Segundo compilado da carreira traz um retrato da vivência dos últimos 10 anos da artista
A talentosa cantora e compositora Liza K está pronta para encantar o mundo mais uma vez com o lançamento de seu aguardado álbum Simplicidade. Com uma voz cativante e letras profundamente pessoais, Liza K mergulha em uma jornada de autodescoberta e emoção, compartilhando histórias de amor, perda e perseverança criadas ao longo dos últimos 10 anos.
Simplicidade é um testemunho do crescimento artístico e da evolução de Liza K. Com um estilo único e uma abordagem musical que atravessa gêneros, o álbum oferece uma mistura envolvente de baladas emocionais, ritmos cativantes e melodias que permanecerão na mente dos ouvintes.
O álbum é uma obra de amor e paixão. Cada faixa de Simplicidade é uma peça do quebra-cabeça que revela a rica tapeçaria de experiências e emoções que Liza K deseja compartilhar com seu público.
Ao falar sobre o conceito por trás de Simplicidade, Liza K explica: “Este álbum é um retrato honesto de quem eu sou como artista e como pessoa. Queria transmitir a beleza das coisas simples da vida e como esses momentos podem nos impactar profundamente. Cada música é uma história pessoal que espero que ressoe com os ouvintes e lhes traga conforto, inspiração e uma conexão emocional“.
Simplicidade
Canção que dá nome ao álbum, Simplicidade, chega acompanhada de um vídeo visualizer, que remonta ao processo do simples proposto pelo projeto. Segundo Liza, a música traduz não apenas o processo criativo do álbum, mas a forma como vê a vida.
“Simplicidade é algo que sempre tive como meta, mesmo não conseguindo alcançá-la em todos os momentos, mas sempre foi algo que me moveu e vejo como uma necessidade de sobrevivência. Tudo pode ser mais simples. O mundo e as ações dos homens devem ser mais simples. Se observarmos os movimentos da natureza, podemos chegar mais perto dessa simplicidade, reaprendendo a desacelerar, a olhar mais fundo, a respirar melhor, a contemplar o que antes era invisível. Pra que tanto? Por que tanto? A começar com as guerras, são inúmeros os exemplos e consequências geradas através dessa distância de nós mesmos com a nossa essência. A busca externa por algo que está muito perto e dentro de nós mesmos. Um trajeto mais simples, mais curto, mais rápido, mais dinâmico, mais orgânico e mais suave“, explica.
“Por isso, neste novo projeto, fiz questão de reverenciar esta palavra em nome desta atitude, intitulando o álbum. Mas tudo começou a partir da canção “Simplicidade”, quando a letra começou a nascer lá atrás, mais ou menos em 2017, num dia em que acordei com uma ideia a partir desta palavra que me impulsionou a escrever. A letra veio como um ‘grito’ direcionado para a humanidade sobre algo vital e necessário e o ritmo da melodia acompanhava o tom deste aviso. Anotei essa ‘marca’ quase que em forma de uma ‘ordem’ ou de um ‘mandato’ e guardei as frases que somente na pandemia pude rever, finalizando a canção com a segunda parte“, finaliza Liza K.
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Conheça o faixa a faixa do álbum Simplicidade segundo Liza K:
– Reparar:
Minha forma de compor muitas vezes acontece pelas vias do campo onírico e com Reparar não foi diferente. Ela foi composta através de um sonho com duas meninas pequenas, irmãs, que andavam na rua com a mãe, batendo palmas e cantando la-la-la. Acordei e gravei no celular a melodia e de manhã encaixei a harmonia, iniciando um esboço da letra. O tal la-la-la virou o refrão de Reparar, mas a música não ficou pronta da noite pro dia e fui maturando até chegar no ponto ideal pra mim.
E sobre o que fala a letra? O ano era 2013 e pela primeira vez, depois de muito tempo sem ir para as ruas, as pessoas se manifestavam com mais afinco e dessa vez pelo Movimento do Passe Livre. Eu estava recém-operada do joelho, sem poder sair e com aquela inquietação instalada no ar e entalada na alma, escrevi a letra num tom mais político, de manifesto e mudança. Pela primeira vez, saí um pouco dos temas românticos ou existenciais, que costumo falar nas minhas canções.
*Reparar ganhou um clipe oficial feito por Jonathas Martins.
