Foto: Netflix

Resenha | Pai em Dobro: um filme da cultura brasileira para ver em família

O longa traz uma narrativa sobre laços familiares em meio ao Carnaval carioca

Pai em Dobro, filme lançado na sexta (15) pela Netflix, tem cara e jeito de filme de sessão da tarde. A gigante de streaming mirou na Maisa, “a nossa prima”, e trouxe uma produção jovial e com um pouco de brasilidade. 

O longa foi lançado em mais de 190 países e, em apenas um dia depois da estreia, já está no top 3 nacional da plataforma, assim como no Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Panamá.  Em outros países latinos, a produção se encontra em ascensão dentro do top 10. Segundo o site Flix Patrol, Pai em Dobro também está em quarto lugar mundial.

Todo o sucesso desse primeiro dia se dá pela direção de Cris D’Amato (S.O.S Mulheres ao Mar), roteiro de Thalita Rebouças e um elenco certeiro. Maísa Silva atua ao lado dos veteranos Eduardo Moscovis, Marcelo Médici e Fafá de Belém

Maísa Silva como Vicenza em Pai em Dobro. | Imagem: Suzanna Tierie/Netflix

O roteiro conta a história de Vicenza (Maisa) que vive na Universo Cósmico, uma comunidade hippie, e ao fazer 18 anos deseja conhecer seu pai, como pede em todos os aniversários, mas sempre encontra resistência em sua mãe. Assim, quando a mãe decide fazer um retiro espiritual na Índia, Vicenza vende sua bicicleta e parte para o Rio de Janeiro, após encontrar um recado de seu possível pai atrás de uma foto antiga. 

O filme ainda é uma das primeiras tentativas da Netflix de se consolidar no meio da comédia, trazendo atores jovens com apelo popular, como já foi visto em Modo Avião de Larissa Manoela. Porém, Pai em Dobro, falha em alguns pontos.

Imagem: Suzanna Tierie/Netflix

Pai em Dobro tem paisagens simples e caseiras para representar toda a modéstia da personagem Vicenza, a busca pelo pai e a tentativa de se autoconhecer seguindo seu coração. O que torna o filme visualmente especial são as pequenas representações da cultura brasileira por meio da música, da arte, das cores e da dança.

Certamente, as interações que a protagonista tem com os seus dois prováveis pais e os dois universos diferentes que eles se encontram, é o que torna o filme tão adorável. Mas não dá para deixar de reparar que a química de pai e filha que Vicenza cria com Paco (Eduardo Moscovis) é mais forte do que quando a vemos com Giovanne (Marcelo Médici). Não deixo de pensar que isso torna o final forçado pela falta de diálogos com mais apelo emocional. 

 E, falando em algo caricato, a pressa que o roteiro tem em tentar transformar a amizade de Vicenza e Cadu (Pedro Ottoni) em um relacionamento amoroso, sem muitas juras de amor em apenas 1h45 de filme, é perceptível. Nem mesmo dá tempo de criar uma simpatia pelo casal. Talvez, na expectativa de Thalita Rebouças em adaptar o próprio livro para o roteiro acabou o deixando com pouca naturalidade para as telas.

Não dá para negar: a produção é previsível tal como um filme de sessão da tarde, mas não é de todo mal, longe disso. Nada como um filme tranquilo trazendo uma mensagem legal para assistir em uma tarde de domingo. 

Por último, mas não menos importante, não podemos deixar de comentar sobre a trilha sonora que casa bem com as cenas e explora um pouco das novas vozes do pop e do folk nacional, com músicas de Tiago Iorc, Anavitória, Rubel, Melim e Nina Fernandes. 

Assista ao trailer de Pai em Dobro:

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*Créditos da foto em destaque: Suzanna Tierie/Netflix

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