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Fios de Amor: conheça o projeto que ajuda mulheres que enfrentam o câncer

O projeto, criado pela Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos, é aberto ao público e qualquer pessoa pode doar lenços e cabelos, para a confecção de perucas

 

Campanha para aquecer o coração! Ontem (28), foi comemorado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e, principalmente, a data é uma forma de lembrar e resgatar a autoestima de mulheres que enfrentam ou enfrentaram o câncer. Com esse objetivo, surgiu na Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos, a APPO, que criou o lindíssimo projeto Fios de Amor, que trabalha com captação, produção e doação de perucas e lenços.

É importante lembrar que, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o público feminino é o que tem a maior taxa de neoplasias. Em 2020, as projeções apontavam cerca de 157 mil casos em mulheres contra os 145 mil em homens. Só o câncer de mama é responsável por cerca de 36 mil registros no ano passado, o que representa 32,5% dos dez tipos mais comuns.

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O trabalho multidisciplinar abraça o físico, psicológico e também o social. Quando falamos desse projeto, estamos falando de autocuidado e do impacto que ele tem no enfrentamento e tratamento do câncer. Muita gente acha que é fútil falar de beleza no tratamento oncológico, mas quando essa pessoa consegue se olhar, resgatando questões que haviam se perdido dentro de si, como a auto-estima, vemos nitidamente melhor resposta ao tratamento“, diz a psicóloga da APPO, Aline Barbosa.

As pessoas que enfrentam a doença passam por tantas dificuldades ao longo do processo que acabam achando que a vida perdeu o sentido e a crise aumenta quando a perda de cabelos, consequência dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia, chega. Segundo Rosane Rodrigues, responsável pela separação e organização do projeto Fios de Amor, não existe só o auxílio na escolha de perucas e lenços, tem também as conversas e compreensões das necessidades daquela mulher, tudo com o objetivo de fazê-la se sentir bem consigo mesma.

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“Perder os cabelos mexe muito com elas e por isso a gente tenta tranquilizar e trazer um pouco de conforto num momento tão difícil.  Para quem não se adapta com as perucas, também oferecemos lenços e inclusive ensinamos amarrações e formas de usar, para que o enfrentamento à doença e ao tratamento, seja mais leve. Muita gente chega aqui pensando que nunca mais vai andar de bem consigo mesma e depois que recebe a orientação, o acompanhamento e o carinho que nós oferecemos, sai daqui feliz da vida.”, detalha Rosane.

E você,  queride leitore, pode participar doando mechas para a produção de perucas. Os fios são catalogados, separados e enviados para o salão DJF Cabeleireiros, que, sem custo algum, confecciona cada um dos itens. Todos os tipos de cabelos são aceitos pela equipe responsável.

“Muita gente tem dúvidas sobre o tipo de cabelo que pode ser doado, além do tamanho e das questões que envolvem o uso de química. Todo tipo de fio pode ser útil para a produção. Com cerca de 15 cm de comprimento nós já conseguimos fazer uma peruca. É importante que, na ida ao salão, a pessoa já indique ao cabeleireiro de sua preferência que quer doar as mechas. Assim, o profissional consegue fazer o corte de forma que nós consigamos aproveitar”, explica Rosane.

Para a produção ser bem feita, a APPO segue criteriosamente todos os trâmites para que haja transparência no processo de produção e também dos fios recebidos. As entradas e saídas são documentadas e os cabelos passam pelo processo de pesagem. Quem vai até a Casa de Apoio ajudar também recebe uma forma de carinho, através da moção de agradecimento. Crianças que fizerem a doação, por exemplo, levam para casa uma bonequinha de pano, que recebe o nome de Vitória/Vitório, em homenagem a quem venceu o câncer. Em muitos casos, até quem recebeu as perucas de forma gratuita, decide voltar após o tratamento, para que outras pessoas sejam beneficiadas com o acessório.

“As pessoas que vêm até a associação buscar as perucas, também acabam se mobilizando e, em muitos casos, essas mulheres voltam para devolver depois de já ter usado, para que outras que estão nesse momento delicado, também sejam beneficiadas. A gente acredita muito no poder da conexão e isso faz uma verdadeira rede do bem, seja pra quem doa, para quem recebe ou até quem volta para retribuir esse carinho“, pontua Aline.

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A ideia do projeto é muito mais do que só elevar a auto-estima de mulheres que sofrem com o câncer. É também uma corrente do bem, uma forma de dar e receber amor e se preocupar com outras pessoaso próximo, principalmente em tempos tão difíceis, no qual o egoísmo e o preconceito imperam. Em nome de toda a equipe do Entretetizei, gostaria de agradecer à APPO por essa ação linda e dizer que vocês podem contar conosco para divulgação de projetos como esse.

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*Crédito da foto de destaque: Reprodução

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