A versão expandida do álbum 12 de Janeiro é a primeira novidade
Nando Reis vai comemorar seus 60 anos e a primeira novidade é o lançamento da versão expandida do álbum 12 de Janeiro que está disponível nas plataformas de áudio, que também ganhará uma versão em vinil duplo com 45 rotações.
Além das canções originais remixadas e remasterizadas, o disco traz a música inédita Real Grandeza, uma nova versão do single A Fila, com participação de Jade Baraldo, cujo clipe foi disponibilizado em 5 de janeiro, e as faixas bônus Gerânio e E.C.T. Remix.
Outra música inédita, Rua do Gasômetro, também será disponibilizada com exclusividade para os assinantes da Wallet do cantor, que se chama Mochila do Nando. Trata-se de uma plataforma criada pelo artista em junho de 2022, na qual os usuários têm acesso a conteúdos exclusivos, presentes, colecionáveis e oportunidade de interação com o Nando.
Lançado originalmente em 1995, o álbum 12 de Janeiro foi o primeiro disco solo do cantor, antes mesmo da sua saída dos Titãs, e representou um novo nascimento para Nando Reis, uma vez que é a data de seu aniversário. A partir desse disco, além de todas as composições serem exclusivamente suas, o artista trocava o baixo, que tocava nos Titãs, pelo violão, seu instrumento de origem.
Por se tratar de uma data tão representativa e um lançamento especial, não poderia faltar uma homenagem a Nando Reis. E a primeira de muitas que virão chega em forma de texto escrito por seu filho Theo Reis, contando um pouco das suas lembranças da época em que o álbum saiu e suas impressões sobre o trabalho.
Theo fala de suas memórias de infância viajando com o pai para os shows dos Titãs.
“Aprendi muitas coisas conversando ali. Os anjinhos que estampavam o veículo pareciam nos fazer flutuar pela estrada, decolando do Itaim Bibi, bairro paulistano, e pousando em alguma cidade do interior. Lá uma multidão aguardava os integrantes daquela nave desembarcarem prontos para encantar uma plateia cheia de seres cabeludos, com coletes jeans e seios de fora que faziam rodas de bate cabeça e davam pulos ensandecidos.”
Ele relembra o momento em que pai lhe contou sobre a pausa da banda e sobre seus planos de gravar um disco solo. “Acho que essa foi a primeira vez que vi nascer uma ideia de uma obra e acompanhar todo o processo até sua realização.”
O disco foi lançado em 1995, quando o filho do cantor tinha 9 anos. Ele relata como estava na época e como convidou todos os amigos e a professora para assistir ao show do pai. Theo até subiu ao palco na última música para cantar um versinho, mas a voz não saiu.
“O título do disco, que remete à data do aniversário do meu pai, é de fato muito apropriado para aquilo que representou um novo nascimento. Se até então era membro de uma banda cuja força motriz se assentava na criatividade coletiva e na identidade de um grupo, agora Nando dava o primeiro passo rumo a uma carreira solo. Apartado do amálgama que eram os Titãs, ele podia dar a luz a um som muito diferente do que aquele que eles vinham tocando.”
Ao comparar o primeiro disco solo do pai com o último que ele havia lançado com os Titãs, Theo afirma que a abertura do álbum foi como “uma manhã de sol após uma noite de tempestade”.
“Tenho a impressão de que em 12 de Janeiro as composições aparecem pela primeira vez com algumas de suas características mais marcantes como o tom confessional autobiográfico e a poética das situações e objetos cotidianos”, explica o filho de Nando Reis.
Theo encerra o texto convidando o leitor a ouvir a versão estendida de 12 de janeiro: “Aproveitemos a ocasião para escutar esse disco, ouvir o que suas músicas tem a nos dizer e dar a elas o sentido próprio deste dia para cada um de nós.”
No livreto da edição em vinil de 12 de Janeiro é possível ler o texto completo de Theo Reis. Além do release original assinado pelo economista e escritor Eduardo Gianetti da Fonseca; o texto de lançamento assinado por Nando Reis em 1995; as letras e ficha técnica completa.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Carol Siqueira
