A adaptação do romance de 1940, de Adolf Hitchcock, Rebecca: A Mulher Inesquecível, é um filme completamente esquecível
A nova aposta da Netflix é o remake de Rebecca: A Mulher Inesquecível. Estrelado por Lily James, Armie Hammer e Kristin Scott Thomas, a produção acompanha a Sra. De Winter, uma moça recém-casada que se muda para a famosa mansão do marido. Mas, a mansão é assombrada pela memória da falecida esposa, Rebecca, que morreu de forma misteriosa.
O filme é uma releitura contemporânea do romance gótico de Daphne du Maurier e é inspirado no filme de mesmo nome, lançado em 1940. O clássico teve direção de Alfred Hitchcock e pelo título, o mestre do suspense recebeu onze indicações ao Oscar, ganhando duas, incluindo a de Melhor Filme.
A jovem De Winter, que não tem seu nome revelado, atuava como dama de companhia para uma dama da alta sociedade que gostava de viajar pelo mundo. Em uma dessas viagens, em Monte Carlo, a moça conhece e se apaixona perdidamente por Maximillian De Winter – um homem rico e recém-viúvo que, por acaso, estava de passagem pelo mesmo hotel.
+ Amazon Studios anuncia nova série de terror da Sony Pictures Television
Em questão de semanas, os dois noivam, se casam e mudam-se para a residência de campo da família Winter, a mansão Manderley, em Cornwall, Inglaterra. Até o momento, têm-se a impressão de que este seria mais um romance típico de Cinderela: a moça jovem e desafortunada que se apaixona pelo “príncipe” bonito e rico. Mas logo, percebemos que o marido esconde algo.
O curioso é que a personagem de Lily James não só não conhecia o Maxim, como também não procurou saber como a esposa dele havia falecido. Fazendo com que assim, carregasse consigo muitas dúvidas e vivesse praticamente pisando em ovos quando o assunto era Rebecca.
Assim que chega à mansão, a Sra. De Winter se choca com a grandiosidade de seu novo lar e com os mistérios que estão contidos lá. A jovem não é bem recebida pelos empregados, principalmente pela governanta, a Sra. Danvers. Ela idolatrava a antiga proprietária e tem o cuidado de manter todos os aposentos de Rebecca de forma impecável, como se ainda aguardasse o seu retorno.
A lembrança constante da ex-esposa e a antipatia da governanta, fazem com que a Sra. De Winter se sinta incomodada e motivada a descobrir o que de fato aconteceu com Rebecca.
Sem amigos e com uma vida completamente nova, a jovem sofre com a manipulação psicológica vindo da governanta e também de seu marido, que evita tocar no nome da falecida mas parece jamais tê-la esquecido.
Rebecca: uma produção que será facilmente esquecida
Embora carregado de um leve suspense, o ritmo de Rebecca faz com que o espectador se entedie facilmente. A história não encanta como deveria e não é capaz de despertar o desejo de continuar assistindo para entender todos os mistérios que envolvem quem foi Rebecca: A Mulher Inesquecível e como ela morreu.
O filme se torna interessante, de fato, no terceiro ato, que é quando as coisas começam a acontecer. No entanto, essa demora, faz com que tudo pareça corrido demais para que se tenha o encerramento ‘ideal’. O acúmulo de informações que se tem nos últimos vinte minutos de trama, certamente dá uma sensação de que a produção errou em alguma etapa do roteiro.
Além disso, a revelação do tal mistério que se faz presente durante toda a produção – de como a mulher teria morrido e qual o envolvimento do marido nesse episódio –, acabam não sendo tudo aquilo que é esperado.
Mesmo não sendo uma obra tão inesquecível quanto a Netflix desejava, o figurino e os cenários realmente nos fazem viajar para décadas passadas. Mas nem só de imagem bonita se faz um bom filme.
Com direção de Ben Wheatley e escrito por Jane Goldman, Joe Shrapnel e Anna Waterhouse, Rebecca: A Mulher Inesquecível estreia na Netflix no dia 21 de outubro de 2020. Confira abaixo o trailer:
Quer ver mais dicas e resenhas? Acompanhe as novidades do mundo do entretenimento, no perfil do Entretetizei no instagram e no twitter.