Relembrando sucessos | (500) Dias com Ela: uma história de amor muito perto da realidade

O filme já avisa: uma comédia romântica, mas sem a parte do romance

Sinopse
Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) está em uma reunião com seu chefe, Vance (Clark Gregg), quando ele apresenta sua nova assistente, Summer Finn (Zooey Deschanel). Tom logo fica impressionado com sua beleza, o que faz com que tente, nas duas semanas seguintes, realizar algum tipo de contato. Sua grande chance surge quando seu melhor amigo o convida a ir em um karaokê, onde os colegas de trabalho costumam ir. Lá, Tom encontra Summer, eles também cantam e conversam sobre o amor, dando início a um relacionamento.

(Imagem: reprodução)
Um filme sobre criar expectativas

O filme trata, basicamente, das expectativas que Tom cria em torno de uma pessoa e um relacionamento no qual ela nunca tratou abertamente como algo sério. A comédia romântica aqui é invertida, o olhar romântico e idealista é contada pelo homem, nesse caso o personagem Tom Hansen, em formas de cenas do que aconteceu entre ele e Summer nos 500 dias que passaram juntos. 

Tom é um jovem arquiteto mas que trabalha como escritor de cartões comemorativos e acaba conhecendo e se apaixonando por Summer, uma mulher de espírito livre que deixa claro que não está interessada em um relacionamento sério e que não acredita muito no amor, desde as primeiras conversas deles.

Pouco a pouco, o protagonista nos apresenta a trajetória do casal e Tom se sente perdido e frustrado com o término do seu relacionamento com Summer.  Mas vale ressaltar que o filme é narrado única e exclusivamente por Tom, ou seja, nós não temos o ponto de vista da Summer e culpar ela pelo término do casal é algo inevitável no começo.

Com idas e vindas no tempo, mostrando os dias bons e nem tão bons de um relacionamento, vamos percebendo que a Summer por quem Tom se apaixona não é real, é uma ideia e, acima de tudo, uma grande expectativa do protagonista em querer encontrar a “pessoa certa”. 

(Imagem: reprodução | Expectativa X Realidade)

Tom apresenta atitudes muito problemáticas durante a trama. Mesmo Summer dizendo que não quer um namoro, mais de uma vez e de formas diferentes, o protagonista acha que vai conseguir fazê-la mudar de ideia. A verdade é que o rapaz esperou demais de alguém que nunca prometeu nada. E, ao não ter suas expectativas atingidas, resolveu agir de forma machista e tóxica com a mulher que nunca foi, de fato, sua namorada.

Isso nos faz perceber que, mesmo a história sendo narrada pelo arquiteto, Summer não é a vilã só porque rejeitou o rapaz, por mais bom moço que ele seja. Tom passa uma imagem precipitada da jovem a culpando pelo relacionamento fracassado. O que acaba sendo uma situação muito comum nos dias atuais: culpar o outro pelas expectativas que nós criamos em cima deles.

Ao final do filme, os protagonistas se encontram. Summer casada com outra pessoa e Tom finalmente dedicado à arquitetura, eles conversam, tendo como bagagem a experiência que eles próprios passaram. É um momento crucial para entender o que é este filme e como representa o que cada um vive naquele momento. A pergunta que fica não é se o amor existe, mas quando estamos prontos para aceitar ele.

(Imagem: reprodução)
Tudo o que acontece no filme é plausível 

É de se imaginar que qualquer pessoa que assista ao longa se identifique em algum momento da história por já ter passado por algo parecido ou por já ter ouvido de algum amigo, uma história similar do filme.

Do encantamento da paixão à rotina e seu inevitável desgaste. O que fazer para mantê-lo. O que fazer para superá-lo. Como agir nos reencontros, quando há um resquício de sentimento envolvido. E por aí vai. Tudo isso já vimos por aí além do mundo cinematográfico.

E assim como na trama, as nossas lembranças nunca vêm em ordem cronológica, e sim aos poucos, alternando os momentos ruins com os bons, até voltarmos ao presente e vermos que o que nos restam são as memórias.

(Imagem: reprodução)

É normal lamentar os términos e colocar o outro como “vilão(ã)” da história. Mas a vida continua depois de uma separação e entender isso é essencial para seguir em frente. Mesmo com as suas atitudes problemáticas, no final, Tom consegue aceitar o término e, junto com ele, vem o amadurecimento do personagem.

Por mais racionais que tentamos ser, é difícil controlar certas coisas, entre elas as expectativas e o amor.

 

Lições que aprendemos com (500) Dias com Ela

1: Você não precisa de um relacionamento para ser feliz
É importante saber como você é sozinho e como você se sente quando está só, antes de entrar em um relacionamento. Além disso, é totalmente ok não estar em uma relação.

2: Expectativas são diferentes da realidade
No filme, podemos perceber que as expectativas criadas por Tom são totalmente dele. Outras pessoas não são culpadas pelo o que você coloca sobre elas. Somos os únicos responsáveis pelas nossas expectativas e jamais devemos depositá-las nas costas de outra pessoa.

3: Não se pode forçar o amor
Só depois de muito tempo o personagem entendeu que não é apenas a vontade dele que é essencial. O amor não é algo que você consegue obrigar alguém a sentir. Muitas vezes nós tentamos forçar algumas situações, mas não temos poder sobre as vontades e sentimentos do outro.

4: Não é saudável ser emocionalmente dependente de alguém
Tom foca toda a felicidade dele em Summer e isso faz com que ele se perca na própria vida, ficando preso a uma coisa que não existe mais (e na verdade nunca existiu). Às vezes a gente entrega a nossa felicidade mais do que deveríamos nas mãos de outra pessoa, e não é nem um pouco saudável fazer isso.

5: Há mais de um lado em um relacionamento
Acompanhamos toda a relação dos protagonistas pela visão de Tom. Com isso, percebemos que alguns elementos do relacionamento não são totalmente verdades. E assim como em qualquer história que contamos ou ouvimos, há sempre uma outra versão e ponto de vista.

(Imagem: reprodução)

Hoje, a comédia romântica ganhou um novo ponto de vista além daquele mostrado pelo protagonista. O filme é encantador não só pela sintonia entre os atores mas pelo formato como ele é contado, e principalmente, por nos mostrar fatos reais de um cotidiano que poderia ser de qualquer outra pessoa que se arrisca no amor. Por aqui, nós amamos essa comédia romântica sem romance, e você? 

 

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