as atrizes Viola Davis e Danai Gurira, o cineasta Spike Lee entre outros artistas, dão testemunhos breves, mas tocantes, sobre a pessoa maravilhosa que Chadwick Boseman era por trás das câmeras, além do ator incrível que era na frente delas.

Além disso, o documentário possui cenas dos bastidores e alguns trechos de A Voz Suprema do Blues, último trabalho gravado por Chadwick. E também mostra o roteiro do longa com as falas e as anotações do ator a respeito das cenas e de seu personagem.

O documentário não apenas celebra o último trabalho de Chad, mas também relembra outros papéis importantes na carreira do artista.

Foto: Reprodução

Chadwick nos deixou há um ano. Mas em nossa memória e coração ele sempre estará vivo, sendo o artista maravilhoso que foi em vida.

 

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*Crédito da foto de destaque: Reprodução

 

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