O longa estreia nos cinemas em 22 de setembro
A Mulher Rei (The Woman King), protagonizado pela brilhante Viola Davis, é um filme épico e poderoso. Conta a história das Agojie, uma unidade militar composta apenas por mulheres, também conhecidas como as Amazonas de Daomé, que lutaram para proteger o reino africano nos séculos 17 ao 19.
O longa tem cenas de ação no melhor estilo hollywoodiano e é pautado pela narrativa feminina, a partir do ponto de vista de mulheres pretas guerreiras que foram banidas do convívio social e se sentiram acolhidas e respeitadas em Agojie. Essas mulheres formavam uma verdadeira irmandade militar que era temida e admirada na África Ocidental.
Em paralelo, o filme trabalha o drama pessoal das guerreiras: como elas chegaram e se mantêm em Agojie e o porquê colocam em risco suas vidas para defender Daomé.
A cultura do Reino de Daomé – onde hoje é o Benim – contava com uma organização social única e progressista. Todos os cargos oficiais eram ocupados tanto por um homem quanto por uma mulher. Esse sistema de paridade de gêneros incluía todas as posições mais importantes do reino: de generais militares a conselheiros financeiros e líderes religiosos. Alcançou os mais altos escalões, inclusive, o de mulher rei (kpojito). Quando o rei outorgava esse título a uma mulher que seria sua companheira na administração do reino.
Para construção do roteiro foi necessário um detalhado trabalho de pesquisa para contextualizar a complexa história por trás do filme. A Mulher Rei se passa em 1823, quando o Reino de Daomé era economicamente dependente da sua participação no comércio internacional de pessoas escravizadas.
O filme retrata um período no qual o rei teve a oportunidade de ouvir seus conselheiros que depunham contra o comércio de pessoas e a favor da exploração de um caminho alternativo para a prosperidade.
Os personagens de destaque em A Mulher Rei
Nanisca (Viola Davis) é a Miganon, a general Agojie, uma mulher centrada e determinada que ascendeu na hierarquia militar. Entre suas diversas funções no reino, ela tem o papel de treinar as guerreiras mais jovens para a força militar.
Nawi (Thuso Mbedu) é uma jovem impulsiva e determinada que foi entregue ao rei após seu pai não conseguir um casamento para ela. Com isso, só restou à jovem a opção de ingressar no exército Agojie.
Izogie (Lashana Lynch) é a tenente das Agojie. Uma mulher raivosa e focada que tem um passado conturbado, o que gera uma forte identificação com Nawi. As duas criam um vínculo e Izogie passa a orientar a jovem durante o treinamento de ingresso em Agojie.
Amenza (Sheila Atim) é a segunda no comando das Agojie. É a braço direito e confidente de Nanisca. Amenza também exerce o papel de líder religiosa do reino, presidindo os rituais Agojie de iniciação, proteção e preparação para a batalha.
Ghezo (John Boyega) é o jovem rei de Daomé que alcança o trono após dar um golpe em seu irmão. O novo rei tem que lidar com as divergências no reino e com as disputas de poder que envolvem Daomé. Este personagem foi uma figura histórica verídica que reinou de 1818 a 1858, grande parte do que foi apresentado em A Mulher Rei se baseia em acontecimentos reais.
Oba Ade (Jimmy Odukoya) é o general do Império Oyó, adversário do Reino de Daomé. É um homem vingativo, impiedoso, extremamente violento, machista e inimigo declarado das Agojie. Ele participa do comércio de pessoas, capturando seus rivais e vendendo para os europeus.
Inclusive, dois personagens retratam o tráfico de pessoas para o Brasil. Um é o comandante de um navio negreiro, Santo Ferreira (Hero Fiennes Tiffin), e outro é Malik Diallo (Jordan Bolger) que é um brasileiro filho de português com uma escrava com origem em Daomé.
Para construção de personagens tão complexos foi necessário um longo trabalho de pesquisa e envolvimento dos atores no processo de produção, algo que fica claro para quem assiste A Mulher Rei. Também é visível a afinidade do elenco, em especial, entre as atrizes que fazem parte do exército Agojie.
Uma curiosidade sobre a produção de A Mulher Rei foi o intenso treinamento do elenco feminino para que as lutas parecessem autênticas e reais. A diretora Gina Prince-Bythewood explica que “essas mulheres derrotavam, de fato, os homens. Eram grandes guerreiras, porque viviam para o treinamento militar. A história se passa no século 19, e havia uma maneira específica de luta com facões e lanças, mas também o combate corpo a corpo, e eu queria colocar isso na tela”.
No vídeo é possível conferir alguns depoimentos sobre o treinamento do elenco.
LUTE COMO UMA GAROTA 💪🏿 @ViolaDavis e nossas guerreiras realmente transformaram seus corpos durante a preparação para #AMulherRei, que estreia em 22 de setembro exclusivamente nos cinemas. pic.twitter.com/9xqG3aXszI
— Sony Pictures Brasil (@SonyPicturesBr) September 12, 2022
A estreia de A Mulher Rei, exclusivamente, nos cinemas nacionais será em 22 de setembro. O filme é coproduzido por TriStar Pictures, eOne, JuVee Productions e Welle Entertainment Production. É distribuído no Brasil pela Sony Pictures.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Sony Pictures.