– Acreditar:
As situações da vida são sempre inspiradoras e pra mim o lado mais bonito do processo criativo, seja em qualquer linguagem artística, é quando uma dor, por exemplo, se torna ferramenta de libertação. Toda dor enquanto dor, dói, mas quando é usada com um fim criativo e positivo, indo para outra direção, ela sara, expurga, some e se transforma em leveza, alegria e deixa somente uma lembrança de algo que se foi.
Também gosto de fazer música a partir de um sentimento sobre alguém, seja um amor inventado ou um amor real, mas a música Acreditar, fiz para mim mesma!
O refrão “não posso esquecer de acreditar em mim, não posso esquecer de mim…”, também veio a partir de um sonho, letra e melodia, que me fez acordar e continuar, seguindo a mensagem da confiança e fé, onde tudo começa: dentro de nós.
Como acreditar no outro, sem antes acreditar em você?
Filosofia como ramo de autoconhecimento, também sempre me instigou!
*Acreditar, antes de ser gravada, já fazia parte do meu setlist dos shows.
– É Seu:
Lembro da manhã que acordei com o tema do refrão (letra e melodia) na cabeça: quero te fazer feliz, se isso não for bom me diz. Fiz essa música para um relacionamento que durou alguns anos e a imagem que me despertou para os primeiros versos, foi do local dos primeiros encontros: o amanhecer da Lagoa Rodrigo de Freitas. O frescor do início de um relacionamento é inspirador e esse sentimento também me guiou para completar a letra.
Além disso, como em geral, livros e filmes são fortes aliados nas inspirações, a imagem de uma cena do filme Betty Blue (de Jean-Jacques Beineix – 1986), também contribuiu muito para a construção final da canção.
*É Seu ganhou um Lyric Vídeo feito por Daniel Outlander.
**Essa música também já fazia parte do repertório dos shows, antes de entrar em estúdio.
– Entra:
Tenho um carinho muito especial por essa música que chegou de um jeito muito forte e diferente. Mais um sonho, mas desta vez pelo viés da espiritualidade, como se eu estivesse sendo preparada para receber um presente. Foi por volta de 2015, quando sonhei com a primeira parte da melodia que apareceu completa, sem letra. Muito lentamente fui completando a canção que somente na pandemia se encerrou.
O processo não foi rápido. Quis ser fiel a todo o material revelado no sonho e não podia fazer de qualquer jeito. Foi transformador e gerou muito aprendizado.
Nessa canção trabalhei com dois recursos:
1 – O sonho com a imagem de um amigo de muitos anos, que tocava uma melodia no violão, num coreto, à noite, numa cidade do interior.
2 – A história que imaginei de um sábio, mestre andarilho que vinha me visitar e eu tinha que acolhê-lo, recebendo-o em casa.
Juntando estes dois caminhos, aproximando o sonho do coreto com a história criada por mim, fiz um atalho/intersecção da seguinte maneira:
Pelo fato do meu amigo (que apareceu no sonho), na vida real, ser um excelente anfitrião, o peregrino imaginário, receberia abrigo na casa dele. Esta casa, na vida real, localizada em São Conrado (RJ), cercada da mata, contém ambientes de madeira, lareira e todo o clima que me serviu de cenário para construir a letra.
*Entra ganhou um clipe oficial feito por Jonathas Martins em Lumiar, onde nos debruçamos na imagem do peregrino que foi ponto de partida para o roteiro do clipe.
– Simplicidade:
Simplicidade é algo que sempre tive como meta, mesmo não conseguindo alcançá-la em todos os momentos. Sempre foi algo que me moveu e vejo como uma necessidade de sobrevivência. Tudo pode ser mais simples. O mundo e as ações dos homens devem ser mais simples. Se observarmos os movimentos da Natureza, podemos chegar mais perto da simplicidade, reaprendendo a desacelerar, a olhar mais fundo, a respirar melhor, a contemplar o que antes era invisível. Pra que tanto? Por que tanto?
A começar com as guerras, são inúmeros os exemplos e consequências geradas através dessa distância de nós mesmos com a nossa essência. A busca externa por algo que está muito perto e dentro de nós mesmos. Um trajeto mais simples, mais curto, mais rápido, mais dinâmico, mais orgânico e mais suave.
