A Pinacoteca realiza seminário gratuito com artistas e pesquisadores sobre a influência de Paik na arte contemporânea
A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, anuncia parceria curatorial de três anos com o Nam June Paik Art Center em Yongin, na Coreia do Sul, que culminará em uma exposição em ambos os países, em 2026, sobre o artista e seus desdobramentos contemporâneos.
Nessa perspectiva, a Pina dá início à parceria com a realização do seminário O Legado de Nam June Paik: Videoarte, Tecnologias de Transmissão e Diálogos Transculturais, no dia 12 de abril, no auditório do edifício Pinacoteca Luz.
Em dois painéis temáticos, artistas e pesquisadores vão discutir a relação de Nam June Paik com o Brasil, seus princípios estéticos e geopolíticos, além de possíveis influências de seu trabalho em produções contemporâneas. Como parte do projeto Hyundai Translocal Series, um segundo seminário acontecerá na Coreia do Sul, no dia 31 de maio, e poderá ser acompanhado online.
Para dialogar com a obra de Nam June Paik, quatro artistas foram convidadas para integrar ao projeto e participar da exposição em 2026: biarritzzz (Brasil, 1994), Christine Sun Kim (Estados Unidos, 1980), Jane Jin Kaisen (Coreia do Sul, 1980), e Vivian Caccuri (Brasil, 1986).

Seminário
No sábado (12), participam da mesa Nam June Paik e o Brasil: Kim Yoonseo, curadora do Nam June Paik Art Center, o artista e professor Artur Matuck, e a curadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil, Solange Farkas. Para o segundo painel, Os efeitos de Nam June Paik na Arte Contemporânea, foram convidadas Cho Kwonjin, também curadora do Nam June Paik Art Center, e as artistas biarritzzz e Jane Jin Kaisen.
Quem foi Nam June Paik?
Nam June Paik (Seul, 1932 – Miami, 2006) foi um pioneiro em linguagens contemporâneas como a videoarte, performance e diversas formas de transmissão e diálogo transcultural. No auge da globalização e da televisão via satélite, o artista concebeu uma poética dedicada a se inserir nas grandes estruturas de produção e difusão, aproveitando seu amplo alcance enquanto estabelecia um discurso crítico.
Infiltrando-se em espaços hegemônicos com propósitos experimentais e compartilhando conhecimento com diferentes especialistas, Paik cultivou interseções entre arte, tecnologia e mídia de massa; imaginários urbanos e industriais e formas da natureza; repertórios estrangeiros e sotaques locais.
O artista visitou o Brasil pela primeira vez em 1975, quando exibiu sua instalação TV Garden (1974) no pavilhão dos Estados Unidos na 13ª Bienal de São Paulo. Desde então, apresentou suas obras em outras edições do evento (1981 e 1990) e em festivais como o Videobrasil, que o levou a criar diálogos e exercer grande influência sobre pelo menos duas gerações de artistas e videomakers brasileiros até a virada do século XXI.
Programação
O Legado de Nam June Paik: Videoarte, Tecnologias de Transmissão e Diálogos Transculturais
14h – Abertura
Com Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca de São Paulo, e Ana Maria Maia, curadora chefe da Pinacoteca.
14:10h – Nam June Paik e o Brasil
Com a curadora Kim Yoonseo, do Nam June Paik Art Center, o artista e professor Artur Matuck, e a curadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil, Solange Farkas.
15:20h – Coffee Break
16h – Os efeitos de Nam June Paik na Arte Contemporânea
Com a artista visual e filmmaker Jane Jin Kaisen, a artista visual biarritzzz e a curadora Cho Kwonjin, do Nam June Paik Art Center.
O evento é gratuito e contará com tradução simultânea em coreano-português e inglês.
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Texto revisado por Angela Maziero Santana