Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler. Com essa frase curta e intrigante, somos chamados a conhecer a história da Liesel, A Menina que Roubava Livros, através de um livro sobre a paixão pela leitura e de como essa pode ser usada para vencer a ignorância.
Liesel vive durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha Nazista. Com isso, a personagem está constantemente exposta a morte e intolerância. Sua paixão pela leitura vem de um desses momentos. Após a morte do seu irmão, ela pega o livro Manual do Coveiro próximo do túmulo, e aprende a ler com os seus pais adotivos a partir dessa obra. Um título inesperado, mas que mostra que a paixão pela leitura vem, muitas vezes, dos textos mais simples.
Entre os tantos fatos que vive, vemos como ela roubava os livros para salvá-los, tanto dos nazistas, como de ficarem esquecidos nas bibliotecas. Enquanto as outras pessoas do seu país eram vítimas de uma lavagem cerebral guiada ao ódio, Liesel mostrava que era possível sair desse ciclo se você conhecer o poder das boas palavras.
Duas surpresas positivas do livro são a narradora e o amigo judeu da protagonista. Narrado pela simpática Dona Morte, vemos como ela era apenas um resultado em meio a guerra, e que os seres humanos eram os verdadeiros vilões. O judeu, por sua vez, fica abrigado pela família adotiva de Liesel. No porão, ele cria histórias junto dela durante esse período.
Com uma mistura de poesia e história, chegamos ao final da obra. Nas últimas páginas, encontramos um final amargo e marcante. Liesel sobrevive mais uma vez através de seus livros, mas tem que guardar consigo as terríveis lembranças da guerra.
Recomendo a leitura a todos que amam os livros ou as palavras. Vemos em A Menina que Roubava Livros, uma metáfora simples de como o conhecimento nos ajuda a superar a ignorância e de como nunca estaremos sozinhos, desde que escolhamos boas histórias para estarem ao nossa lado.
*Créditos da foto destaque: Reprodução/Intrínseca/ Capa A Menina que Roubava Livros.
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