Por isso, neste novo projeto, fiz questão de reverenciar esta palavra em nome desta atitude, intitulando o álbum. Mas tudo começou a partir da canção Simplicidade, quando a letra começou a nascer lá atrás, mais ou menos em 2017, num dia em que acordei com uma ideia a partir desta palavra que me impulsionou a escrever. A letra veio como um “grito” direcionado para a humanidade sobre algo vital e necessário e o ritmo da melodia acompanhava o tom deste aviso. Anotei essa “marca” quase que em forma de uma “ordem” ou de um “mandato” e guardei as frases que somente na pandemia pude rever, finalizando a canção com a segunda parte.
– Eu Sou:
Fiz esta música há muitos anos e já toquei em shows, inclusive no lançamento do meu primeiro álbum em 2009 no Teatro Sérgio Porto. Finalmente agora, em 2023, ela ganhou a versão de estúdio. Uma balada que fiz acordada numa madrugada. Gosto muito de trabalhar à noite.
A letra é inspirada em reflexões espirituais e existencialistas do ser humano. Escrevi em primeira pessoa “em todo canto eu trabalho nesta pena que me vale”, não como a Liza falando, mas sim como uma entidade, um ser superior se expressando.
“Sou tão miúdo que me mudo pro outro lado do mundo”; “sempre volto pra buscar o que não esqueci por lá”, como falaria um bom espírito que vive pelos mundos a serviço e a favor do bem.
O título e o refrão fazem uma reverência às afirmações do Poder do Eu Sou de Saint Germain. Na época que fiz a canção, não conhecia profundamente a abordagem da Chama Violeta, mas já lia algumas coisas sobre o tema que sempre me atraiu.
– O Mar:
O álbum Simplicidade é dedicado a meu pai, mas O Mar é uma homenagem direta a ele, que trabalhava no mar como mergulhador submarino e competia em regatas.
Mais uma música que já tinha há uns anos e sempre tocava nos shows. Finalmente ela ganhou um registro fonográfico.
Essa canção não veio a partir de um sonho e foi feita de um jeito dinâmico e natural, sem muita demora. Quando vi, ela já tinha duas partes, uma mais lenta e outra mais movimentada. Curioso é que essa ideia não foi intencional e sem querer, o ritmo da música traz um pouco das nuances das marés. Outro detalhe que também não foi proposital, é que no arranjo do Cebukin, tem um solo de bandolim tocado por ele e isso gerou um clima similar ao das canções portuguesas. Nada poderia ser mais congruente do que esta combinação entre mar e Portugal.
– Brisa:
Um rock/pop que fala de um amor platônico apaixonado. Uma declaração sincera, romântica e sem medo. Os amores não declarados sempre me ajudaram a escrever, cantar, botar pra fora. Nesse impulso me sinto melhor depois, com alívio e menos solidão. A música vira uma nova companhia e real. Sensação boa de leveza e alegria, onde tudo muda. É terapêutico. Com Brisa foi assim: não era sonho dormindo, era sonho acordado, expectativa, ilusão e dor na certa. Para esta mesma paixão, fiz um samba que também nunca gravei, mas quem sabe um dia gravo. Que bom que a música salva para fazer tudo valer a pena no final!
No meu primeiro álbum tem algumas canções que compus indo por este mesmo caminho: Vento em Vela, Entradas e Saídas, Chega e Folia Calada, que por exemplo, o título já revela uma festa muda, sem voz, sem diálogo, sem troca e solitária.
*Brisa também faz parte dos meus shows há anos e agora ganhou outra vida em versão inédita de estúdio.
Ficha técnica do álbum Simplicidade
Produção Musical, gravação, arranjos, mixagem e masterização:
Marcelo Cebukin
Viola, violões (aço e nylon), baixo, bateria, teclado, flauta, clarinete, bandolim, pandeirola, sax alto, tenor e barítono: Marcelo Cebukin
Arranjos violões: Liza K e Marcelo Cebukin
Voz: Liza K
Coro: Liza K e Marcelo Cebukin
Participações:
Guitarra: Walter Villaça
Violino: Felipe Pacheco
Violoncelo: Lui Coimbra
Trombone: Kátia Preta
Trompete e flugelhorn: Kinggodoy
Gravado no estúdio Lotus (RJ) 2021/2022
Capa: Jonathas Martins
Produção Executiva e Marketing: Thays Almeida
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Jonathas Martins