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Resenha | 2ª Temporada de A Casa do Dragão

Descubra o que achamos de mais uma temporada da série spin off de Game of Thrones 

[Contém spoilers]

No último domingo (4), o público assistiu ao último episódio da segunda temporada de A Casa do Dragão. A série, lançada em 2022, conta a história da guerra civil entre os possíveis herdeiros ao Trono de Ferro, Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy) e seu meio-irmão Aegon II Targaryen (Tom Glynn-Carney). Logo na sua primeira temporada, conquistou diversos fãs que apreciam o universo de Game of Thrones e criaram grandes expectativas para a sua continuação, que só chegou em junho deste ano.

Nessa sequência, continuamos a ver o desenrolar das ações da herdeira legítima em conjunto com os seus aliados, que são chamados de “time dos pretos”. Em paralelo, vemos como o então Rei Aegon II e sua família, os “verdes”, tramam e fazem manobras políticas e de guerra para se manterem no trono.

Produção erra o tom da série nesta nova temporada?

Nos episódios exibidos este ano, vemos uma abordagem mais aprofundada dos personagens, que acaba sacrificando o tom dinâmico da série. Em comparação com sua precursora Game of Thrones (2011-2019), A Casa do Dragão se mostrou mais ágil em mostrar seus conflitos, porém nesta nova temporada esse tom foi perdido. Ao todo, foram oito episódios que mostram mais as consequências dos times divididos do que as ações de guerra.

Foto: reprodução/Omelete

O mais perceptível nesta questão seria o excesso de tempo do personagem Daemon Targaryen (Matt Smith) no castelo de Harrenhal, que deixou o enredo do aliado da rainha atrasado e fraco. Foi desnecessário que o montador de Caraxes ficasse mais de cinco episódios tendo somente alucinações e pouca importância no enredo da trama. Porém, podemos usar o argumento de que nem todo o enredo de Daemon no castelo foi perdido, por conta de sua redenção, mas sabemos que o loiro poderia ter visto muito menos fantasmas do seu passado para se ajoelhar perante a rainha.

Ainda pensando que a série acaba pecando no excesso de abordagens pessoais dos personagens, vemos cenas que poderiam ser subentendidas pelo espectador, mas que precisam ser sempre mostradas. Quem assistiu à primeira temporada já sabia da relação complicada entre os irmãos, Aegon II e Aemond (Ewan Mitchell), mas a produção acabou dando foco demasiado a este aspecto, o que só contribuiu para uma narrativa arrastada.

Grandes mudanças na história

Como sabemos, a série é uma adaptação de trechos do livro Fogo & Sangue (2018), escrito por George R. R. Martin, que relata a trajetória de 200 anos da família Targaryen. É comum em adaptações cinematográficas ocorrer certas mudanças para melhor se encaixar no formato televisivo. Porém, aqui temos transformações cruciais que mudam motivações e interesses dos personagens, o que dificultou o desenvolvimento de alguns momentos que poderiam ser melhor abordados.

Foto: reprodução/Critical Hits

Isso, pelo fato de que esta temporada apresenta uma rixa maior entre Alicent (Olivia Cooke) e Rhaenyra do que entre os meios-irmãos e possíveis herdeiros ao trono. Temos cenas que acabam sendo desnecessárias novamente, como no episódio em que a Rainha dos Pretos invade Porto Real para ter uma conversa com a Rainha Viúva. Nesse contexto, podemos levantar o ponto de que a produção e os roteiristas poderiam deixar subentendida a confusão que a Hightower fez com os nomes de seu filho e seu ancestral.

Mas, não temos só erros!
Foto: reprodução/Critical Hits

Em alguns momentos, a série fez jogadas ótimas que prenderam a atenção do público e criaram emoção. Esses momentos incluem: a morte honrada da Rainha que Nunca Foi, a rebelião dos plebeus famintos em Porto Real, os diálogos e discussões entre Rhaenyra e seu filho Jacaerys Velaryon (Harry Collett) e os dragões em todo o seu apogeu e glória.

Com todos os seus oito episódios, a temporada, produzida e exibida pela HBO, tem a nota 7/10. Com um gosto agridoce, os fãs vão ter de esperar mais dois anos para ver guerra e sangue nas suas telas, e ainda terminam com o sentimento de terem assistido a um longo trailer em vez de uma temporada marcante.

 

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Texto revisado por Angela Maziero Santana

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