Farmácia do Amor
Foto: divulgação/VR Editora

Farmácia do Amor da Família Botero chega ao Brasil

Ficção sul-coreana aborda dramas familiares e sentido da vida

Para aqueles que estão vivendo uma crise no relacionamento ou desejam encontrar alguém para amar, as poções peculiares da Farmácia do Amor da Família Botero podem ser a solução. Neste lançamento, publicado pela VR Editora, a premiada escritora Lee Sun-Young transporta o leitor para a Coreia do Sul, onde uma pequena farmácia é conhecida por vender muito mais do que simples remédios. Cada frasco contém o amor como ingrediente principal, cuja fórmula milagrosa promete curar o coração e resolver qualquer problema sentimental. 

Espremida em um beco de uma antiga área residencial de Seul, próxima à Estrada Infinita do Amor, a farmácia levanta curiosidade e suspeita entre os vizinhos logo ao abrir as portas. Afinal, deve haver algum segredo na poção do amor vendida ali: o que mais explicaria a Sra. Han, uma mulher linda, estar casada com um homem tão feio como Botero? Administrador do laboratório, onde realiza pesquisas bioquímicas, o marido da farmacêutica é descrito como um senhor de corpo arredondado e óculos de armação de tartaruga, traços físicos que lembram as figuras ilustradas pelo artista colombiano Fernando Botero.

Enquanto acompanha os desdobramentos da inauguração no bairro e a chegada dos primeiros clientes, o leitor também é apresentado a diversos personagens cujos caminhos se cruzam pela farmácia. Entre elas, estão uma casamenteira que acha que seu trabalho não tem nada a ver com o amor, um funcionário público à procura de uma esposa para agradar aos pais e um rapaz apaixonado pela mãe da namorada.  

Farmácia do Amor
Foto: divulgação/VR Editora

Cada capítulo mergulha no consciente de um personagem diferente, ao explorar temas sensíveis: relacionamentos familiares, amizade, perda, luto, perdão, arrependimentos, traumas do passado e, até mesmo, o papel da arte ao entrar em contato com os próprios sentimentos. Farmácia do Amor da Família Botero tece críticas à sociedade coreana sobre as incidências do bullying e do suicídio no país, bem como o peso das expectativas colocadas nos filhos e na maternidade e a necessidade cultural de conseguir um bom casamento na idade considerada adequada. 

Por meio de metáforas sobre questões emocionais e protagonistas complexos, Lee Sun-Young entrega uma ficção, gênero literário que conquistou os brasileiros. Traduzido diretamente do coreano para o português, a obra ensina, sobretudo, que o verdadeiro sentido da vida não pode ser encontrado em fórmulas prontas, mas sim nas relações construídas ao longo do caminho.

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Texto revisado por Larissa Suellen

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