Em entrevista à V Magazine Olivia Rodrigo, descendente das Filipinas, abriu seu coração sobre seu sucesso e os desafios de ser uma jovem famosa de apenas 18 anos
Com apenas 18 anos de idade, Olivia Rodrigo alcançou o topo das paradas mais disputadas na música com seu single de estreia, Driver ‘s License, permanecendo como a nº 1 por oito semanas consecutivas, o que a consagrou com a estreia mais longa de todos os tempos nessa posição. Após esse boom, a cantora e atriz americana, que já vinha se destacando em High School Musical: The Musical: The Series, apresentou mais dois sucessos ao mundo: good 4 U e deja vu, que também bateram recorde – e seguem batendo – pelo mundo.
Mas o que será que fez Olivia Rodrigo chegar tão rápido, em uma posição que diversos artistas demoram mais tempo para chegar? Segundo a Revista V Magazine, quando paramos para analisar uma balada com piano e términos de namoro ao som de guitarras sendo as mais procuradas pelos jovens e adultos, é que o gosto musical coletivo da sociedade é muito menos prescrito ou predeterminado do que pensávamos.
“Ao lançar um álbum que não se inscreve em nenhum gênero em particular e alcançando um sucesso fenomenal com ele, Rodrigo provou que a paisagem musical é tão imprevisível quanto, enfim, todo o resto foi no ano passado”, comentaram.
Apesar disso, sabemos que, junto à fama, também aparecem outras questões: haters, inseguranças, medo… afinal, ser uma artista e mulher, com apenas 18 anos, já com responsabilidades de adulto, requer maturidade e muita, muita cabeça. Em entrevista à V Magazine, Olivia Rodrigo se abriu um pouco mais para o mundo e contou sobre como tem passado nesses últimos tempos, em que o que mais vemos é seu nome nos Trending Topics do Twitter – o grande medidor de sucessos (ou não) entre os jovens e cringers pelo mundo.
A vulnerabilidade de uma voz que canta para muito além de adolescentes
Em adição a todo esse sucesso é claro que haverá momentos de fraqueza. Ao ser questionada sobre sua vulnerabilidade ao performar canções do álbum Sour e se sente que está revivendo um término, toda vez que canta as canções, Olívia diz que não se sente mais assim, pelo menos não da maneira que costumava se sentir.
“Eu me lembro depois que Driver ‘s License foi lançada, eu estava me sentindo muito triste e insegura por tanto tempo. Foi a primeira música que escrevi e […] eu me lembro de escrever essa música e ficar tipo, “Uau, me sinto muito bem com isso”. Esse é o objetivo dos artistas: pegar algo que é tão complicado em sua cabeça e torná-lo algo tão simples que pode ser apresentado ao mundo. […] E realmente, essas músicas são apenas como um lembrete disso e daquela jornada que eu fiz. Então eu não fico mais triste as ouvindo”, comentou.
Olivia também comentou sobre como se sentiu nas primeiras vezes em que cantou ao vivo mas que, apesar de ter se sentido ansiosa, achou tudo muito divertido. “Acho que a música ao vivo é uma parte tão importante da vida e, obviamente, algo que todos nós realmente sentimos falta em nossas vidas. Eu acho que é muito divertido, como artista, ser capaz de cultivar esse tipo de experiência para as pessoas”, completou.
Jovem, artista e fã de Lorde & Taylor Swift
Gente como a gente, Olivia Rodrigo reforçou sua paixão por Lorde e Taylor Swift, dois verdadeiros ícones da música pop & indie. “Lembro-me de ir vê-la [Lorde] no Staples Center, com meus amigos e chorar. […] Ela cria um mundo onde 10.000 pessoas sentem exatamente as mesmas emoções que todo mundo. É uma experiência tão mágica! Eu quero ser o tipo de artista que pode realmente cultivar esses sentimentos em uma larga escala”, disse.
Já sobre Taylor Swift, artista a qual sabemos que Olivia é cadelinha, a cantora afirma que a admira desde muito jovem. “Acho que o fato de ela ter escrito cada uma de suas canções foi uma grande inspiração para mim”, disse.
As pressões sob uma jovem artista em ascensão
O fato é que são diversas inspirações para Olivia e, como jovem mulher, ela também nos inspira. Num mundo em que sempre haverá pessoas para criticar seu trabalho, ser autêntico e superar os comentários negativos é para os fortes e Olivia Rodrigo vem enfrentando tudo isso com muita garra.
Ao ser questionada sobre seu sucesso tão “repentino”, Olivia comenta que existe uma pressão sobre as mulheres jovens na música pop, como se você só tivesse sucesso se tivesse menos de 30 anos. “Sempre me ressenti disso porque acho que vou ficando melhor com o tempo. Sabe? Vou me tornar uma compositora melhor e saber melhor o que quero dizer…”, disse.
Além disso, ela também comentou como se sente aberta e encorajada a experimentar gêneros diferentes e de se reinventar. “Eu me sinto inspirada em gêneros diferentes e isso é muito divertido. Eu amo muito a música country e amo muito o rock. E obviamente a música pop é minha favorita. E outra coisa que acho realmente especial é que, em 2021, sinto que os artistas não estão mais encaixados em um gênero. Eu olho para alguém como Billie Eilish, por quem sou tão obcecada, e sua música é como pop, mas é meio rock também”, disse.
A representatividade e as expectativas para o futuro
É importante lembrar que Olivia é descendente das Filipinas e segue com as tradições de sua família, mesmo morando nos Estados Unidos. Também é interessante reforçar que, apesar de você ter nascido nos EUA, sempre haverá uma certa insegurança do que vão comentar ou achar sendo você e sua família decentes de outros povos e, nesse ponto, Olivia não se reprime e mostra sua autenticidade. “Às vezes recebo mensagens de meninas dizendo: ‘Nunca vi alguém que se parecesse comigo em sua posição’. E eu literalmente começo a chorar. Apenas pensando sobre isso. Eu sinto que cresci não vendo isso. […] Era sempre tipo, ‘Pop star’, que é uma garota branca”, disse.
Pensando em toda essa força e poder feminino, é claro que ela estaria ansiosíssima para estar com seus fãs e poder levar sua música mundo afora. Quando questionada sobre o que ela mais se sente ansiosa para este ano, ela responde que é justamente sair em turnê. “Eu estou muito animada para poder criar essa experiência para as pessoas. E estou muito animada para escrever mais música e de repente eu posso trabalhar com alguém que eu queira muito trabalhar, o que é bem louco e será algo muito divertido de explorar”, disse.
Ela finaliza comentando que acabou de completar seus 18 anos então… “existem tantas coisas normais de adolescente que eu estou animada para fazer. Existe tanta coisa na vida que eu preciso aprender e tantas experiências para serem vividas. […] Eu amo crescer. Sinto que fico mais feliz com a idade, então espero que essa seja uma tendência que continue”, finalizou.
A nossa queridinha do Detran certamente é uma inspiração, não só para as jovens mulheres, mas para todas aqueles e aquelas que estão abertos a sentirem suas emoções bem afundo e a se entregarem de todo o coração. Para ler essa entrevista completa, disponível em inglês, clique aqui.
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação / V Magazine